Poema para minha Irma Gemeas
Minha intenção
é rara e clara,
É de coração,
cara a cara.
Que da renda
seja a dança,
Nela se prenda
com festança.
Girem os fios,
estalem os bilros
e o peito se renda.
Que assim seja
na Dança da Renda:
a gente se renda.
Teu jeito sereno
e macio lembra
o Cupuaçu divino,
A minha presença
faz parte do destino,
Muito além do que
deseja e pensa,
não é sobre poema,
é sobre existência.
Ninguém é obrigado
a nada e a minha ideia
é pé de Jenipapo,
A nossa amada Terra
é aqui, e ainda bem que
não é nenhuma outra;
Sou realista e não ligo
que me chamem de louca.
Se for falar da nossa
Terra que seja doce
até para falar com
quem quer que seja,
e até do que é amargo,
Sei que não é fácil
o quê se tem passado.
Claro, que pode ficar pior,
se não embalar o seu
coração tranquilizado,
por isso busque ser
a tua paz, o seu amor
e o melhor tratando
bem todos ao seu redor.
Quando não conseguir
o modo pacificado,
Lembre-se que o silêncio
sempre será o aliado,
porque no final o quê
importa é um convívio
sereno e equilibrado.
A minha identidade
nacional brasileira
está presente em tudo
aquilo que posso
usar os meus sentidos,
vivenciando em solitude,
no convívio diário
ou estando distante,
o importante é cultivar
para nunca olvidar,
para não deixar desperdiçar.
No choro ou no riso
capaz de ser recíproco,
Na nossa Natureza
e em tudo aquilo
que a Arte, a Cultura
e os sabores fazem
lembrar que aqui nascemos
ou aqui escolhemos,
quem somos e vivemos,
tudo é parte do que queremos
e de quem na vida seremos.
A ancestralidade e a identidade
nunca serão isoladas
uma da outra,
quando se conhece cada uma,
e se reconhece a sua
identidade nacional
como próxima do espiritual,
nenhuma força externa
será capaz de guiar
o seu destino e na sua terra
vir a se tornar perpétua.
A minha Lua Minguante Gibosa
sobre o Médio Vale do Itajaí
aqui em Rodeio é a mesma Lua
dos desprotegidos deste mundo.
Os abraços do verde deste vale
ainda me dão o privilégio de ter
a liberdade para ter os olhos
voltados para a serenidade.
Para a que a glória da vida
e do amor profundo encontrem
o quê dizem ser só poesia.
Quero crer que a palavra
abrem caminhos e baixam armas
e desfazem todas as guardas.
A minha mente segue
no fluxo da direção
dos cristais temporais
na Ilha do Ferreira.
Ali na Baía do Babitonga
me retiro de uma
parcela do mundo
que já morreu por dentro.
Sempre que celebram
a morte ou um ato violento
enterram é a si próprios.
A opção deles foi por o quê vier,
a misericórdia só a Deus pertence:
escolho mesmo é nem saber.
Os astros dançam
sobre a Baía de Babitonga,
De embalar a sua imagem
já perdi a minha conta.
O meu endereço austral
está escrito neste Hemisfério,
E no coração o poderoso
e mais sagrado mistério.
As correntes conduzem
para a Ilha de Mandijituba
sob esta fase da Lua oculta.
Tenho todos os mais
altos sinais de pertença:
amar esta terra é a sentença.
Fazer-te minha propriedade
privada como a Ilha Queimadas
na Baía do Babitonga é uma
ambição que não abro mão.
Algo de muito de Carijó ainda
permanece em nós e brinda,
e sei que não nada que impeça
de todo o coração e os pés na terra.
Tu haverá de ir e sempre
irá para mim regressar porque
de dentro de ti não tirará.
.
Porque não há mais como negar
a absoluta dama das tuas auroras
e a glória do amor do tamanho mar.
Cada letra poética minha
tem sido Inconfidente,
onde ninguém aprendeu
a lição e se valoriza
o pior para a nossa Nação.
Ninguém aprendeu a lição,
todo o peso dos poderosos
sempre é colocado
no lombo da população
e nos tornamos sem reação.
Ninguém aprendeu a lição,
todo o peso da injustiça
sempre é a vida mais
humilde que aqui se sacrifica.
Ninguém aprendeu a lição,
conspira-se, julga-se,
prende-se e se faz justiça
com as próprias mãos
criando sempre novos Tiradentes.
Ninguém aprendeu a lição,
por ingenuidade, comodismo
ou até mesmo ambição:
não sei o quê será desta Nação.
Ninguém aprendeu a lição,
viramos Tiradentes perpétuos
por omissão de quem teria
o dever de fazer e outros
são Tiradentes até sem perceber.
