Poema por que o Macaco Nao Olha seu Rabo

Só nos recordamos verdadeiramente daquilo que nos era destinado. A memória não lê as cartas alheias.

Quantos anos tenho?... É evidente que um homem, na minha idade, não pode ter mais do que isso.

Ninguém pode escrever a vida de um homem a não ser que tenha comido, bebido e convivido com ele.

Não se deve julgar os homens pelas suas opiniões, mas por aquilo que essas opiniões fazem deles.

Estamos mais preparados para tentar o não tentado quando o que fazemos é inconsequente. Daí o fato notável de que muitas invenções tenham começado como brinquedos.

Ninguém sente em si o peso do amor que se inspira e não comparte. Nas máximas aflições, nas derradeiras do coração e da vida, é grato sentir-se amado quem já não pode achar no amor diversão das penas, nem soldar o último fio que se está partindo. Orgulho ou insaciabilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos em nossa consciência..

Não devemos nos curvar diante da adversidade. Ela existe para que possamos enfrentá-la.

O cientista não traz nada de novo. Só inventa o que tem utilidade. O artista descobre o que é inútil. Traz o novo.

Ser marido é um emprego a tempo inteiro. É por isso que tantos maridos fracassam: não conseguem dedicar a isso toda a sua atenção.

O combate que travam em cada indivíduo o fanático e o impostor faz com que não saibamos nunca a quem nos dirigir.

Não há pessoa que não ame a liberdade, mas quem é justo exige-a para todos, quem é injusto, apenas para si mesmo.

Pensem que as palavras a que não se segue nenhuma consequência são ditas para nada.

Ignoro o que sejam princípios, a não ser que se tratem de regras que se prescrevem aos outros para nosso proveito.

Os raciocínios do amor-próprio não gozam do crédito das melhores consequências.

Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

Não existe defeito que, com o tempo, numa sociedade corrupta, não se torne um mérito, nem vício que a convenção não consiga elevar à virtude.

A cultura é uma muleta com que o coxo bate no são para mostrar que também a ele não faltam as forças.

A liberdade é um bem comum, e se todos não desfrutam dela, não serão livres nem os que se julgam como tal.

O mais grave no nosso tempo não é não termos respostas para o que perguntamos - é não termos já mesmo perguntas.

Nada contribui mais para a serenidade da alma do que não termos qualquer opinião.