Poemas com Rimas de minha Rua
chegou verão. sorvetes se derretem .corpos se bronzeiam .óculos saem das gavetas .pessoas ocupam as areias
Com a mesma paixão, é capaz de recitar a genialidade de um filósofo ou artista distante enquanto aponta como louco ou bobo, o outro gênio da mesa ao lado.
Ontem sofri com uma pedra que pedia socorro pelo bater das ondas na praia e não consegui sentir nenhuma sensibilidade em você. Não, você não é de pedra!
Já expliquei, aparentemente em vão, que a 'liberdade' não é, logicamente, um princípio universal de aplicação óbvia e improblemática como a igualdade perante a lei ou a proibição do falso testemunho, e sim apenas uma conveniência prática que deve ser administrada com prudência, já que, como toda conveniência prática, inclui em si sua própria limitação e, estendida sem critério, se perverte automaticamente numa rede de limitações chamadas ironicamente de 'liberdade'. Essa advertência torna-se ainda mais importante no caso da 'liberdade religiosa' -- uma bolha de sabão verbal que estoura no ar à primeira tentativa de levá-la à prática. Estudei Hegel o suficiente para entender que ele tem razão ao dizer que todo preceito particular tomado como universal se converte automaticamente no seu oposto tão logo sai do papel para a realidade. Apenas, não vejo como explicar isso a nenhum político, militante ou eleitor apaixonado pelos 'valores ideais' que imagina defender. [...]
O mesmo aplica-se à 'expansão dos direitos democráticos', tão louvada por bocós como Marilena Chauí e até por homens supostamente inteligentes como Norberto Bobbio."
O homem vendo-se nos retalhos da sua existência estagnado em sua angustia, e abraçado por seu vazio percebe algo tão profundo que não pudera ser expresso, o próprio nada de seu ser.
Desde Aristóteles, sabe-se que toda busca da verdade em questões controversas parte do exame das opiniões existentes. Cada uma destas deve ser conhecida em profundidade e sem julgamento prévio, até que o laborioso acúmulo de muitas perspectivas contraditórias faça o objeto em questão aparecer tal como é em si mesmo, acima das diferenças de pontos de vista. Esse método não é infalível, mas é o único que existe.
Todas as opiniões, com efeito, nascem de alguma reação à experiência vivida, mas muitas delas são uma reação de fuga, o fechamento neurótico numa redoma de palavras. São expressões de almas frágeis e vacilantes, que se apegam a opiniões como se fossem amuletos, para escapar ao terror da incerteza, ao thambos aristotélico, portanto à possibilidade mesma de acesso à verdade.
O método Stanislavski ensina-nos a técnica da identificação psicológica profunda com os vários personagens, de modo que o conflito dramático da peça [teatral] seja interiorizado como conflito psicológico na alma do próprio ator. Uso isso até hoje para entender as idéias mais absurdas e perceber nelas, senão um fundo de razão, ao menos um princípio de verossimilhança. Isso tornou-se para mim tão rotineiro e natural que não me atrevo a contestar uma idéia se antes não a tornei minha ao menos por alguns minutos, de modo que falo sempre com a autoridade segura de quem está discutindo consigo mesmo. [...] Todo mundo tem direito a ter opiniões, mas é melhor tê-las depois de um mergulho aristotélico-stanislavskiano no mar das contradições. Quem quer que tenha amor à verdade anseia por esse mergulho, mesmo quando não tem a certeza de encontrar alguma verdade no fundo. A fuga generalizada ante esse desafio é o traço mais geral e constante dos 'formadores de opinião' no Brasil. Em última análise, esse fenômeno expressa o medo de viver, o desejo de fugir logo para um mundinho imaginário imune a riscos intelectuais.
A doença política do Brasil é a condensação de um handicap cultural crônico, a pequenez da alma e o estreitamento do imaginário ante a complexidade da existência. Os brasileiros vivem citando Fernando Pessoa, mas não tiram de um de seus versos a conclusão mais necessária e urgente: Nada vale a pena quando a alma é pequena.
As pessoas subestimam demais umas as outras. Deveriam se perguntar até onde vai o conhecimento de tal pessoa, antes de subestima-la. Dessa forma ninguém passaria vergonha.
Pense bem na forma você que fala e trata a sua esposa, vocês são um, ela é o seu braço direito, não sua empregada.
O amor preenche todos os vazios, realiza todos os sonhos, vence todas as batalhas, afasta todas as mágoas e é dado a todos, mas poucos o reconhecem.
Um homem de poucas palavras entende o poder que elas tem.
Pois aquele que se abdica de falar muito e observa sempre, terá conhecimento maior que os demais.
Natureza é a forma interior da espécie ou do indivíduo, o algoritmo permanente das suas mutações possíveis.
Vivem perguntando minhas opiniões sobre assuntos a respeito dos quais não tenho nenhuma. Quem tem opiniões sobre todas as coisas são os palpiteiros da mídia e da internet. Um filósofo só pode ter opiniões sobre casos e questões que ele examinou pessoalmente.
Está na hora de parar com essa história de 'Fulano é boa pessoa, mas, sacumé, coitadinho etc. e tal'. Quem quer que ouse ocupar um cargo ou desempenhar uma responsabilidade que está MANIFESTAMENTE acima das suas capacidades e conhecimentos NÃO É UMA BOA PESSOA.
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