Poema na minha Rua Mario Quintana
Eu sei que sempre te critico por você fingir ser alguém que não é, mas pra mim também não é fácil ser como a gente.
Eu tinha medo disso. Da gente. De mim. E hoje é a primeira vez que eu me sinto eu mesma há meses. Fazia tanto tempo! Eu tinha esquecido como era. Você me faz sentir eu mesma.
Ela não esquece. Parece que ainda temos 12 anos, e que o objetivo dela é me punir por algo que nem foi culpa minha.
Vamos sair e fazer nosso melhor, porque mesmo se perdermos, continuaremos vencedores em nossos corações.
tenho infinitos cavalos selvagens em minha mente que preciso entender, reconhecer, aceitar e por fim domar.
Gosto muito de não registrar os acontecimentos da minha vida (não escrevo diários, não tiro muitas fotos) para poder recriá-los mais tarde nas minhas ficções com toda a liberdade, sem me preocupar com como realmente aconteceram, mas como me lembro deles. Eu realmente não me importo com a realidade dos eventos, mas como os vivi ou os senti.
Mas não te procuro mais, nem corro atrás. Deixo-te livre para sentir minha falta, se é que faço falta… Tens meu número, na verdade, meu coração, então se sentir vontade de falar comigo ou me ver, me procura você.
Eu comecei minha faxina. Tudo o que não serve mais (sentimentos, momentos, pessoas eu coloquei dentro de uma caixa. E joguei fora. (Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade). A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções.
Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinado por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generoso para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiado e sempre penso o pior, que sou conciliador para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio. Descobri, enfim, que o amor não é um estado da alma e sim um signo do Zodíaco.
Mesmo que não seja agora, não se apresse, não se confunda. Você é minha paz, acredite em si mesma e continue devagar, vou te esperar.
Meu estilo de vida liberta a minha mente,
Eu sou completamente louco, mas um louco consciente.
Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capazes de formar grandes sofrimentos e também de remediá-los.
A minha vida inteira eu fui um covarde, mas agora eu sei que fugir e me esconder das coisas que tenho medo não vai fazê-las desaparecer.
Eu quero mesmo é alguém que faça meu corpo querer companhia nos momentos em que minha mente insiste pela solidão.
Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.
Seja qual for a matéria de que as nossas almas são feitas, a minha e a dele são iguais.
