Poema Falado em Lacos de Familia
Ó madrugada, tardas tanto... Vem...
Vem, inutilmente,
Trazer-me outro dia igual a este, a ser seguido por outra noite igual a esta...
Vem trazer-me a alegria dessa esperança triste,
Porque sempre és alegre, e sempre trazes esperanças,
Segundo a velha literatura das sensações.
Vem, traz a esperança, vem, traz a esperança.
– Se eu soubera, dizia Soares, que no fim de tão pouco tempo a senhora me faria beber fel e vinagre, não teria prosseguido em uma paixão que foi o meu castigo. Fernanda, muda e distraída, mirava-se de quando em quando em um psyché, corrigindo o penteado ou simplesmente admirando a esquivança desarrazoada de Fernando. Soares insistia no mesmo tom meio sentimental. Afinal, Fernanda respondia desabridamente, exprobrando-lhe o insulto que fazia à sinceridade dos seus protestos.
– Mas esses protestos, disse Soares, é que eu não ouço; é exatamente o que eu peço; jure que eu estou em erro e fico contente. Há uma hora que lho digo.
– Pois sim...
– O quê?
– Está em erro.
– Fernanda, juras-me isso?
– Juro, sim...
Soneto de Montevidéu
Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.
Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.
Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda
Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.
Não te rias de mim, que as minhas lágrimas
São água para as flores que plantaste
No meu ser infeliz, e isso lhe baste
Para querer-te sempre mais e mais.
Não te esqueças de mim, que desvendaste
A calma ao meu olhar ermo de paz
Nem te ausentes de mim quando se gaste
Em ti esse carinho em que te esvais.
Não me ocultes jamais teu rosto; dize-me
Sempre esse manso adeus de quem aguarda
Um novo manso adeus que nunca tarda
Ao amante dulcíssimo que fiz-me
À tua pura imagem, ó anjo da guarda
Que não dás tempo a que a distância cisme.
O que vai ficar na fotografia São os laços invisíveis que havia…
As cores, figuras, motivos, o sol passando sobre os amigos
Histórias, sorrisos e afeto em frente ao mar.
Nascemos para amar; a Humanidade
Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura.
Tu és doce atractivo, oh fermosura,
Que encanta, que seduz, que persuade.
Quantas vezes, Amor, me tens ferido!
Quantas vezes, Razão, me tens curado!
Quão fácil é de um estado a outro estado!
O mortal sem querer é conduzido!
Nos torpes laços de beleza impura
Jazem meu coração, meu pensamento...
Bocage
"Se você não sabe amar não crie laços, expectativas e muito menos planos para o futuro. Não machuque um coração que te deu morada."
-Aline Lopes
(...)O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.
Quando as sombras vão ficando compridas
Enchendo a casa de silêncio e preguiça
Nessas horas é que Deus deixa pistas
Pra eu ser feliz
E quando o dia não passar de um retrato
Colorindo de saudade o meu quarto
Só aí vou ter certeza de fato
Que eu fui feliz (...)
Outro amanhã
Estou arrumando as malas
Desfazendo os laços
Tecendo meu futuro com as linhas do presente
Estou limpando a poeira das minhas lembranças
Hoje estou arrumando as tristezas
Organizando o armário das recordações
Pintando de verde meu novo amanhã
Desfazendo-me da saudade
A luz de um dia novo
Reflete no espelho de minha esperança
A face renovada de um outro eu
A luz de um dia novo
Brilha e rebrilha no futuro que se espelha
Em um amanhecer de descobertas
E chega de laços, passos, vínculos e estardalhaços.
Chega de cruzar caminhos e recusar estradas.
Agora o que eu quero mesmo é seguir adiante, em frente, avante!
Chega de passos largos, pisadas longas e companhias errôneas, o que eu quero mesmo é caminhar sozinha, com os meus passos devagar e finalmente parar de me perder em labirintos e palavras bonitas.
Chega de não chegar.
Simplesmente porque cansei de partir, agora o que me faz vibrar e lutar é a linha de chegada!
E quem sabe lá no final eu esteja pronta para te dar a mão e ai sim possamos seguir adiante, lado a lado.
Está tão difícil criar laços hoje em dia.
É mais fácil afastar-se, lançar fora do que trazer pra perto e então abraçar.
Todos reclamam tanto da falta de amor que esquecem de pratica-lo.
Sinceros abraços,
laços compartilhados
que aquecem o coração,
que juntam pedaços,
que partilham emoção
no momento exato
afugentando a solidão
com um necessário amparo.
Rompe teus grilhões! Laços que te atam
De ouro reluzente ou de metal ordinário,
Amor, ódio; bem, mal; e todas as demais dualidades.
Sabe: escravo é escravo acariciado ou açoitado, nunca liberto.
Pois algemas, embora de ouro, nem por isso
Menos forte são ao encadear.
Então fora com ela
pequenos laços de um cantinho escondido no coração brilha como um estrela meu amor
bela voz que conta pra mim seus sonhos estarei,
desejei cada momento belo pranto no teu coração cairei.
como dia canta se eu diria que ti amo mais que tudo nessa vida.
Natureza felina
Gatos são como laços,
Te prendem e desatam.
Sua aura é delicada.
Cada nó uma história de amor,
Caminhando pelo seu telhado.
Ventríloquos do pensamento
Te fazem pensar ao contrário.
Gatos e os seus mistérios indecifráveis,
Desconhecidos e sutis.
Vagando em grupos ou solitários.
Nos ensinam a incrível arte da vida,
Viva e deixe viver.
Quero ser tranquila como um gato,
Amansar a alma.
Nunca se esqueça de seu felino no telhado.
Cada miado uma promessa de amor.
Seu ronronar apaixonante,
Te faz virar um amante.
Não vivo sem sua sutileza.
Incompreendida sua esperteza.
Com outros animais,
Aprendemos o amor incondicional,
Com gatos o amor-próprio.
Não os subestime,
São nobres criaturas do passado.
Esses bichanos te amam incondicionalmente,
Mas você não percebe.
São mestres na arte do disfarce.
Aprendamos com eles a habilidade,
Silenciar e observar a vida.
Na tempestade do amor, uns se vão sem despedida,
Outros permanecem, laços que a alma clica.
Entre esses ventos, te encontrei, minha partida.
Teu sorriso, farol na escuridão da vida,
Teus olhos, portais de amor e guarida.
Juntos, enfrentamos a tormenta, em nossa partida.
Mundinho
Hoje eu te ganharia, eu me entregaria.
Em teus braços, nossos laços, os nós que ninguém desata:
– nem nós quando fingimos querer.
Hoje rolaríamos no anti-horário desafiando o tempo,
Fazendo dos momentos o que nós fazemos como ninguém,
criando as lembranças que ninguém mais tem.
Hoje tudo seria nada e nada seria a marca daquela noite que não acaba,
Onde se perpetuam os desejos, as saudades, as verdades disfarçadas.
Hoje tudo seríamos, poderíamos e faríamos.
Voaríamos pelo espaço...
tudo isso sem sairmos do quarto.
Somos responsáveis pelos vínculos que criamos ao longo da vida. Cativar... Criar laços! Infelizmente, algumas vezes abandonamos o nosso amigo, companheiro ou quem quer que tenhamos conquistado e simplesmente o esquecemos... Como se em nenhum momento houvéssemos cativado. Triste realidade...
E deixamos de perceber o quanto é maravilhoso sentir-se querido, necessário... É fantástico ouvir um: Eu preciso de você! Quanta coragem...
Seria reconfortante poder ver as pessoas expressando seus sentimentos sem medos ou travas. Sem a tal vergonha de falar o que sente por aquela pessoa que conquistou seu afeto e respeito. Sim, seria tão mais simples se a gente falasse o quanto amamos...
A razão de tal frieza é que não chegamos a compreender o essencial que é invisível aos olhos... Não entendemos o quão fundamental é ter perto de nós alguém que diga que estará conosco aconteça o que acontecer... Mesmo se errarmos, mesmo se falharmos... Não abrirá mão da gente.
Tenho certeza que se pudéssemos ter esse compromisso com quem cativamos pela vida, certamente todos seríamos um pouco mais saudáveis emocionalmente.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas...”
E,
um dia a corda arrebenta!
Os,
Laços, se rompem, e se desfazem!
Os NÓS, são desatados!
E,
NÓS,
Ficamos...
SÓS!
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