Poema para uma Amiga que se Mudou

Cerca de 213860 frases e pensamentos: Poema para uma Amiga que se Mudou

Este desejo de capturar o tempo é uma necessidade da alma e dos queixos; mas ao tempo dá Deus habeas corpus.

Machado de Assis
Esaú e Jacó (1904).

Qualquer pessoa que quer ser perfeita demais estará apta para ser um computador, mas não uma pessoa completa.

“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”

Pense várias vezes antes de me fazer um pedido:
eu posso encarar isso como uma missão.

Tenho certeza que, depois dele, me tornei uma pessoa melhor, mais feliz, menos culpada.

As coisas agora vão começar a acontecer, é meio tipo ímã, uma coisinha vai magnetizando outra e outra e outra, você vai ver.

Que um mundo de vilezas e desigualdades seja uma realidade aceitável e presente, e que um mundo justo e fraterno seja uma realidade distante e utópica é o maior atestado da incompetência, do egoísmo, da fraqueza e da mísera evolução humana.

Aprendi que uma coisa (mal) dita não tem nada que apague. A palavra proferida é um tiro na alma. Pode matar um sentimento. Pode acabar com o amor de alguém. Pode destruir uma amizade. Pode arruinar uma família. Uma palavra pode valer mais do que mil gestos. Pode machucar mais do que um tapa na cara. Pode separar mais do que a distância. Com palavras, eu magoei muita gente que eu amo. Eu perdi gente que eu amei. Mas foi só quando eu tomei uma surra de palavras na cara que eu aprendi.

Desde que eu acordei tem só uma pessoa na minha mente. E o pior é saber que essa mesma pessoa, não deve nem lembrar meu nome.

Não importava o quanto me diziam que ele não valia a pena, pra mim, ele valia muito mais que uma simples “pena”.

Talvez seja esse o problema. Uma vida sem manhãs. Estranho é que não escolhi. Não consigo precisar o momento em que escolhi. Nem isso, nem qualquer outra coisa, nem nada. Foram me arrastando. Não houve aquele momento em que você pode decidir se vai em frente, se volta atrás, se vira à esquerda ou à direita. Se houve, eu não lembro. Tenho a impressão de que a vida, as coisas foram me levando. Levando em frente, levando embora, levando aos trancos, de qualquer jeito. Sem se importarem se eu não queria mais ir. Agora olho em volta e não tenho certeza se gostaria mesmo de estar aqui. Só sei que dentro de mim tem uma coisa pronta, esperando acontecer. O problema é que essa coisa talvez dependa de uma outra pessoa para começar a acontecer.

"Agora às vezes as pessoas querem fazer uma tese de mestrado numa canção..."

E - não percebem? - o terror daquela posição não estava em receber uma paulada na cabeça - embora eu tivesse uma sensação muito vívida desse perigo, também - mas em que eu tinha de lidar com um ser ao qual não podia apelar em nome de qualquer coisa superior ou inferior. Tinha, como os negros, de invocá-lo - a ele mesmo - à sua exaltada e incrível degradação. Nada havia acima ou abaixo dele, e eu sabia disso.

Eu estava fazendo força pra remar o nosso barco, mas ao mesmo tempo pensava em uma forma de atracá-lo.

Me pergunto sempre se você não teceu em volta de mim uma porção de coisas irreais, esperando a minha volta como quem espera a salvação.

Eu quero sim te matar, porque você tem uma mania surda de me chamar de brava, de chata, e eu quero te socar porque você já descobriu tudo o que me irrita e gosta de me ver assim.

Uma estranha intuição: de que, de alguma forma, este é um período de luta depois do qual tudo deve abrir, ficar mais fácil, menos batalhado.

Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica "A Janela dos Outros"

...Mais

Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra.Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, Zé, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era, Zé. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito, Zé? Sentiu o barulho de granito? Quebrou o braço, Zé? Desculpa!

Tati Bernardi

Nota: Trecho da crônica "Zelador".

É curioso, a alegria não é um sentimento nem uma atmosfera de vida nada criadora. Eu só sei criar na dor e na tristeza, mesmo que as coisas que resultem sejam alegres. Não me considero uma pessoa negativa, quer dizer, eu não deprimo o ser humano. É por isso que acho que estou vivendo num movimento de equilibrio infecundo do qual estou tentando me libertar. O paradigma máximo para mim seria: a calma no seio da paixão. Mas realmente não sei se é um ideal humanamente atingível.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp