Poema Ordem e Progresso
Dia do Psicólogo
Hoje é dia do profissional
Que cuida da nossa saúde mental
Que não deixa à mente se abater
E o nosso corpo adoecer
Todos temos medos e aflições
Que bom que existe a terapia
Desse processo tiramos lições
Através da psicologia
Psicólogo hoje é seu dia
Nosso respeito e reconhecimento
Você muitas vezes nos guia
No controle dos nossos próprios sentimentos
Dia do Sorriso
O sorriso expressa o sentimento da alma
É moldura do rosto e por vezes acalma
O sorriso pode conquistar uma criança
E trazer para a vida uma dose de esperança
O sorriso verdadeiro pode mudar o dia de alguém
Pode te fazer mais confiante para ir além
O sorriso de uma mãe te dá uma dose de coragem
E te faz seguir em frente na sua viagem
O sorriso demonstra um pedido de perdão
Que encoraja para um abraço ou aperto de mão.
O sorriso por vezes pode amenizar a dor
E para um amigo ser um gesto acolhedor
O sorriso pode se transformar em amor
Se quem o recebeu percebeu o seu valor
O sorriso correspondido provoca uma agradável sensação
Então vamos sorrir hoje e deixar aquecido um coração
Dia do Sorvete
Hoje é dia dessa sobremesa
Que anima seu dia com certeza
No calor todo mundo quer
no frio também aceito se vier
Pode ser de fruta, multi sabores ou de leite
Muito amado. Vamos tomar um sorvete!
O amor
É um cisco no olho
Que faz chorar
Quem é tocado, por alguém especial,
Onde ninguém mais
Pode tocar
No vale da minha memória,
Tudo se resume à mesma rua,
Devasta esta ausência tua,
Tudo me lembra nossa história.
INTANGÍVEL
Guardei-te na gaveta das coisas novas,
arrumadas, qual gaivota que sobrevoa
a praia, antes de fechar a porta da tarde.
Guardei as razões que me deste
para te eleger. O teu gracejar constante
e aquele sorriso de inspirar poetas.
É tarde. A vitrola acusa cansaço
e os versos repetem-se na folha vazia.
Rendo-me à alegria de te sonhar
tão azul e tão presente como antes.
Sempre te soube interdito e breve.
Tão intangível, que magoa.
Eu era primata e segurava primata
Não me lembro o que eu era antes de ser mãe
Alguma coisa entre tijolo e rã
(sólida e escorregadia)
O tempo de antes ficou sujo de uma coisa
que eu não sei
A vida principiou naquele dia
e depois só futuro
E era um futuro tão velho que parecia passado
Quando eu coloquei no colo minha filha
Era como se carregasse minha mãe
Ou a mãe da minha mãe
Ou a primeira mulher do mundo
Que era gente e era macaco
Ali eu era primata e segurava primata
E doía tanto
24 de junho
Os braços me doem de carregar o filho
E as pernas de tanto caminhar
Com o filho nos braços
Para que tanto mundo para vida tão curta?
As costas doem de me curvar
Para febre e o choro
E me doem os cantos das unhas e a cabeça
Me dói ainda mais o coração
Por que dói tanto?
Eu pergunto à minha mãe
Ela não sabe
Diz que são bonitas as noites de junho
O céu de mar profundo e as estrelas de São João
Eu engastalho o choro e aperto meu filho
Respiro o cheiro da boquinha cor-de-rosa
Leite e vida recente
Olha, meu filho
Como são bonitas as noites de junho
O céu de mar profundo e as estrelas de São João
Para minha filha
Quando sentir o chão ceder debaixo da sola de seus passos
Quando olhar para a frente e enxergar a nuca do mundo
Quando a água do mar parecer fria e seu nariz grande demais
Quando o vazio te ofertar a mão com brandura encenada
Quando a noite perpétua te jurar que nunca mais haverá dia
Quando alegria desertar de suas pernas e você parar de dançar
Quando se sentir cansada até mesmo para dormir
Sua mãe estará aqui
ALVORADA
Alvorece
as gaivotas acordam a cidade
os sinos cantam ao desafio
com os sonhos interrompidos
a maré lambisca a margem
os raios de sol diluem a bruma
e os meus lábios fogosos
engomam as rugas do teu corpo
com a mesma devoção
com que a natureza regenera.
Ela precisa descansar.
Descalçar os pés e caminhar na areia da praia.
Ela precisar se arrumar.
Organizar os pensamentos e sentimentos que tiram o sono.
Ela precisa transbordar.
Esvaziar o suficiente para se encher do que que faz bem.
Ela precisa amar.
Apreciar cada detalhe de sua própria história.
