Poema sem Amor Madre Teresa
Deixa as lembranças que são sobreviventes, por que de resto, resta a experiência ensinar: esqueça.
Já me basta apagar da memória minhas farras descabidas, as noites mal dormidas e as ações desmedidas.
O dia já foi muito pesado. Tua presença é só o recado dizendo ao meu corpo que está tudo bem.
Deixo estar. Deixo ser.
Se é teu fogo que aquieta meu demônio:
Te espero acordada pra trocarmos um pouquinho de paz.
Pega toda essa mágoa e transforme.
Pegue essa desilusão e faça a esperança.
Que essa carência de gente vazia vire pura ternura.
Amor perdido não se cura,
leva-se como experiência.
O fardo só existirá se você perceber que o carrega,
deixe mais leve sua procura.
Permita-se fixar a beleza do mundo.
Que seja feita de luz,
que no seu céu haja um sol,
Que não carregue uma cruz.
Não se afogue em misérias, e;
em hipótese alguma
deixe de driblar a rotina.
Encontre em tudo que seus dedos toquem
a forma que te forma divina.
A vida ensina, regenera, cura o surto e lambe com bálsamo o que antes ardeu na pele.
Tal qual o mecanismo de um moinho de vento. Singelo e cru; ele sempre segue adiante. Gira a hélice após hélice e quando o inverno o congela; o sol posterior derrete o gelo. Um mantra que informa ao desavisado que relembrar o vento ruim é perpetuar o mau tempo. Quase uma prece gritada, dizendo: SEGUE ADIANTE!
Há quem viva neste mundo
Com medo de arriscar
Neste mundo estranho
Não há tempo para acovardar
Vivemos cada dia
Um dia de cada vez
Em vez de pensar no futuro
Pensamos sempre naquilo que o outro fez
Para corrigirmos o outro
Para ensinarmos o outro
Para ajudar-mos o outro
Antes temos de nos compor a nós próprios
Fazemos coisas estranhas
Por vezes nem sabemos o porquê
são aventuras da vida
Que só nos fazem crescer.
Sobrevivo,
Vivo sem pensar nas consequências
Fico atenta para o que vem aseguir
Mas mantendo-me na ignorância
Vivo no meu mundo
Sobrevivo no mesmo
Ajudo quem posso
Até aquele que diz: 'Não sirvo para ele'
Não quero chatear ninguém
Apenas ajudar um amigo
Desculpem lá se o faço
Ou ajudo alguém com aquilo que digo
O amigo em primeiro
Eu venho depois
Nesta historia que é a vida
Eu vou ser sempre o nº2
Tento animar
Acabo destroçada
Vou abaixo
E ninguém dá por nada
Querem-me fazer mal
Estão à vontade
Não se cheguem é perto
Por quem a vida eu dava!
Hoje morri
Fui para um lugar
Não sei onde era
Onde fui parar
Olhei para um lado
Olhei para o outro
Mas só quando olhei para a frente
Vi um baloiço
Um baloiço sozinho
No meio do nada
Como eu neste mundo
Triste e isolada
De um lado para o outro
Ele baloiçava
Ninguém a empurrar
Nem o vento soprava
Como ele se mexia
Ainda hoje não o sei
Vivo apenas com o pensamento
Que naquele baloiço deixei!
Deixa-me triste
Quando vejo
Que algo está mal
Ou está tudo desfeito
Corro, ando, passeio
Sempre atrás de ti
Mas tu viras-me as costas
Porque dizes que te menti
Não infrinjo a lei
Não mato ninguém
Porque me censuras
Se eu bem me portei!
SEDUÇÃO
Eu queria oferecer-te
Versos lindos!
Como a vida desabrochando
E as flores se abrindo.
Queria encher-te de alegria,
Cantar a nostalgia
Juntamente contigo
Todos os dias.
Eu queria oferecer-te
Cada estrela, cada lua.
E sob tal claridade
Sentir-me completamente tua.
Queria enlouquecer-te
De prazer, de sedução,
E poderia ser a única mulher
A acarinhar teu coração.
Queria estar contigo
Diante de uma onda do mar,
Queria ficar observando
Ela sobre teu corpo quebrar.
Queria encontrar-te um dia
Quando a morte nos separar
Porque a morte só separa os corpos
Mas alma do amor continua lá.
Oh! Divinity sends blessings in the Universe
About my people, as you sent blessings upon me and my soul.
Only You are indeed worthy of Love, of Praise and Glory.
Certo dia, infligi-me à inevitabilidade da tortura:
estive a pensar, a pensar…
E senti-me abismar precipitado
num tempo que foge ao dos ponteiros.
Imerso no relógio reflexivo,
escapuli-me, sem esforço,
para o ininterruptamente absurdo –
onde tudo se torna evidente
e a pureza das coisas alcançável.
O prazer da minha própria companhia
tornou-se doloroso,
(ninguém nos explica verdadeiramente nada...);
havia incorporado tic tac’s pensantes,
tais filosofias agudas, cortantes,
que tanto me ferem a sensibilidade.
Por vezes, quando sofro o suficiente
para me tornar um homem novo,
tento ser capaz de retornar,
evitar a poesia, ser mais terreno.
Mas o meu mal é ser poeta,
mesmo sem o querer.
É longa a distância entre reconhecermo-nos…
A verdade é que,
cada instante de poesia,
por mais que doa,
também satisfaz.
Sobre partidas
Depois que ele partiu, os sons ficaram diferentes. Ouvia o barulho do relógio, dos carros, ouvia o riso lá fora, longe. Parecia tudo de outro mundo, achava tudo estranho. Amava tudo isso, coisas cotidianas, mas sentia falta das mãos, dos olhos e do sorriso, das conversas. Sentia falta da porta se abrindo, da bagunça, daquela vida suave. Procurava, procurava e, estranhava, só conseguia encontrar o seu amor no silêncio. No silêncio aprendeu outro jeito de amar, como se comungasse com alguém muito maior, e Ele, bondoso, devolvesse as memórias de tudo que havia sido bom. Dormia abraçada com suas lembranças e, nessas horas, no meio da dor, até paz sentia. No silêncio aprendeu outro jeito de amar quem partiu e quem ficou.
Um bizarro bairro de desmaiadas cores
estende-se vago pela colina,
rompendo-se solto de movimento,
como pinceladas delirantes de um esboço
engolido pela natureza.
Já no escuro, cá fora, de baixo,
vejo-o beijar a noite em êxtase de estrelas,
e ouço gemidos de moribundos
que se esvaem nos ventos leves.
Como vivem felizes sob o lume que não se extingue,
tão cheio de luar, embebido num infinito prazer…
E todavia bocejava constantemente,
entre os desbotares de gozo e de cansaço,
como se de um sonho se tratasse…
Os pássaros avançam em meu redor
e invadem-me aromas de árvores e flores,
abraçam-me as tintas, os sopros e o calor,
e eu, tal e qual… amortalhado de impressões,
e nelas a inacessível confidência dos meus sentidos.
Já não sei quem sou, nem de onde venho,
ora para onde vou. Enfim perdido
na inconsistência dos sonhos…
Flutuando, eu que me achava deitado no rochedo,
adormecido à tardinha…
Junto a mim, em mim,
a fronteira entre o ilusório e o tangível.
Em cada esquina, divagações… E a vida que corre
como um poema…
O bicho-papão chamado SOLIDÃO
A solidão é um estado que assombra!
Faz sentirmo-nos desacompanhados, abandonados, desprotegidos, tristes e com medo...
Exige-nos a dependência do outro...
Aterroriza-nos com o receio de estar sem algo...
Traz-nos fantasmagóricas lembranças sofridas do abandono...
O que fazer com esse bicho-papão?
Apresentarmo-nos a ele...simples assim!
Porém, é preciso analisar se eu interiormente existo realmente.
Esta averiguação conseguimos através do diálogo interior, da restruturação de alicerces trincados, da descoberta de prazeres solitários, do enterro de velhos mortos, da liberação de estruturas egóicas, do controle da ansiedade do amanhã...
Qual foi a última vez que procuramos nos ver através de um espelho além do nosso ser externo?
Só olhamos para observar a arrumação do cabelo, da maquiagem, da barba, da limpeza dos dentes?
Conhecemos nossas fisionomias quando sentimos uma dor ou quando gargalhamos?
Desejamos um ‘excelente dia’ para nós mesmos? E quando vamos dormir?
Temos posto pontos e virgulas em pessoas e situações para que nosso interior se sinta confortável (ou pelo menos não tanto incomodado)?
Na verdade, quando tivermos certeza da existência deste nosso ser interior, nem vamos precisar apresenta-lo ao bicho-papão... Ele não existirá mais!!
Nossos Vulcões em Atividade
Por vezes as circunstancias nos impõe acontecimentos não previstos.
É o engarrafamento que nos atrasa, a resposta negativa ao que tanto ansiávamos, a incompreensão ao que com tanto carinho tentamos expor...
