Poema para um Lider
Um, dois e… quando me dou conta, já fui, me joguei
Antes de contar até três disse o que não era para ser dito
Fiz coisas que não era para ter feito
Me arrebento rápido, nem dói de tão ligeiro
Mentira, dói de qualquer jeito
Será que alguém já contou os minutos para me ver?
Será que alguém já foi a um lugar só por minha causa?
Será que alguém já se arrumou todo só para me impressionar?
Será que alguém já se distraiu no meio da aula para ficar lembrando do meu sorriso ou algo do tipo?
Será que alguém abre minha janela do msn e fica sem coragem de falar comigo?
Será que alguém pensa em mim sempre que vê um filme romântico?
Será que alguém está lendo isso e respondendo ‘Eu’ para cada pergunta?
Em Todas as Sociedades Existe um Impulso Para a Conformidade
A imposição de padrões pelas sociedades aos seus extremamente diversificados indivíduos tem variado muito em diferentes períodos históricos e diferentes níveis de cultura. Nas culturas mais primitivas, onde as sociedades eram pequenas e ligadas a tradições muito estreitas, a pressão para o conformismo era naturalmente muito intensa. (...)
Mesmo assim, em toda a sociedade há sempre um impulso para a conformidade, imposto de fora por leis e tradição, e que os indivíduos impõem sobre si mesmos, tentando imitar o que a sociedade considera o tipo ideal. (...)
Mas algumas pessoas têm ângulos bovarísticos de noventa graus, outras até de cento e oitenta, e tentam ser exatamente o oposto daquilo que são por natureza. Os resultados são em geral desastrosos. (...)
Um dos mecanismos através dos quais a sociedade consegue que as pessoas se conformem a ela é criar um ideal e fazer com que as pessoas o imitem voluntariamente. (...)
Nem sempre o ideal que imitamos é o melhor. Há a imitação de Al Capone, infelizmente, e a imitação do jovem duro que anda por aí a porrada nas pessoas; há imitação de cantores de rock and roll, e assim por diante. O processo sempre existe, em qualquer sociedade, e sempre existirá. O que devemos descobrir é algum método para aproveitar ao máximo esse impulso social de conformidade. (...)
Dentro dos limites da lei e da ordem, tentar e permitir que todo o indivíduo se desenvolva conforme as leis do seu próprio ser, e conforme o princípio religioso de que a alma individual é infinitamente valiosa. O nosso ideal deveria ser o que o filósofo de Chicago, Charles Morris, descreveu no seu livro "The Open Self": uma sociedade aberta, constituída de eus abertos.
"A vida, ela mesma, fica um pouco mais além das coisas que falamos sobre ela.
A vida é muito mais que a ciência.
"Ciência é uma coisa entre outras, que empregamos na aventura de viver, que é a única coisa que importa.
É por isto, além da ciência, é preciso a “sapiência”, ciência saborosa, que tem a ver com a arte de viver. Porque toda a ciência seria inútil se, por detrás de tudo aquilo que faz os homens conhecer, eles não se tornassem mais sábios, mais tolerantes, mais mansos, mais felizes, mais bonitos..."
O apreço por espetáculos de luta com extrema violência
é apenas mais um lembrete
de que precisamos evoluir bastante
para que possamos nos assemelhar aos macacos.
Um homem deve casar-se com uma mulher com quem ele adore conversar
com quem ele não perceba passar as horas enquanto conversam
porque com o passar dos dias o homem vai deixando de funcionar direito
e a única coisa que ele poderá fazer é justamente isto: conversar
Deixe escapar um pássaro que não tem ninho
e com certeza ele não irá voltar.
Mas se queres que ele volte sempre,
primeiro trata de aninhar ele contigo.
Dizem que de louco todo mundo tem um pouco.
Então considerando que muitos surpreendam-se comigo,
de louco eu devo ter um muito.
E quer saber? Hei de ter então muito mais.
Ninguém se destaca nessa vida sendo igual a todo mundo.
Conheci a pintora Myie Tamaki durante um seminário sobre Energia Feminina, em Kawaguciko, Japão.
Perguntei qual a sua religião.
“Não tenho mais religião”, ela respondeu.
