Poema para um Lider
APENAS UM VERSO (soneto)
Enquanto o dia no cerrado embotava
Em mim cavava o emotivo submerso
Dos porões dos medos que eu meço
Nas incertezas, que dá sorte brotava
Na aridez da saudade, ali disperso
No soluço d'alma a sofrência rolava
E na linha da recordação eu deitava
Aí, o sertão se tornava meu universo
Neste vazio a solidão por mim urrava
O destino rimava quimeras no averso
Então o coração amortecido chorava
Assim, eu com um olhar transverso
Devaneava sonhos, e lacrimejava
Pedaços de mim, forjando o verso!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano
O Meu Ser!
Eu era calado,
tinha algo guardado.
Meu coração era uma arma letal;
Feria qualquer um que se dizia leal.
Me recordo daqueles momentos,
até hoje eu carrego por dentro.
Fui julgado pela ação, pelo agir e no falar.
Agora comecei a não me importar.
Hoje, me preocupo em me preocupar.
Meus medos, tento afastar.
Possuo um arsenal dentro de mim,
ali estão os sentimentos em que tentei por um fim.
No amanhã penso em meus sonhos conquistar,
e o sacrifício me faz raciocinar,
que o orgulho é preciso abandonar.
Enfim tive uma conclusão!
Sou menor que um simples grão.
Lembro de algo essencial…
Eu sou um eterno mortal
Bem Mais Fácil é Dizer a Um Vivo Que o Ama
Do Que Gritar o Mesmo à Quem Já Teve Seu Fim
É Tu Que Fazes o Teu Próprio Drama
Pois o Não, Sempre Foi Mais Fácil Que o Sim
A vida é muito curta
Às vezes ela nos testa
Se desfaça de um mal
Viva a vida numa festa
Dê valor a quem lhe dá
Carinho e bem-estar
Seja consigo honesta
Certo dia ouvi uma música
Nessa música um mundo perfeito era apresentado
Eu fiquei maravilhado!
Como um mundo tão perfeito poderia ser concretizado?
Mas logo eu acordei
Um sonho impossível foi o que e pensei
Como um mundo tão desigual
Sem empatia e desleal
Onde a vida não é prioridade
E a ignorância é a realidade
Onde poucos têm muito
E muitos não tem nada
Onde as pessoas são todas contra
Onde a ganância do homem toma conta
Onde o dinheiro é levado como mantra
Não seria possível o mundo
Que John Lennon canta
Sempre me orgulhei pela minha intensidade,
até que um dia escutei
“você é exagerada tanto que me incomoda”
Me atingiu em cheio
como alguém que disse que me amara pelo que era
queria censurar meus mais puros e fieis sentires?
Pedi perdão por me derramar
pelos sentimentos
pelo meu ser
que tanto era desagradável
perante aquele que sentia tão pouco que era visto
como se nada sentisse
- exagerada
Será que um dia,
Depois de uma tarde fria,
Vai deitar na sua cama,
E perceber que já não ama, essa vida,
de regar com farra e cachaça a ferida
Será que um dia vai lembrar?
de um alguém que passou, te entendeu e que quis ficar!
Porém na sua confusão,
preferiu fechar o coração, e simplicidade deixar ir,
e respeitando seu momento, mesmo tendo sentimento, ele resolveu seguir!
E se um dia, nessa tarde fria, procurando você entender,
que o sentimento demonstrado, quando esteve do seu lado,
já não pertencerá mais a você?
Porém esse poema, é só um conto!
Verdadeiro ou não,
que fala sobre um dilema,
de uma tarde fria e um coração.
Enfim, nós
O tempo é muito lento para os que esperam.
Era um sentimento incerto; por fim,
A paixão pintada em seus olhos me revelam.
De outubro a dezembro
Eu ainda relembro:
"Tô te namorando já tem tempo"
A frase que fez por ti me encantar.
Com um brilho no olhar,
Uma canção ao falar,
Um sorriso perfeito...
Uma moça a quem venho a me apaixonar.
Horas se passam, e ainda te desejo,
Um sentimento no peito que se torna tão intenso.
Saudades de momentos que,
Dentro do tempo,
Só posso me lembrar.
E, sim,
Em questão do tempo,
Como um vento
[Logo em dezembro]...
Passamos a namorar.
As armas de um poeta:
são uma caneta e um papel
E com elas conquistamos
o nosso próprio céu
O poeta é aquele
que escreve a voz da alma
Como se fosse um dom...
Aquele dom que acalma
Ele fala da vida
de sonhos e de alegrias
Pois se não falar dos mesmos
dele o que seria?
Ele tem o seu mundo
repleto de fantasias
Mas é lindo, é belo...
