Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo
Uma bela rosa caiu, pousando em meu nariz
Consegui sentir a brisa daquele antigo verão
A rosa que estava parada no meu nariz foi arrancada por uma ave que havia o dobro do meu tamanho
Não consegui ver, mas ele era maior do que eu conseguia imaginar
Comecei a me debater , pois a ave agora estava mordendo o meu olho
Desisti, ele era mais forte que eu
Lentamente, ele me consumiu por completo
Mesmo não estando lá, eu via sua presença
Ela estava em todos os lugares que eu ia, o que eu pensava ou falava
Mal sabia eu que ela estaria comigo até posteriormente o dia da minha morte.
Vaso de girassol
Pego o meu regador e vou em direção a minha janela
É onde está o meu vaso de girassol
Ele me deixa feliz
Alimento-o com o meu regador
Lhe entrego metade da minha água, mas ele não está saciado
Então eu derramo toda a minha água nele
Mas ele pede mais e mais
Me desespero, não tenho mais água para ele
Viro o meu regador e deixo todas as gotas caírem
Não tenho mais, mas ele quer mais
Me ajoelho e peço seu perdão
Eu cuido dele, adubo, dou todo o meu amor e minha água
Mas ele não dá nada em troca
Nenhuma flor ou um sorriso
Não importa o que eu faça
A culpa é minha
Será que toda a minha atenção não é o suficiente?
A minha água é pouca?
Lhe dou amor em excesso?
O seu solo é ruim?
Ainda ajoelhado, começo a chorar dentro do vaso
Ele parece estar feliz com o meu sofrimento
Se chorar é o requisito necessário para deixa-lo feliz, então é isso que irei fazer daqui em diante.
Anjo
Pego a minha lâmpada, agora apagada
Vou em direção a minha janela, encarando o céu
E dele desce um ser com uma luz branca ardente, mas ainda consigo enxergar as suas magníficas asas
Ele me entrega uma nova lâmpada, acessa
Eu a pego e agradeço, e ele vai embora
No dia seguinte, eu faço a mesma coisa
No outro também
E mais outro dia
Novamente, vou a minha janela com minha lâmpada esgotada
Passa um tempo e o meu anjo não vem
Esperei toda a madrugada por ele
Cansado, me sentei no chão e abri a minha lâmpada, buscando acende-la
Se passa várias madrugadas
E eu finalmente consigo acende-la
Sem precisar da ajuda daquele ser divino
Posso acender as minhas lâmpadas eu mesmo agora.
Barco a vela
Dentro do meu barco, começo a remar
Numa direção reta
A ignorar a vela que estava presente no mesmo
Manusear um barco é mais difícil do que eu pensava
Perco o meu equilíbrio e o meu barco vira
Caio na água, que surpreendentemente não estava gelada
Puxo o meu barco e retorno a uma superfície
Subo nele de novo e volto a remar
Mas não tem progresso, a correnteza está puxando o meu remo
Luto contra ela, mas depois de tanto tempo, minhas mãos enfraquecem e soltam o meu remo
Entro em desespero, agora não tenho como controlar o meu barco
Então o vento vem e movimenta aquela vela do barco que antes não me tinha utilidade
Começa a ir em uma direção que eu desconhecia
Mas não deixa de ser linda
Ilhas que eu nunca vi
E provavelmente nunca veria
Se eu não tivesse largado
Aquilo que me prendia.
AO MESMO TEMPO
Concomitantemente
Assim de repente
Brotam choros e risos da mente.
Segue em frente,
Tendo à mão o que sente
Pulsando e com o sangue quente.
Persista, tente!
A vida por mais doída é coerente.
Lança teu pão, plante a semente.
Ela ao seu tempo brota e alimenta a gente.
Don Tiago da R. Sales Piauhy. Sampa, Sp, 29/01/2017
GERMINAR
Sem respiração.
Então,
Te aviso de antemão
Que este verso será vão!
Mal cabe na palma da mão,
Que dirá em meu coração.
Gostaria mesmo que fosse grão
Para germinar neste chão.
