Poemas D um Homem Perdidamente Apaixonado
Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo.
O homem razoável se adapta ao mundo; o irascível tenta adaptar o mundo a si próprio. Assim, o progresso depende do homem irascível.
O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora.
O homem livre, no que pensa menos é na morte, e a sua sabedoria é uma meditação, não da morte, mas da vida.
O casamento é a relação entre homem e mulher na qual a independência é igual, a dependência é mútua e a obrigação recíproca.
Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo.
A vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha.
O homem modesto tem tudo a ganhar e o orgulhoso tudo a perder: é que a modéstia tem sempre a ver com a generosidade e o orgulho com a inveja.
O homem sensato adapta-se ao mundo. O homem insensato insiste em tentar adaptar o mundo a si. Sendo assim, qualquer progresso depende do homem insensato.
A solidão é o fundo último da condição humana. O homem é o único ser que se sente só e que procura um outro.
O drama do homem é o de ser limitado nos meios e infinito nos desejos; assim, não pode ser plenamente feliz.
Todo o homem deseja ganhar dinheiro para dá-lo aos médicos, destruidores de vidas. Devem, portanto, ser ricos.
Reflita sobre as suas bênçãos presentes, as quais todo homem tem bastante; e não sobre os infortúnios passados, os quais todos homens têm alguns.