E você entrando nele
Sair jamais deveria
Nesse mundo ele toca
Sua alma e coração
Sua vida interior
É tudo luz, é canção
Como também ele grita
chora como criança
Mas depois é tão incrível...
renasce sua esperança
(MARQUES, Iraci. Mundo-poeta. In: GONDIM, Kélisson (Org.). Vozes Perdidas no tempo. Brodowski: Palavra é Arte, 2020. p. 56).
Se fosses um aroma ia te desenhar em minha memoria para te coroar;
Em linda e expansiva explosão de cores que reagrupam o que no peito jaz vivido.
Nessa tarde que tem cheiro de sorriso; Invade em todo meu ser mil pensamentos no seu sentido.
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;
Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Flor de caverna
Fica às vezes em nós um verso a que a ventura
Não é dada jamais de ver a luz do dia;
Fragmento de expressão de ideia fugidia,
Do pélago interior boia na vaga escura.
Sós o ouvimos conosco; à meia voz murmura,
Vindo-nos da consciência a flux, lá da sombria
Profundeza da mente, onde erra e se enfastia,
Cantando, a distrair os ócios da clausura.
Da alma, qual por janela aberta par e par,
Outros livre se vão, voejando cento e cento
Ao sol, à vida, à glória e aplausos. Este não.
Este aí jaz entaipado, este aí jaz a esperar
Morra, volvendo ao nada, – embrião de pensamento
Abafado em si mesmo e em sua escuridão.
O Ídolo
Sobre um trono de mármore sombrio,
Em templo escuro, há muito abandonado,
Em seu grande silêncio, austero e frio
Um ídolo de gesso está sentado.
E como à estranha mão, a paz silente
Quebrando em torno às funerárias urnas,
Ressoa um órgão compassadamente
Pelas amplas abóbadas soturnas.
Cai fora a noite - mar que se retrata
Em outro mar - dois pélagos azuis;
Num as ondas - alcíones de prata,
No outro os astros - alcíones de luz.
E de seu negro mármore no trono
O ídolo de gesso está sentado.
Assim um coração repousa em sono...
Assim meu coração vive fechado.
Amor e Vida
Esconde-me a alma, no íntimo, oprimida,
Este amor infeliz, como se fora
Um crime aos olhos dessa, que ela adora,
Dessa, que crendo-o, crera-se ofendida.
A crua e rija lâmina homicida
Do seu desdém vara-me o peito; embora,
Que o amor que cresce nele, e nele mora,
Só findará quando findar-me a vida!
Ó meu amor! como num mar profundo,
Achaste em mim teu álgido, teu fundo,
Teu derradeiro, teu feral abrigo!
E qual do rei de Tule a taça de ouro,
Ó meu sacro, ó meu único tesouro!
Ó meu amor! tu morrerás comigo!
Era um beijo gostoso
Demorado, de tirar o fôlego
Porém era fogo morno
Que com um só sopro
Virou fumaça
Apagou-se
Um dia se eu te reeencontrar
Terei muito pra falar
Conquistas e histórias
Lembrarei nossas memórias
E se um dia eu te rever
Vou saber que é você
Pois me ensinou o amor
Que pra sempre eu hei de ter
Ainda que não te veja mais
Ainda que não conheça a tua feição
Eu irei guardar você
Bem no fundo do coração
E se tudo foi um sonho
Sem dúvida foi feliz
Pois por pelo menos um segundo
Sua presença eu senti
Pobre Rapaz!
A Droga do amor
Não te deixa em paz
No seu peito, há fervor
Um pobre rapaz
Sentado a beira do mar
Há pensar na vida
E por ela clamar
Sem nenhuma saída
Pra ela se entregou
E no mar se afogou
Deus o acolheu
Lhe deu o seu amor
Mostrou o seu valor
Seu espírito acalmou
DESCOBRI
Um dia cresci
Descobri que o barulho na concha
Não era o som do mar
Que pai e mãe também erram
Que a cada dia sei menos das coisas
Descobri que verdadeiros amigos se conta nos dedos
Que ganhar colo é bom em qualquer idade
E que sempre vou querer raspar a vasilha de bolo
Um dia cresci
Descobri que o para sempre
Às vezes tem fim
Que nem sempre o sim é melhor que o não
E o melhor de tudo
Descobri que os grandes abismos
Podiam ser pulados feito poças d’água.
Eu conheço um grande mau
Que destrói seu próprio lar
Mata sem pensar
Por riquezas sem valor
Tenta disfarçar
Sua ambição por poder
Ignorando o seu amor
Ele luta por prazer
Pensa no futuro
Esquece o presente
Acaba não vivendo honrosamente
Perde amizades
Mas ganha inimigos
Acha que é Deus
É apenas um menino
Vive em batalhas bancando o bad boy
Mas vontade não é coragem
E ganhar não é ser herói
Olhos do demônio
Acaba observando
É mais uma alma
Que ele vê levando
Homem mau entre certos sucessos
Compartilha o caos.
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