Poemas de Cazuza

Cerca de 189 poemas de Cazuza

A emoção acabou, que coincidência é o amor, a nossa música nunca mais tocou...

Queria te falar tantas coisas. Queria te falar do meu amor que muito tempo não é correspondido, queria te falar das minhas noites de insônia, de minhas lágrimas, do meu sofrimento, da minha dor e da minha paixão. Mas tudo foi em vão, você não liga, não dá a mínima, mas eu queria te fazer feliz. Infelizmente, você não me dá oportunidade de mostrar todo o meu amor. Você não me deu a oportunidade ao menos de falar, hoje sofro…Mas queria te explicar toda a razão do meu amor. Quem sabe esse querer não se transforma em ter um dia. Pois eu realmente quero ter você ao meu lado… Quem sabe um dia.

Primeiro é o beijo quente, procurado. A língua procurando a outra e vendo se a boca combina. Se combina o beijo, meio caminho andado.

Cazuza

Nota: Trecho da música Qual a cor do amor?.

Parece que as coisas perderam o brilho… O que era insubstituível virou facilmente descartável, os momentos, viraram lembranças.

Acenda as luzes todas. Perca a razão! Vem, me procura e encaixa no escuro do meu coração.

Tem dia que eu durmo pensando em você e tem dia que eu acordo pensando em você.

O amor, quando acaba, parece que ele nunca existiu. Você olha para a pessoa, assim, na sua frente. E aí você fala “Pô, eu quase me matei por uma porcaria dessa aí?"

Li uma vez que você vive não sei quantas mil horas e pode resumir tudo de bom em apenas cinco minutos. O resto é apenas o dia-a-dia. Um olhar, uma lágrima que cai, um abraço… Isso é muito pouco na vida. Então, isso vale mais que tudo para mim.

O inferno é aqui. A cabeça da gente é um inferno. E essa de "o inferno são os outros" não sei não... Para mim, que dependo muito de amigos, de carinho dos outros, não vejo a vida contra alguém. Posso até ser meio ingênuo. Essa visão de inferno e céu: eu não vejo o inferno como uma coisa ruim e o céu como bom. O céu pode ser uma chatice e o inferno uma coisa divertida. Aliás, as imagens que temos do inferno são sempre aquelas onde localizamos o demônio, as pessoas transando, se comendo. O inferno é um baile de carnaval no Monte Líbano.

Não estou amadurecendo para apodrecer. Estou maduro, mas fresquinho no galho, pronto para ser comido.

Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de furta mordida, nós na batida no embalo da rede, matando a sede na saliva.

Às vezes eu amo e construo castelos, às vezes eu amo tanto que tiro férias e embarco num tour para o inferno.

Cazuza
Medieval

Passei a vida te esperando, entende? Quando eu te escondo o jogo, quando eu te trato mal, é tudo medo, é tudo medo do amor.

Já tive até quem eu pudesse odiar, mas não entro nessa. É um peso desnecessário. Sou muito egoísta, centrado em mim mesmo, para me incomodar assim com os outros.

Tudo bem, você se mandou, não aguentou o peso da barra que é escolher viver de verdade.

E nossas vidas são um desencontro, mas eu te juro que ainda te amo.
E tenho esperança, mas às vezes cansa.

É que eu preciso dizer que eu te amo. Te ganhar ou perder sem engano. É, eu preciso dizer que eu te amo tanto. E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar do teu lado... Eu já nem sei se eu tô misturando. Eu perco o sono lembrando em cada riso teu.

Me sinto muito solitário. Mas não consigo encontrar alguém que me entenda e, a essa altura, já não sei dividir mais nada, muito menos apartamento. Já não tenho saco para ser cobrado de nada. Gosto de ficar sozinho com meus versos, escutando música ou simplesmente em silêncio. Sempre fui um cara certinho, sem as rebeldias dos jovens atuais. Claro que algumas vezes dava minhas fugidinhas de casa, mas sempre voltava como um bom menino.

Claro, faço muitos planos. Esse é o segredo para ficar vivo. Toda a minha família é muito forte. Eu tenho certeza de que vou viver pelo menos até uns 70 anos.

A rotina é sempre a mesma: uma pessoa entra na minha vida como quem não quer nada e quando ela se torna vital para mim, decide ir embora.