Poema na minha Rua Mario Quintana
Já aceitei, eu nasci pra ser rua
No carro novo, pneu eu gastei
Derrubei todas casas que cantei
Passei voando e o radar eu quebrei
Moramos todos na mesma rua
Só que em esquinas diferentes
Falamos todos a mesma língua
Mas tem "Gente" que acha que é mais "Gente" do que a "Gente".
A FOME..
A fome dilacera
Pode ferir e matar!
- A fome estanca
e domina com atrocidade.
Ela atinge a sociedade
que se esquiva da responsabilidade.
- A fome é criada...
Em contraste com a vida.
- A fome pode ser evitada
com causas nobres...
Basta se sensibilizar, se doar...
E com o pouco que se doa
muito pode representar:
- vidas acudidas...
- vidas acolhidas...
- vidas supridas...
- vidas socorridas!
É UM BEM QUE NÃO SE PODE NEGAR...
- E É SÓ DESEJAR E COMEÇAR!
Quando a pessoa está solteira, se busca a paz em casa, pois o caos está nas ruas
Quando a pessoa está casada, o caos está em casa, por isso se busca a paz nas ruas.
05 FEV 2023
Manter animais acorrentados é uma crueldade absurda!
Que vida triste é essa para um ser que passa seus dias preso pelo pescoço, incapaz de correr, brincar, explorar e expressar sua natureza. Não há sentido em viver sob essas condições.
Penso ser melhor o perigo das ruas, com a liberdade garantida, do que não saber o que é ir além dos limites de uma corrente.
E ela segue encantando
Deixando pelos cantos
Hematomas
De palavras
De laços desfeitos
Que lhe emendaram
Uma força tremenda no peito
E tantos goles
Um copo
Seu corpo
Sua liberdade é ouro
Madura
Sai pela rua
É tão desprecavida do tempo
Se entrelaça com o vento
Sem pressa
Sempre a espera
Do seu sorriso
Da sua mania de ser esconderijo
E se perde
Para se encontrar
No seu próprio
Amor
Vestígios!
Aquela velha rua me trás saudades de velhos momentos que ali aconteciam.
Aquela velha rua, com a velha simpática, falastrona e cheia de boas histórias e estórias sentada à calçada.
Aquela velha rua, cheia de velhas casas com toda a simplicidade de um lar cuidado com carinho, onde o amor reinava.
Aquela velha rua, com os velhos de hoje, sendo crianças brincando com as velhas brincadeiras.
Aquela velha rua me faz querer trocar o novo pelo velho.
Trocar o atual pelo antigo.
Quem dera poder voltar ao velho tempo, naquela velha rua, com os velhos de lá, com as velhas brincadeiras e as velhas casas, mas com todos aqueles momentos que não ficam velhos em minha memória.
Luz.
Carreira.
Mesa suja e cheia.
Jurídica justiça sem juz.
Injusta.
assusta.
Frusta.
Reproduz.
Palavra entre beco.
Rua sem saída.
desprovida.
Bico seco.
Boêmio e teco.
Malandragem.
Boteco.
Abordagem.
A vida enquadra.
De toca a ladra.
Se emboca.
Desbocada
Singela
Madrugada.
Em aquarela.
Água com churumi.
Temperada com chimi churry
Ilustre término impune.
Clima tenso nunca mais viela.
No fundo das cores e das ruas
Perdida nas batidas do funk da favela
Prisioneira
Dançando na favela
Segura na baía de Ipanema
Fazemos um brinde em um feriado
É um mundo desequilibrado
Quando você é uma garota
Nascida em um nada
Não vou negar que vou sentir saudade sua
Quem sabe um dia a gente continua
Posso pirar, me declarar pelos bares da rua
E esculpir o seu rosto na lua
Amiga linda, quem sabe um dia vira amada minha?
Dignidade Humana
O contexto social de um morador de rua me causa tanto inconformismo que chego a sentir culpa por ter um teto para morar.
Sou assim: uma pessoa amável e fervorosa!
Sou braba e paciente.
Generosa e alegre
Eu sou simplesmente, Tereza Cristina
Sou o poeta no divã da vida
Pernoitando no labirinto do sonho
Sem rua, sem travessa e sem esquina.
Onde não há mapa definido;
Só há papel e tinta.
Ah, se eu fosse um poeta!
Eu faria uma história de amor feliz.
Faria o sol se casar com a lua.
Faria uma esquina de flor
No meio da rua.
Faria o joão-de-barro construir uma casa
Só minha e sua.
Ah, se eu fosse um poeta!
Entre tantas noites
Entre tantas danças
Um copo, gelo, álcool
Sorrisos, ousadia
Um salto alto
Um vestido que delineia
Suas curvas
Ruas, vento, lento
E lá está ela
Leve, pouco sóbria
De alegria ambiciosa
Encanta de longe
Conquista de perto
Entre poucas entregas
Seu Amor próprio
É sua festa
E ela se completa
Se embriaga em suas asas
Mais um gole
Mais um brinde
Cansada
Ressaca de tanto faz
Copo esvazia
Noite esfria
E ela amanhece
Em prece
Entre tantos dias
Entre tantas horas
Ela viaja, desarruma
Sua bagunça
Ela e sua calca rasgada
Remendada
Não se renda
Se ausenta
Ela e seus tantos planos
Caminhos
Na praia
Sempre um sorriso
Na volta pra casa
De saia curta
Longa, rodada
Vestidos
Sorrisos Largos
Ela se completa
Um convite,
A no universo dançar,
Tendo nossa música eu topo.
Desnudos pelos astros,
A saudar,
Juntinhos sorrindo uma foto.
Te pedi que ninguém mais viesse,
Mas a lua atrás de nós,
Roubou cena na nossa selfie.
Quem são meus amigos ? Se o inimigo me ataca, porque poucos estão comigo ?
Muitas das vezes grito. Esqueci, minha voz é de excluído. Prazer, vou me apresentar: sou morador de rua e preciso de abrigo. Passa um ser vivo e diz:
"Quer que tenho haver com isso" ?
Um outro abre a boca pra dizer: "peça ajuda aos políticos."
Eu apenas me deito e grito: Me deixem em paz, eu preciso sonhar.
Caminha!
.
Caminha!
Não pare na rua,
No meio da rua com lua, sem lua.
É preciso seguir adiante
Sem retrocesso, num progresso
Não equidistante.
Caminha!
Num pedido imperativo,
Como democrata
Que põe as cartas,
Que outorga sem promulgar.
Realiza todas as vontades,
Acumula vantagens
E vai em frente sem parar.
Caminha!
Sem contar pedras no caminho,
Sem perder o teu ninho
E arriscando outros
E mais outros criar.
Caminha!
Caminha sem cansar.
MEIA LUZ
Um carro escuro
À meia luz da rua
Parece um quarto
À sete chaves
Escondendo segredos
- Reveladores
Ofertando riscos
- Tentadores...
Um quarto
À meia luz
Parece um carro
À luz da Lua,
Abandonado naquela rua
Guardando segredos
- Audaciosos
Chamando a atenção
- CURIOSOS!
Romances quentes,
Envolventes
Pontualmente eternos
E sinceros...
Um carro
Em minha rua,
Um quarto
À luz da Lua...