Poema sem Amor Madre Teresa
Canais
Canais são pequenos caminhos de vida
Eles levam e trazem as marés
E depositam nossos sonhos nos rios
Eles são como veias distribuídas
Por todo o corpo desta cidade
Que embora intensa, moderna,
Urbanizada (e civilizada),
Ainda se conecta de muitas formas
Com a natureza,
Com os rios e com seus cursos.
Canais são isso; conexões com o fluxo do
Tâmisa, pequenos fragmentos de uma
Imensidão sem fim, a desaguar no mar.
Também somos canais.
Pequenos fragmentos
Fôlegos de vida levando o que deve ficar
Para trás e trazendo esperanças
Somos canais de amor.
Precisamos desaguar
Este afeto, este desejo de mudança
Para o mundo neste imenso rio
Que flui sob as nuvens de anseios
Aguardando por desaguarem abraços e choverem reencontros.
se todos esperarmos
para sermos amados
quem vai amar?
se todos esperarmos
por uma mudança
quem a fará?
se todos esperarmos
por dias melhores
anos melhores
pessoas melhores
quando deixaremos
de esperar
para viver?
quando deixaremos
de buscar
para ser?
Quando minha alma, este fulgor tépido;
de meu velho corpo irá se separar;
meu caixão, morada do cadáver fétido;
será o casulo que irei abandonar;
e estarei livre, me sentirei lépido;
borboleta pronta para voar.
Solidão.
Um vazio dentro do peito.
Nada parece ter sentido,
nada parece dar jeito.
Sentir-se só,
Sem peso, sem valor...
Tudo é frio, sem calor...
É ver como piedade qualquer aproximação, é se isolar, de tudo se afastar...
Intrusa, invassora solidão.
Não segue ordens,
ataca diretamente nossa razão.
Flores sem cheiro,
Rosas com pétalas secas que caim.
Cristal trincado, absoluto,
Vem sem avisar, fixa e não sai.
Solidão dentro do peito,
escondida da multidão,
Entre sorrisos e abraços
a escoltar o coração.
Autor: Joao Carlos Dos Reis
quero mergulhar no teu mar
envolver-me sobre as ondas de tuas curvas
sentir tua maresia
este sereno orvalho que ressalga neste ar insípido
deixar a temperatura elevar
aumentar
até amorenar esta pele cinzenta que ganhou mais cor
desde que no sol de tua pele pude explorar
desde que banhei-me com teu calor
e fiz de teu universo
meu lídimo lar
as curvas do teu corpo são as mesmas que me acidenta
as curvas de teus lábios são as mesmas que me perco
as curvas do teu sorriso são as mesmas que me acho
GENTE VAZIA
gente vazia o vento leva
gente vazia o tempo revela
tão secas quanto folhas
tão rasas quando molhas
gente vazia a chuva molha
e continuam vazias
gente vazia o tempo
sem deixar vazio
teu lábio carnudo
me deixa desnudo
teu conteúdo
me deixa miúdo
meu mento barbudo
n'teu corpo veludo
é tudo
PERIPÉCIAS Nº 5: TEMPO
nem sempre quem te toma tempo
te devolve
e nem sempre quem te empresta tempo
se comove
até que o contrário se prove
tempo que não planta
não se colhe
há quem goste de gastar tempo
e há quem só queira ganhar tempo
ás vezes é uma questão de economia
e ás vezes é só questão de mordomia
há quem queira dar um tempo
e há quem só queira dar tempo ao tempo
em tempos de passatempos
só não há quem queira perder mais tempo
Seja leve
mas nem tudo releve
seja leve
mas nem tudo leve
porque a vida é breve
como segurar diante o sol
uma bola de neve
seja leve
pra deixar a vida leve
e leve dela apenas o que for leve
pras tristezas
dê greve
pros sorrisos
se entregue
sinta a tocar
feito flocos de neve
leve
tão leve
e se eleve.
