Poema Quase de Pablo Neruda

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Não entendo,
gosto tanto de você, mas você parece me ignorar,
me dá asas para voar em minha imaginação, me enche de ilusões,
me dá um chão, porém, quando menos espero me tira-o,
dependo de uma ação sua para ter uma reação,
será que ainda não notou?
não me contento apenas com seu desprezo,
quero mais que isso,
se não pode me dar,
deixe que eu sofra em paz, viva sua vida,
tentando achar o seu amor, de pessoa em pessoa,
já que é isso que faz todos os dias,
viver apenas momentos que passam e se vão.

Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na busca de um bem definitivo
Em que as coisas de Amor se eternizassem.

A gente sabe que é amor,quando de repente encontra razões para perdoar o que nunca se perdoou ,quando os mais duros pensamentos são palavras de ternura...
fora da boca
-e a gente sente,sente
mas não pensa...

Que o diga meu coração , que deseja ofender-te e transforma em poesia a minha mágoa imensa.

Agora
já frio o coração
(mas a alma, entretanto, ainda ferida)
resta-me a amarga e silenciosa convicção,
de só tão tarde ter percebido
que nem sequer existi em tua vida.

Aula de piano

Depois do almoço na sala vazia
A mãe subia pra se recostar
E no passado que a sala escondia
A menininha ficava a esperar
O professor de piano chegava
E começava uma nova lição
E a menininha, tão bonitinha
Enchia a casa feito um clarim
Abria o peito, mandava brasa
E solfejava assim:

Ai, ai, ai
Lá, sol, fá, mi, ré
Tira a não daí
Dó, dó, ré, dó, si
Aqui não dá pé
Mi, mi, fá, mi, ré
E agora o sol, fá
Pra lição acabar

Diz o refrão quem não chora não mama
Veio o sucesso e a consagração
Que finalmente deitaram na fama
Tendo atingido a total perfeição
Nunca se viu tanta variedade
A quatro mãos em concertos de amor
Mas na verdade tinham saudade
De quando ele era seu professor
E quando ela, menina e bela
Abria o berrador
Ai, ai, ai,
Lá, sol, fá, mi, ré

Vinicius de Moraes
Álbum "A arca de noé"

Nota: Música composta por Vinicius de Moraes e Toquinho

...Mais

Eu te reconheceria na mais completa escuridão
Se você fosse mudo e eu surdo
Eu te reconheceria em outras vidas
Em outros tempos,
Em outros corpos
E eu te amaria em cada uma delas
Até que a última estrela queimasse em esquecimento.

" Último Pedido "


Vida, que tanto me deste
e que eu, desajeitado ou louco,
por tédio, por orgulho ou por cansaço
quebrei, gastei, perdi...

Bem sei que não tenho direito
a nada esperar de ti,

- entretanto, ouve-me ainda, como se ouvisses
o último pedido de um condenado,
sem te importares se te maldigo:

- arranja-me um outro amor, maior que aquele,
e pior que aquele até, bem pior que aquele!

Seja este o meu castigo!

Parece coisa de louco
Como explicar na verdade
Que o amor, que durou tão pouco
Me doa uma eternidade

E sou já do que fui tão diferente
Que, quando por meu nome alguém me chama,
Pasmo, quando conheço
Que ainda comigo mesmo me pareço.

CIÚME.
O que é isso?
Que me faz ficar zangada
Ficar toda atrapalhada
Quando não estou contigo!
Será que é o ciúme
Que me faz ficar assim
Por não ter você por perto
E sempre longe de mim.
O que é isso?
É paixão descontrolada
É ciúme exagerado
Mais já parei pra pensar.
Vou deixar você sozinho
Vou seguir o meu caminho
Por que vou me libertar.
O que é isso?
Já não sei mais quem eu sou
Vou libertar-me deste amor
Que me faz tanto sofrer.
Este sentimento estranho
Que me faz enlouquecer
Percebi que é ciúme
Que eu sinto de você
O que é isso?
A doença do amor
É o medo de perder
Vou curar esta doença
Para não perder você.

Poema para um Quase Verão

Nas noites de um quase verão
entre as nuvens de uma chuva fina,
de asas abertas sombras e vultos se movem
entre os zumbidos que ecoam na noite...
São murmúrios escondidos,
são caricias do vento na verde ramagem.

Chuva, nuvens, estrelas
lua que brinca de esconde-esconde,
brinca comigo, com meus pensamentos.
Vem vento, vai vento... devagar
desprende as palavras deste poema à toa.

Brinca comigo, com minha alma
leva para fora os sons rasteiros das tristezas,
desperta a brasa destes mornos versos,
vai nas ondas deste mar,
desenterra os sonhos náufragos lá do fundo,
e deixa-os voar nas asas de uma gaivota,
plainando entre o mar e o céu
em uma rubra noite de verão...

poema natalino...

Neste Natal, te desejo tudo.
Ou melhor, quase tudo
(pois também há no tudo
um pouquinho de mal).

Mas estive pensando...
quase tudo ainda é muito!
Te desejo somente
o mais essencial:

Neste Natal, te desejo um sorriso
que não seja bonito,
que não seja perfeito,
que não seja formal;

Te desejo o sorriso mais bobo
soluçado entre lágrimas;
O sorriso mais doce
e o mais natural.

Neste Natal, te desejo criança.
Não, criança ainda é muito...
Te desejo somente
o olhar da criança!

— E, com ele, a surpresa
de nascer no Natal.

Poema do solito.


