Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo
Bem-te-vi
..
Quem bem te viu bem-te-vi
Logo se admirou
Quem bem te ouviu bem-te-vi
Logo se encantou
Quem bem te sentiu bem-te-vi
Logo de ti se enamorou
Bem-te-vi
Bem-te-vi
O que de bom tu viste em mim?
Raízes
Queria poder entender
O mundo e a maldade,
As pessoas estranhas,
A tamanha perversidade.
Queria poder aceitar
Que amar é sinônimo de sofrer,
Que alguns erros vem para somar
E o passado tem que se esquecer
Queria poder esquecer
O passado que não me cabe mais,
Porque a vida não irá voltar
Para buscar quem ficou para trás.
Queria poder mudar
A realidade injusta,
A criança desabrigada
Que dorme na chuva.
Queria poder reverter
A realidade feminina
Que apenas por serem mulheres,
São assediadas a cada esquina.
Queria poder suportar
A intolerância religiosa,
Que é o desrespeito com outras crenças,
Uma prática pavorosa.
Quero poder mudar a realidade mundial
A verdade do negro, do homossexual,
Ressaltar que todo mundo é igual,
Uma intervenção é fundamental.
Quero poder escrever
Sobre tudo o que sinto,
O papel é o melhor ouvido
Quando a mente se torna um labirinto
E quando nada mais fizer sentido,
E tudo eu desconhecer
Tu estará no papeldividida em vários versos,
Jamais esquecerei de você.
Caneta
É o objeto que sua única função é escrever a história de outras pessoas
Com variações diferentes,
Uma hora elas se esgotam
Ela não é capaz de escrever sua própria história
E provavelmente nunca será
Não importa quantas você compre
Não importa se você usa elas para escrever ou desenhar
Depois de tanto escrever pra você
Ela explode
Ela se esgota
Ela acaba.
Praia
A água gelada me faz arrepiar
O ar é rígido, vejo ele entrar nos meus pulmões
Dificilmente, respiro fundo e o ar arranha o interior do meu nariz
Sem precisar segurar a minha respiração, mergulho
Começo a vagar pelo vasto e imenso oceano
Descobrindo mistérios que a humanidade nem chegou a imaginar
O mistério do oceano o torna mais belo
Há coisas demais para eu retornar para a superfície
Há tantas coisas que eu esqueço como o ar é estranho
Há milhares de coisas que eu esqueço que há vida lá fora
A sensação da água correndo na minha pele
A sensação de ver coisas novas
A sensação da correnteza me seguindo
Me faz relaxar, relaxar e relaxar mais
Começo a cair, repentinamente, até o fundo daquele local onde eu achava que era seguro
A maré me largou, e eu larguei ela também
Aceito o meu destino
Todas aquelas sensações já vívidas me fazem permanecer aqui
Elas me fazem viver, mesmo que eu esteja no fundo do poço
Não quero sair, nem acordar, vou continuar infinitamente aqui.
Filmes
De repente, eu acordo
Olho ao meu redor e vejo em um cinema vazio
Apenas e unicamente com a minha presença
Olho pra frente e vejo o telão
Está passando um filme estranho
Após alguns minutos assistindo, eu o reconheço
É aquele filme que eu queria assistir á muito tempo
Mas ele está tão diferente do cartaz e do trailer
Agora ele parece tão ruim, por que eu queria vê-lo?
Não consigo me lembrar o motivo
Está tão insuportável, quero trocar de filme
Me sinto uma pessoa má, mas não aguento mais ficar aqui
Vou trocar de filme.
Uma bela rosa caiu, pousando em meu nariz
Consegui sentir a brisa daquele antigo verão
A rosa que estava parada no meu nariz foi arrancada por uma ave que havia o dobro do meu tamanho
Não consegui ver, mas ele era maior do que eu conseguia imaginar
Comecei a me debater , pois a ave agora estava mordendo o meu olho
Desisti, ele era mais forte que eu
Lentamente, ele me consumiu por completo
Mesmo não estando lá, eu via sua presença
Ela estava em todos os lugares que eu ia, o que eu pensava ou falava
Mal sabia eu que ela estaria comigo até posteriormente o dia da minha morte.
Vaso de girassol
Pego o meu regador e vou em direção a minha janela
É onde está o meu vaso de girassol
Ele me deixa feliz
Alimento-o com o meu regador
Lhe entrego metade da minha água, mas ele não está saciado
Então eu derramo toda a minha água nele
Mas ele pede mais e mais
Me desespero, não tenho mais água para ele
Viro o meu regador e deixo todas as gotas caírem
Não tenho mais, mas ele quer mais
Me ajoelho e peço seu perdão
Eu cuido dele, adubo, dou todo o meu amor e minha água
Mas ele não dá nada em troca
Nenhuma flor ou um sorriso
Não importa o que eu faça
A culpa é minha
Será que toda a minha atenção não é o suficiente?
