Poema Prima para Prima

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O Paradoxo do Amor

⁠O amor é um labirinto sem fim,
Onde buscamos o sentido do ser,
Em cada olhar, uma pergunta sem resposta,
Em cada toque, o mistério de viver.

É como o vento que não se vê,
Mas que toca e molda a nossa alma,
Não se define, mas se sente,
Em silêncio, sua essência nos acalma.

Ele é o fogo que arde sem queimar,
A luz que nos guia no escuro,
É o eterno paradoxo, a verdade velada,
Que encontra no efêmero seu mais puro.

O amor não é posse, mas entrega,
Não é finito, mas infinito,
É a consciência do outro dentro de nós,
É o encontro do finito com o infinito.

Talvez seja a pergunta sem resposta,
O eterno questionamento da existência,
Mas quem sabe, seja a própria resposta,
A chave para a nossa transcendência.

Inserida por Caio_AS

⁠Toque e Fogo

Em meio ao riso, ao nosso enredo,
minha mão desliza, sem medo.
Na curva macia, morena e quente,
um aperto leve, um toque ardente.

Teu olhar responde, faísca e chama,
brilho escondido, desejo que inflama.
Na dança sutil de pele e arrepio,
teu corpo se curva, entrega ao frio.

Não é só toque, é jura, é laço,
é ter-te perto num breve espaço.
Entre risos, entre segredos,
aperto tua coxa e perco os medos.

Teus músculos tensos, um leve tremor,
denunciam o fogo do nosso calor.
É um gesto simples, mas tão profundo,
como se eu segurasse em minhas mãos teu mundo.

E quando afrouxo, num jogo envolvente,
tua pele implora, pede mais quente.
Entre apertos, suspiros, ora pois,
somos apenas nós… só nós dois.

Inserida por Caio_AS

⁠A Sublime Transcendência do Amor Perene

É no silêncio profundo, onde o tempo se aniquila,
Que se entrelaçam os olhares, imersos na infinita partilha.
Nos dedos que se encontram, como o fio invisível da existência,
O toque é eternidade, a carne se dissolve em resistência.

O amor verdadeiro não é mero vestígio,
Mas a essência que permeia, imortal em seu rito.
É o calor da alma que se transmuta em matéria,
E o perfume das promessas, exalando a imperiosa quimérica esfera.

No abraço, o ser se funde em um só corpo,
Onde cada respiração é um cântico solene, exposto.
As palavras tornam-se ecos, mas são silenciosas e plenas,
Sendo a boca apenas o ponto de transgressão das amarras pequenas.

O som da respiração é o zéfiro que acaricia,
E cada suspiro é a poesia de um amor que se eterniza.
Os lábios se tocam, e o gosto do beijo é a epifania do enigma,
Onde o desejo é sacramento, e o corpo, pura magnífica enigma.

É a cor do infinito, que se vê na aurora do ser,
A textura do silêncio que se torna a própria razão de viver.
O amor verdadeiro é o fogo alquímico, que purifica o abismo,
Onde o coração se eleva, transcende, e se torna o próprio cinismo.

Quando o mundo se desfaz nas sombras do cansaço,
É no abraço do amado que se encontra o espaço.
O amor verdadeiro não se apega ao efêmero,
Mas navega nos rios da alma, profundo e etéreo.

Em cada passo, é a perda e o encontro, o eterno movimento,
É o gosto da entrega, o aroma do discernimento.
A sinfonia do ser se dissolve no outro, numa dança inaudível,
Onde o amor verdadeiro se faz sublime, impossível, infundível.

Inserida por Caio_AS

⁠Meu Mundo é Você

Teu nome é canção no meu peito,
uma melodia que nunca termina,
que embala meus sonhos
e faz o tempo sorrir.

Teus olhos são dois universos,
onde me perco sem querer voltar,
porque em cada estrela que brilham,
encontro meu lar.

Teu riso tem o encanto das manhãs,
um sol que aquece por dentro,
um vento suave que leva embora
qualquer sombra ou medo.

