Poema sem Amor Madre Teresa
Não se pode confundir marxismo,islamismo, cristianismo ou judaísmo porque a forma mais nefasta de opressão é o fanatismo seja ideológico ou religioso.
Coração Gelado de nada adianta. Não viemos a este mundo escolher ser pecadores ou santos. Isto, escolhem por nós. Viemos para viver e palpitar de alegria, a escolha é entre chorar baixinho ou então apreciar a cantoria.
Ódio, deboche e palavrinhas ofensivas só sentimos ou proferimos por (e para)quem está acima de nós, quando somos o peixe pequeno esperando a conclusão da história do outro. História que se findará ou não de qualquer forma, independente das mutilações alheias.
Nunca é muito tarde e nem muito cedo para se aprender a merecer. Faça desta situação ouro puro e dê um passo em direção ao crescimento interior.
É bastante simples. Minha razão é simples de se
entender. Encontrei uma razão para viver. De hoje
em diante, viverei por ela.
Permaneço imersa em mim, tentando acreditar que não sinto falta de nada. Sim, eu me basto e quero ser feliz assim. Mas sinto na pele o arrepio da solidão me abraçando. Não tento fugir disso, é o que eu escolhi. O vazio, o vácuo. Aos poucos, os que estavam perto se afastaram. Aos poucos quem me cercava sumiu. Sim, esta foi a minha escolha! Escolhi assistir a pseudo felicidade dos outros do meu mundo. Decidi torcer calada, sofrer calada, sorrir calada.
Decidi tentar me desejar como eu desejo aos outros. Tentar me amar como eu amo ao próximo, com o mesmo impeto de abdicar ate de mim pelo sorriso do outro.
Não sei porque eu me perco de mim com tanta facilidade.
Descobri que tenho um relacionamento abusivo comigo. Onde me refugiar e me proteger de mim?
Quem vai me salvar de mim?
Sobre lugares além das nossas dores
Para além da dor há lugares de paz,
onde todas as nossas mortes,
sejam as definitivas, dos nossos ausentes,
ou nossos falecimentos diários, rotineiros,
se acomodarão, cantando com os rouxinóis,
Nesse dia haverá permissão para sorrir,
sentiremos os perfumes que sumiram,
as músicas que calaram,
o coração, aquietado, sairá do seu mergulho
através de nossas mãos e olhos,
ferveremos a água, sentaremos para um café,
ouvindo do entardecer palavras de amor
Sobre Despedidas
Me despeço de você, silenciosamente,
tenho medo que algum barulho atrapalhe essa dor,
sua morte me concede o direito de recusar a pressa,
me fala da vida, dessa loucura que é viver,
da correria que tira nossos olhos pra quem está ao lado,
do corpo cansado, exausto, sem pausas,
sua morte me fala de um sentido nem sempre sentido,
da quietude da noite, esse lugar em que me dispo,
e fico diante de quem fui e de quem sou,
me despeço de você, silenciosamente,
um jeito de fazer uso da sua partida,
devolvendo, todos os dias, alma pra minha vida,
tocando o riacho, sentindo a brisa,
conversando com a lua, brincando com as árvores,
sentindo saudade, muita saudade,
dando lugar pra tristeza porque também é um jeito de amar...
Sobre esperas sem chegadas
Nos dias em que me debruço sobre minhas esperas outras mortes se achegam e repousam nos cômodos de casa. Não há chegadas, a porta não se abriu na minha ausência, as coisas foram mantidas como deixei, não houve desordem, barulho ou sinais de outros passos pela casa. O amor se despede e deixa seu barulho nos meus silêncios, nessa ordem que obedece somente as minhas mãos, nos copos repousados sem mãos que os busquem, roupas cansadas sem uso, o café feito em demasia. Aqui dentro, na alma, essa ordem escapa, abro todos os espaços para que você entre, bagunce, dance, me agasalhe e depois possa voar, me deixar de um jeito que fique...
Nos dias de luto
"Caminhamos, assim, vagarosamente, como se fossemos donas dos relógios do mundo. Passearemos por ruas onde residem memórias da sua saudade, vasculharemos quartos e prateleiras da sua vida. Não, você não será mais a mesma, mas após tantos mergulhos descobrirá lugares pra sua saudade. Levantará, esticará os lençóis da cama, fará um café, sentará na varanda e, sorrindo, lembrará de um amor que partiu. Despertará arrumando um outro jeito de amar, negar esse amor e essa história seria outra morte"
Os lugares da saudade
"Juntas, arrumaremos as prateleiras da alma, respeitando o lugar das coisas do coração, não escondendo ou dispensando os amores que tivemos. Sem pressa, levantaremos, com um sorriso pequeno, porque é do despertar pequenos grandes sorrisos, iremos até o nosso quintal e acreditaremos nas flores, que nascem dentro e fora de nós."
Oh! Divinity sends blessings in the Universe
About my people, as you sent blessings upon me and my soul.
Only You are indeed worthy of Love, of Praise and Glory.
SEDUÇÃO
Eu queria oferecer-te
Versos lindos!
Como a vida desabrochando
E as flores se abrindo.
Queria encher-te de alegria,
Cantar a nostalgia
Juntamente contigo
Todos os dias.
Eu queria oferecer-te
Cada estrela, cada lua.
E sob tal claridade
Sentir-me completamente tua.
Queria enlouquecer-te
De prazer, de sedução,
E poderia ser a única mulher
A acarinhar teu coração.
