Poemas da Juventude de Paulo Coelho

Não coleciono dores e nem as uso como troféu. Mas a felicidade, ah a felicidade... essa eu penduro nos cabelos, nas orelhas, escrevo na testa. Das minhas dores só a mim interessa saber.

Se o que é bom mora dentro, vamos virar as coisas ruins pelo avesso e tirar o melhor de todas elas.

Tem dor, que ocupa tanto espaço em nossa vida e por tanto tempo que, quando ela passa não sabemos o que fazer com o tamanho vazio que ela deixou. Demoramos a entender que podemos mudar, semear e transformar esse espaço vazio em terreno fértil onde o amor próprio cresça e sustente todos os outros bons sentimentos que realmente merecem morar dentro da gente.

Me poupo dos encontros que a vida, ardilosamente, promove. Talvez seja impossível não cruzar com pessoas desonestas ou mal intencionadas mas, quando isso acontece me poupo do desprazer de bater de frente, ignoro e deixo passar e se, assim mesmo, elas insistirem em ficar, eu me retiro pois não dou a ninguém o prazer de tirar a minha paz.

Não permito a tristeza entrar por esta porta. Não permito os problemas debruçarem nestas janelas. Não permito conflitos neste lugar. Não permito que más energias me visitem. Que aqui seja sempre um lugar de alegria. Que aqui reine a harmonia, a alegria e a paz.

Não quero ser forte o tempo todo, me basta ser humana. Não quero ter razão o tempo todo, me basta estar em paz. Tenho ciência do quanto meu silêncio fere, ainda assim prefiro usá-lo em vez de palavras mal ditas, mal pensadas e mal sentidas e que vão machucar mais a mim do que a qualquer outro.

E quando aquele sentimento te tira o chão e te deixa perdida. É hora de fazer as malas e voltar ao seu próprio coração, arrumar a casa e tomar para si, novamente o controle da sua vida. A nossa felicidade nos pertence e não deve ser colocada nas mãos de quem não sabe compartilhar.

Sorria, meu bem! Porque a vida é preciosa demais para perder o brilho com o que não esquenta lugar em nossa vida.

Não importa quanto sentimento você guarde em seu coração. O amor sempre encontra um cantinho para se aninhar.

Voa tristeza, não venha desalinhar o meu sorriso, vá bater as suas asas e ventar em outro lugar! Aqui só a brisa suave da alegria pode soprar em meu rosto e brincar com meus cabelos.

Não tenha medo de aceitar o convite da vida para ser feliz, a satisfação é garantida e adivinha... Não precisa pagar a conta! Bom dia!

Ignoro todos os sentimentos ruins que me cercam, pois a minha volta também estão os que me amam e dentro de mim vive a força que me rege, me acompanha e dá luz a todos os meus dias: a minha fé!

Tem gente que deixa um rastro de luz por onde passa, dá vida em tudo que toca. E quando se vai sua luz continua a brilhar. Tem gente que não tem medo de bater asas, tem toque de anjo e por onde vai leva paz, toca suave nossa alma com seu cuidado e atenção. E tem gente que está na luta, aprendendo, com as quedas, a bater as asas e arriscar a autonomia de voo. Que ainda está fortalecendo a própria luz e tentando espantar as sombras e as más influências que rondam nossos passos.

Que o nosso coração seja corajoso o bastante para enfrentar as maldades alheias e forte o bastante para não se contaminar por elas.

Quando as coisas parecerem pesadas demais e por mais que a gente lute, parece que não saímos do lugar, é preciso parar, respirar fundo e transformar as lamentações em preces para serem ouvidas por Aquele que nunca nos abandona e nos ampara quando nossas próprias pernas se recusam a nos manter de pé. Eu acredito.

Se é difícil controlar os meus cabelos, controlar a língua do povo então... é impossível, cada um fala o que quer. O que sai pela boca, andou frequentando o coração, então, não adianta controlar as palavras se o coração é puro veneno. O que faço com os faladores? Vivo, linda e morena. E quem não tiver o que fazer, pode falar que eu nem ligo.

Te desejo um sorriso grandão! Desses que não cabe no rosto, se espalha e cria novos sorrisos. Que o seu coração entenda que só a alegria merece ser aumentada, exagerada, espalhada, multiplicada e muito desejada.

Quem faz o bem não precisa se justificar, apenas faz. Quem pratica o mal além de criatividade precisa de boa memória para criar e lembrar dos artifícios que usa para justificar o mal feito. Ser gente boa dá menos trabalho e mais satisfação.

E a nossa história daria uma linda canção, você guardou a sua dor e veio comigo, eu joguei fora a minha tristeza e fui viver contigo, no doce abrigo do seu coração.

É preciso quase nada para amar mas, é preciso muito amor para perdoar. A gente perdoa, não porque esqueceu a dor que o outro nos trouxe, a gente perdoa porque prefere lembrar de toda alegria e bem querer que a presença do outro acrescentou em nossa vida.