Poemas com Rimas de minha Rua
Eu moro na cidade, a minha natureza é o barulho típico da cidade, mas todas as manhãs um bando de passarinhos vem à minha janela fazer-me sentir a sinfonia que eleva meu espírito e empresta-me a sensação de liberdade porque afinal só os pássaros são efectivamente livres sempre que batem as suas asas voando para o desconhecido. foi um desses pássaros que levou o meu recado de que " você é o meu antigo novo amor".
A natureza e a minha mulemba, gigante de caule com um diâmetro de tamanho incalculável, folhas verdinhas nos seus altos galhos que só uma girafa multiplicada pode delas se deliciar. A sua sombra convidativa oferece um tapete verde de grama com o solo infértil de qualquer de qualquer semente, é somente para grama!... A natureza e a minha mulemba.
Se o céu da minha boca for o seu paraíso onde o amor se transforma em carne e carne em amor então viverei sorrindo para amar e chorar de felicidade.
É o meu desejo querer numa noite vazia, a estrela que ilumina e me faça curvar-se para a minha rainha do prazer.
Estou assim ultimamente, sensivel às coisas do coração e da alma. O vento fica soprando a minha cara, vento para formar laços, para abraçar, para reunir e amar como nos velhos tempos, todos juntos cheirosos à sabonete, centenas de famílias juntas e todos cantando durante o encontro da meia noite "missa do galo": É NATAL, É NATAL, o menino Deus nasceu... E tudo que aprisiona a quebrar-se deixando todo mundo livre, desejoso e a sonhar com enfeites do interior.
Zangaram-se as nossas almas, azedou o mel da sua boca, a lamparina que ilumina a minha paixão desvaneceu, saturou o movimento de acção, quebrou a taça de vinho bom, que loucura é a minha, o curso do rio interrompido e o pantanal sem escapatória, quero de volta o seu beijo bom escrito em cor de rosa entre lábios da minha boca.
Você não é minha mãe, o amor que sinto por ti é egoísta, contigo não vou brincar de amor porque o orgulho faz ferida que não cura, o meu amor por ti não é bondoso tão pouco paciente porque é invejoso e cheio de ódio por quem fica contigo enquanto finjo paciência.
A Bela terra minha, com as suas montanhas que escondem o crepúsculo do anoitecer e do amanhecer dos vales, Bela minha terra que presenteia rios que se beijam para fundirem-se espalmadamente em álacres beijos com o oceano para eternizar o amor à sua gente com estigma nos rostos de tanto chorar.
A Bela linda minha terra, o lobo vivia triste e abandonado, nervoso andou de jardim a jardim cortou os ramos com flores e levou para o seu esconderijo, aí ficava noites e dias a apreciar o quanto eram lindas as flores e rasgava-lhe sorrisos nos lábios, brilhava-lhe os olhos e tonificava os músculos de satisfação por ter as Belas e lindas flores ao seu lado. A Bela e linda minha terra deixou de ter flores e as abelhas ficaram sufocadas com a falta de néctar para o fabrico do que lhes alimentam e, uma abelha sem rumo pelas selvas foi voando utópicamente a busca do mel que se escondia em milhares de flores que o lobo pôs em cativeiro para a sua satisfação egoísta. As flores estavam a morrer e ficaram sem néctar, os animais deixaram de usufruir da beleza natural das flores, as abelhas a morrerem de fome e os homens tontos nos laboratórios à busca de sabores de mel...
- O vinho bom tornou-se sol ardente que faz minha tez perder brilho, e o teu amor delicioso com a sua suave fragrância se perde entre os homens carentes da cidade que se encharcam de bebidas fortes para espantar as paixões, ó amada do meu coração, quando me envolvo em lenções é o seu nardo que me alimenta.
Vejo os teus olhos em pombas que por trás da minha janela espreitam, fascinadas já não bebem água drenada pelo a/c do quarto como se lessem o meu pensamento, desejo fervente de comer carne rígida de pomba, abro a janela e azas batem em voos altos para o desconhecido, brincadeira, voltam à janela e matam a sede. Um dia estarão agarradas a minha mão e as tratarei com delicadeza e com muita paixão.
As peninhas brancas de "insecto" povoam a minha casa, dificeis de ser removidas, é a acção da Deusa do meu coração. Acordo demanhã e moveis e chão inundados da brancura de peninhas brancas, apoderasse a nostalgia de invernos brancos de neve ... Olho para a minha pequena sala e vejo a linda a esquiar sobre as penas, sacudo a cabeça e procuro pelo aspirador, chupa as peninhas e sinto a amálgama das almas, pô, é ela que voa até mim.
Amar você é um grande risco, e fazer dar certo é a vitória que faz crescer a minha autoconfiança e me faz partir para outras guerras.
Sinto-me bem no teu abraço, minha mente fica tranquila, as guirlandas da mesa à volta da aletria são a verdadeira delícia da alma, o apetite extinguido pelo panetone volta à ribalta, tudo porque você reconhece o meu valor. FELIZ NATAL.
O seu batom que mora em minha língua acorda com o amanhecer do dia, lidera as premissas do seu embelezamento, todas manhãs os teus lábios lambe e fá-los loucos e cativantes e espanta as dúvidas do teu sucesso.
Por que estás abatida, ó minha alma, se ontem estavas bem e hoje estás em pedaços? Porque te pertubas em mim ? Pois eu confio na vitória final.
Infelizmente, há aqueles que acreditam ser algo que, na verdade, não são, e isso entristece minha alma e meu coração. No entanto, de alguma forma, não guardo ressentimentos e não carrego em minha caminhada os defeitos dessas pobres almas. Permanece apenas na razão, e não no coração.
"Quando a ansiedade já me dominava no íntimo, o teu consolo trouxe alívio à minha alma." (Salmos 94:19)
