Poema sem Amor Madre Teresa

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Ragnarok

Tenho a fúria de Thor investida no meu coração,
A cada verso, a cada palavra,
Sinto a força a força do martelo,
A vibração na bigorna,
O choque do trovão.

O olhar de Odin reside em mim,
Sinto o passado, futuro e presente,
Sinto a sua curiosidade sem fim.
Sinto a sua sabedoria, estranhamente,
Como se conhece-se o mundo, inteiramente.

Sou Loki,
Com a sua mentira,
Invejoso,
Com a sua raiva,
Ganancioso,
Sinto a sua vontade
De enganar,
Mostrar a minha esperteza,
Quero roubar
O que deveria estar na minha mesa!

Na noite,
Bebo o hidromel,
Viro Egill,Jórunn, Gunnar:
Poeta e guerreiro,
Não haverá cordel
Que me vá segurar.

Sou Vidar!
Quero vingança!
Quero hornar
Os que perderam a esperança.
Quero vingar
Quem se perdeu na matança!
Com palavras e noção:
Esmago,
Corto,
Perfuro,
Qualquer coração.
Versos são sapato e espada,
É meu destino matar o cão!

Agressão

Um sofrimento
Que surge nos olhos
E não quer sumir,
Tantas opressões,
E em cada opressão
Uma morte na alma,
Um mundo em gelo.

É outono.
Venta.
Das árvores folhas caem,
Folhas mortas,
Folhas secas,
Folhas enrugadas,
Sofridas e vividas.

É outono.
O céu nublado,
O sol calorento,
O mar calmo.
Marulhos penetravam
Na areia tenra
e acomodada.

É outono.
O sol já se foi.
A noite chega
Trazendo com ela
A lua e as estrelas
E, as árvores despidas
Sentem frio.

É outono.
Árvores morrem.
As folhas permanecem
Sobre a terra.
O vento chega e
leva consigo a
amargura do sofrimento
E semeia na terra
uma nova semente.
É outono.

MINAS

Eu sou de lá das bandas das Minas Gerais
Das boas estórias, nossas, vou confessar
Terra do povo mineiro, bão, pra se admirar
Leite tirado na hora, roça, e seus arraiais

De volta à estrada das pedras, a retornar
Se daqui parti, voltar é bão, bão demais
Apreciar os planaltos e as estradas Reais
Pão de queijo, broas de milho pra assar

Tem, também, pamonhas e os milharais
Lavorando o cerrado, o caboclo a lavrar
É do Triângulo, donde são meus currais

Imenso céu, as lembranças, põe a sonhar
Araguari, cidade natal, e os velhos locais
É saudade passo a passo disputando olhar

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017

A dor d'alma dilacera em silêncio.
Vem em gotas de frustrações diárias.
Surpreende num surto em pleno ócio.
Veneno lento que esgana várias esperanças. Sem piedade, assiste ao desmoronar interno, tijolo a tijolo. Sufoca com mãos pequenas. Triste ver o corpo murchar, perder o viço, desencantar junto às rugas profundas que marcam a vida. Uma flor esquecida, sem regas. A beleza dessa dor pungente não transparece fácil, é urdida pelas mãos do poeta dormente.

⁠LIBRA

linha tênue entre tempestade e brisa de verão, ela é balança que pesa razão e emoção. é viver se equilibrando na corda bamba da indecisão e fazer justiça com as mãos no coração. comunicativa, leve e descontraída, não se cativar por seu carisma é vã tentativa. sempre se pondo no lugar do outro, tem medo de magoar como tem prazer em agradar. ela rouba a desventura dos outros e cuida como se fosse sua. é esconder o nirvana dentro da alma e contagiar pela sua essência. é constelação que guia e sereia que dispersa. é equilíbrio perfeito de ingenuidade e malícia. amante da liberdade e esperançosa na bondade, acredita que o amor é uma flor regada de amizade. ela que é ar puro e força motriz, sociável e delicada, balança que cai e levanta e ninguém diz, é a menina que sonha grande e mente que voa longe. é calmaria, bagunça, guerra e paz que desfaz e se refaz.

