Poemas da Pátria

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O Brasil é um país geométrico... tem problemas angulares, discutidos em mesas redondas, por bestas quadradas.

Não há dúvida de que a Monarquia é ainda, para o Brasil, o melhor governo. Foi um grande erro a República para o Brasil.

Para tirar meu Brasil desta baderna, só quando o morcego doar sangue e o saci cruzar a perna.

Bezerra da Silva

Nota: Trecho da letra da múica "Quando o Morcego Doar Sangue", composição Cosme Diniz

Patriotismo, para muitos brasileiros, é apenas futebol na Copa do Mundo. Mesmo assim só se o Brasil ganhar!

Polícia na rua tormenta civil
Bandido na rua polícia nem viu
Roubo não é crime, crime é seu perfil.
Um país de poucos, bem-vindo ao Brasil

Eu cansei de ser trouxa por você.
Cansei de dizer que está tudo bem, mesmo não estando.
Cansei de colocar um sorriso no rosto, mesmo chorando por dentro.
Cansei de dizer que minha vida vai bem, mesmo estando afundada.
Cansei de fingir uma felicidade inexistente.
Cansei de mudar minhas atitudes para te agradar.
Cansei de te dar amor e receber apenas ódio em troca.
Me desculpe, eu te amo.
Mas eu cansei.

Impunidade com tons de mediocridade
Sociedade lasciva controlada por políticos Libertinos,
Entre goles de cachaças, bundas para por na vitrine,
Ha ainda quem ache algum tipo de graça!
Falhas de caráter que o dinheiro apaga
Falhas na sociedade que a tv disfarça.
Entre rodas de pessoas, boas?
A roleta da sorte só beneficia
Quem tem influencia, nome ou algo podre?
Com ajuda da mídia, da politica ou do medo,
Para poder ter um pedaço do paraíso
No brasil é preciso ter o dedo sujo,
Ou pagar os dez por cento!

Os escravos

Negros africanos
Obrigados a trabalhar
Por ordem dos soberanos
Sem poder reclamar

Acorrentados pela escravidão
Viviam na solidão
Sonhavam conquistar a alforria, dia a dia
Sendo assim vítimas da covardia

Durante a extração do ouro
Brilhavam também os olhos
De quem vivia a chorar
Mas persistia em orar
E assim quem sabe um dia
A liberdade finalmente conquistar

Foram quinhentos anos de exploração
Em uma vida sem opção
Em minas de carvão e campos de algodão

Nas lavouras trabalhavam
E nunca descansavam
Ficavam sempre em pé
Nas plantações de café

A escravidão ainda não acabou
E a lei Áurea não adiantou
Vivemos em um país capitalista
Em que o brasileiro é um ser consumista

E o que vem...
Depois do carnaval?
Onde ficou a alegria.
A folia.
A realidade da fantasia?
O que temos para comer Brasil?

Força, Fernandinho

Vai passar, Fernandinho.
A dor e a tristeza,
A angústia e tudo
Que de alguma forma o faz sofrer.

Infelizmente o racismo,
A ignorância e o preconceito,
Permanecerão por muitos e muitos séculos.
Porém, nosso silêncio não existirá mais.

Mesmo que nossas vozes não ecoem
Nem mesmo entre nós!
Não nos calaremos! Ouviram?
Não diremos amém para esses insultos!

Nossa resistência
A cada luta se torna ainda maior.
Nossa empatia
Cresce a cada instante.

Nós passarinhemos
Bem devagarinho,
Já os racistas de plantão ou enrustidos,
Não passarão!

Repito:
Racistas não passarão!

Ninguémsabe quem sou
e nem de onde venho,
só eu carrego a minha dor,
luto muito pelo que tenho
Ninguém pode imaginar
tudo que na vida já passei,
andei depressa e devagar,
mas bom caminho tracei,
Sigo sempre pela reta,
para conseguir ser melhor,
viver bem é minha meta,
sou da paz e do amor...

Ditos e feitos

Coloco
Tiro
Penso
Digo
Ando
Caio

Dou mais do que posso
Para quê?
Faço
Mas não recebo
Digo
Não me ouvem

Não me ouvem
Me escutem
Por favor
Me escutem
Romanos, amigos, compatriotas
Me escutem

Eu não brinco
Eu não finjo
Eu não existo
Mas eu sou
Eu digo, eu tenho opinião
Eu choro, eu morri

Meus olhos derretem
Minha boca salga
Meu rosto é correnteza
Meu nariz não uso

Eu não brinco
Eu não finjo
Eu sou o que faço
Eu sou abandonado

⁠Olhe para mim
vamos tentar novamente
temos muito ainda que viver
nossa casa, nossos cachorros, nossa cama
lembra-se de quantas vezes brincamos de ser gente grande
lembra-se das promessas que fizemos
tudo por acreditar que o que sentimos é amor
então por favor fique
não vá
eu não consigo viver sem você...

Uma vez, perguntou-se, em minha presença, em que consistia o maior prazer do amor. Alguém naturalmente respondeu: "em receber". E um outro: "em dar-se". Um outro ainda: "prazer de orgulho". E mais outro: "volúpia de humildade". Houve, por fim, um descarado utopista que afirmou que o maior prazer do amor era o de formar cidadãos para a pátria.
Quanto a mim, digo: a volúpia única e suprema do amor está na certeza de fazer o mal. E o homem e a mulher sabem, desde o nascimento, que no mal se encontra toda a volúpia.

a melhor forma de protesto deveria comecar dentro de casa
e nao quebrando tudo
o vandalismo so fara o mundo tera uma visao pobre,medilcre do pais em que dizemos ser patria amada

Inserida por kizirs

Ofélia

Tudo em ti reluz como as joias da coroa do Rei,
tudo em ti é serena e calma manha,
os sonhos dos homens são como a areia junto ao atlântico
e tu és eterna entre os lábios dos poetas mesmo que adormecidos...

Há noite, tu deitastes e a lua resplandece sobre teu corpo,
de dia o sol és tu mesma quando passas,
porem nós homens nos perdemos nas sombras
e falamos apenas com o coração.

Ofélia doce madrugada dos apressados e dos caídos,
Ofélia das aguas límpidas e das lágrimas sinceras
porque em teu rosto existe o sonhos
dos que ainda amam e choram por ti.

Inserida por israelwest

ALVORADA

O tempo e tudo que fazemos com ele
as palavras e os sorrisos disfarçados,
as memorias as que retenho e as saudades dos que amo.

Os sonhos arquivados nas prateleiras,
o pó entre as memorias das coisas simples,
e de novo os sonhos que ninguém sonha como eu sonho
porque me debato antes de qualquer alvorada.

De novo eu e só entre o fim e o principio de tudo
que eu mesmo escolhi e aqui moro no lugar
por nome Fim do Mundo.

E que Mundo é este?

Saberás tu me responder a cerca das coisas simples,
fala me e e me responde e eu te direi tantas coisas,
as coisas que moram entre a razão e o coração.

O meu coração que bate tão pouco,
porque pouco ou nada tem...
e a razão que perco porque tão mal a entendo.

Saberás tu o dia que escurecera todas as manhas,
o dia que que alvorada deixar de existir?

O tempo o meu e o dos outros
que me acompanham lado a lado.

Inserida por israelwest

Nove horas da manhã
O som do teclado toma forma…
As suas mãos correm e se perdem

Na busca de novas melodias
Lá fora as mesmas coisas…
O movimento constante de sempre.
Em um se estar em parte alguma
Muitas das vezes incerta.

Será que estou só?…
Ou será que a vida se reduz apenas
A este momentâneo apenas?Na verdade,
gostaria de saber
Qual seria o ponto final disto tudo…
Murmurou ela e continuou…
Para onde vamos?
Se é que vamos
Para algum lugar.

Inserida por israelwest

Cântico dos desesperados

Caminhais por entre o fio da navalha
E de pés ensanguentados cambaleias
Temendo a direção do norte
Como também o caminho imaginário
Que se diz ser do sul.Resumis um todo a uma escala mínima
E mesmo assim vossos sonhos são tão iguais
Aos que sempre vão pensando alto…
Eis a sina dos que bebem água turva pela manha,
O quanto basta para que vossa voz se confunda
Com a razão que tendes, mas que sempre vos tiram.

Conflitos e dores numa palavra tão simples
Que vos levara ao progresso,
Mesmo que este progresso esteja tão distante
E ninguém entre vós há que vos desperte.

Caminhais sobre o fio da espada
E aqueles que se dizem entender sobre vós
Nada sabem e nada fazem.

Panfletos que se perdem na virada do tempo
A mistura de seres sempre desesperados
Quando os vossos lamentos e cânticos se abafam
E todo mundo se encontra as escuras.

Gritais e não há entre vós um só que vos escute,
Bolívia não esta mais entre vós outros,
Ché foi morto por todos aqueles que se diziam
Protetores.

Existência e identidade de um povo
América do sul de todos os adormecidos,
Quando sobre o fio da cruel espada ensangüentada
Que lentamente a todos vos mata…
E ressume cada instante quando por entre as trevas
Nada mais se avista do que as próprias trevas.

Murmúrios, sobre telhados quebrados…
Em pleno amanhecer tão estranho e sempre tão doloroso.

Deus meu, deus meu… Será que entre nós
Existe alguém capaz de fazer frente a esta tão estranha
Manha sempre tão densa e sempre serrada?

Escrito quando viajei pelo
Paraguai – Asunción

Inserida por israelwest

"Nós, os artistas (desculpe-me o plural), temos direitos diferentes das pessoas normais, pois temos necessidades diferentes, que nos colocam acima - é preciso que se afirme e acredite - de sua moral. O seu dever é não se consumir jamais no sacrifício. O seu dever real é salvar seu sonho. A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços d'alma"... "As personagens de Cézanne, , como as belas estátuas antigas, não tem olhar. As minhas personagens, ao contrario vêm. Elas vêm mesmo quando acreditei que não devia pintar-lhes pupilas; mas, como as personagens de Cézanne, elas não exprimem mais do que muda aquiescência á vida"

"Aquilo que procuro não é real nem o irreal, e sim o inconsciente, o mistério do que há de instintivo na raça humana".
'A beleza tem seus direitos dolorosos: cria, porém, os mais belos esforços da alma'... "Nosso único dever é salvar nossos sonhos..."

Inserida por israelwest