A minha água é pouca?
Lhe dou amor em excesso?
O seu solo é ruim?
Ainda ajoelhado, começo a chorar dentro do vaso
Ele parece estar feliz com o meu sofrimento
Se chorar é o requisito necessário para deixa-lo feliz, então é isso que irei fazer daqui em diante.
Anjo
Pego a minha lâmpada, agora apagada
Vou em direção a minha janela, encarando o céu
E dele desce um ser com uma luz branca ardente, mas ainda consigo enxergar as suas magníficas asas
Ele me entrega uma nova lâmpada, acessa
Eu a pego e agradeço, e ele vai embora
No dia seguinte, eu faço a mesma coisa
No outro também
E mais outro dia
Novamente, vou a minha janela com minha lâmpada esgotada
Passa um tempo e o meu anjo não vem
Esperei toda a madrugada por ele
Cansado, me sentei no chão e abri a minha lâmpada, buscando acende-la
Se passa várias madrugadas
E eu finalmente consigo acende-la
Sem precisar da ajuda daquele ser divino
Posso acender as minhas lâmpadas eu mesmo agora.
Barco a vela
Dentro do meu barco, começo a remar
Numa direção reta
A ignorar a vela que estava presente no mesmo
Manusear um barco é mais difícil do que eu pensava
Perco o meu equilíbrio e o meu barco vira
Caio na água, que surpreendentemente não estava gelada
Puxo o meu barco e retorno a uma superfície
Subo nele de novo e volto a remar
Mas não tem progresso, a correnteza está puxando o meu remo
Luto contra ela, mas depois de tanto tempo, minhas mãos enfraquecem e soltam o meu remo
Entro em desespero, agora não tenho como controlar o meu barco
Então o vento vem e movimenta aquela vela do barco que antes não me tinha utilidade
Começa a ir em uma direção que eu desconhecia
Mas não deixa de ser linda
Ilhas que eu nunca vi
E provavelmente nunca veria
Se eu não tivesse largado
Aquilo que me prendia.
AO MESMO TEMPO
Concomitantemente
Assim de repente
Brotam choros e risos da mente.
Segue em frente,
Tendo à mão o que sente
Pulsando e com o sangue quente.
Persista, tente!
A vida por mais doída é coerente.
Lança teu pão, plante a semente.
Ela ao seu tempo brota e alimenta a gente.
Don Tiago da R. Sales Piauhy. Sampa, Sp, 29/01/2017
GERMINAR
Sem respiração.
Então,
Te aviso de antemão
Que este verso será vão!
Mal cabe na palma da mão,
Que dirá em meu coração.
Gostaria mesmo que fosse grão
Para germinar neste chão.
Don Tiago da Rocha Sales Piauhy, Sampa, Sp, Outubro/2015
‘Soneto poesia’
— Poesia, é retroceder ali no jardim de infância, recordar do coleguinha, que tinha tranças,
cumpria promessa, mesmo tão jovem já falava de fé, sem entender direito como é!
— Poesia, é rasgar a neblina do tempo, voltar lá naquele momento, e novamente dar vida ao acontecimento
— Poesia engavetada bloqueia, não presenteia!
— Poetizar, é pousar no papel, palavras que estavam em pleno voo
— Dando sentido, à alegria, ao comprazimento, as experiências vividas, sentidas, e muitas vezes sofridas
— Ser poeta não é nenhuma pretensão, é a forma mais saudável de enfrentar a solidão
— É ser grata pela vida e, dobrar os joelhos em oração
— É compreender com quem temos de ter comunhão
— É fazer de cada afastamento uma saudade
— De cada lágrima vertida a esperança do retorno
— É se sentar à beira do rio, se encantar com o balancé das águas,
— É olhar para o alto, se perder e se achar na rima estelar
— É olhar para as árvores e bailar com farfalhar das folhas,
— Ser poeta, é se sentar pra tomar um vinho, não resistir, e fazer poesias para as rolhas, nunca esquecendo do sentimento chamado ‘amor’ mesclado com a beleza e a simplicidade da flor!
Rosely Meirelles
CONSCIENTE/SUBCONSCIENTE
*
*
*
O espirito esta' para a paz, assim como a gravidade para o centro da terra.
