Poema do Jardim de William Shakespeare

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⁠⁠30 janeiro
Dia da saudade

[...] a saudade é fato! tudo passa
a alma em procissão faz despedida
e na agonia fria, repousa ali recaída
por onde, um vazio, no peito arruaça

ah! como amarga uma saudade no viver
chore! e não temas o escarpado pranto
só se tem saudade do que um dia foi prazer!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
janeiro, 2023 - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠MATÉRIA-PRIMA

Sobre a inspiração eleva cada soneto
Num operoso desígnio, do viver dado
Que dum coração o versejar é traçado
Com poético alfabeto do sentir secreto
Dentre tantos termos, um tão predileto
O do amor, rima por rima, ali realçado
Moldados com cuidado, ilusão, alado
Mas, sempre n’alma o desejo inquieto

Sobre o andaime de uma imaginação
O suposto a erguer a sensação pura
Onde o poeta: sonha, ideia, ri e sente
Criando momentos, velando ternura
Com emoção, paciência e interação...
Rudimentos, no sentimento presente

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30 janeiro, 2023, 18'42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A SENHA

Paixão, trago estes versos singelos
escritos com a minha emoção plena
E, neles, a minha inspiração serena
Duma afeição e, satisfação em elos
Trago afeto, nos sentidos paralelos
olhar, gesto, aquela carícia amena
Quero agora ter-te em poética cena
e teu corpo haurir delírios donzelos

Não vês que somos cada um verso
Cada um sentido, na estrofe imerso
insanos amantes, de digno trovador
Somos nós: juntos, leia-me, te peço
Quem mais benquererá. Confesso...
o amor, a senha, para cá eu compor

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31 janeiro, 2023, 19'10” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Bem-vindo, fevereiro. Que venha:
suave e alegre.
Bom carnaval!
Que sua folia seja a senha
de comemoração, afinal,
seriedade de março a janeiro...
Entre confete e serpentina,
que tudo seja especial.
E neste bonde, não sejamos meros passageiros...
Feliz fevereiro,
com a alegria, presencial!

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Gente que faz aniversário
em FEVEREIRO

Dia e mês que leva os anos
Nas costas, cada vez maior
Sem fronteira e sem planos
Nos males e sonhos o suor
De fevereiro a festiva data
Num rígido e reto itinerário
Afinal não é ouro nem prata
Mas é especial no calendário

Nunca se pode dar até mais
Pois veloz já é naturalmente
Venturas e os acasos são reais
Eu deixo um posposto pendente
Ficar mais velho, são fatos anuais
Ser lerdo, adia receber o presente!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 fevereiro, 2023, Araguari MG

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⁠RESSURGIR

Desmesuradamente o silêncio no verso doía
Sobre uma saudade que no peito era poente
A angústia que ao sentir não mais consumia
Rompendo e assaltando a quietude da mente
E, cá no cerrado a tarde melancólica anoitecia
E um soluço seco no vazio se fazia de repente
Escorrendo pela poesia com uma tal vertente
Emoção... e sobrepondo a noite a luz do dia

Assim, sem medida, a poética se pôs tirania
Fazendo da prosa tortura no seu conteúdo
Tentando não dizer o que fatalmente dizia
Então, o meu sentimento vagou pelo infinito
E a sensação em um rugir, num rugir mudo
Impelindo tudo, em um grito aflito, aflito grito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 fevereiro, 2023, 21’00” – Araguari, MG

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⁠ADEUS JOVEM JUVENTUDE

Adeus, ó minha jovem juventude, adeus
De algumas purezas suas terei saudade
De tantas outras, muitas, graças a Deus
Carrego na alma para toda a eternidade
Terei saudades daqueles sonhos meus:
Grandes, teimosos, cheios de liberdade
Mas lembrarei, também, dos rolos teus
Desordem, zaragata, ousada mocidade!

E o que dizer, então, da imaginação?
O tempo demorado, indo tão devagar
Tudo carregado da atraente emoção
Adeus, juventude, que não volta mais!
Adeus! Pois, no tempo, gratidão, estar
E, no percorrer, os sentidos essenciais...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 fevereiro, 2023, 20’15” – Araguari, MG

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SONETO DE CARNAVAL

Chora a cuíca, a folia se apresenta
Bate o bumbo, samba, é só alegria
A mulata desce a ladeira, sedenta
Os bate-bolas, pelas ruas, ousadia
E vem o bloco do concentra, tenta
E não sai. Cadê a viva harmonia?
Na estação de Madureira, atenta
A velha baiana, gira, gira, rodopia

É bloco pra todo lado, pierrô calado
E colombina, menina, tão cantante
E distante, feliz amante, apaixonado
Afinal! é Carnaval, delírio e poesia
Quatro dias ao figurado abraçado
Pra na quarta-feira, tirar a fantasia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 fevereiro, 2023, 15’57 – Araguari, MG
Meus antigos carnavais

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⁠CARNAVAL E POESIA

Mascarei-me de poesia
A inspiração de palhaço
Em cada verso a alegria
Nas estrofes jocoso traço
Rima em ponto de samba
De folião a prosa fantasiada
As trovas gênero de bamba
Numa tal poética encantada

Vesti-me de poema na folia
Sai no bloco da imaginação
Sambei com a arte e magia
Fevereiro, mês tão especial
Ao poeta: candência, canção
E, ritmo de poesia e carnaval...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 fevereiro, 2023, 12’42” – Araguari, MG

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⁠Fantasia de Pierrô

Com meu Pierrô apaixonado
Quero ser o mais animado
No meu bloco de carnaval
Espalhando minha alegria
Com riso solto pelo chão
Livre no meio da multidão
Mesmo tendo sofrido de amor
Neste enredo vou evitar a dor
E as lágrimas triste de um Pierrô
Se cruzar com a Colombina
Ao maestro darei propina
Pra dobrar em outra esquina
Me desviando desta menina
Animado e em outra direção
Cantando perdido no cordão
Vou no meu corso dançando
Ao ritmo alegre de tamborim
Envolto nesta folia até o fim
Na companhia do Arlequim
Então quando o sol despontar
Lá na manhã de quarta-feira
Aí sim, como verdadeiro Pierrô
Vou chorar... chorar e chorar
Não pelo amor da Colombina
Mas pela folia que acabara de findar.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Rio de Janeiro, 30/01/2008
Começa oficialmente o carnaval no Rio....

