Poema sobre a Higiene Bucal
O canto dos pássaros de madrugada
Seriam mesmo
cantos de pássaros?
Talvez não passem de gritos
gritos de desespero
Súplicas para que apaguem as luzes
dos postes
de outdoors
dos faróis dos carros
da casa do insone
de festa
da melopeia.
Súplicas para que até as luzes
das estrelas
sejam absorvidas
pelas folhas das árvores
sobre seus ninhos.
e que seus sussurros
possam ser ouvidos.
seu cântico fica para a tarde –
e que então durmam
até o clarear dos primeiros
raios de sol
20.09.2018
"Nós esperamos"
Nós esperamos
que o tempo leve
nossos sentimentos
Que ele passe
como os ventos
Que ele apague
os antigos pensamentos
Norte,
Sul,
Leste,
Oeste,
E ele aparece
sem fazer barulho
sem deixar rastros
de algum movimento
nas janelas do passado.
O tempo cura
cada lamúria
de um solitário
sem futuro.
Como no outono,
Folhas caídas no chão,
Cores mortas,
Sempre em estação,
Primavera veio pra agitar,
E cores vivas para alegrar.
Sambando na neve,
Sem mesmo notar,
Á aventura sempre breve,
Em olhos profanar,
Livros em contos sem entender,
Vivendo dias de heróis sem saber.
Um vilão sem falar,
E as histórias sem contar.
Fazer poesia
Urge porque ora ardem. Ardem até serem escritas. Palavras entoam ardidas, tal como Sol do verão.
Há também as que amassam, sem ardor, queimação. Palavras apertadas, tal como nó na gravata. Sufocam, só desafroxam escritas no punho, à mão.
Mas há palavras que urgem sem tocar no coração. Juntas porque rimadas. Repetem tão ensaiadas, tal modinha de verão.
Rimas pobres, outras ricas. Carimbam, viram canção.
Urgem de tal maneira, habitam a cabeceira. As levo por todo instante, praga, saga e refrão. Me rendo, registro a rima.
De fato, nenhuma obra prima. Jamais tive tal pretensão. Mas rima virou poesia, singela, bela guria, quanta gente sonharia alçar tão posição.. Plenitude alcançada, rima ousou ser poema. Ousar ser poema e bom.
DO AMOR DE MÃE
Queria poder entender
Qual dos amores vem primeiro
O certo é que o amor de mãe
Sem dúvidas, é o verdadeiro
O que o difere dos outros
É que nunca é passageiro.
Dentre todos os amores
O de mãe eu sempre defendo
A maior felicidade pra ela
É ver o filho crescendo
Um sentimento perfeito
O tamanho eu não entendo.
Mamãe, uma palavra linda
Guardada no coração
Não importa se biológica
Ou fruto de uma adoção
Anjo da guarda do filho
Amando-o com devoção.
Eu peço que valorizem
Este esforço e dedicação
Cuidem de suas mães
Com carinho e afeição
Por nós elas dão a vida
Carinho e proteção.
DOCE DESPEDIDA
Hoje vou deixar nosso amor morrer com poesia
Escorrer dos olhos todo desmedido
Encontrar beleza no que me fez perdido
Transbordar do peito límpido e sereno
Toda essa agonia que me corrói por dentro.
Hoje sorrirei com tranquilidade
Pingando a saudade banhando os lençóis
Nessa terna beleza
De candura e singeleza
Derretendo a tristeza
Da tão atroz partida.
Hoje vou valsar bem leve
A inquietude que o momento pede
Cantarolar suave
Enquanto minh`alma se abre
Transformando em música toda essa dor.
Nessa leve despedida vou seguir a vida
Vazando a tristeza
Levando a certeza
Que é assim que se faz.
Sejamos livres das palavras que fere
Da angústia que chega
Da maldade que assombra
Da ilusão que engana
Do cansaço que esgota
Da mentira que confunde
Da desafeto que afasta
Do orgulho que separa
Da mágoa que adoece.
Hoje sinto nos meus ombros o peso de todas as minhas escolhas.
É difícil ser sozinha
É difícil resolver tudo sozinha.
Sinto que minha força já não é a mesma de antes,
Sinto que meu corpo já não tem tanto vigor como eu gostaria.
A vontade que sinto as vezes é de deitar e esperar a exaustão passar.
A POESIA
Dentre todas as artes
Ciências e tecnologia
Aprecio a Matemática
Gosto muito da Filosofia
Valorizo a Medicina
E a beleza da Biologia
Mas elevo a Literatura
E dentro dela a Poesia.
Poesias sobre o amor
Paixões, ódio e avareza
Não importa o tema
A rima traz a beleza
Amo muito as que falam
Da felicidade e tristeza.
