Poema para minha Irma Gemeas
POEMA DO RECOMEÇO
Não mais que de repente
O absurdo saiu do raio
De um círculo aparentemente
Regular
Não transparecia sua forma
Tal qual seu ego coincidia
Por se mesmo respaldava-se
Ignorando os sentidos
Que lhe foram atribuídos
A extinguir suas intolerâncias
Com tanto peso e absurdo
O círculo partiu-se em meia lua
Uma banda sem sentido
Tomou o espaço sem respaldo
E se perdeu dentre as estrelas
Não conseguiu retornar
A outra
Não mais que de repente
N’outra banda
Recomeçou a brilhar.
Poema Meu sentir
Dei o meu melhor em tudo
Por encarar a vida apanhei
Amei sozinho muitas vezes
Chorei rios e mares de tristezas
Fui feliz também, amei e fui amado
Caminhei em sertões e solos férteis
Vi os andarilhos a cantar suas cantorias
Fiz valer a pena cada fruto colhido
Hoje sou um velho a viver dos contos
Do que posso me alegrar se não o passado
Do que tenho s riqueza a minha história
Sou o que pude ser, o que não fui não era
Só quero viver mais, ter mais tempo
Correr mais, amar mais, sorrir mais
Ficar bobo outra vez de tanto amar.
De poema
De poema não se fala
Poema se exala
Como o aroma da roseira
Ou uma bela sexta feira.
De poema não se fala
Poema a gente vive
Só pode viver poema
Quem de poema revive.
DISCUTA COMIGO
A prefeitura de Santo André
colocou na via pública
trechos do poema de Zhô.
Esse que está a cima
ou em baixo
ai perto da rima.
Ele faz um alerta
Aos passageiro
Para não perderem o rumo
ou vão perder a viagem.
Me fez ficar pensando
De que viagem
ele estava falando.
É que nessa vida
de tantas viagens
passagens, caminhos
destinos meninos.
Qual a vigem mais perdida.
E qual foi a menos incerta.
Será que houve
alguma viagem correta,
ou errada não predestinada.
Com desejo, saída
caminho e chegada.
Acho que cada
viagem que eu faço
mais eu me aproximo
do verdadeiro caminho
a derradeira jornada.
Quem sabe então
eu entenda
na última saída
o meu destino
na última chegada
a razão verdadeira
de tantas jornadas.
Dante Locateli.
http://naquelesegundo.blogspot.com.br/2015/05/discuta-comigo.html
Quem curte de verdade compartilha.
Omnipoético
Agarrou o poema com os lábios e pronunciou beijos que nem sequer eram palavras. Endireitou a voz por dentro. Foi buscar fôlego ao fundo dos pulmões para pedir à chuva que tombasse aguamente sobre o chão que lhe fugia das mãos.
Ao regressar. Subiu como os pássaros ao telhado das árvores. Lançou asas pela distância íngreme que vai do sentimento à escrita. Depois. Ajustou o sono ao fuso horário do infinito. Com a ponta dum fósforo construiu diques imaginários contra a insónia e pendurou-a por fios de fogo para não se apagar.
Dezembro-me como se fosse hoje. Flocos de lenha derretiam-se na lareira tentando calar o frio. Lá fora os ramos sacudiam o vento perante a dança inquieta das folhas. Assobios pingavam em forma de música como se cada gota pudesse remunerar o coração com sopros mágicos de lume. Em troca de nada.
Leitor. Pergunta-lhe agora mesmo em que parte do corpo a ausência das palavras tem a força de uma multidão? A que distância os gomos de neve se deixam morder pelo sol quando nos faltam garfos para levar o sono à boca? E já agora leitor diz-lhe que o poema não se agarra com os lábios. Que os nossos passos embora dançados de cansaço hão-de sacudir sorrisos em véspera de poesia. Em toda a parte.
Sou como este poema escrito a lápis...
me deito em folhas brancas,
objeto de criação de um poeta
que sonhou um mundo imaculado
Tintas não me servem.
Limitam, eternizando até o que não é bom.
O carvão,
Ainda que carbonizado a madeira
matéria prima extraída de uma vida
apago com borracha.
É quando me refaço.
Ou me recrio
Poema sem nexo
Ontem eu tive uma miragem
Eu avistei um anjo
Que olhou para mim e disse:
- Escreva, escreva mais poesias!
As pessoas na fila
Para entrar em um museu
E eu ali pensando
Quem afinal eu era?
Pessoas aglomeradas
E o sol forte no céu
Um vendedor de águas
E umas meninas da Iugoslávia.
Não me dirigiram a palavra
Não sei o porquê entraram no poema
Deva ser porque o orgulho é pouco
E isso não era relevante.
Importante deva ser o instante e a rima.
Ei, Anjo, o poeta era eu?
Ou escrever poesias
Foi mais uma das utopias?
Frida Kahlo, oh Frida!
Que vida tão sofrida.
Quisera eu ser Diego Riveras
E morar na Casa Azul.
O amor não cabe num poema,
é o sentimento maior, pura emoção,
mas cabe todinho,
num olhar,
num abraço,
num beijo
ou num simples aperto de mão !
POEMA: EU...
Não sou o que me vês
Quando me olhas,
No primeiro instante.
Sou muito além do seu julgamento
Em constantes e vazios rompantes.
Não sou o que ouves falar
O que ousas pensar
Não estou acima ou abaixo
Dos julgamentos constantes.
Não vivo a mercê de conceitos
Não me inclua em seus preceitos.
Sem antes conhecer a essência
De minha alma...
Que transcende uma simples aparência.
