Poema Nao Ame sem Amar
Dirige os meus passos,
conforme a tua palavra;
não permitas que nenhum pecado me domine.
Quando esses caras vierem te encher, não vacila. Você tem que estar preparado pra apanhar, mas não recua.
(Takemichi Hanagaki)
Já nem sei quem sou,
O que sobra a um romântico?
A não ser a dor do amor não correspondido
E o Coração acorrentado por um beijo que já não se tem
Sem desculpas
Ele nunca irá ver você chorar
Finja que ele não sabe
Que ele é a razão pela qual
Você está se afogando.
Quando o Mar é Você
Há dias em que não é o mundo que me engole — sou eu que me afundo em mim.
A superfície parece perto, mas é como vidro: vejo o sol lá em cima, sinto o calor à distância, e ainda assim não consigo atravessar.
Seria simples nadar, se o peso não estivesse costurado nos meus ossos.
Seria fácil pedir socorro, se a voz não se dissolvesse antes de chegar à boca.
E assim fico, boiando no sal da minha própria tristeza,
enquanto os outros, da praia, acenam como se fosse só mais um mergulho.
Dizem para nadar até a areia, mas não sabem que a areia já não existe para mim.
Que a ideia de “voltar” é tão distante quanto um porto que nunca conheci.
O mar é fundo, frio, e tem o mesmo nome que eu.
E no silêncio submerso, percebo:
às vezes não é que a gente queira se perder.
É que o cansaço de tentar se salvar
parece mais letal do que simplesmente deixar-se afundar.
O silêncio pode parecer leve, mas carrega o peso de tudo o que não foi dito.
Ele corrói por dentro, como se cada palavra engolida se transformasse em pedra,
ocupando espaços que antes eram respiro.
Calar nem sempre é escolha de paz — às vezes é medo,
às vezes é proteção,
ou apenas o cansaço de saber que falar não mudará nada.
Mas existe um preço.
E ele é alto.
O preço é ver a própria voz se apagar,
o coração perder a coragem de gritar,
a alma se acostumar a viver escondida.
E, quando se percebe, já não é só silêncio —
é ausência.
“Aviso: eu não sou legal. Não gosto de gente burra, que força intimidade nas primeiras conversas e de repetir a mesma coisa duas vezes ou ter que responder perguntar óbvias até pra uma porta. Não me apego a praticamente ninguém… Mas quando me apego, é pra valer. Sou o tipo de amigo que não tá sempre bem, mas tá sempre junto. Sou facilmente conquistado pela boca. Tenho mania de corrigir os outros (e ficar puto quando sou corrigido), ironizar tudo — o tempo todo — e sou bem chatinho.
Eu gosto de cafuné, dormir de ladinho e de chupões no pescoço.
Outra coisa: uma dose de grosseria é sempre bom.”
Você não sacou, Clary. Você não entende o que é viver sempre em guerra, crescer com luta e sacrifício. Acho que não é culpa sua. É só com você foi criada...
(Isabelle Lightwood)
ACEITE O DIA COMO ELE CHEGA PRA VOCÊ
Não faça pré-julgamentos, nem antecipe situações.
Faça de conta que este é o primeiro dia da sua vida,
ainda meio inexperiente, sem reações pré-determinadas.
Tem gente que anda tão "armada",
que dá "patada" até em quem só quer fazer o bem,
desconfia de tudo e de todos, tem medo até de falar,
não aceita palpites, nem ouve conselhos,
se julga pronto, experiente e calejado pela vida.
E lá vem a vida dar uma nova rasteira,
na verdade lições que precisamos aprender,
a vida não julga, ensina o que mesmo sem saber,
buscamos aprender,
pois é certo que colhemos o que plantamos.
Por isso, DESARME-SE!
Ouça as pessoas, procure falar mais baixo, mais devagar,
ouça a sua própria voz.
Palavras lançadas não voltam mais, e as vezes, você sabe,
ferem mais do que facadas, incomodam mais do que ferrão de abelha,
doem na alma e não cicatrizam tão cedo.
Por isso, hoje é o seu primeiro dia de vida,
e como não sabemos se será ou não o último,
melhor aproveitar da melhor maneira possível.
A vida é muito breve, um sopro na poeira do tempo,
por que perder tempo com discussões tolas,
descobrindo quem tem ou não razão?
