Poema Prima para Prima

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No silêncio desta

noite nos prevejo

no giro do carrousel

dos teus abraços

e adorando os seus

beijos no melado

doce dos teus lábios.



Na galáxia dos teus

olhos profundos

navego ao ponto

de perder horas a fio

nos teus castanhos

e sublimes mistérios

de nossos desidérios.



É a lembrança do

que não vivemos,

porém sentimos

como já nós nos

conhecêssemos,

e silenciosamente

nos pertencemos.



De maneira mística

a sua presença

e a ausência capto

como estivesse diante

das minhas vistas,

Não fazes nem idéia

de cada sonho que

venho embalando

e reinaugurando

o Ano Novo a todo

o romântico instante.



A verdade nós dois

sabemos o quê já

está escrito sobre

tudo aquilo que

nos faz a cada

dia mais unidos

e mais absolutos.

A praia pode
estar deserta,
Você nunca
estará sozinho,
No coração
sou presença
que não
se ausenta
nem quando
o olhar
se distancia.

Eia a indecência
que te aquece
como o sol,
aos teus lábios
é sal e oceano
que te intensa!...

O silêncio é
a proposital
forma de
trazer a tona
o que arrepia,
e para você:
sou o sublime,
o apelo,
o que levita
e a tua fantasia.

Não nos

conhecemos,

E como

conhecidos

fôssemos,

Tu me trazes

para ti abrindo

espaços,

Com esse

jeito atrevido

Forte como

um raio,

Intenso como

um oceano

E com uma

pele igual

ao sol

acendendo

o amanhecer

caribenho.



Sem dar

chance de

pensar nas

consequências,

E de surpresa

me levou

para um

rumo impensável

ao paraíso

e impenetrável.



O teu carisma

apaixonante

me fez absoluta

e rendida,

Ao permitir

escrever em ti

um ousado

poema sobre

o teu corpo

que é um em si,

Reconheço-me

mágica e divina,

e celebrante

do incontável,

Assim me vejo

nas mãos

do imensurável

sob o jugo sedutor

deste teu calor.

Apreende na tua

sede os teus

lábios aos meus.



Porque não

sei nem por

onde começar...



Apreende na tua

fome o meu

corpo ao teu.



Porque longe

de mim

querer me

salvar de ti.



Apreende o meu

peito bem

unido ao teu.



Em ti não

serei mais eu,

seremos

o infinito.

Entre as passagens,

repletos de esperas,

os olhares se moveram

como bailam os planetas,

eles se reencontraram

para acertar os ponteiros,

os aromas dos entremeios

entre perfumes e a plateia,

como fôssemos cometas,

para fugir da alcateia,

e abrir novos caminhos.



Navegar nos teus olhos

me fez outra pessoa,

das esferas dos anseios

tu me viste e veio

com poéticos enleios.



Atração irreversível

dos corações a aurora,

paixão irrepreensível.



Meu espírito a gosto,

nas mãos de novembro

bem naquele momento

que o mundo parou,

a tua pele me arrepiou.



Encanto irremediável

das histórias o poente,

paixão incontrolável.



Por nós tu interveio,

porque sabes de mim

e do tímido silêncio.



Ainda não tivemos,

nem a glória do tempo,

entrecruzadas passagens:

dádivas do bom amor,

você me disse e repetiu:

- Você tem valor!

Só o tempo irá dizer

se sou eu o teu amor.

Pequena flor
Em um jardim
com poucas cores
Ali vejo entre as árvores
Entre pássaros e folhas

É você bem escondida
É pequena ,é colorida

Com nome desconhecido
Mas assim mesmo
Já que você está comigo
Te chamarei de pequena flor
Pois para mim traz paz e amor

Gire com força a roda do destino,

Vire a página com determinação,

Segue com coragem e valentia,

Admire o horizonte e a paisagem;

Torna o teu peito mansa paragem.



Cuide bem do teu coração,

Ele nasceu doce e perfeito...,

O outro amor não teve jeito,

O novo virá sem nenhum freio.



Dizer que amor menor existe:

- É uma enorme (covardia)!

Sorria se o amor se deu por findado,

Nenhum amor é (errado),

Só porque não foi correspondido;

Ele te deu é uma nova chance

Para que venha o amor infinito.



Trace um trajeto para o amor,

Ele precisa conhecer o teu candor.

Tire o passado do teu peito,

Assim o novo amor ganhará jeito.

O poeta não me deixou,

ele não é [tolo],

Apenas foi passear

no jardim da eternidade.