E teu abraço...
Teu abraço é refúgio,
é a página mais bonita
da história que só faz sentido
porque tem você.

Inserida por Caio_AS

⁠Você, Meu Tudo

Se eu pudesse pintar o amor,
usaria a cor dos seus olhos
e o brilho do seu sorriso.

Se eu pudesse escrever o destino,
cada linha teria o som da sua voz
e o calor do seu corpo.

Se eu pudesse parar o tempo,
seria no instante em que seus lábios tocam os meus,
onde o mundo desaparece e só existe você.

Mas não preciso mudar nada,
porque te amar já é a poesia mais bonita
que a vida me deu.

Inserida por Caio_AS

⁠Oceano de Desejo

Teus olhos, astros fulgentes do éter,
órbitas etéreas de luz sideral.
Raiam, qual fênix em voo insurrecto,
céfiro ardente em fulgor imortal.

Teus cabelos, lianas de ébano puro,
selva indômita onde o tempo se perde.
São véus de sombra, crepúsculo escuro,
no qual minh’alma, rendida, se excerde.

Teu toque, centelha dos deuses arcanos,
sopro que anima matéria e razão.
És fogo sagrado, mistério profano,
qual Prometeu a inflamar-me a mão.

Teus lábios, nectário de rubra alvorada,
vertigem etérea, veneno e elixir.
São ânforas de ambrosia encantada,
onde minh’essência se deixa esvair.

Tua voz, ressonância de harpas celestes,
melopeia que embala os ventos do Sul.
És verbo em cadência de rimas modestas,
eco sublime em silêncio azul.

Teu abraço, brumas que envolvem colinas,
manto que cerra os abismos do eu.
Nele me encontro, nele me perco,
qual náufrago absorto no seio de Orfeu.

Teu perfume é a brisa dos campos elísios,
orvalho em pétalas do Éden antigo.
Aroma que embriaga, que ilude, que enlaça,
feito narcótico de um sonho bendito.

E quando me fitas, o cosmos se curva,
as órbitas tremem, os astros vacilam.
És caos e ordem, princípio e ruína,
o alfa, o ómega, que em mim se destilam.

Oh, que seja teu amor minha sina,
tormenta infinita de luz e torpor!
Pois se és oceano que tudo extermina,
eu sou o abismo que clama por dor.

Inserida por Caio_AS

⁠Na âmbar penumbra onde o tempo ressoa,
sibilo teu nome em áureo segredo.
Qual brisa perene que a noite entoa,
inscrevo-te em versos de etéreo enredo.

Teu riso, epifania de luz e mistério,
flutua em arpejos que o éter conduz.
És lira celeste em tom refratério,
sílfide etérea em névoa de azul.

Sussurro-te hinos de antiga memória,
nascidos em páginas d’alma imortal.
Tu és a essência da minha glória,
mármore e chama em fulgor sem igual.

Inserida por Caio_AS

⁠Eu vejo o vento bater na porta, vejo ela se abrindo lentamente enquanto tento encarar a dualidade da minha vida mundana, enfrentar o fato de que já não posso mais me esconder de mim mesmo, o mesmo vento que outrora soprava e empurrava cada vez mais a minha porta para que minha alma viesse uma face de desgosto e desapontamento, uma tragédia infundada da qual eu não consegui escapar por meios triviais e frívolos. Ela olhou pra mim e eu a olhei de volta... Apesar da aparência mórbida, um semblante completamente apático sobre tudo e todos, ela sorriu e um som pôde ser ouvido.
Um ranger dos músculos em sua face, abismado eu retribui o sorriso mas... Aquilo representava uma única coisa, a mim mesmo em seu estado mais insano, irreal e ilusório. Arrependido e culpado era o sentimento entretanto não durou-se muito, assim que o porta fora escancarada minha dualidade ia se esvaindo assim como um papel queimado, restando apenas cinzas e uma sensação de desconforto porém... Auto conhecimento? São coisa difíceis de serem explicadas e postas sobre a mesa, existem várias versões de você mesmo para cada pessoa, contudo somente você sabe quem realmente é e suas faces.
Melancólico eu sei
Belo talvez
Mágico? Não, mas certamente proposital.

