Poema Prima para Prima

Cerca de 20268 frases e pensamentos: Poema Prima para Prima

Montes Claros

Ela queria ir embora só para deixar uma carta. Escreveria em forma de poema, metrificada em cada lágrima despedida.
Seus olhos escreveriam a saudade já posta nas árvores, verdes e com cheiro de canela. Ela, embora tenha ido e chegado, reflete dores carameladas de perseguições. Nenhum sonho fica fora durante as viagens internas.
O mundo explodiu e ela dispara. Medos e assombros circulam espaço por espaço. Há dias em que viver é morrer perto da lareira.
Ela queria ir embora mas o amor é forte, resistente e inquebrável. A carta até poderia dizer: vem comigo, também?

Inserida por JohnnyKwergiu

Poema

Certa vez eu estava sobre o topo de uma montanha. Dali podia ver tudo ao meu redor. Fiquei ali admirante e entristecida, vendo sua beleza e destruição! Suas riquezas e pobrezas! Suas alegrias e tristezas! Homens cantando, homens chorando! Crianças nascendo, crianças morrendo! Velhos amparados e velhos abandonados! Enfim, tudo o que há em nossa terra amada. Um homem ali ao meu lado que também observava tudo perguntou-me:
— O que vê?
— Um mundo tão desigual que beleza não tem igual. Seus verdes e montanhas, seus coloridos me fazem delirar, mas, a desigualdade me faz chorar.
— O que pensa sobre isso? — perguntou-me novamente o homem.
— Não sei! Daqui de cima nada posso fazer pelas crianças que choram e pelos homens que não tem o que colher!
— Então, fique com isso e jogue até eles! — pediu o homem, me entregando uma âmbula cheia de grãos, e antes que eu fizesse uma pergunta ele desapareceu. Então, olhei ao redor, e dali do alto eu fui jogando os grãos, e as pessoas, cada qual foi pegando um. De repente percebi que os grãos havia se acabado e chorei, porque muitas pessoas não tinham pegado e nem para mim havia sobrado um. De repente me transformei em um pé de milho, e, algumas pessoas que sobraram se tornaram animais e começaram subir a montanha para me devorar, mas não conseguiram chegar até mim, porque, fracos, morreram pelo caminho. E a esperança novamente em mim nasceu, porque pude florir, e, espigas de milhos brotaram em meu caule, e, aos poucos fui me espalhando e descendo pela montanha, onde até hoje, sou alimento e esperança de muitos.
Assinado: Um grão de milho.

Inserida por fatimafriozi

21/10/13

Poema: Criança

Infantilidade a minha, em querer-te toda hora
E mesmo distante, buscar estar o mais próximo possível
Pois feliz fico ao ver a imensidão da aurora
Que quase sempre, muito embora clareia o meu dia intransponível (insuperável)

Infantilidade a minha, em deixar-me tão exposto
ocioso, impotente, dependente de você
em sentir-me incompleto
Quando fico inquieto, se não toco os lábios nos teus

Infantilidade a minha em imaginar-te ao meu lado
Pois me sinto acarinhado, quando ouço a sua voz

Infantilidade a minha em pensar tanto assim
Em você, em mim.
Enfim... Em nós.

Inserida por CassiaSenna

Poema: A figura

Um homem... Só é um homem.
Quando exibe sua sensibilidade austera.
Masculinidade...
Um homem... Só é homem.

Se souber viajar no templo de uma mulher.
Olhar,
Fisgar o seu tempo.
Segurar os ponteiros do relógio.

Olhar...
É sempre o olhar.
O olhar pode ser espaçado,
Enviesado. Mas é o olhar.

Mas o olhar enfrentado!
Há de ser insinuado,
E Jamais lhe será escapado.
O homem... Só é homem.

Quando souber viajar no templo de uma mulher.
E o olhar é sempre o olhar...
Sempre tem o desejo de mergulhar...
E ah! se não fosse o teu olhar.

Um homem...
Só é um homem,
Quando bebe na fonte,
Toda sua liberdade.