Queria estar contigo
Diante de uma onda do mar,
Queria ficar observando
Ela sobre teu corpo quebrar.
Queria encontrar-te um dia
Quando a morte nos separar
Porque a morte só separa os corpos
Mas alma do amor continua lá.
Hoje me deparei com um sentimento tão familiar. Amargamente saboroso. Pela primeira vez a solidão não me soa vazio e medo, é ao contrário disso, algo que parece que me faltava.
Penso que em algum momento me perdi de mim, me espremi para caber em mundos e contextos que não eram meus. Fui ao fundo de vários poços que não o meu. Encontrei soluções e vi as várias pessoas a quem ajudei partirem felizes e realizadas, certas de que não mais são vazias.
O que restou de mim foi a força de me refazer... ou talvez não seja a força e sim a unica opção que me resta.
Prefiro em muito pensar que tenho em mim uma força que outros não tem. Isso me tranquiliza em pensar, que no final das contas, por mais que eu tenha sido um mero apoio na vida de outrem, eu contudo consigo andar só. Não fui apoiada, tive força, por dois, por três... e venci.
Despedacei o vidro que eu dei. Mas me mantive inteira para mim.
E mesmo ao pensar nesse meu vazio tão bonito... percebo o quão é necessário para mim, estar só.
Eu me salvo de mim. Estou com medo do que estou me tornando. Deixei de ser criança. Percebi isto quando vi que não consigo mais ver leveza e sorrir de coisas simples. Deixei de ser inocente e me tornei algo que eu temia. Alguém que sofre com o ontem, achando que o amanhã mudará por isso. Me tornei alguém que chora no hoje, tentando mudar algo do ontem. Alguém que tenta prever o amanhã fracassado pelo ontem fudido e o hoje sem esperança.
Eu me tornei o que eu mais temia. Me tornei um remendo de mim. um pedaço do que eu poderia ser. E sim, sei que sempre posso ser melhor. e é triste pra mim, que neste momento eu não deseje isso. Eu apenas quero não chorar mais. não quero "me sentir" merecedora de algo. Quero ter forca pra lutar por isso. Não quero achar que estou sofrendo, quero me levantar contra isso. Não quero ceder a tristeza... quero sorrir e tomar uma vodka com ela.
Eu quero voltar a ser criança!
A não temer o amanhã. Quero não precisar de nada mais do que minha imaginação pra ser feliz. Brincar com o vento. Sorrir com a água que corre. Sentir e saber que as coisas mais simples são aquelas que não se podem tocar.
Quero poder sorrir de mim novamente, e então perceber, sozinha e sem esforço, que tudo o que eu tive, tenho e terei, é passageiro. Que tudo o que eu senti, sinto e sentirei também é.
Que as coisas se vão, as pessoas mudam, e o momento passa...
Quando isso não me trouxer mais angustia e dor, eu saberei, que mais uma vez, eu transbordo a inocência de quem não se preocupa em perder... so celebra o que ganha e ama enquanto existir significado.
Enfraquecido pela acidentada inclinação da dúvida,
matou-se. A caminhada do entendimento era infinita
e as pegadas pesavam. Cada passo que dava à frente,
era outro que ficava pra trás; assim que o sabia,
logo se desmoronava. Que brutalidade, a morte
ser brotada das sementes da razão. Ser cultivado é libertar-se!
Mas, ser-se livre sozinho é… lenta
mente morrer de solidão. Então, para quê viver
num universo de ideias estéreis, onde o ignorante
é mais valorizado do que o próprio sábio…? «qual homem,
qual quê, aquele ali é louco!»
Quantos loucos geniais, «marginais!»… Ah…!
Morrer de morte subtil, sentir vivaz o sangue
escorrer dos pensamentos,
a vibração da alma rugir o que ficou no silêncio,
fazendo a dança dos espasmos percorrer o corpo.
Morre-se sim, de epidemia filosófica! Não porque é mais digno
do que tornar-se igual aos outros, mas porque a liberdade é tamanha
e não cabe em prisões.
A sabedoria não pode ser ensinada,
porque a sua verdadeira doutrina
está na comunhão com a experiência.
Que o medo não nos impeça
de dar passos largos e compridos,
ou de encher o olhar de brilho;
resvalemos e abramos rasgões
no corpo e na alma,
embriaguemo-nos de coragem
para sentir desgostos e solidão.
É detestável passar pela vida
com tanto rigor e apenas espreitá-la,
sem nunca entender o seu desordenamento
e olhá-la reparando.
Somos escravos da morte, então,
recorramos ao mais alto dos cumes
da nossa criatividade
e façamos dela a nossa libertação.
Da minha janelinha
vejo a luz entrar.
O quarto está iluminado
de amanheceres
e entardeceres.
Espreito a vista
e admiro o espetáculo
que encena a vida.
O tempo vadia pelas energias
vibrantes, alegres e bonitas,
assobiando paz imensa.
Ouço o jazz latino
cantando nas ruas
e os seus bailaricos embriagados.
Sinto o cheiro do mar
e do amor no vento.
O suor escorre-me nu,
já só tenho um cigarro.
Estou contente.
Pensei demais
sobre como seria tornar-me cinzas
e acabei perdendo tempo de vida pensando
e agora ainda, porque penso sobre pensar.
Sem dar conta da verdade,
cinzeiro sou desde já pela metade,
e cada segundo vivido em ato de pensar
torna-se metamorfose de cinza.
Se metade sou cinzeiro
e se tanto penso de tudo,
quanto será o pouco que resta de mim?