Inserida por Lugoa

⁠Thalia, meu bem

De onde não se espera,
Surge uma nova era,
Um sentimento que há muito não existia...

Um sorriso que traz alegria,
Uma paz que já não sentia,
Encontro esse refúgio em Thalia...
Musa de meus dias e anjo que me leva além...

Thalia, meu bem!
Não há espaço para mais ninguém
Em meu dia-a-dia!

Esse meu manifesto
É um desejo honesto
De felicidade em nossos dias!

Quero-te, gosto-te e peço a Deus...
Que nos sonhos teus eu possa estar...e quem sabe no futuro também ao seu lado no altar.

Com carinho me despeço,
Com esse poema modesto...
De um cara que só quer te amar.

Inserida por rafaelsousa09

⁠Do meu lado

Eu tinha alguém do meu lado, do meu lado e não ao meu lado. Estava tão só, que se eu gritasse, ninguém me escutaria.

Inserida por NadineMarafiga

POSTAL
.
.
⁠Carrego comigo um postal...
Lembrança da minha terra:
minha paisagem natal!
.
Debruçado sobre a Baía,
ou de braços estendidos
(não sei bem assim ao certo),
um Cristo de Pedra abençoa
o resto do mundo em pessoa.
.
Anoiteceu no retrato...
Casas e ruas cintilam:
só há luz, não há maltrato.
.
As misérias se apagaram;
pobrezas não há mais
(sutilezas fotográficas).
.
O morro tem um colar
de barracos que são pérolas,
a avenida tem formigas
coloridas que são gente,
e a sombra deita em praias
assoalhos diferentes.
.
Carrego comigo um postal...
Anoiteceu na gravura
que a perícia de um fotógrafo
fez de um momento imortal.
.
No retrato em que nasci,
não há seres infelizes;
só há luzes de mim sorrindo,
e ondas no mar suspensas.
.
Toda coisa ruim sumiu:
a câmara filtrou tudo
na beleza de um postal!
.
Aonde vou
carrego comigo o postal...
.
Mal se forma uma conversa
sobre pátrias e valores,
exibo aos estrangeiros
a beleza de um postal.
.
– um pouco envergonhado –
... não faz mal.
.
.
[José D'Assunção Barros.
Publicado na revista Nós, vol.10, nº2, 2025]

Inserida por jose_dassuncao_barros

⁠" MATREIRO "

Ah! Esse olhar secreto, malicioso,
jogado em entrelinhas de suspense,
trocado só pra ver quem é que vence
o jogo do querer, tão delicioso…

Me dado em reticências, não convence
mas faz-se aberto ao que lhe é prazeroso
de um jeito esfomeado, assim, guloso,
de forma que não há quem lhe dispense.

Me atrevo a mergulhar na insinuação
de que me acolherás, e com paixão,
apenas pra provar qual o meu gosto…

Secreto, o teu olhar me diz matreiro,
do jeito teu, assim, tão costumeiro,
que me darás de ti no amor proposto!

⁠" TRANSPARÊNCIA "

Me vens como te gosto: na evidência
de que darás do amor que te acompanha
e, sem pudor qualquer, chama, me assanha
me vindo na mais clara transparência!

Não há maldade alguma na barganha
pois que, desta paixão, temos vivência
e a mais completa e extensa experiência
de forma que a clareza, assim, nos ganha.

É transparente a alma, o olhar, a fome
que, de desejo intenso, nos consome,
a sede, a força intensa da atração…

Na transparência vens, sem véu, sem medo,
sem restrições em ser o meu brinquedo
pois que já tens nas mãos meu coração!

⁠" GUERRA "

Por vezes é o amor quem pede guerra
e invade o território, mina o chão,
se põe como em tocaia, em prontidão,
e, de querer, a minha paz desterra!

Se impõe à mente, ardente de paixão
e, qualquer sensatez, lança por terra,
reluta, avança, espera a hora, enterra,
e nesse embate vai até a exaustão.

Me arrasta inconsequente nessa luta
buscando que eu desfrute da disputa
e traga, por espólio, o outro cativo…

E entre suspiros fartos e gemidos,
sem que os desejos fiquem reprimidos
o amor se faz cruel, forte, lascivo!...

⁠" CONTO "

Agora é tarde! Todo o mal foi feito
e já não cabe o arrependimento,
qualquer desgosto teu, nenhum lamento
latente, inconformado, no teu peito!

Na história já se põe, o livramento,
depois que o distanciar se fez aceito
e não mais te derramas sobre o leito
em lágrimas ao ter-me em pensamento.

O amor se preservou como lembrança
enquanto o tempo sobre nós se entrança
e se perpetuou como canção…

Assim, ele será nos preservado
apenas como um conto relembrado
que damos tom de afeto e de paixão!

⁠" DISCUSSÃO "

Nem sempre tem confronto, discussão,
conversa franca e aberta sobre a mesa,
e o amor se vai aos poucos, sem defesa,
sem ter quem, de argumentos, lance mão!

Uma união já não se faz coesa,
firmada em ser eterna, a relação,
mas deixa a porta aberta a uma ilusão
de que é bobagem lucidez, franqueza…

Conversa não foi feita pra mostrar
quem pode mais! Sequer pra revelar
quem tem razão, mas como está o amor…

A discussão, por vez, é necessária
contudo não constroi, quando diária,
nem leva a nada o grito a bem do autor!

⁠" EM COMPANHIA "

E vamos nós aqui bebendo a vida
em goles de tristeza e de alegria
sem ter qualquer noção de qual é o dia
da hora derradeira da partida!

Alguns dão tragos loucos de euforia
e alguns amargam dores sem medida,
mas todos têm a chance, já estendida,
de aqui viver conforme se queria.

Prefiro essa cachaça que é o amor
e o afogar das mágoas nesse andor
provido de amizades, de carinho…

Se eu vou beber a vida que é me dada
que seja em companhia me ofertada
que é bem melhor do que morrer sozinho!

⁠" IN MY MIND "

Ainda és tu, presente ao pensamento,
a me agitar o amor a todo instante
qual se o viver não fosse-me o bastante
pra tão intenso e forte sentimento!

Aqui comigo, ainda presente, amante
e cúmplice de todo o meu tormento
já que, a paixão, tornou-se sofrimento
se te manténs ausente e tão distante.

Errei, eu sei… E não tive o perdão
que me traria a paz ao coração!
E tudo não me sai, enfim, da mente…

Presente em pensamento, aqui comigo,
concedes, para o amor, o teu abrigo
pra sermos um agora e eternamente?

⁠" COBRA "

O que será que viu? O que é que pensa
pra ter essa postura expressa (ou não)
de quem traçou sua própria conclusão
enquanto que, a verdade em si, dispensa?

Só dá valor à própria conclusão
dizendo que a dos outros não compensa
e nem percebe ser, isso, uma ofensa
a quem diverge da sua opinião.

Traz crítica no olhar, assim, de graça
enquanto que em seu julgamento traça
o que seu ego exige por sentença…

Sei lá o que é que viu! É cobra atenta
que, com veneno à vista, se apresenta
sem ter fato ou verdade que a convença!

⁠" LUTE "

A vida é uma constante e longa espera
pra quem não tem ideia pra onde ir!
Não há momento aqui nem no porvir
que dê suporte a quem não se supera.

Quem fica, pois, sentado, a se iludir,
a própria sepultura cava e gera
pois existência alguma, assim, prospera
sem luta pela causa de existir.

Par’onde queres ir? Qual a razão
que faz pulsar, enfim, teu coração
e que alimentas com total fervor?...

Levanta! Sai da espera que te prende
e lute pelo que é que te surpreende
pois que te aguarda, ao certo, ao fim, o amor!

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