Poema para minha Irma Gemeas
Sabemos de nós,
e dos nós que desenrolamos,
muitos tão emaranhados,
sem sabermos começo e fim,
e continuamos na andança da vida,
quase um ritual, fazendo, às vezes
- mais alguns nós,
pois a vida é um bordado,
não deixamos de tecer,
viver bem é complicado,
mas nós temos que viver !
Navegando com convicção
e a multidão de sonhos
no oceano da Via Láctea
quando a Lua atingir
o esplendor do seu Nácar,
Você vai encontrar
o caminho que irá mostrar
a tenda do meu amor
para buscar abrigo,
porque sem amor na vida
nada mais tem feito sentido.
Sempre quando o Sol
da Terra vai descansar
é para que possamos
com potência observar
a profunda nobreza
da Pérola negra do Universo
que cabe no poema,
para seguir aspirando
a calma e a fortuna poética
da inequívoca inspiração
de manter firme e forte
a indispensável esperança
para o melhor da vida
continuar com toda
a disposição soberana
e persistente de se multiplicar.
Mergulhar entre
pérolas akoya
em busca de tudo
aquilo que nos
mantém profundos,
ligados e amorosos,
Você sabe que
nos pertencemos,
O fio inequívoco
da vida nos une
e a poesia consagra
o sentimento que
ocupa um continente
e o hemisfério regente.
A poesia se aproxima
muito da Abalone
que para existir busca
ser como se fosse uma
orelha para ouvir
o mar que a cerca,
para escrever com exatidão
o quê embeleza o coração
sem se importar com o quê
terá de enfrentar para ser
ouvida no meio da multidão:
(a essência é ser anunciação
concordando com ela ou não).
Rio para navegar.
Rio de felicidade.
Rio para disfarçar.
Rio por amar.
Rio de mim.
Rio de você.
Rio enfim.
Rio por ser.
Içar vela!
Entramos na mesma caravela de supetão!
Ouvimos o grito do capitão:
- Ao fim do mundo, então!
Para viver é preciso um momento.
Vento de um sentimento desperto.
A mão que reconstrói
O doce gosto de cada dia.
O teu desejo por
muito tempo
não vai resistir,
Teu peito intenso
está a queimar,
O meu veneno
é alucinante,
Sou coral-de-fogo
a te capturar,
As tuas defesas
vou incendiar,
No meu recife
você vai habitar.
Nas profundezas do oceano
Corais-cérebro decoram
a cena com nobreza,
O meu amor te levará à tona:
a respiração é o poema,
quem ama nunca aprisiona.
BELEZA
Vejo as folhas amarelas
Do caquizeiro caindo,
Mostrando que são leves,
E, por isso, caem graciosamente
Em volutas
Pelo ar.
(como tudo o que é leve e frágil cai)
São acolhidas pela erva do chão
Que não lhes sente o peso. Mas elas
Ficam ali,
Amarelas
Como lhes apraz.
E mortas
Ainda são parte da beleza
Que se espalha.
Convicta e sem
danificar passei
por perto de um
Coral-couve-flor
guiada pelos olhos
mais atlânticos
que tenho notícia,
E como os meus
buscam pelo amor
pactuar profundos,
plenos e tornar
cúmplices os desejos.
(Oceanos não cabem
jamais em aquários).
Certamente a poesia
presente na assemia
da Merulina que esplende
visível no fundo do mar,
É a mesma que o meu coração
há de capturar o seu
quando você menos esperar,
Pode crer que é no silêncio
aparente que o peito
se torna indomável a retumbar
e o amor vira oceano a avançar.
(Por mais que lute um oceano ninguém consegue represar).
Cordilheiras de montiporas
enfeitam a rota escolhida,
Eis-me oceânica poesia:
Resolvi alcançar a sua mão
para num plano mais ambicioso
quem sabe alcançar o coração.
Corais aconchegados
na foz do Rio Amazonas
abrigam peixes recifais,
Corais chifre-de-veado
são catedrais atemporais
assim como o amor
perene que tenho guardado
e preservado em paz
para quando você chegar
no seu tempo e dele
você eleger como refúgio:
Corais sempre ensinam
aos que sabem observar
e obter a sabedoria preservar
com o sagrado sentimento.
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