Ninguém aprendeu a lição:
Tiradentes perdeu a vida
por não querer mais a colonização,
e foi feito patrono civico da Nação.
José Boiteux
Minha amada José Boiteux,
esta poesia é feita da tua
gente kaingang, guarani
xokleng e germânica,
E vem se erguendo
como plantação de fumo
nas tuas folhas,
florescendo na primavera
e balançando sinfônica
como árvores nas matas.
Nas tuas cachoeiras
conheço o meu rumo,
Cidade linda onde
o meu coração tem prumo
e por ti muitas histórias
da tua gente brasileira
com toda a paixão
e gentileza hei de escrever.
Extraordinária José Boiteux
no vai e vem das estradas,
não nego para que minh'alma
por ti vive encantada,
Em ti tenho o meu enleio
e o meu doce sossego;
Vivo por ti construindo
os meus planos que só aqui
seguirei vivendo com
o meu coração cantando por ti.
Sem sequer saber
que você existia,
Algo já me dizia
que tu seria a poesia,
e toda a minha vida;
E que com a bênção
do céu e no papel
para o meu nome
com amor te passaria:
O nosso amor venceu.
O perfume do terror invasor
está espalhado no ar,
Debaixo da ponte destruída
para salvar a minha vida
proteção tive de buscar;
Porque o teu amor
ainda quero encontrar
custe o quê me custar.
O jogo sujo não terminou
e quando li a ameaça sobre
Mariupol uma lágrima rolou,
É fato que o pesadelo
não cessou: e te amo
na escuridão sem medo.
Ei, Linda Crimeia! Ouvi
teus acordes na entrada
do metrô em pleno cessar
fogo deste jogo imundo:
Que muita gente não se tocou
que a Ucrânia desafiou
a se tornar a muralha do mundo.
Ucrânia, muralha do mundo,
trago as tuas dores para mim
e teus sonhos por um minuto:
Nada justifica a falta de mão
estendida de quem por poderia
dar as cartas para mudar o rumo.
Apiúna
Apiúna minha adorada,
a tua Maria-Fumaça
faz muita gente
enfrentar esta estrada.
O teu sabor de tangerina
e o teu perfume dão
motivos para a alegria.
Aquidaban é onde
a história e a vitória
se encontraram,
E também foi teu nome.
Na Serra do Mar
o meu peito a inspiração
sempre vive a encontrar.
Cabeço negro catedral
do tempo o teu nome
eu honro para sempre,
e amo amar a tua gente.
Nos teus morros, cachoeiras
e nas tuas corredeiras
estão os meus poemas
Onde está o belo Cânion
do Vale Ribeirão Neisse
entrego ao Altíssimo a prece
por esta cidade e hospitalidade.
Apiúna minha amada,
que nunca esquece
da herança botocuda e europeia,
tens todo este apreço
porque a tua gente que merece.
Na primeira mordida
se igual a festa que
faz a Maçã do amor,
É a minha poesia
junina para te inspirar
a festejar com sabor,
Não duvide que sou
brejeira e caipira
e para sempre na vida
serei quem eu sou.
No meu belo e profundo
Médio Vale do Itajaí
floresce um Pau-de-Pernambuco,
Eu aqui na minha cidade
de Rodeio declaro por
este símbolo amor perpétuo
e voto fiel e rotundo,
porque não deixo de ser
poetisa nem por um segundo.
Minha reverência
ao Almirante Tamandaré,
ao Almirante Barroso
e ao Capitão-de-Mar-e-Guerra
José Secundino
que prepararam o destino
do Brasil que possuímos hoje,
Que cada um deles
e o mais anônimo marinheiro
seja lembrado
pela vitória no Arroio Riachuelo
que lembramos com orgulho
desta gloriosa Batalha
consagrada pela nossa Pátria.
Paira o romantismo
do Dia dos Namorados
ao meu redor,
Dedico a minha poesia
aos enamorados
com ou sem um amor,
Porque o importante
é continuar sentindo
como quem dialoga
com o seu Chimarrão
sobre o próprio destino
e o seu Pinhão abrindo.
Vai ter arraiá aqui na minha
linda Cidade Rodeio,
As estrelas vão dançar
sobre o Médio Vale do Itajaí,
E durante a Quadrilha
nós vamos nos encontrar
quando a gente menos esperar,
Porque há cheiro de Pinhão
e muito romance aqui neste lugar.
Ouço você tocando
a viola nesta manhã,
Sei que a minha
presença faz falta,
Os Brasiletos bailam
no seu ritmo e no fundo
você me oculta
como o seu destino
No Médio Vale do Itajaí
a minha História de amor
está poeticamente escrita,
Floresceram os Brasiletos
aqui em Rodeio e a poesia,
Te inundei com amor e magia.
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