Don Tiago da Rocha Sales Piauhy, Sampa, Sp, Outubro/2015
‘Soneto poesia’
— Poesia, é retroceder ali no jardim de infância, recordar do coleguinha, que tinha tranças,
cumpria promessa, mesmo tão jovem já falava de fé, sem entender direito como é!
— Poesia, é rasgar a neblina do tempo, voltar lá naquele momento, e novamente dar vida ao acontecimento
— Poesia engavetada bloqueia, não presenteia!
— Poetizar, é pousar no papel, palavras que estavam em pleno voo
— Dando sentido, à alegria, ao comprazimento, as experiências vividas, sentidas, e muitas vezes sofridas
— Ser poeta não é nenhuma pretensão, é a forma mais saudável de enfrentar a solidão
— É ser grata pela vida e, dobrar os joelhos em oração
— É compreender com quem temos de ter comunhão
— É fazer de cada afastamento uma saudade
— De cada lágrima vertida a esperança do retorno
— É se sentar à beira do rio, se encantar com o balancé das águas,
— É olhar para o alto, se perder e se achar na rima estelar
— É olhar para as árvores e bailar com farfalhar das folhas,
— Ser poeta, é se sentar pra tomar um vinho, não resistir, e fazer poesias para as rolhas, nunca esquecendo do sentimento chamado ‘amor’ mesclado com a beleza e a simplicidade da flor!
Rosely Meirelles
CONSCIENTE/SUBCONSCIENTE
*
*
*
O espirito esta' para a paz, assim como a gravidade para o centro da terra.
O espirito para a consciência, assim como a alma para o subconsciente.
*
*
O homem planta na mente. O Criador na alma;
E' fonte direta! sementes...
O homem?!.. Planta... colhe?! talvez.
Ano Novo
Meia-noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.
Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça
nada ali indica
que um ano novo começa.
E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.
Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta).
“Suplício da saudade”
— Revisando meus guardados,
em um baú juncado,
encontro junto a uns papais envelhecidos pelo tempo, bilhetinhos, que escrevi com carinho, enviados como recado
— Aquele feixe de papeizinhos, envolto com cetim e um delicado lacinho,
que devolvestes do que restou de nós dois
— Que no clima quente da paixão rabisquei, coloquei no papel,
o amor que amei
— Quando os olhos teus
iluminou os olhos meus,
e feliz fiquei
— Escrevi doces palavras,
que em sussurros escutava enquanto loucamente te amava
— Errei, ao dar atenção em demasia ao coração,
enxergando somente o momento, sem esmiuçar o sentimento, o depois, e falhei
— Vivendo na utopia do amor, restando só a dor que saboreei,
posso garantir,
não agradei
— Restituiu totalmente as mensagens, só não devolveu o amor que devotei
Rosely Meirelles
CENTELHA DE LUZ
*
*
*
Centelha! Faixa de luz, dama da noite que meu olhar, seduz.
Centelha! Faixa de escuridão. Mundo, mundão.
Centelha! Faixa escura no sol; _vejo não.
_Nossa vida e' computada a cada segundo.
Como feixe de luz, a cada segundo e' encantada!
Pode ser ainda fração de segundo, ou fração da fração.
Segundo?! Como e' mesmo que bate o coração?
_Vivemos por um segundo, o segundo que nos e' permitido.
_Se vivo meu segundo e você vive nele, vivo sua vida e você a minha; entrelaços, fraternidade!
_Que bom! Que troca de experiências! Que seja doce e leve, sua estadia!
O tempo e o pensamento são as únicas coisas que se movem, mesmo quando tudo pa'ra.
Quem na vida queima a largada? Prematuro?!.
Todos querem viver seu tempo, portanto, prestar atenção ao estouro e' fundamental!
Fração de tempo, tempero.
De quanto precisa?..
*
*
poeta_sabedoro
MELANCOLIA MELANCOLICA
A poesia 'e o combustível que nos move a escrever...
_amontoando as palavras, expressando a alegria!
_e também a dor do "saber".
Um Sábio bastante tolo
Eu conheci muitos Sábios nessa vida
e de longe você foi o mais intrigante,
mesmo com tanta merda que você falava e fazia
eu sentia sabedoria no seu semblante
E com o tempo eu percebi que você
não era um sábio comum...