Notando, a minha surpresa, explicou:
“Fui educada para ser budista. Os monges me ensinaram que o caminho espiritual é uma constante renúncia. Temos que superar nossa inveja, nosso ódio, nossas angústias de fé, nossos desejos. Consegui me livrar de tudo isto, até que um dia meu coração ficou vazio. Os pecados tinham ido embora, e minha natureza humana também. No início fiquei contente, mas percebi que já não compartilhava das alegrias e paixões das pessoas à minha volta. Foi então que larguei a religião. Hoje tenho meus conflitos, meus momentos de raiva e de desespero, mas sei que estou de novo perto dos homens, e, consequentemente, perto de Deus”.
Silêncio.
Se um dia Deus vier à terra, haverá um silêncio grande.
O silêncio é tal que nem o pensamento pensa.
Um dia já não estaremos aqui para dizermos
que somos isto ou que somos aquilo.
Seremos apenas aquilo que disserem sobre nós,
ou o que lembrarem de nós - se lembrarem de nós...
Dar ouvidos a um suposto sábio que nunca fez burrada na vida
é agir como a esposa que vai pedir conselhos a um padre
sobre como parecer mais atraente ao seu marido.
Idealizar uma pessoa
é um dos maiores pecados que se pode cometer contra alguém.
Todos nós erramos e temos nossos defeitos. Não somos deuses:
Ser humano é reconhecer que o outro também é humano.
A fome/2
Um sistema de desvinculo: Boi sozinho se lambe melhor.., O próximo, o outro, não é seu irmão, nem seu amante. O outro é um competidor, um inimigo, um obstáculo a ser vencido ou uma coisa a ser usada. O sistema, que não dá de comer, tampouco da de amar: condena muitos à fome de pão e muitos mais à fome de abraços. p. 81
Dizem as paredes/l
No setor infantil da Feira do Livro, em Bogotá:
O Loucóptero é muito veloz, mas muito lento.
Na avenida costeira de Montevidéu, frente do rio-mar:
Um homem alado prefere a noite.
Na saída de Santiago de Cuba:
Como gasto paredes lembrando você!
E nas alturas de Valparaíso:
Eu nos amo.
p. 83
de O Livro dos Abraços
O sucesso não é como um lugar ao qual você chega,
nem como uma estrada pela qual você passa.
O sucesso assemelha-se mais a uma caminhada,
a uma construção, ou mesmo ao plantio:
é preciso seguir um passo após o outro, dia após dia, tijolo por tijolo.
Não existe vitória sem labuta.
Não, eu nunca serei um "grande escritor",
destes que os intelectuais falam com pompa e entusiasmo,
e que povoam as galerias dos imortais,
ou que são estudados nas aulas de literatura.
Não tenho este tipo de pretensão,
mas não seria nem se eu o quisesse,
pois a natureza não me fez assim.
A natureza me fez poeta, apenas,
e se isso for lá grande coisa,
não me importa que me chames 'um poetinha', tão somente,
se é que se faz necessário chamar-me de alguma coisa.
Se não, me chame apenas pelo meu nome, e isto basta.
Este ao que suponho será um livro feito aparentemente por destroços de livro. Mas na verdade trata-se de retratar rápidos vislumbres meus e rápidos vislumbres de meu personagem Ângela. Eu poderia pegar cada vislumbre e dissertar durante páginas sobre ele. Mas acontece que no vislumbre é às vezes que está a essência da coisa. Cada anotação tanto no meu diário como no diário que eu fiz Ângela escrever, levo um pequeno susto. Cada anotação é escrita no presente. O instante já é feito de fragmentos. Não quero dar um falso futuro a cada vislumbre de um instante. Tudo se passa exatamente na hora em que está sendo escrito ou lido. Este trecho aqui foi na verdade escrito em relação à sua forma básica depois de ter relido o livro porque no decorrer dele eu não tinha bem clara a noção do caminho a tomar. No entanto, sem dar maiores razões lógicas, eu me aferrava exatamente em manter o aspecto fragmentário tanto em Ângela quanto em mim.
Minha vida é feita de fragmentos e assim acontece com Ângela. A minha própria vida tem enredo verdadeiro. Seria a história da casca de uma árvore e não da árvore. Um amontoado de fatos em que só a sensação é que explicaria. Vejo que, sem querer, o que escrevo e Ângela escreve são trechos por assim dizer soltos, embora dentro de um contexto de...
É assim que desta vez me ocorre o livro. E, como eu respeito o que vem de mim para mim, assim mesmo é que eu escrevo.
Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples fato de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade...
Nota: Trecho da crônica "A Morte Devagar".
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