A risada dela poderia tocar na rádio que eu não enjoaria
O olhar dela é daqueles poemas que sempre leria
O sorriso bobo dela desconcerta qualquer um
Não falta muito pra te dizer "I love you".

O bagulho é loko e o processo é lento.

A cada dia que passa eu fico mais tenso.

E o meu desejo se resume sempre no mesmo.

Ter a coragem de chegar em você e dizer com palavras, que me rendo.

Me rendo, dizendo-lhe o que almejo já faz um bom tempo, VOCÊ.

A certeza de nós

De todas as coisas que fiz na vida
A mais linda foi ter te conhecido
Linda, meiga gentil e inibida
Se tornou a razão do meu libido

Achando uma forma de me deixar sem jeito
Com formas de carinho dedicatórias em músicas e com respeito
Foi assim de supetão entrando em meu peito

Talvez emotiva, as vezes com certeza ...
Mas forte o suficiente para de forma alguma
Demonstrar frieza

Só quero que saiba que nessas palavras eu não falo
Apenas explico
O meu sentimento por ti eu diria ateh em um valo caído.
Por que sei que mesmo tão longe .
Do meu lado estaria se eu estivesse ferido.

Do conforto que me trás o som da tua voz .
Aqui eu te digo
Tenho certeza de nós!

"Depressão a crescer
Não sei o que fazer,
Tanta cena a acontecer
Só penso em morrer!

Eu acho que fiz
A depressão acontecer
Só sei que tenho amigos
que me fazem viver!

Perder amizades
Perder liberdades
Só sei que sou vítima
De muitas vaidades!

Não sou feliz aqui
Quanto mais em cidades!
Muita gente diz
Que o que eu sofro é só fazes!

Poderia fazer coisas más
Mas não tenho coragem!
Pois o meu pai não quer
Um filho que fuja da mensagem!

Tem dias que estou feliz
Porque sei que sou o escolhido
Estou muito grato a Deus
Por o que tenho vivido!"

Fuga

Fugirei dos seus braços
Ao perceber que, diante do gatilho,
Estou completamente perdido por você,
Desculpa! Se estiver sendo baixo
Só não quero corromper
As montanhas,
Tenho medo da neblina.
Seja minha ninfa!
Mas quero um pouco
Curtir a vida…
Um dia a farei
Meu universo, minha rainha
Serei seu dia,
Por enquanto
Da paixão serei de você
Uma fuga.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

Doce pecado

Nasce uma flor inusitada
Bela delirante
Curvosa…
Seu perfume é um cristal
Vindo das colinas,
Inspira o céu
Transmite-me tranquilidade…
O tempo passa,
Tudo muda,
Ludibrias os meus olhos,
Enlouquece-me,
E me perde
Nas profundezas
Da paixão.
Doce pecado
Que me pega por baixo
E me faz de surpresa,
Sufoca, laça, faz de mim fatias
Deixando-me em pedaços.

Valter Bitencourt Júnior
Toque de Acalanto: Poesias, 2017.

“ANJO AMIGO”
Um dia sonhei em ser anjo. Anjo desses que andam por aí...
Quem me dera ser...
Poder tocar nos corações aflitos, aliviar a dor de uma mágoa...
Abrir um sorriso no rosto daquele que chora.
Interceder por quem tem sede de uma vitória.
Mostrar a luz no caminho obscuro daquele que anda nas trevas.
E na escuridão da noite, fazer se encontrar aquele que está perdido.
Aquecer com um abraço, a madrugada fria de quem teve amargura.
Pudera eu, reanimar aquele que teve o coração ferido pela vaidade.
Enxugar as lágrimas que caem no rosto abatido pela dor da saudade.
Tomar pela mão quem está caído, e oferecer um ombro-amigo.
Ainda que eu nunca tenha sido Anjo... Ou nem mesmo um dia me torne...
Pudera eu, ao menos dizer...
Se eu não puder enxugar suas lágrimas, chorarei contigo.
Enquanto em vida, poderei ao menos olhar nos olhos e dizer...
-Não tenha medo, Deus me disse que tem planos pra você.
Eu e Deus, nós estamos contigo!
(Carlos Figueredo)

Boa tarde.