O espirito para a consciência, assim como a alma para o subconsciente.
*
*
O homem planta na mente. O Criador na alma;
E' fonte direta! sementes...
O homem?!.. Planta... colhe?! talvez.
Ano Novo
Meia-noite. Fim
de um ano, início
de outro. Olho o céu:
nenhum indício.
Olho o céu:
o abismo vence o
olhar. O mesmo
espantoso silêncio
da Via-Láctea feito
um ectoplasma
sobre a minha cabeça
nada ali indica
que um ano novo começa.
E não começa
nem no céu nem no chão
do planeta:
começa no coração.
Começa como a esperança
de vida melhor
que entre os astros
não se escuta
nem se vê
nem pode haver:
que isso é coisa de homem
esse bicho
estelar
que sonha
(e luta).
“Suplício da saudade”
— Revisando meus guardados,
em um baú juncado,
encontro junto a uns papais envelhecidos pelo tempo, bilhetinhos, que escrevi com carinho, enviados como recado
— Aquele feixe de papeizinhos, envolto com cetim e um delicado lacinho,
que devolvestes do que restou de nós dois
— Que no clima quente da paixão rabisquei, coloquei no papel,
o amor que amei
— Quando os olhos teus
iluminou os olhos meus,
e feliz fiquei
— Escrevi doces palavras,
que em sussurros escutava enquanto loucamente te amava
— Errei, ao dar atenção em demasia ao coração,
enxergando somente o momento, sem esmiuçar o sentimento, o depois, e falhei
— Vivendo na utopia do amor, restando só a dor que saboreei,
posso garantir,
não agradei
— Restituiu totalmente as mensagens, só não devolveu o amor que devotei
Rosely Meirelles
CENTELHA DE LUZ
*
*
*
Centelha! Faixa de luz, dama da noite que meu olhar, seduz.
Centelha! Faixa de escuridão. Mundo, mundão.
Centelha! Faixa escura no sol; _vejo não.
_Nossa vida e' computada a cada segundo.
Como feixe de luz, a cada segundo e' encantada!
Pode ser ainda fração de segundo, ou fração da fração.
Segundo?! Como e' mesmo que bate o coração?
_Vivemos por um segundo, o segundo que nos e' permitido.
_Se vivo meu segundo e você vive nele, vivo sua vida e você a minha; entrelaços, fraternidade!
_Que bom! Que troca de experiências! Que seja doce e leve, sua estadia!
O tempo e o pensamento são as únicas coisas que se movem, mesmo quando tudo pa'ra.
Quem na vida queima a largada? Prematuro?!.
Todos querem viver seu tempo, portanto, prestar atenção ao estouro e' fundamental!
Fração de tempo, tempero.
De quanto precisa?..
*
*
poeta_sabedoro
MELANCOLIA MELANCOLICA
A poesia 'e o combustível que nos move a escrever...
_amontoando as palavras, expressando a alegria!
_e também a dor do "saber".
Um Sábio bastante tolo
Eu conheci muitos Sábios nessa vida
e de longe você foi o mais intrigante,
mesmo com tanta merda que você falava e fazia
eu sentia sabedoria no seu semblante
E com o tempo eu percebi que você
não era um sábio comum...
Era um sábio que tinha defeitos e qualidades
mas não se comparava a nenhum
Um sábio que não se importava de estar ao lado dos tolos
porque você era apenas mais um,
um sábio que compartilhava conhecimento e benevolência,
um sábio que mesmo estando no topo...
Nunca esqueceu de sua essência
É um sábio que descobriu o amor recentemente
e faz de tudo para que ninguém quebre essa corrente
Durante todos esses anos
nunca mais me atingiram desse jeito,
eu tentei forçar algumas vezes, mas nunca mais
reconheci esse sentimento
As vezes eu acho isso ótimo
mas a verdade é que isso pode ser péssimo,
de algo que parecia simples e inocente
surgiu algo difícil e complexo
Lembro que durante essa relação eu percebi que era
só mais um homem qualquer,
que se apaixonava, se divertia, se machucava
mas foi transformado e revigorado por uma mulher
Quando acabou, eu achei que era o fim do mundo...
o que me trazia paz e harmonia
virou um vazio grande, cruel e profundo
Por mais que eu tenha me sentido mal na época e
querer logo esquecer tudo isso
hoje eu agradeço por tudo ter acontecido
Aquele amor que eu sentia me fazia vivo
eu me sentia especial...
Espero que algum dia eu sinta isso de novo,
minha alma sendo atingida de uma forma
fora do normal
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