A razão é aquela amiga que nos puxa pela orelha e diz:
Vai ser feliz!
então, ouça o conselho da razão!
Os impostores e seus títulos.
Não gosto de pessoas oportunistas, as que tentam nos engabelar e, demonstram o que na verdade nunca foram; entretanto, ocultam uma realidade bem diferente. Não gosto de pessoas que se auto-intitulam, não dou a mínima importância aos títulos. O que conta e soma para mim, é o caráter. Prefiro um relacionamento seja ele de amizade, afetivo ou profissional, baseado na sinceridade. Não dou valor aos rótulos, prefiro viver uma dura realidade, que a doce ilusão de uma farsa. Não sou exigente, sou gente e, desejo assim ser tratada, com respeito e dignidade. Sou leal, humana, compreensiva e muito gentil, mas não suporto e, repugno a hipocrisia. Os rótulos enfeitam as embalagens, todavia não condizem ao conteúdo, com as pessoas ocorre o mesmo. Prefiro viver a intensidade de um relacionamento sem ostentação e mentiras, que uma presunção infundada. Mais me vale a qualidade mesmo que pouca, que a quantidade sem serventia.
O Peso Invisível da Decisão
Não duvide de alguém que já tomou a decisão de tirar a própria vida. Essa pessoa pode buscar ajuda, seguir todos os tratamentos, não faltar a uma única consulta ou sessão de terapia, tomar seus remédios no horário certo e afirmar para todos ao seu redor que está bem. Pode até tentar retornar a uma rotina que, no fundo, já não faz mais sentido.
Mas, por trás desse esforço aparente, há uma determinação silenciosa, fria e invisível: a decisão de partir. É uma decisão que, uma vez tomada, transforma essa pessoa em alguém que vaga entre nós, como uma sombra de si mesma, já distante da vida, mas ainda presente fisicamente.
Essa determinação não é sobre fraqueza ou falta de vontade de lutar. Pelo contrário, muitos lutam até o limite do que podem suportar. Tentam se encaixar, suportar a dor, fazer com que tudo volte a ter sentido. Mas, para alguns, essa batalha já foi perdida internamente.
O que muitos não compreendem é que o sofrimento emocional profundo não é algo que se resolve com simples palavras de incentivo ou com uma rotina ajustada. Ele precisa de algo mais: de presença genuína, de escuta sem julgamentos, de um espaço seguro para existir sem precisar mascarar a dor.
Então, nunca duvide. Preste atenção nos silêncios, nos sorrisos forçados, na aparente normalidade. Porque às vezes, quem já decidiu partir está apenas esperando o momento certo, enquanto perambula invisível entre todos nós, com um coração que já se despediu em silêncio.
Seja essa presença, segure essa mão, e talvez você possa ser o motivo pelo qual alguém decida continuar.
Quando o Amor Silencia
O amor não grita quando se vai,
desvanece em passos sutis,
se esconde na rotina que dói,
nos gestos que já não são gentis.
É o toque que não arrepia,
o olhar que desvia ao passar,
palavras que caem vazias,
silêncios que vêm pra ficar.
Previsíveis são os caminhos,
sempre iguais, sem emoção,
corações viram vizinhos
num mesmo corpo em solidão.
Então, sinto falta de mim,
da alegria que já foi morada,
do brilho que chegou ao fim,
dessa presença cansada.
Prefiro partir e me encontrar,
ser leve, ser meu próprio sol,
pois o amor que faz morar
não vive preso em lençol.
O Sentido que Não Ouvi
Lamento profundamente que talvez eu nunca saiba, verdadeiramente, o impacto da minha vida. Não vou ouvir o que minha presença significou para os que me conheceram — familiares, amigos, todos aqueles que cruzaram meu caminho.
Sei que um dia, quando eu partir, minhas palavras serão lidas com mais atenção, minhas fotografias serão vistas com outro olhar, e alguém dirá: "Agora entendo o que ela quis dizer." Talvez nesse momento reconheçam a profundidade do que eu tentei transmitir, mas eu não estarei lá para escutar.
E esse é o peso que carrego: saber que muitas coisas só farão sentido tarde demais. Que aquilo que dei de mim — cada palavra, cada imagem, cada pedaço do meu ser — será valorizado apenas na minha ausência.
Mas, ainda assim, eu continuo. Deixo minha alma registrada nesses fragmentos, porque acredito que viver é também espalhar pedaços de significado, mesmo que nunca saibamos exatamente onde eles florescerão.