Ariano [vive]...,

Um poeta nunca 'morre',

morrer é coisa de humanos;

Os poetas são anjos.



O sertão ele me deixou

como [legado],

Agora sei como arde,

e que o significado de sertão:

- Se entende por saudade.

Não brinque com o meu fogo,

Sei brincar com a tua fantasia,

Não intente com o meu juízo,

Sei assumir com a grandeza

De ser diferente: sou poesia.



Não evite os meus beijos,

Sei buscar o melhor de ti,

Não invente [escapar...,

Sei farejar-te e irei atrás

Do aroma que eu senti.





Não disperso o desejo,

Sei salsear com a tua alegria

Não experimente esquecer,

Sei abraçar-te com jeito

De causar toda a energia.



No meu corpo tenho a sina,

Serei a tua sublime alcova,

Sou muito mais [alma

Do que você imagina:

Sou a loucura que fascina.



Sou gemido, sussurro e grito,

O incêndio mais elevado.

Eia, vulcão atrevido!

O meu corpo bem macio

É que te faz ainda menino.



Danço e rasgo o verbo,

A liberdade que me deste,

Peguei como um [laço,

Abraço com a vontade

De ter qualquer possibilidade.



Darei o meu melhor riso,

O meu inefável paraíso,

A liberdade que recebi;

O teu corpo terei a qualquer custo,

Na intensidade que me [atrevi].

Como a espada que corta

Este verso maldizente quer:

Que o mal que você fez

Contra um animal de rua

Volte em triplo simplesmente,

Para que o quê você fez seja

- lembrado eternamente -

Como o escudo que protege

Este verso de maldição

Vai colocar juízo na sua cabeça

E também no seu coração!



O poeta é o protetor da Humanidade,

Que tem na poesia a sua artilharia

E nas letras a mais nobre infantaria.



O poeta é o som do violão,

Que toca na tua mão

E no teu pobre coração.



O poeta é o agricultor da espiritualidade,

Que vive de plantar o amor

Na estrada da Humanidade...



Como a porta que se abre para a luz,

Permita-se a claridade!

Lembrem-se muito bem lembradinho:

Que maltrato à animais de rua

Ou qualquer um animal

Vai muito além do crime...,

É expressão escandalosa de crueldade!!!

O sol foi descansar
Surgiu o anoitecer
A Lua saiu devagar
Para te envolver
O amor está no ar
Para nos enlouquecer.

Os bancos de areias
- a festejar -
A loucura boa de fazer
Nas águas de abençoar.

O céu de seda a se abrir
Receptivo aos versos
De natureza atentatória
Íntimos e completos.

Estrelinhas tilintando
- testemunhas -
Da nossa agarração
Repleta de paixão.

Devoto um segredo (somente)
Aos que conhecem o degredo
Distante de casa, e do seu mundo:
A Via Láctea é a casa dos poetas,
Dos mambembes e dos vagabundos.

Envolvo com fitas de cetim,
Faço uma rosa, um enfeite,
Para colocar no cabelo,
E lado a lado do seu cetro,
Sigo em frente...

Perpetuo um sonho (persistente)
Aos que desconhecem o inexorável
Distante dos olhos, e não do íntimo:
A poesia é capaz de aquecer a frieza
De qualquer coração autoritário...

Executo o conserto derradeiro
Do destino fora do trilho,
Caminho sobre cascas de ovos,
Levanto voo, e aterrisso eternamente.

Porque eu sou dona da minha loucura,
Se a minha poesia no firmamento fulgura,
Significa que de ti jamais sairá o anseio
De voltar para acariciar-me com ternura.

⁠Aportei inteira nessa existência.
Por isso não seguro metades,
vou aproveitando a paisagem.
Visando novos horizontes
abstenho o ontem,
vibro o presente,
sem ansiedades no amanhã.
Se o amor vier,
vou me doar.
Sou de plantar o bem,
e o que chegar que me regue,
que me deixe crescer.
Porque nasci pra fluir
Pra esgotar de viver.

⁠Em quantos mares naveguei
Cheios de esperança ou cheios de lágrimas
As minhas, não as tuas
Por amar alguém que sequer encontrei

De onde vens, de onde vieste
Não sei
Porém almejei o teu abraço
O conforto que não me deste

Soubeste, pelo acaso
De uma grande paixão
Paixão essa, fracassada
Por um longo amor sem prazo

Não adiantou sorrir entretanto
Falsa esperança, traiçoeira
Levou todo o sentimento ao qual foi dado
Deixando a tristeza consumir cada canto

Oh, se eu pudesse, quisesse
Não deixaria o teu barco passar
Alcançar-te-ia, então
Sem agarrar a tua mão
Sei que não a iria largar

Querido alguém, ou ninguém,
Foi difícil te amar
Porém, o mais árduo,
Foi não saber como te alcançar

⁠Percorro uma estrada
Incansável, insegura
Um caminho responsável
Pela tamanha amargura

No teu olhar, perco-me
No teu coração, perco-me

Estarei eu a sentir falta
De um amor que não existe?

