Poema sem Amor Madre Teresa
A menina dos olhos dourados
Era um tempo o qual não havia nuvens
O sol brilhava e a brisa daquele vento soprava
Estava aquela menina no passeio daquela rua sentada
Em uma pedra que próximo há uma porta estava
Porta era aquela que se dava para a entrada de sua casa
A menina quieta observava
As pessoas que naquela rua passavam
Todas as pessoas que há viam se admiravam
Pois aquela menina tinha algo que lhe chamava atenção
Mas isso não há intimidava, para as pessoas ela continuava observando
Um homem retalhado passa por ali
Carregava ele em uma de suas mãos uma garrafa
A menina observando o homem passando começou a rir
Pois ela se engraçou da forma que aquele homem andava
O homem vendo que a menina ria
Ele tira a touca retalhada de sua cabeça e a reverencia
A menina continua olhando e observando
Até que passa uma mulher bonita e ajeitada
Havia entre seus dedos um papel que lhe saia fumaça
A mulher tossia sem parar
E a menina para ela continuava a olhar
Do outro lado da rua, passava uma mulher
Mas a menina não conseguia entender
Pois uma bermuda e camisa de homem a mulher vestia
Havia um homem que junto a ela seguia
E ele vestia uma roupa de mulher
Os dois andavam juntos, mas não se encostavam
A menina confusa ficou
Mas ela não se importou
Continuando a observar
A menina viu outro homem que corria sem parar
Parecia ele assustado
E carregava em uma das mãos um objeto
Que era preto e em forma de ele
Ele passou muito rápido
Mas a menina que a observava conseguiu detectar
A roupa e o objeto que ele estava a segurar
A menina achou tudo estranho
Mas continuou sentada observando
As pessoas que por aquela rua passavam
Feito por: Elielton Lima
Data: 29/11/2021
O LADRÃO E O FILÓSOFO
De João Batista do Lago
Se perceberes teu quintal invadido
e nele um ladrão afoito a furtar,
não o abatas ao chão com um tiro,
convide-o para contigo jantar.
Oferece o teu melhor vinho (e)
faze-o comer da melhor iguaria
deixa-o perceber todo o teu carinho
e fá-lo um amante da sabedoria.
Aconchega-o e fala-lhe da democracia, (e)
diz-lhe das vidas que a ditadura furtou
mas, sempre moribunda, nada logrou.
E depois de deixá-lo saciado, enfim,
convida-o para dançar sob a chuva, (e)
com a noite saudar o novo dia assim.
A tristeza é como estar desabrigado no inverno
e não poder contemplar cor nenhuma,
nem um brilho de estrelas.
"Durante o dia minha cabeça não para,
Então eu dou um jeito de me manter ocupada.
Mas é só chegar a noite que esses pensamentos voltam,
E me deixam atordoada."
Havia uma suspeita:
O mundo não terminava onde os céus e a terra se encontravam.
A extensão não poderia terminar com a exata dimensão das coisas.
Havia o depois.
Costumava haver um lugar para o sol se pôr à noite.
Havia um abrigo para a lua durante o dia.
Meu coração jovem estava desesperado.
Eu não era um marinheiro ou um pássaro sem barco ou asa.
Um dia aprendi com a vida a decifrar letras e suas somas.
A palavra se manifestou como eu suspeitava, para permitir silêncio e diálogo.
Com as palavras, cruzei o horizonte.
O meu coração se afagava em esperança.
Ao virar a página de um livro, eu dobrava uma esquina, escalava uma montanha, transpunha uma maré. Ao passar uma folha eu frequentava o fundo dos oceanos.
Suei nos desertos e depois tornei-me hóspede em outros corações.
Pela leitura temperei minha pátria, bebi de minha cidade, enquanto, pacientemente, degustei de meus desejos e limites.
Portanto o livro passou a ser o meu porto, a minha porta, o meu cais e aminha rota.
Pelo livro soube da história e criei os avessos.
Soube do homem e seus disfarces e suas várias faces e, de tantos lugares para se olhar.
Pra eu poder te querer à vontade
Só quero estar em teus braços
Se quiser me ter neles
Só quero você por perto
Se quiser estar aqui
Mas ainda assim…
Quero que me queira em teus braços
E quero que me queira perto de ti
Só pra eu poder te querer à vontade.
Tenho medo de te encontrar
E ao te ver oque eu vou pensar?
Será que meu coração vai acelerar
Ou tentar escapar?
Eu sei que ele tem sentimentos
Mais isso você nem há de importar.