Inserida por veramedeiros

Letras perdidas de um poema esquecido...
Frases longínquas num amanhecer qualquer.
Sou eu,
rabisco desordenado do inusitado,
rubrica do querer aflorado,
singulto de um coração que chora e sente...
Como se desvencilhar da solidão, Algoz que me condena?
Como retratar o belo, qdo teu rosto na lembrança encena?
Como orvalhar a flor,
pétala por pétala,
adubando/nutrindo o sentimento?
Nutrir,
querer,
desejar e ter,
verbos que se misturam/entrelaçam com os adjetivos que a ti são destinados:
bela,
linda,
diva de meu mundo,
sacerdotisa de meu sentimento...
22.09.13
JRicardo de Matos Pereira

Inserida por PoesiasCatarinenses

Queria escrever um poema de amor...
Solidão, saudade escrita nas estrelas.

Como a luz que nasce de madrugada
Onde desejo que o tempo seja eterno

Perfumado como o vermelho das rosas...
Chove e fica o doce aroma a terra molhada.

Que me fizesse e esquecesse da dor,
Das ilusões que a vida dá...
Do abismo e da sombra da morte.!!

Inserida por IsabelMoraisRibeiro

este poema escrevo poema.
na banda que amo muito os Ramones.

O tributo

O cemitério da minha alma esta meus sonhos,
Deixado nos meus pesadelos,
Entre esses sonhos a vida acabou,
são parte dos meus pensamentos,
então encontro um cemitério de animais,
sinto a vida passar em meus pensamentos,
perdidos numa madrugada,
nada pode ter volta,
pelo que sonhamos?
os piores pesadelos são meramente sonhos,
tento viver na solitude do coração,
apesar de perder teu amor,
a solitude é fração da alma,
no jogo do tempo tudo é um sonho perdido,
no qual vivo com meus óculos escuro,
não tiro nem para dormir,
nem mesmo quando morri,
minha alma estará no cemitério de animais,
pois voltarei a vida meus sentimentos...
estarão mortos em meus olhos,
viver em um pesadelo sempre é um sentimento.
seremos jugados no final dos tempos,
somos culpados de viver em nossos próprios pesadelos.

Inserida por celsonadilo

POEMA DE PALHAÇO
Anda, Palhaço
Encare a alegria.
Alegria alheia, porque
sua felicidade é
apenas alegoria
Faz a criança rir;
Faz o adulto chorar.
Porque no picadeiro
a vida é mole
mas, a vida real
é corda bamba.

Inserida por Paulinpagliacci

Leia a alma de quem te abraça,
de quem te fala com o coração.
do meu poema - sensibilidade

Inserida por erotildesvittoria

Há multidões na solidão,
há solidão nos corações...
do meu poema - Nostalgia.

Inserida por erotildesvittoria

"Escrever-lhe-ia um poema se o pudesse
Ler as entrelinhas apenas para ti
Poder amar-te sem ponto final
Garantir seu cheiro em meu ambiente
Sentir o roçar da pele como uma sinfonia
Como teclas do piano
A mais doce harmonia ao coração
Transbordando felicidade e mel
Tornando-se preto e turvo
Agora afogando meu ser sem salvação
Permitindo gritar-lhe uma morte silenciosa
Um adeus pelo vento
Que chega intocado
Como a mais bela harmonia ao coração"

Inserida por Leticia-Camargo

O PROCESSO DE KAFKA (Poema de Isabel Furini)

Opinião de Miguel Sanches Neto:“O poema é fiel ao tom misterioso dos livros de Kafka.”


Gárgulas procuram o Processo
e o misterioso Castelo de Kafka.

Gárgulas ferozes
conspiram no silêncio,
escalam as muralhas
e descobrem invisíveis paredes de pedra e solidão.

Medos instintivos
voam por ruas ignoradas,
poeirentas,
em uma cidadela de fracassos
e desamor.

Cobras de emoções envenenam antigos alfabetos
e invadem os livros de Kafka,
(triunfantes)
reeditam o processo
(eterno)
no labirinto do tempo.
***

Inserida por IsabelFurini

Poema: Sentido

E quanta dor é preciso para brotar uma lágrima
Lágrimas que brotaram dos olhos negros brilhantes
Na face desce cuidadosamente marcando o caminho

Parte do corpo machucado através das palavras
Dos sentidos ocultos entre viagens e sonhos
Lágrima que busca o chão, que lava a alma

Que segredos ela tem, assim surge do nada
Flui o oculto sem se esbanjar, apenas flui
Mar de opressões e duvidas sentidas em segredo

Assim faz a dor ir embora, o sorriso chegar
E ela cai em meio sembrantes e vozes rocas
Leva consigo mundos e sonhos e realidades

Foragira quantas vezes exaltada for
Florescerá em seu jeito meigo e doloroso
Será sempre a mais bela das palavras não ditas.