Penso estar a cair
Num buraco ilimitado
Nunca quis te magoar
Arrepender-me-ia se o fizesse

Então, que farei eu?

Percorro uma estrada
Incansável, insegura
Um caminho responsável
Pela tamanha amargura

Dar-te-ei o meu tesouro?
Lamentar-me-ei, depois?

Com o meu coração, embevecido ficaste
Já eu, com o teu, nem uma gota de amor me deixaste

Cada "amo-te" uma faca
Cravada no meu peito
Ao saber a força das palavras
Que me enfraquecem, sendo cruas

No teu olhar, perco-me
No teu coração, perco-me

Estarei apaixonada?
Então, que farei eu?

Ao perceber o teu olhar
Choro internamente
Quem me dera saber te amar

Como faço o medo parar?
O medo de te magoar...
Por querer te amar!
E não haver paixão

Estarei apaixonada?
Não, não poderia estar mais enganada!

⁠Ao te encontrar, amor
Perderei o meu lar
Não sei onde estou
Quero me encontrar

Ao teu lado, dor
Perderei-me no meu mar
Quem sou, não sei
Quero me encontrar

Sem um barco,
Quero remar
Sem um par de asas,
Quero voar
Sem a certeza,
Quero te amar

Amor, estou perto
Estou perto de te alcançar
Perder-me-ei por completo
Para assim me encontrar

⁠Bem que os beijos meus
poderiam ter
asas para buscar os teus,

(Ou poderiam mesmo
até o oceano cruzar),

Do báratro escuro
que ardente oculto
para nele você se perder,

(Sem chance de fugir
ou querer regressar),

Mais forte que o passamento
para você de mim
nunca mais esquecer,

(Ou de dentro de ti vir
a tentar me apagar),

Tão méleo quanto
o mais puro dos sentimentos
para você se viciar,

(Sem querer cheguei
para em ti morar),

À espreitar a cada
um dos meus passos
como um lobo da estepe
do Oeste da Anatolia,

(Doses de café,
desejo e melancolia);

Indomável como o mar
em intermitente luar
feito a sagração poética
da primazia da primavera.

⁠Sortuda a lua
Que nos olha de longe
Observa de dia
De noite abrange

Sua luz ilumina
Os olhos de quem a vê
Com tantos detalhes
Não pude esquecer

A Flor e Eu

Estou só, na companhia de uma flor,
e posso com fidelidade, sem culpa confessar
que suas pétalas acariciaram meu ser
Enquanto, seu perfume diluía a minha dor.

Sinto que ela pode me ouvir, e sem rancor,
mesmo sendo meiga e inanimada
Contei dos meus lamentos sobre o amor
e os desabafos de minha infância roubada.

Também solitária, caída ao chão
Ali mesmo, compartilhamos os nossos medos.
E só por uma noite ela foi
a guardiã mais sincera dos meus segredos.

Dividimos sem preconceito algum
as marcas que nos foram deixadas
As cicatrizes que o tempo não levou
e a vida renovou com suas garras.

Queria que esta flor rosada,
não sofresse a ação do tempo.
Nem, que perdesse sua forma
ou caísse, ao ser violentada pelo vento.

Assim como ela, eu choro
não por covardia, nem por falsidade,
Choro, por ter tido a alma ferida,
choro também por sentir saudade.
Também tive algumas pétalas arrancadas,
por puro prazer, de quem sente ao nos fazer maldade.

Seu cheiro ficou comigo

Após este breve adeus
E ter-te nos braços meus
Ficou a inocência de seu odor
Misturados com seu calor
Nos labirintos do lençol
Enlaçados com a turbação
Do pensamento sem noção
Gravados no sentimento
Inebriando o contentamento
Com resíduos de nossa paixão
Que naufragaram na minha emoção
É pura essência de hortelã
Que bem cedo, ainda pela manhã
Exala por todos os meus poros
Em eternos cânticos sonoros
Dissolvendo minh'alma em ti
Acordando o meu coração
Marejado de saudosa comoção
Da necessidade de você ter partido
Mas, seu cheiro ficou comigo

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
28/02/2019
Rio de Janeiro, RJ

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