TEMPO INEXPRIMIVEL
O tempo passa...
Túnel do tempo;
Labaredas de fogo incinerando...
Fogo constante;
Tomara que não me alcance!
Tomara que não me engula!
Mas vai.
Somos expectadores...
Pobre de mim que sei!
Pobre dos que não sabem!
Em silencio me guardo...
O tempo não e' nosso.
Passamos a vida a fio, como
um passarinho desconsolado
num fio.
Passarinho canta uma vez.
Uma vez passarinho canta,
Sacode as asas e voa.
Voa passarinho sem remorso!
Esta' na hora! Esta' na hora!
A bênção, PAI!
poeta_sabedoro
Sou como um dia normal.
Às vezes quente, caloroso
Ou insuportável.
Às vezes frio, aconchegante
Ou congelante.
Às vezes chuvoso, solitário
Ou nostálgico.
Mas nunca igual ao dia anterior.
Desgosto da saudade.
Ela sempre me traz lembranças de um momento feliz que não se repetirá.
Traz também a realidade do agora.
Aos poucos a saudade se transmuta em tristeza.
Aos poucos as boas memórias se apagam
Como desenhos feitos na areia da praia
Restando apenas o ir e vir das ondas
E a maresia do mar.
Poesia da criação
.
Na cosmovisão do tempo
há uma arvore genealógica do mundo,
a criação do vento, deu-se ao espaço,
JESUS, no monte, viu toda glória futura
a casa das dimensões e o mar da eternidade,
estava dentro dele,
todos os livros dos corações abertos estão,
a versão mais bonita é a tradução do amor
os pássaros em luzes, eram paisagens brilhantes
a passagem das eras, em idades de dia,
ele é poesia do alfa e ômega
na arca da aliança estão a história e o véu
como chama de fogo, e voz de trovão
muitas águas dizendo: aí vem! o noivo!
Desperta oh filhos de Sião!
No velejar da história, há tempestades no verão.
"Navegando pelo tempo,
Tormentas há de se encontrar.
Assim como quando retiram o sustento,
A ponte há de quebrar,
Há de cair.
Tiram nossa liberdade de se expressar,
De existir.
Na luta pela vida,
Haveremos de encontrar
Tiranos, mau feitores,
Que nos matam sem cessar.
Velejando pela história,
Tempestades teremos de enfrentar.
Compraremos essa briga,
Para podermos nos libertar.
O trabalhador, oprimido,
No mundo és invisível,
Para um tirano, opressor,
Que só pensa consigo.
Reivindiquemos esta luta,
Para poder viver, para poder existir.
Pois sem a liberdade,
Não vivemos, oprimidos seremos,
E iremos apenas subsistir."
Sinto dor.
"Às vezes temos de aguentar o sofrimento,
Senti-lo como for,
Para que não cause nenhum tormento.
A vida não é um mar de rosas do qual podemos desfrutar,
Entretanto, em meio a tantas angústias,
Sou incapaz de esquecer a alegria, a beleza,
Da qual não posso mais aproveitar.
Quando some-me a pulcritude da vida,
Saudades insólitas de meu único amor,
Aquele que as vezes me avisa somente da partida,
Entretanto, nunca deixa-me esquecida.
Analisando tal situação,
Vejo que não há mais opção.
Ver-me em tal posição,
Com um amor em minha visão,
Correndo na contramão,
Preciso agir pela paixão.
Posto minhas vontades, nada posso fazer,
Apenas esperar, e tentar esquecer.
Vão se resolver os acasos com acasos,
O que me deixa em pedaços por ver e desver.
Não é gostosa situação,
Ver minha paixão na contramão correr,
É preciso enfrentar, mentalmente, apesar.
Vida boa, vida injusta, não age como deveria,
Encarar tais situações, para viver uma vida bem vivida.
A dor não tem beleza,
Não tem felicidade,
Apenas temos de aguentar a saudade,
Por este motivo só me restam palavras infelizes,
Pois irei sentir dor por toda eternidade."
Faça sempre sua parte
Seja bom e não espere
E com a melhor essência
O seu coração tempere
Pois um dia irás colher
Tudo o que merecer
Não se vingue quem te fere.
Se perder no próprio caos
Não significa estar perdido.
Perdido se está
Quando o caos alheio se torna lar.
O argumento
De manhã
lemos anestesiados
as notícias da guerra (qualquer uma),
uma manchete
bem merece alguns combates;
cada bando
quer demonstrar que Deus
está de seu lado
com o argumento definitivo;
nossos olhos percorrem
as páginas
– buscamos mais confirmações
de nossa derrota
e o jornal traz o que esperamos encontrar.