Sou assim, tenho muy pouco,
por sinal, quase nada;
me basta uma payada
num galpão ao anoitecer,
vendo uma estrela se perder,
quase se apagar na coxilha.
Eu, deitado na encilha,
com cheiro do colorado,
o candeeiro enfumaçado,
pendurado no travessão,
que sustenta a velha quincha,
apertada como sincha
na coberta do galpão.


Minha cama é um catre,
pelego é o meu colchão;
e nas noites de invernada
tenho a alma abrigada
e amadrinhada no xergão.
Por vezes, no imaginário,
nessa coisa de solidão,
penso em outros tempos
enquanto sopra o vento,
assoviando no oitão.


Nesse silêncio velado
de campo e alambrado,
quase no fim da pampa,
donde o gaúcho é estampa
que mantém a tradição.
Quis assim o destino:
que eu, paisano e fronteiriço,
índio, guasca mestiço,
fosse guardião destas terras.
A tropilha, o gado que berra,
o tarrã no banhado,
o quero-quero entonado
no ofício de posteiro,
desconfiado do orneiro
que segue barreando o ninho,
pra não terminar sozinho
igual este rude peão.


Não quis china nem cria,
mas me contento solito:
companheiro, o mate, o pito
e o colorado que fiz pra mim.
Enfrenei, domei e, por fim,
vivo nele enfurquilhado.
Às vezes vou ao povoado
ou no bolicho da ramada,
onde se junta a indiada
pra carpeta, algum bichinho…
E o meu pingo, ao relincho,
me espera na madrugada.


Renato Jaguarão

⁠#Eu_Quase_Consegui Part 2

Alguns de você já escreveu um poema? E uma estrofe?

Enúmeros são os poemas que escrevi
Incontáveis são as figuras de estilo que nunca vi

Hoje os versos me perseguem
As estrofes me fazem passar por alucinações
O meu mundo emocional ficou desfigurado
Em busca da felicidade me deparei com a tristeza

Nas madrugadas vejo a luz brilhando no leste
E a escuridão ofuscado o oeste

Cheguei tão perto de completar 300 poemas
E infelizmente a alucinação e a depressão quebrou esse sonho

Hoje desisto de ser poeta
Hoje deixo de Ser o PrimeiroMcPoeta

"ÚltimoPoema

Poema do quase fim


Quase, foi assim...
De repente, quase o fim!
Quase vi acontecer com meus amigos de sempre
bem perto de mim.

Uma rusga por um mal entendido qualquer
um ruído na comunicação no momento do diálogo derradeiro
palavras mal ditas, não ditas, ditas de qualquer jeito
e uma vida inteira sob suspeição.

Por causa do disse me disse, já não podia ouvir mais nada
a raiva os controlava, dominava seus corpos, suspendendo-lhes a razão.
Já não se tocavam há tempos - por medo, por precaução.
Já não se falavam como antes - em tom de brincadeira, naturalmente.

Ira!
Talvez resolvesse, não sei se resolveria.
Talvez tudo se resolvesse, se fosse em um outro dia...
Mas, não! Tinha de ser neste dia.

Ainda há esperança, é no quase fim que a vida se renova
é no quase fim, que se encontra a saída
e é no quase fim, que tudo o que é verdadeiro se reafirma.
Pois no fim... é mesmo só mais um dia, feito tantos outros ruins.

Inserida por JotaW

CÓPULA

A inspiração
(no cio)
passou
quase
a noite
inteira
copulando
com
o poema!

Inserida por RMCardoso

Poema Excêntrico II

Não temas a rapidez do tempo
Este não tem rédeas
E quase sempre é pontual
Embora a velhice se aproxime
A juventude permanece sem rumo
No paralelo dimensional.

Inserida por Bateforteotambor

POEMA SAR(CÁUSTICO)

ah, essa vida
bandida confusa
matreira e atrevida
quase sempre obtusa

me joga num vaso
daqueles sem flores
e revela o descaso
imerso em odores

sem terra, nem chão
afundo em meu mundo
sugado no vão
do seguinte segundo

eis a descarga
que a vida me deu
tão triste e amarga
assim me fo…

Inserida por EvertonThoughts

Poema Triste -

Há uma musica triste, distante,
um quase silêncio
que me toca no rosto
que me acaricia a Alma,
uma angústia fria e vaga
uma sombra profunda
um grito cansado
um destino por viver
um sonho por sonhar.

Há uma voz doce, presente,
uma quase alegria
que me envolve o coração
um triturar de gestos quentes
um quase vento de asas
um leve entendimento
uma breve lonjura
um poema que acaba de nascer!

Inserida por Eliot

⁠Menina Mulher
( Poema de Ju Assunção)

Quem é ela?
Tímida, calada
Quase sempre reservada
Não sabe o quanto é
Amada!
Mesmo sendo um pouco desajeitada...

Menina mulher
Sabe bem o que quer
Da a cara para bater
Não importando se irá doer

Dona de uma força
Absurda
As vezes se faz de surda
Explode com facilidade
Não perde a dignidade
Age com muita naturalidade

Com um gênio natural
Sua dúvida é normal
O orgulho é meu
Mas nunca doeu
Desde que você nasceu

Tem dificuldade em
Entender
Que sua mãe só quer
Te ver crescer
Sem esmorecer
Então dê o braço a torcer

Se sente só e abandonada
Várias vezes rejeitada
Sua inteligência
Me fascina
Te amo minha Menina

Não desista
Persista nos seus sonhos
Mexa seus pauzinhos
Pois seu sucesso esta
No seu caminho

Quando você crescer
Estarei com você
Para te apoiar
No que precisar
Não importa o tempo
Que levar.

Inserida por JuAssuncao