Inserida por AndersonLPS

Muitas vezes,
sou a festa
em outras,
o silêncio do voo das borboletas.
do meu poema - Meus mundos

Inserida por erotildesvittoria

POEMA VOCÁLICO

Ao Pensar certas coisas
Que faz o meu povo ser o que é
Penso e pesaroso fico num misto de perfídia e fé.

É tanta penumbra e escuros sólidos,
Tanta cegueira a reinar
Tantos anseios suprimidos
Abortados no nascedouro
Sem nunca poder brilhar.

Inquieta-me tantas dores
Tantos dias cinzas sem cores
Enquanto sofrem esperam
Seus cristos e redentores.

Os pobres ignóbeis que somos
Escravos da ignorância
Temerários sobrevivemos
Torporizados pelo cotidiano nutrindo-nos de vãs esperanças.

Um momento, mils momentos
Cada um com seus tormentos
Enquanto segue a orquestra
Nesta canção caótica somos meros instrumentos.

Inserida por KikodiFaria

BORBOLETA

Eu não farei poema à borboleta,
inseto que esvoaça sobre a rima
furtada da inequívoca obra-prima
jamais escrita por esta caneta.

Persigo a perseguida de veneta,
mas voa a rima alheia à minha estima
a qual “torce, aprimora, alteia, lima
a frase”, que se esconde numa greta.

E o muro, “paredão todo gretado”,
é sóbrio, é careta, e é quadrado,
mas guarda para si aquela greta.

Solitário empunhando esta caneta
por ser da borboleta rechaçado,
achei-me, em outra greta, contentado.

Inserida por mskawanami

Sou poema<br />
mal feito<br />
com efeito<br />
contrário <br />
do que se<br />
quer dizer.

Inserida por biancavasconcelos

Ailton Webber Silva
" minha tão perfeita esposa, a você dedico este poema

Não quero perder você minha vida"
Não sei qual a minha culpa mas, peço perdão.
A luz da vela, revelou-os tão rapidamente que não pude ver.
Peço perdão por vezes te fazer chorar, por ser as vezes
meio amargo
Peço perdão por não saber me dá nem a mim mesmo,
e como poderei entregar-me a você minha vida, se fosse preciso
e quantas vezes for preciso peço de novo perdão
não sei perder " VOCÊ " minha vida.

Inserida por ailtondasilva

Poema das faces ocultas
(Baseado no poema de Drummond)

Quando nasci, minha vida mudou
Disseram-me para ser qualquer coisa
Ou qualquer pessoa.

Uma vez pedi a Deus
Para não deixar-me
Mas não posso deduzir
Que ele viva minha vida
Me senti sozinha
Abandonada
Vendo muitos olhares
Menos o meu.

Há uma menina
Séria, simples e forte
Que nunca se esquece de uma conversa
Tem pouco, raros amigos
Atrás daquele olhar.

Desejos são momentos excitantes
Meu deus, Por que rimar não resolve?
Mas vasto é meu coração
Rimarei até achar uma solução.

Inserida por poesiasdejade

TRATADO SOBRE UM POEMA

quis um poema sem razão nem fim
um canto surdo de areia e noites
bem mais veloz que a ilusão do tempo
que fosse a vida muito além da morte

quis um poema que tivesse o fim
de ser apenas um rascunho torto
entre as lembranças de qualquer rascunho
entre os rascunhos de alguém já morto

quis um poema de tempo e de tempos
regado a vinho – se possível tinto –
do instante imune, que não foi instante
do tempo impuro, do mais puro cisco

quis um poema que fosse um poema
de pele clara, de cabelo ruivo
que fosse a pedra fecundando o húmus
e a luz gestante fecundando a luz

quis um poema... se quis um poema
foi assim quase... meio, fim e meio
sangrei a noite, mas fisguei o verbo
quis um poema lacerado ao meio

Inserida por Poesianacional

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