Redenção
Às vezes, a maior batalha não está em sentir demais, mas em carregar a culpa por não ser suficiente para nós mesmos, para os outros e para Deus. É o peso de tentar acertar em tudo, enquanto nos perdemos na dúvida de sermos dignos de amor — inclusive o divino.
Além da Imagem: O Olhar que Transcende
A fotografia não é apenas uma imagem congelada no tempo. Não se trata apenas de uma foto; é a tradução visual de um sentimento, uma história que vai além do que o olho pode ver. É um olhar profundo sobre o mundo, uma forma de revelar aquilo que muitas vezes escapa à percepção cotidiana. Cada fotografia carrega uma parte da minha alma, uma expressão única de como vejo e sinto o mundo ao meu redor.
Não é o toque que me prende,
nem o desejo que me arrasta.
Se a alma não me chama antes,
o corpo nunca me basta.
O Fim Silencioso do Amor
O amor não termina com gritos ou despedidas dramáticas. Ele se desfaz no silêncio, nos gestos repetidos que já não emocionam. Acaba quando você percebe que o outro se tornou um roteiro previsível, um ciclo exaustivo onde cada ação já tem um desfecho conhecido.
Você sabe quando ele vai se calar, em qual ponto irá fugir, mergulhando no vácuo de silêncio para, mais tarde, retornar como se nada tivesse acontecido. E é nesse padrão que a esperança morre, sufocada pela certeza de que nada vai mudar.
Então começa o processo mais cruel: sentir falta de si mesma. Lembrar que já foi mais feliz, que seu coração já bateu forte por motivos simples. Agora, a presença que deveria ser companhia se tornou peso, roubando seu tempo e sua essência.
Você se vê sugada por uma monotonia que apaga o encanto das palavras e silencia o diálogo. O ânimo escapa, e o amor, antes vibrante, agora se dissolve em indiferença.
Talvez o amor acabe assim: não com um ato final, mas com a ausência de surpresa, quando você entende que a vida é curta demais para amar apenas por hábito.
Que o frio seja apenas uma sensação térmica..
Que ele não chegue aos nossos corações e nem congele nossos sonhos...
Que ele fique sempre do lado de fora de nossas almas!
ERROS DA VIDA
Quem na sua vida não cometeu erros ou seja não errou?
Quem é o culpado dos nossos erros?
Nós só nós e mais ninguém.
Na nossa vida há sempre o sim e o não o talvez é que nunca.
Se dizemos sim e erramos é mau,
Se dizemos não e erramos é mau,
Mas se nos refugiamos no talvez não será pior?
Não queres errar não faças nada, será?
Não arrisco porque pode correr mal,
Não será esse o maior erro da vida?
Mas a maior certeza é de que façamos o que fizermos,
Seremos sempre nós e só nós os culpados
Dos nossos erros.
O futuro não obedece a trilhos chamados de destino, fatalismo ou fortuna. Caso acabassem os riscos, os perigos e as incertezas da vida, os humanos se condenariam a engatinhar em pequenas gaiolas, feito leões de zoológico.
A carência dos indefesos, dos tristes, dos perdidos, dos doentes, dos idosos, tem primazia sobre qualquer programação; a pertinência das ideologias e religiões depende de promoverem a vida. Dogmas institucionais nada valem se não buscarem resgatar a dignidade dos pobres.
Amor só é verdadeiro quando não usa coerção ou suborno para concretizar-se . Amam-se os que se respeitam e admiram. Para amar é preciso fragilizar-se, expor-se tanto à dor como à alegria. Tristeza e felicidade se ligam proporcionalmente ao tamanho do amor.
Quem age com misericórdia não cobra transformação, mas ousa mudar. Misericórdia suspende qualquer punição merecida sem exigir mérito. Graça dá o que o outro não merece; misericórdia, ao contrário, não dá o que o outro merece.
Os processos de maturidade acontecem sem flagelos; só quem se sente amado tem segurança para humanizar-se. Quem não sabe lidar com as suas sombras e luzes vive em negação. Tropeçar, falhar, cair, falir, são verbos conjugáveis. Só os hipócritas procuram se convencer de que alcançaram a perfeição. Nenhum Pai amoroso é implacável com as inadequações dos filhos. Soli Deo Gloria.