Quando te vejo
Meu coração bate mais forte
Minha respiração fica mais ofegante
Quando te vejo
É como se nunca tivesse amado antes
Você
A inspiração para esse poema
insisto em você
Porque parece valer a pena
Quando te vejo
Minha boca se cala
Por ti minha pupila dilata
Será amor?
Será paixão?
Faltam palavras para expressar o que sinto nesse meu coração
Eu queria falar, mas já nem sei o'que transborda tanto
Eu queria voar, mas às asas já pesam tanto
Eu queria cantar, mas minha voz já se desgastou tanto
Eu leio, escrevo
Tanto
Uma mente perdida em meia à tantas referências
Proucurando seu próprio canto
Versão, visão
Quero tudo além de uma canção
Além de palavras que falam tanto, soando tão importante
Mas não o suficiente para essa mente tão insuficiente
Além de atitudes, que marcam tanto
Desejo morar nesse verso
Nesse silêncio que se torna tudo
Paz e poder
Sonhar e vencer -o que?- .
03:11
10 de fev de 2020
ser mulher
não é questão de gênero
ser mulher
não é questão de idade
ser mulher
não é a roupa que veste
ou quando esta se despe
ser mulher
é uma questão a desvendar
e uma lição a se dar
ser mulher
é uma questão de visão
com boas escolhas a tomar
quis ser de todo mundo
e acabou sendo de ninguém
quis deus e o mundo
e acabou sozinho também
atirou para todos os lados
baleado foi
com os próprios disparos
e afogado morreu
numa vida vazia
que nenhuma prazer trazia
que ironia
É inevitável não olhar para suas mãos
E pensar em seus carinhosos afagos
Ou afáveis carinhos
É desonesto eu dizer que não sinto
Porque se te encontro
Meu coração dispara
Porque se te toco
Meu corpo esquenta
Porque se te beijo
Meus olhos mudam de cor
Uma cor que só eu e você
Só a gente consegue enxergar
E essa cor possui um cheiro também
Que só a gente consegue sentir
Mas agora, nada passam de belas palavras
São elas que me restam
Porque embora esteja no presente
Tudo isso não passa de um pretérito
Mais que perfeito...
Nem as mais formosas teorias éticas compreenderiam minha cautelosa assertividade diante de suas ações, suas falas, seus olhares.
Nem mesmo os mais vistosos astros poderiam resplandecer a luminosidade do seu olhar, a grandiosidade do seu existir, e a maravilhosidade do seu estar.
E para completar minhas incontextuais e infames comparações Até acho desprezível te comparar, mas é só para você entender melhor. Enfim, nem mesmo o divino conseguiria criar um ser com tanta formosura quanto você.
A única coisa que talvez definiria sua beleza seria VOCÊ MESMA. Porque VOCÊ MESMA é indefinível.
frente a proa embarcava nos sete mares de teus olhares
arpando contra o vento
cruzava n'teu corpo sedento
velejando n'tuas curvas
com o convés aos teus pés
tuas ondas galgavam sem revés
penetrando n'tua maré
cruzando meus oceanos
navegando pelos ares
beijando-me e aguando
tua pele
um echarpe que aquece-me como quero
teu olhar
um par de estrelas que refulge tao fero
tudo é um statique
e neste transe reconheço tua fala
boca
sede
ocupando dimensões
todas as escalas
e não porque me falas
mas porque me abalas
como abalos que são amparos
no gatilho que me trago
sou também o alvo
que imoto me disparo
Medo
Medo da chuva,
Medo da curva
Medo da água turva.
Medo da estrada,
Medo da escada
Medo da voz calada.
Medo do dia,
Medo da pia
Medo da noite que esfria.
Medo da dor,
Medo do amor
Medo do coração que guarda rancor.
se desculpar
não desculpa a culpa
não alivia a culpa
mas não pedir desculpa
porque a culpa não desculpa
também não é desculpa
pedir desculpa
é só admitir a culpa
e desculpar é entender
que culpa seria
primeiro a si não desculpar
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