Era um sábio que tinha defeitos e qualidades
mas não se comparava a nenhum
Um sábio que não se importava de estar ao lado dos tolos
porque você era apenas mais um,
um sábio que compartilhava conhecimento e benevolência,
um sábio que mesmo estando no topo...
Nunca esqueceu de sua essência
É um sábio que descobriu o amor recentemente
e faz de tudo para que ninguém quebre essa corrente
Durante todos esses anos
nunca mais me atingiram desse jeito,
eu tentei forçar algumas vezes, mas nunca mais
reconheci esse sentimento
As vezes eu acho isso ótimo
mas a verdade é que isso pode ser péssimo,
de algo que parecia simples e inocente
surgiu algo difícil e complexo
Lembro que durante essa relação eu percebi que era
só mais um homem qualquer,
que se apaixonava, se divertia, se machucava
mas foi transformado e revigorado por uma mulher
Quando acabou, eu achei que era o fim do mundo...
o que me trazia paz e harmonia
virou um vazio grande, cruel e profundo
Por mais que eu tenha me sentido mal na época e
querer logo esquecer tudo isso
hoje eu agradeço por tudo ter acontecido
Aquele amor que eu sentia me fazia vivo
eu me sentia especial...
Espero que algum dia eu sinta isso de novo,
minha alma sendo atingida de uma forma
fora do normal
Minhas poesias são feitas com consciência, as vezes com amor e as vezes com saliência
A tinta que corre pelo meu caderno é como o sangue que corre nas
minhas veias
é um prova de que eu estou vivo e que meu coração ainda bombeia
TODOS OS ADEMAIS
Refugiando-se em um recinto
Recito o que mais sinto
Ademais, há de mais
O que por ti sinto
Aí o medo se refaz
O amor é como um labirinto
Apavora-me, quase por instinto
E por demasiado temor, minto
Porque quando há demais
A dor, eu logo pressinto
Além do mais, consinto
Quão mais, minto a mim
Temendo todos os ademais
Que um dia sentiria por ti
Recomeço com uma dose de Esperança
Eu sempre tive cuidado com que eu ando
e estar nesse ambiente novo
acabou me atormentando
Me trouxe desconfiança e bastante inseguranças
mas mesmo com todos esses problemas
eu ainda tinha esperança
Esperança de que tudo podia ser diferente,
esperança de que minha vida no passado
não afetaria minha vida no presente,
esperança de eu não ter que voltar a ser como era antes
aquela pessoa fria, debochada e arrogante
PEDRA PRECIOSA
Quando e' tratada:
Cortada,
Lapidada,
Facetada,
Polida;
Ainda assim,
Alguém dirá':
Mas, se não
Cortada,
Lapidada,
Facetada,
Polida?
Direi:
Ainda assim,
Será'
Pedra preciosa,
E terá' valor.
poeta_sabedoro
CORGUINHO
O pobre corguinho que canta na serra,
Que corre, que corre, sem nunca cansar,
Pobre Corguinho, é tão pequeninho,
Mas, para mim, é “mais maior” que o mar.
Ele, para mim, é bem maior que tudo,
É grande,grande, como um coração,
É o coração feliz e bom da serra,
Da minha terra, do meu grande chão.
Pobre Corguinho, é bem maior que o mar,
Porque é bom, porque é cantor dolente,
Não ruge como o mar e não se zanga,
É humilde e pobre como a minha gente.
Corguinho bom que Deus criou na serra,
Que Deus criou cantando uma toada
Naquele dia, Deus estava alegre,
Criou o mundo e não criou mais nada
E foi dormir, contente deste mundo
Tinha criado a serra benfazeja,
Tinha criado a mata, os passarinhos,
Tinha criado a toada sertaneja.
Corguinho bom, que vai descendo a serra
Sem ambição, sem orgulho e sem nada
Tudo o que tem vai entregar ao mar
E morre feliz, cumprida a sua jornada
Quando eu encontro alguém falando grosso,
Quando um grande despreza um pequenino,
Eu me lembro do mar, que ronca e bufa,
E tudo o que ele tem deve ao corguinho...
(in “Canção pro Sol Voltar “ Editora do Escritor Ltda” )
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