►Cafezinho
Sirva-me um bom café, dono do bar
Quero algo para me despertar nesta manhã friorenta
Deixe-o aqui ao lado, perto deste jornal amassado
As notícias não param de vender
Se me descuido por um só minuto, fico atrasado
Isso que dá vir beber antes do sol nascer.
.
Mania de gente antiga, não é?
Gente vivida tem dessas
Logo, logo você não irá mais me ver
Está quase na minha hora, devo ir depressa
Se não, acabo perdendo o trem das duas e meia
Não posso me atrasar, rapaz, não devo
Tenho apenas passagem de ida, compreenda
Depois pedirei para que alguém pague o que lhe devo.
.
Sem cerveja ou uma pinga
Somente um cafezinho para começar o dia
Que nada aconteça, afinal
Que paz sinto ao saboreá-lo lendo um jornal
Afasta-me todo o mal, enquanto desce quentinho
Dono do bar, só me traga um copinho
Que já logo vou-me indo.
Nas profundezas
da América do Sul,
Se tornar um preso
de consciência tem
sido muito comum,
A prisão não escolhe
fardados ou paisanos,
Ela vem como uma
onda carregando
quem pensa diferente;
E neste Natal ainda há
um oceano de gente
sem hora da pena cessar,
As queixas são tantas que
tenho medo nelas me afogar.
Soneto à Diana
O sabor tão amargo de uma vida,
não me privou desta quimera doce,
uma jarra de crítica ferida
que hoje brinda uma paixão precoce...
Cativo desta saudade regida,
fenecer na clausura achei que fosse,
barganhei com teus seios a saída,
tornei-me mais ainda tua posse...
Tocaste-me, anjo, a carne consentida
na compulsão por ti só requerida,
domaste-me, lasciva, em sedução...
Com suas cifras vivas e fundidas,
maestrina destas notas tão ardidas,
soubeste me tornar composição.
CANTO REFLEXIVO
De João Batista do Lago
Desperto sob raiares de um forte sol
Ciente da realidade de um novo crisol
Porém tudo continua sendo mero sonho
Nesta estrada que a caminhar me ponho
Perscrutando o tempo, espaço, terra e mar
Curioso para saber em qual lugar vou parar
Lembro ainda dos primeiros passos
Trôpegos mas esperançosos ante toda vida
Ali tudo era esperança desmedida
Em cada passo meu olhar de aço
Açoitava os percalços imprevidentes
Sem temer quaisquer almas indolentes
Mas a vida essa quimera indomada
Logo tratou de pregar novas surpresas
Navios alados formaram uma armada
Esconderam o sol e pariram torpezas
Prenderam estrelas no breu da noite densa
E mataram por instantes esperança imensa
Contudo o sol da liberdade se impôs
Novo dia raiou e com o povo se compôs
Tecendo um manto de linhas entrelaçadas
Tirando das gargantas as espinhas de aço
Que açoitavam as vozes das liberdades
Agora livres em toda praça e em todo paço
Em toda rua um carnaval de bonança havia
E no front daquele menino novo mundo surgia
Viram-se o operário e a mulher com galhardia
Nascerem no horizonte de dias esplendorosos
E juntos com todos os nativos ardorosos
Entoarem o hino da igualdade e da harmonia
Mas a triste e miserável ganância
Travestida de honra e democracia
Desfila nos palácios todos os horrores
Mentindo que por todos nutre amores
A todos matando num único cenário
Ofertando a sacristia do mesmo covário
Ainda terei tempo de assistir
Aos raiares do sol de novo porvir?
Lembro ainda dos primeiros passos
Ali tudo era esperança desmedida
Açoitava os percalços imprevidentes
Sem temer quaisquer almas indolentes
Desenhando os sinais
com o airglow do destino
para que nossos passos
alcancem Samarcanda,
e ele permita nos ver
sãos e salvos de tudo isso
com direito a uma vida feliz
e longe do que é destrutivo.
Alimentando o sonho
neste ano que se arrasta,
e como quem rega solitária
a esperança e habitante
muito próxima da parte
central mais brilhante
da Via Láctea mesmo ciente
que o teu lugar é onde
as estrelas são mais visíveis
no Hemisfério Celestial Sul.
Voltas são aquelas que
o mundo dá e as de Leonard
ao redor de Vênus,
E nelas talvez as respostas
que nos levem a deixar
tudo para trás porque
a paz em nome do amor
é o maior triunfo da vida.
Porque o melhor é se
afastar de quem inquieta
o outro que para ocultar
o mal que abriga em si,
não deixar que a guerra
alheia nos leve para batalhas
que não nos pertencem
e carregar a redentora leveza
de ter construído para o amor
uma indestrutível fortaleza.