Ouça-me além das palavras
Olhe-me além dos teus olhos e
Verás o que ninguém jamais viu
Uma alma em serenata
Ao coração que um dia sorriu.
Perceba-me além, além de mim e
Verás o que ninguém jamais viu
Uma flor em meio ao deserto
Um oásis em meio ao jardim.
BRINDE A UMA AMIZADE
Queria ter na boca o verbo certo
e nas veias um poema bem feitinho,
só para te dizer o quanto é importante,
tua companhia constante em meu caminho.
Ah! Se meus sentimentos fossem coloridos
e se incandescessem a cada palavra tua,
o céu não precisaria mais de sol
e a noite não ficaria mais sem lua.
E se, por descuido, a chuva caísse,
misturando as cores e fazendo o céu cinzento,
com trovões se arrebentando barulhentos
e relâmpagos azuis cortando o firmamento,
eu te diria, não tenhas medo,
eles estão de passagem,
vieram só para brindar nossa amizade.
Inspiração dos poetas
De tudo que há de mais bonito, um poema bem feito, ou algo simplesmente dito. Pode ter certeza absoluta que foi inspirado em uma mulher. Onde tudo verdadeiramente faz sentido
Poema.
Ó meu amor,
Teus lábios são tão venenosos
Teus beijos doces me roubam o ar
Teu hálito inebriante a minha visão
Ó meu doce amor
Tua língua na minha é serpente
Enrosca-se nela como se fosse presa
E dela talvez eu não saia vivo
Ó meu querido amor
Teu amor me dá a vida
Teus beijos me matam e ressuscitam
Se eu peco, é por amar-te demais
Mas ó meu amor
Tu que me deste a vida
Assim também há de tirá-la
Ao rejeitar esta afeição
Mas por amor
Por amor eu morreria
Se fosse só pelo teu
Ó minha amada.
Ontem à noite sonhei...
E o sonho era um poema
Falava de uma dor provocada por um vento cheio de fúria
O vento estava cheio de navalhas
Que deixava meu corpo todo marcado de feridas
Mas eu não me importava
Eu sabia que logo mais estas feridas
Seriam cicatrizadas...
Angela Guedes
Que eu te conte um segredo
E você me conta um poema
E em todos os espaços seus abraços
Em meus braços teu corpo
Um afago em meu rosto
Posso te sentir aqui
Sei que estás comigo
Um sentido chamado Felicidade
CORAÇÃO DE MATADOR (poema)
Vejo você tão feliz nos braços de uma outra pessoa e fico pensando, como seria se essa pessoa fosse eu?
Vejo você tão apaixonada por ele, tão envolvida com essa paixão, que por mais que eu queira, jamais conseguiria chamar a sua atenção.
Fico aqui te olhando, de arma na mão, com a mira apontada para meu próprio umbigo, esperando o momento certo de disparar..
Mas vejo que ele te ama e ai todas as possibilidades de fazer alguma coisa, simplesmente desaparecem, porque sei que lutar contra o amor é covardia.
Não consigo entender esse teu amor por ele, justamente ele que é tão diferente de você, mas olhando o jeito como ele te olha não é difícil de se deduzir...
Vá, aproveite esse amor, eu já abaixei a minha arma, desfoquei a mira, guardei a munição. Prometo não te incomodar mais com o meu olhar.
A gente bem que podia ter se encontrado antes, bem antes dessa história ter começado. Bem antes de vocês terem se tornado os protagonistas e eu o vilão. Agora já não podemos mais mudar o curso da historia. O que foi escrito não se pode mais apagar.
Mas se um dia você tiver de ser minha, estarei aqui no mesmo lugar, no mesmo esconderijo de sempre que só você sabe a onde é que é.
Vago Poema
Cheirando à areia e sal,
sou gaivota a sobrevoar o mar.
Sou mistério neste vazio,
Sou o tranquilo vôo das aves,
rumo à linha oscilante, mar e maresia.
Enquanto o vento no areal vai passando,
como as marcas desenhadas na areia,
somem as palavras da lembrança,
como rastros na maré cheia.
Íntima idéia, clara no pensamento,
que se perde em devaneios, e
na latência deste silêncio,
me alimento da poesia alheia.
Poema da mulher
Quando criança!
Vem a esperança
E ela nunca se cansa
De no amanhã acreditar.
Quando adolescente!
Do amanhã, faz o presente.
E quase sempre se sente pronta pra despertar.
Quando adulta!
Depois de muita luta
Acredita num futuro
Quase sempre mais seguro.
Mas sentindo como é duro,
ver o outro dia chegar,
Vai caminhando...
Seguindo em frente...
Seus problemas enfrentar.
Quando Idosa!
Cheia de experiência.
E com muita paciência,
Pode a todos ensinar
Que a essência da vida,
é pela vida passar.
poema natalino...
Neste Natal, te desejo tudo.
Ou melhor, quase tudo
(pois também há no tudo
um pouquinho de mal).
Mas estive pensando...
quase tudo ainda é muito!
Te desejo somente
o mais essencial:
Neste Natal, te desejo um sorriso
que não seja bonito,
que não seja perfeito,
que não seja formal;
Te desejo o sorriso mais bobo
soluçado entre lágrimas;
O sorriso mais doce
e o mais natural.
Neste Natal, te desejo criança.
Não, criança ainda é muito...
Te desejo somente
o olhar da criança!
— E, com ele, a surpresa
de nascer no Natal.
Porque
Há em todos nós
Um problema
Em todos nós
Um poema
Em todos nós
Um dilema
A vida é
Maravilhosamente
Bela.
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