Poema para uma Amiga que se Mudou
Cada pedra em que tropecei
durante a minha caminhada,
guardei comigo cada uma
e com elas, lado a lado,
construí o meu abrigo.
(Trecho da música "Caminhada", composta em parceria)
PLENITUDE
Podemos despir, apenas por uma noite,
o corpo de uma mulher qualquer
a fim de saciar o nosso corpo,
nosso instinto, nossos desejos.
Não é difícil, mas é excitante.
Mas, para termos por todas as noites
uma mulher especial ao nosso lado,
precisamos desnudar a sua alma,
seu íntimo, seus segredos.
Não é fácil, mas é gratificante.
(Livro “Arcos e Frestas”, página 34)
USE POESIA!
Uma poesia deveria ser...
usada como uma oração,
ousada feito invenção,
abusada pela intuição,
pausada como reflexão
e repousada no coração!
A vida não é uma corrida
para ser vencida
de qualquer maneira,
mas uma caminhada
para ser percorrida
da melhor maneira.
Cada dia o céu se mostra único,
uma versão que jamais se repete!
Os tons de azul são diferentes,
as nuvens têm novos formatos;
até o brilho do sol não é igual
e nem a escuridão é a mesma!
Cada dia o céu consegue produzir
mais uma dia especial e inédito!
Da mesma forma, todos os dias,
cada um de nós é único, ímpar
e suficientemente capaz de fazer,
à sua maneira, o seu próprio céu!
Ter cuidado não é um alerta;
é uma delicadeza, um zelo.
Como afago, afeto, atenção,
esmero, estima, desvelo,
mimo, carinho, dedicação...
Todas as coisas que existem,
mesmo as tidas como eternas,
mais dia, menos dia, passarão...
Contudo, as que forem ternas,
muito mais tempo ficarão!
As vezes não é uma palavra, se quer
um abraço, as vezes não é um beijo,
quer simplesmente um sorriso...
...Apenas um simples sorriso, para a vida valer a pena!
Quando você estiver sozinho, agradeça!
Deus, te agradeço por mais uma linda
e abençoada noite, pela família e amigos.
O trabalho que me deste, que mesmo me
sentindo cansado(a), é dele que sai o
meu sustento e dos meus.
Ele te dá tudo o que precisa e o que necessitas.
Não deixei uma lágrima cair,
Engoli o meu choro, o meu grito...
...Sufoquei minha alma.
Pra poder viver,
Pra poder viver...
Mahadeva não é apenas um nome,
Nem uma forma que se pode chamar.
É o silêncio que preenche o espaço,
A luz que brilha além do tempo e do lugar.
Ele não está só no tridente ou na lua,
Nem apenas no Ganges que flui sobre Seus cabelos.
Está no suspiro do vento que passa,
No pulsar da vida, no que nunca se acaba.
Shankara é o vazio entre os pensamentos,
O abraço invisível que nos faz seguir.
É o desapego que liberta o coração,
E a paz que nasce ao deixar fluir.
Não precisamos de templos para encontrá-Lo,
Pois Tryambaka habita em cada respiração.
Em cada ato de amor, em cada entrega,
Está Bholenath, a fonte da criação.
Que possamos sentir Sua presença em tudo:
Na quietude, no caos, no nascer e no partir.
Pois Nataraja dança em cada movimento,
Ele é o eterno presente: basta sentir.
E você e eu somos parte disso também,
Reflexos de Shiva, em união sem fim.
Somos faíscas do absoluto, luz em expansão,
Um com o Todo, em Seu eterno coração.
A Páscoa é uma data a ser lembrada
É um dia de comemorar a ressurreição
De alguém que morreu para salvar
O pecado que está no meu coração
A Páscoa não é pra lembrar:
De coelho
Nem de chocolate
É pra lembrar
De um Deus que aqui vivo está!
Já é o mês do amor e de uma beija-flor
Uma poesia de festa e muita magia
No meio do ano é essa fantasia
Hoje é 12 de junho dia dos namorados
O dia do ano que é mais amado!