Adonai
Senhor da minha vida!
Só em ti confio desde pequena
Adonai sarou minha alma aflita
Me trouxe alegria plena
me concedeu alegria celestial e alegria terrena
Nunca estarei sozinha pois o senhor é a minha melhor companhia 💗
A História De Um Violão
Quantas músicas tocadas;
Quantos dedos machucados;
Quantas lágrimas derramadas;
O violão q vós falo,
Ah de tocar a mas bela melodia do mundo!
Não pelas cordas caras;
E sim pela melodia que contagia
Com seu sentimento sem fim e com muita alegria!
Com o mais puro dos corações ele é tocado,
Mesmo q esse coração já esteja danificado.
Numa noite escura e ardente no palco da minha vida
Ela apareceu e em silencio me engoliu com um sorriso
Que me fez esquecer todas as possibilidades
Não pude conter o impulso do meu querer, e com meu
Olhar lhe convidei para dançar e ser minha mulher.
►Tristeza Natalina
Matei, sem chance de escapatória
Agi de maneira inconsciente
De tanto deixar minha felicidade do lado de fora
Hoje estou vivendo perambulando em consequência
Menti quantas vezes para viver a ilusão?
Parecia agradável aos olhos, tão intensa
Não passou de uma miragem bem distante
Coração hoje de encontra despedaçado,
Buscando incessantemente meu pedido de perdão
Como se eu, ignorante que sou, fosse curar o que ele sente.
.
Em clima natalino me pego chorando
Cena inimaginável aos olhos de uma criança
Despertei-me já indisposto a sorrir
E cá estou, escrevendo, almejando o fim.
.
Passe logo, ano, passe
Já não suporto mais viver sempre à metade
Quero ter o devaneio de um novo ano agradável
Apenas para suportar a dor que sinto na verdade.
.
Lá em meu quintal se encontra enterrado minha infância
A felicidade já se encontra enraizada logo abaixo
Quero sentir nos lábios o sabor da esperança
Para respirar sem o desejo de dar cabo.
Os dois quadrantes
do Hemisfério Sul
nas minhas mãos,
e como quem
passeia no chão
de estrelas d'um
destino nada fácil
onde o meu peito
pôde se preparar
para te receber
do jeito que vier.
A esperar por
este momento
a cada instante,
sei bem que
tudo leva tempo
e por mais que
atentem contra
o sentimento
nada irá segurar
o amor escolheu
para ena(morar).
O Cruzeiro do Sul
traz o presságio,
e as Três Marias
o meu segredo
de Canopo altiva
elas resguardam
de todo o avilte
e de tudo que
impeça ser vida
e transbordamento.
Que meu amor se
encontra onde
as estrelas sempre
são mais visíveis,
não consigo negar
para mim mesma
e por intuição há
até quem já perceba
que não consigo mais
de ninguém ocultar.
No Céu de Guaraní
Alfa e Beta Centauri
vem brincar entre
meus dedos e envio
os mais doces beijos
para o par de olhos
mais lindos do que
Constelações de Verão.
Para onde as estrelas
são bem mais visíveis,
somos quadrantes
do Hemisfério Celestial
Sul e teus lindos olhos
o Cruzeiro e teu peito
o planisfério sem receio
cheio de amor verdadeiro.
Com as Plêiades sempre
vou ao celeste encontro,
sou cinturão de Órion
com coração preparado
todos os dias para
que nenhum desencanto
seja bem sucedido
e o amor venha se perder.
Se um dia de repente a gente se encontrar
Numa das voltas dessa vida que o mundo dá
Só te peço: Não tenha receio de dizer um olá
Mesmo que passe muito tempo e a gente não tenha mais
Aquele vínculo tão forte, mas pra mim tanto faz
O que importa é saber se contigo tá tudo
Em paz
Gisele, parece
Que o mundo parou pra mim
Desde que você se foi
Gisele, promete
Que nunca vai se esquecer
De tudo que passou
Não foi culpa do destino a gente se afastar
Eu entendo os seus motivos de não poder ficar
Aparece, me escreve, não esquece de me visitar
Gisele, parece
Que o mundo parou pra mim
Desde que você se foi
Gisele, promete
Que nunca vai se esquecer
De tudo que passou
A Bahia debaixo d' água
também me preocupa,
A Bahia não sai nunca
do coração e do pensamento,
Canto Caymmi em silêncio,
O rejeito e o lixo atômico
também me preocupam,
O Sertão e o Mar
moram em mim além do tempo.
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