E a sensação da falta de domínio nessas situações promove um vulcão em atividade.
As circunstancias podem fugir ao nosso domínio, mas as nossas reações a elas, não!!
Nossas reações são de controle pessoal e intransferível.
Vamos agravar o que por si já não é tão agradável?
Pensemos nisso na próxima vez em que as circunstancias colocarem nossos vulcões em atividade e não vamos abrir mão do nosso poder de controle das nossas emoções e reações.
Hoje me deparei com um sentimento tão familiar. Amargamente saboroso. Pela primeira vez a solidão não me soa vazio e medo, é ao contrário disso, algo que parece que me faltava.
Penso que em algum momento me perdi de mim, me espremi para caber em mundos e contextos que não eram meus. Fui ao fundo de vários poços que não o meu. Encontrei soluções e vi as várias pessoas a quem ajudei partirem felizes e realizadas, certas de que não mais são vazias.
O que restou de mim foi a força de me refazer... ou talvez não seja a força e sim a unica opção que me resta.
Prefiro em muito pensar que tenho em mim uma força que outros não tem. Isso me tranquiliza em pensar, que no final das contas, por mais que eu tenha sido um mero apoio na vida de outrem, eu contudo consigo andar só. Não fui apoiada, tive força, por dois, por três... e venci.
Despedacei o vidro que eu dei. Mas me mantive inteira para mim.
E mesmo ao pensar nesse meu vazio tão bonito... percebo o quão é necessário para mim, estar só.
Eu me salvo de mim. Estou com medo do que estou me tornando. Deixei de ser criança. Percebi isto quando vi que não consigo mais ver leveza e sorrir de coisas simples. Deixei de ser inocente e me tornei algo que eu temia. Alguém que sofre com o ontem, achando que o amanhã mudará por isso. Me tornei alguém que chora no hoje, tentando mudar algo do ontem. Alguém que tenta prever o amanhã fracassado pelo ontem fudido e o hoje sem esperança.
Eu me tornei o que eu mais temia. Me tornei um remendo de mim. um pedaço do que eu poderia ser. E sim, sei que sempre posso ser melhor. e é triste pra mim, que neste momento eu não deseje isso. Eu apenas quero não chorar mais. não quero "me sentir" merecedora de algo. Quero ter forca pra lutar por isso. Não quero achar que estou sofrendo, quero me levantar contra isso. Não quero ceder a tristeza... quero sorrir e tomar uma vodka com ela.
Eu quero voltar a ser criança!
A não temer o amanhã. Quero não precisar de nada mais do que minha imaginação pra ser feliz. Brincar com o vento. Sorrir com a água que corre. Sentir e saber que as coisas mais simples são aquelas que não se podem tocar.
Quero poder sorrir de mim novamente, e então perceber, sozinha e sem esforço, que tudo o que eu tive, tenho e terei, é passageiro. Que tudo o que eu senti, sinto e sentirei também é.
Que as coisas se vão, as pessoas mudam, e o momento passa...
Quando isso não me trouxer mais angustia e dor, eu saberei, que mais uma vez, eu transbordo a inocência de quem não se preocupa em perder... so celebra o que ganha e ama enquanto existir significado.
Hoje tive vergonha de mim.
Tive vergonha de não ser como todo mundo é.
Tive vergonha de não me sentir pertencente a lugar nenhum.
Tive vergonha de não me enquadrar no espaço que não me cabe...
E com vergonha, eu quero dizer felicidade intensa e genuína.
Ser você e se orgulhar disso, é o que faz a diferença.
Há um desejo avassalador em meu coração de arrancar a agonia do escárnio que existe em minha vida. Há um desejo de me tornar aquela a quem sempre desejei ser e sempre tive preguiça de perseguir.
Há um desejo de viver aquilo que eu nunca consegui por medo de tentar.
Há, antes de tudo, um desejo gritando, ecoando em meu coração... há um desejo de ser eu.
E esse, eu nunca tive, o que torna tudo tão mais especial.
Há o desejo de ser alguém que eu nunca fui. De amar como nunca amei.
Há o desejo de me amar como nunca fiz, e essa é a melhor angústia que já tive.
No fim de tudo, o que quero é apenas ter a certeza de que vivi da melhor forma, de que fui feliz e fui triste... e que alcancei o que havia em meu destino alcançar.
No final de tudo, eu só não desejo partir sem ter pelo menos tentado ser feliz e sem ter pelo menos uma vez conseguido...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp