Poema na minha Rua Mario Quintana

Cerca de 92701 frases e pensamentos: Poema na minha Rua Mario Quintana

⁠Queria me submeter ao tempo.
Ser Érico! Escrever sobre o vento.
Despir os grilhões da cruel armadura..
Ser Coralina! Envelhecer com candura.

Inserida por mario_sa

⁠Não cabem em meu traço
as palavras que escrevo.
Transbordo a borda,
invado espaços.
Sobram excessos
se me atrevo.

Inserida por mario_sa

⁠Queria ser ferreiro das palavras.
Usar a forja com o poder do ventre.
Parir contorcionismos poéticos.
Mas falta vento...
Falta vento...

Inserida por mario_sa

⁠Quero palavras que polinizem afeto.
Com sentimentos e acento agudo.
Que extrapolem os muros do alfabeto.
Que extraiam do meu falar verso mudo.

Inserida por mario_sa

⁠Já o dia se debruça na janela.
E eu ainda encharcado de luar.
As vezes esqueço de amanhecer.

Inserida por mario_sa

⁠Busque sorrisos que inspirem,
Gestos que acalentem,
Mãos que afaguem.
Viver é escolha!

Inserida por mario_sa

⁠E, de tanto esperar, se desfez
a possibilidade do que não se fez.
É! O tempo nos cobra presteza.

Inserida por mario_sa

⁠As decisões que tomamos na vida
não são feitas, obrigatoriamente, de certezas.
Mas, devem ser alicerçadas em atitudes.
E, com elas, refletindo sobre ônus e bônus,
construir caminhos.
Se, não há certeza no acerto,
haverá a de se ter tentado.

Inserida por mario_sa

de profundis amamus

Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria

Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros

Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes

O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso

Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso

Inserida por pensador

Estação

Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove
miudinho
Muita vez
vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça

Inserida por pensador

you are welcome to elsinore

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar

Inserida por pensador

radiograma

Alegre triste meigo feroz bêbedo
lúcido
no meio do mar

Claro obscuro novo velhíssimo obsceno
puro
no meio do mar

Nado-morto às quatro morto a nada às cinco
encontrado perdido
no meio do mar
no meio do mar

Inserida por pensador

Uma certa quantidade de gente à procura
de gente à procura duma certa quantidade

Soma:
uma paisagem extremamente à procura
o problema da luz (adrede ligado ao problema da vergonha)
e o problema do quarto-atelier-avião

Entretanto
e justamente quando
já não eram precisos
apareceram os poetas à procura
e a querer multiplicar tudo por dez
má raça que eles têm
ou muito inteligentes ou muito estúpidos
pois uma e outra coisa eles são
Jesus Aristóteles Platão
abrem o mapa:
dói aqui
dói acolá

E resulta que também estes andavam à procura
duma certa quantidade de gente
que saía à procura mas por outras bandas
bandas que por seu turno também procuravam imenso
um jeito certo de andar à procura deles
visto todos buscarem quem andasse
incautamente por ali a procurar

Que susto se de repente alguém a sério encontrasse
que certo se esse alguém fosse um adolescente
como se é uma nuvem um atelier um astro

Inserida por pensador

Perdi-me no espaço
que teu silêncio abriu
no buraco negro que se fez
por tua mudez
na omissão do verbo
que me salvaria...

Mário Corredor

Inserida por jairo_gomes

⁠Quero morrer de manhã cedo
Antes que a morte possa vir
Não...porque dela eu tenha medo
Mas, para dela eu me rir!!!!

Inserida por mario_de_oliveira

⁠"Fé de Papel
A fé se veste de palavras, mas a prática se esconde. Versículos e ayat na ponta da língua, amor ao próximo ignorado. Julgam com a régua de Escrituras, mas a própria conduta é falha. A caridade se torna discurso, a compaixão, alegoria. A hipocrisia se mascara de santidade, o pecado se esconde na oração. O templo palco de aparências, a fé, encenação. Cruz pesa nos ombros, mas coração de pedra. A religião, um véu, a verdade se perde na pregação. A fé verdadeira se revela em atos, não em vãs palavras. A hipocrisia emerge."
(Mário Luíz)

Inserida por Comodoro

⁠Agradecimento ao Novo Dia
Quando o dia amanhecer, hei de agradecer pelo dom de viver.
Quando o dia amanhecer e eu me levantar, o dom da alegria quero levar.
Quando amanhecer, só tenho a agradecer pelo dom de respirar.
Quando amanhecer, à quando o sol raiar, quero abraçar minha família e lhes falar com firmeza que, para sempre, hei de lhes amar!
Autor: Mário Cavalcante.

Andar sem rumo
Passos vazios
O supra sumo
De dias sombrios

Hoje, um andarilho revoltado
Ontem, achava-me digno da felicidade
Seu sorriso foi destroçado
Não esperava receber tanta maldade

Um mero andarilho quebrado
Sujo e contaminado por um vampiro
Sugou minha vida com um ato selado
Entregando o corpo para o maldito

Inserida por massashisumida

Hoje eu aprendi, entendi, senti,
Há dores que nos levam ao abismo da alma,
Nem a morte da alma eu venci,
Uma figura angelical alada,


Me leva, leva a minha dor,
O que sinto pode contaminar um oceano,
Ja morri mil vezes por ter acreditado no amor,
Quem merece tamanho engago?


Perdi o meu coração duas vezes,
Para a morte, e para o meu amor,
Não epserava da vida esses revezes,
Não encontro no vazio do peito a cura da dor,


Mas ainda bem, fiquei sem coração,
Fiquei sem acalento, perdia a audácia,
Nâo me resta o medo de perder o perdão,
Pois minha vida foi uma falácia,


Eu te perdoo, eu morro, mas eu te perdoo,
Eu morro por perdoar e não saber confiar,
Eu morro por perdoar e não saber paziguar,
Eu mato quem eu fui, o que senti, eu te perdoo

Inserida por massashisumida

Eu te amei quando você não era nada,
Então decidi lutar para te dar tudo,
Forcei sua escalada, pesada, suada,
Enfrentamos o mundo,

Finalmente você alcançou,
Gloriosa no trabalho, bela para todos,
E na lama, o nosso amor lançou,
E de presente, ofereceu-me engodo,

No ápice da sua melhor situação,
Dividiu, se submeteu, se entregou,
O corpo entregue a podridão,
E a alma se envenenou,

Não fui eu o escolhido,
Para dividir a sua glória,
Na verdade eu fui tolhido,
A migalhas e esmolas.

Inserida por massashisumida

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