E dessa linda ciência
Surgiram grandes cientistas
Poetas do mundo inteiro
Verdadeiros artistas
Doutores do verso e da rima
Célebres repentistas.
E foi na Literatura
Que Deus nos presenteou
Com o grande Quintana
Que a poesia amou
Escreveu muitas coisas lindas
Que o tempo nunca levou
E encheu de alegria
A terra que ele morou.
E teve muitos e muitos outros
Poetas e escritores
Que merecem destaque
Por falar dos amores
Mestres da Literatura
Na rima foram doutores.
Mas para encerrar os versos
Eis que surge a verdade
Se querem entender o amor
A tristeza e a felicidade
Façam como eu
Lhes conto com humildade
Recorro a poesia
Aprendo com a saudade.
UM NINHO
Em um velho tronco seco
Encontrei um ninho abandonado com apenas um ovo
Tão pequenino
Tão solitário
Um ovo que não se quebrou de dentro para fora
Guardou em si um passarinho que nunca voou
Pensei aonde estariam todos os outros
Talvez por aí visitando telhados
Construindo novos ninhos
Fazendo música em nossas manhãs
E ovo solitário do ninho abandonado?
Ah! Esse teve sua missão
Bem diferente dos seus irmãos
Me ensinou que para ter vida
Que para voar
É preciso se quebrar
De dentro para fora.
Você já teve aquela sensação?
De borboletas no estômago, calafrios e confusões oportunas a todo momento.
O sentimento da vontade,
do prazer,
da ânsia.
Quando me vêm a cabeça o único pensamento que ecoa
é a dúvida,
que arranha as paredes de minha mente com medo e incerteza.
Sei que conheço os dois sentimentos,
porém minha mente não me permite cair nas calúnias do coração.
O que a mente me pede é vazio e consciente.
O que o coração me pede é repleto de fantasias e paixão.
Qual aceitar?
Qual aspecto enxergar?
Seu rosto tímido e juvenil,
floresce ao meu toque.
Menino da pele rosada,
e de beijos cálidos que requentam meu coração de dores passadas.
Febre ,
miopia quanto a razão,
do mundo estamos distantes.
Isolamento total.
Afinal,
pego-me preso as correntes do tabuleiro do seu coração.
O cavaleiro vermelho entregou seu coração
A bela dama que tem estrelas em seus olhos
Que com um despojado ademane o escornou
Se voltando para o placito de novos amores
Deixando ao desprezo o amor do cortejador
Com seu coração, prova de um amor infactível
Poemas e tudo mais
Se encontram atados ao cais
Do oceano de sentimentos
Que transforma o sentir em versos
No Ritmo do Passacale
Sou natureza
Tua presa
Com planícies e montanhas,
Cerrados, ilhas e lagoas.
Na sedução tu não me ganhas
Eu oferto e tu me doas
Escalas os picos, passeias no vale,
Mapeias no ritmo do passacale.
Descortinas o véu
Exibo meu céu
Nadas em mim
Exalo jasmim
Deitas nas pedras
A seiva medra
Sorves nas fontes
Gritas nos montes
Ecoa num rio de paz
Cavaleiro audaz
És minha presa
Sou tua natureza
Em meio a correria do dia, ainda há que se permitir meditar para a mente e o coração aquietar.
Em meio ao dia de labor,
ainda há que se ter olhos para ver o sol extraordinário nascer ou se pôr.
Em meio as atribulações da vida ainda há que se perceber as lições delas extraídas.
Em meio as alegrias inesperadas ainda há como se revigorar de energias qualificadas.
Armadura
Eu me desapeguei do mundo inteiro
eu me desapeguei para que o mundo não mudasse o meu jeito
eu me desapeguei pra ter respeito
pois precisei me libertar de qualquer jeito
Deixei de ser romântico
deixei de ser amigável
deixei de ser bonzinho...
Parei de ter carinho
Tornei-me um grosso
bicho solto a me rebelar,
parei de ouvir todo mundo
para aprender a me amar,
e só assim aprenderam a me respeitar
Vesti-me com cara mais emburrada
e minha personalidade mais mal criada
como uma espécie de armadura,
pois foi assim que conseguir a minha proteção,
já que sem a armadura...
Eu seria uma preza fácil no meio da multidão
Os sentimentos se desfizeram
não cultivo mais amor
não cultivo amizade
nem carinho, ternura ou qualquer emoção,
não foi por minha vontade
foi à única solução
Eu me desapeguei de tudo
para assim poder me encontrar
a se o mundo inteiro pudesse saber
como estou feliz por me amar.
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