A FLOR MURCHA
Existia uma bela flor. A sua aparência era algo de dar inveja a qualquer outra riqueza da natureza, pois morava num lugar chamado “jardim das flores”, e no meio de tanta beleza ela ainda se destacava, pois tinha uma exuberância esplêndida. A sua essência exalava por todo o jardim, os galhos com espinhos que a sustentava eram sua proteção, e mais abaixo daqueles galhos, havia um ser que a amparava e fazia dela a mais bela, esse ente, não era visto por ninguém, mas só ela, aquela flor sabia da sua existência e a regava, porque entendia que se não a regasse, deixaria de ser bela e não encantaria mais a ninguém.
No jardim só existia uma regra, que não poderia ser quebrada, pois apesar de bela e exuberante aquela flor, ninguém poderia tocá-la nem muito menos sentir, teriam apenas que passar pelo jardim e apreciar a sua beleza ao longe, e assim com poucos minutos ficando naquele ambiente poderiam senti-la, mesmo sem tocá-la.
Porém, certo dia, alguém resolveu ir até aquela flor e pegá-la, pois não se conteve só em apenas vê-la distante, não só tocou como a arrancou de seu habitat. Durante algum tempo ela ainda era bela, mas algo lhe faltava e foi ficando triste, era o local onde vivia que a mantinha ali intacta sua beleza. Os dias foram se passando e a flor com o tempo foi murchando, começou a perder o seu brilho, a sua exuberância, a sua essência, pois não era mais a mesma sem a sua companhia de seu caule, sem o seu lar, sem o aconchego que era seu canto naquele jardim. Ela não tinha mais os galhos que a seguravam e a principal de todas , o lugar escondido que a protegia por entre as entranhas da sua respiração, a sua falta provocou a ponto de murchar definitivo e secou completamente, pois a falta que a RAIZ lhe fazia, deixou de lhe dar a vida. E assim tornou - se uma FLOR MURCHA.
O PreConceito
O PreConceito é uma arma
Ela destrói quem é atingido
É uma bala que se aloja no interior
É uma destruição psicológica
O PreConceito é um verme que
Foi instalado na sociedade
É uma afirmação de grande inquietação
É o certo no caminho incerto.
O PreConceito é a dor que dói sem se ver
É morte devido à solidão
É castigo do mundo sem compaixão
É aflição do politicamente correto
O PreConceito é uma intolerância da vida
É acusação sem investigação
É hostil e causa uma generalização
É apressada e imposta pelo meio social.
Sangue e Resiliência
Quebrei uma promessa no alvorecer,
Confiei em quem não devia conhecer.
Me joguei nos braços do primeiro que veio,
E o meu coração, firme, caiu no vazio.
Abalou-se o chão, o mundo desmoronou,
Para um lugar estranho o destino me levou.
Um lugar que nunca mais pisei desde então,
Mas que ainda vive em mim, como uma canção.
Parei de ter esperanças, foi cedo demais,
Parei de adivinhar, aceitei a paz.
A paz que não era paz, mas sim resignação,
E assim as coisas seguiram, sem direção.
E você vê nos olhares que cruzam o seu,
Sente no tratamento, no jeito que é "adeu".
Sempre o último a saber, o primeiro a partir,
Carregando nos ombros o peso do existir.
E quando o céu começa a desabar,
A culpa, desde o início, é sua a carregar.
Te acordam com febre, às cinco da manhã,
E o anjo da guarda já não te faz companhia, não.
Deixe que passem por cima, ria da dor,
Deixe o sangue escorrer, sem rancor.
Eles estão certos, você está errado,
Mas no seu peito, um fogo está guardado.
Porque o sangue que escorre não é só dor,
É a força que nasce, é o grito de amor.
É a vida que insiste, mesmo em desespero,
É o verso que nasce do fundo do seu ser.
Então ria dos golpes, mas não se perca,
Porque a dor é passageira, mas a alma é vasta.
E um dia, quem sabe, você vai olhar pra trás,
E ver que o sangue que escorreu foi o chão que você pisou pra andar.