No insolúvel desejo.
No fim ensejo,
O direito de amar.

A alegria é um conto,
Que existe e permeia.
Até o próprio ar,

Até um simples ponto.
Em uma pequena aldeia,
Emite o próprio conto,

E a sabedoria ancestral.
Que dispõe do saber.
Enfim só quer "SER".
E libertar-se de todo mau.

Isso é um conto de vida.
De uma história sabida,
Do pequeno,
E do todo.

E assim vamos sendo,
E o simples saber.
Nós envolvendo.

Sob o comando do céu azul,

No azul do mar repousado,

A riqueza em letras de Libra,

Pode ser completamente perdida.



Nas mãos feminina está o destino,

Do nosso povo sofrido,

A aurora pode se esgotar...,

Por causa deste outubro talvez perdido.



Não sabemos como será,

Talvez já era o amanhã;

A balança será findada

Pelo toque da martelada.



Temos uma força rendida,

As vozes estão silenciadas,

Trilhas desviadas...,

As almas roucas, e outras sem vida.



Neste outubro talvez perdido,

Cor de chumbo,

Gigante distraído,

O país está comprometido.



Descansa a lira das veredas,

Repousa a harpa das Geraes,

Ergue, enfrenta e reage,

Por um Brasil de paz.

Tempestade

E corrupia o seu ser
Por entre a brisa,
E feito as flores
Cristalinas, o sol
A brilhar, em sua face.
Diamantes a serem lapidados,
Palavras de poeta
A serem cortadas,
Até chegar a sua
Perfeição. O tempo
No olho dos filósofos,
E uma maré de
Solidão no espaço.

Valter Bitencourt Júnior
Eldorado: Coletânea de Poemas, Crônicas e Contos, 2014.

Bordão

Em algum momento
haverá alguém que te conquistará.
Talvez meio de repente,
que te fará sentir tudo diferente,
até parecer um delinquente.
Mas jamais deixará de ser sua estrela cadente.
Quando houver uma razão,
Sentirá esse vazão,
Que nem terá explicação.

Dirigindo e bebendo

Já é agosto e eu não
leio um livro há seis meses
a não ser por um troço chamado A Retirada de Moscou
de Caulaincourt.
Ainda assim, estou feliz
andando de carro com meu irmão
e bebendo um pint de Old Crow.
Não estamos indo a lugar nenhum,
só estamos indo.
Se eu fechasse os olhos por um minuto
estaria perdido, contudo
eu poderia facilmente deitar e dormir pra sempre
na beira desta estrada.
Meu irmão me cutuca.
Para que algo aconteça, está por um triz.

Passagem do ano

Passagem
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.

O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus…

Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.

O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles… e nenhum resolve.

Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.

Carlos Drummond de Andrade
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.

Faz da tua casa uma festa!
Ouve música, canta, dança, compõe, toca um instrumento.
Faz da tua casa um templo!
Reza, ora, medita, silencia, acalma, pede, agradece.
Faz da tua casa uma escola!
Lê, escreve, pesquisa, desenha, pinta, borda, costura, estuda, aprende, ensina.
Fotografa e faz algum curso.
Enfim, faz da tua casa um local criativo de amor.

Faz da tua casa uma loja!
Limpa, arruma, organiza, decora, etiqueta, vende, doa.
Faz da tua casa um restaurante!
Cozinha, come, prova, cria receitas, cultiva temperos, planta uma horta.
Faz da tua casa um centro cultural!
Declama poesia, improvisa um monólogo, joga videogame, cartas, xadrez, dados, vê filmes, séries, novelas, desenhos, documentários. Ouve com atenção todas as notícias, as informações sérias que te acrescente como pessoa.
Filtra as notícias falsas.
Enfim, faz da tua casa um local criativo de amor.

Neneca Parreira

Nota: O poema costuma ser erroneamente atribuído a Cora Coralina.

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