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⁠A VELHA POESIA

Modificou o tempo meu, está distante
Mas a velha poesia teima na saudade
Guardou cada rima dante e o instante
Daquele tempo, de poética felicidade
E agora, a velha poesia, claudicante
Passada... poetisa tudo sem vaidade
O sentimento, nos versos, arquejante
De tanto que penou e tanta soledade

Acho a velha poesia, então, tão igual
Mesmo envelhecida todos estes anos
Não perde aquele suspiro n’alma, real
De sensação cheia, cheia de fantasia
Ela peleja, ela nubla, tem desenganos
Mas, glorifica o amor, a velha poesia!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2023, 18’46” – Araguari, MG

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⁠Voo de um Poeta

Voa poeta!... Nas asas da inspiração
Éolo assopra-lhe o vento da impulsão
Dando-lhe atmosfera na imaginação
Voa poeta!... Em teus sonhos infinitos
Nascestes para criá-los sempre mais bonitos
Assim, compor a vida em sublimes escritos
Voa poeta!... Em suas anotações
Morfina necessária aos corações
Não estão ao solo acorrentado suas emoções
Voa poeta!... Em sua imensurável revelação
Sê de fantasia infindável, cheio de intuição
Livre no voo, a domínios não se sujeita não
Voa poeta!... Sem rumo e sem pouso
Rasgando o céu do sobrenatural, indefinidamente
Com sua linguagem que é o seu entorpecente
Voa poeta!...No profundo do seu universo
Voar só ti fará bem na criação do verso
E que teu voo seja de aplauso, de sucesso.
(aplauso, sucesso... voo do poeta).

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Rio de Janeiro, RJ - 08/12/2008, 09’44”.

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⁠Canto pra Manuela

A menina
está Manuela
tão pequenina
tão bela...

põe nos cabelos fita
seus laços
sua sainha de chita
ah! tão cheia de abraços

está menina
Manuela
guerreira, faina
brava, dá esparrela!

tão bela
tão pequenina
está Manuela
menina

para ti um canto
de doçura divina
cheia de encanto
que tua graça ilumina!

Tio/avô Luciano Spagnol
nos seus 3 aninhos
20 fevereiro, 2023 – Araguari, MG

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⁠Soneto penoso

Emoção! ao sentires a poesia pacata
O abandono duma prosa de amor
Trova que fere, canto que maltrata
É pranto que nasce de grande dor
Quando ouvires d’alma rude sonata
Rugindo de um sentimento traidor
E perceberes uma poética ingrata
Entenda, são versos dum sofredor

Cá, esconde as angústias, o tédio
Onde o coração sofre duro assédio
Do desagrado, em verso amargoso
Pois, um poema que magoa, soa
Na sensação... e o sentir atraiçoa
E, quase sempre, resiste penoso!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 outubro, 2023, 08’51” – Araguari, MG

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⁠POESIA DESFOLHADA

Ela com toda a sofrência. A dor pesada
Verso miserável, o sentimento a vincar
Contrita, suspirosa, lacrimosa, fadada
A cada árduo momento o seu poetizar
Toda sofrência... E, de alma surrada
A sensação de desamparo a fervilhar
Aflita, inquieta, trêmula, atrapalhada
O canto desentoado, põe-se a chorar

Como não sentir a este triste ensejo!
Onde outrora era prosa e doce beijo
Olhares, gestos e, a poética sincera
Tristura! Trova lastimosa, rejeitada
Hoje, nesta dura poesia desfolhada
Tal folha outonal, o amor degenera.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/10/2023, 16’10” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Adequação

Saudade! De ti o vazio que me dilacera
E, que enche a minha alma com agonia
Lágrima, suspiro, delírio e, prava apatia
Tu! sensação que rasga e a dor esmera
Versos tristes, triste e inquieta poesia
Amargura que quase envenena, hera
Daninha que prolifera, que degenera
Que emana do pesar a cruel melodia

Grande este sofrer! Descora a aurora
Suplicio, aguçado sempre, vida afora
Segue, ferindo, em carentes caminhos
Saudade! Guarda contigo está rudeza
Deixai-me o tempo com sua gentileza
Não tem glória sem coroa de espinhos!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28 outubro, 2023, 14’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠CANTAR EM VERSO

Poetar! Esquadrinhar os sentimentos
A imensidade ilusória da imaginação
O vário profundo casto da sensação
O redil duma emoção, os momentos
Poetar á luz prateada de uma paixão
Ver todos os chãos, os pensamentos
O pulsar do coração, os sacramentos
Da alma... rolada pela face do quão!

Poetar, sempre plural, de maravilhas
O teu reino das viscerais quimeras
Eras da percepção, enredadas trilhas
Poetar os confins da razão, o risonho
Agrado. Os perfumes das primaveras
A leveza do vento, na asa do sonho!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
29 outubro, 2023, 18’34” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Silêncio

Silêncio o mais rude dos tormentos
O que mais dói na emoção da gente
O que sente o vazio, tristes lamentos
A imensidão do sentimento ausente
Silêncio é viver sem os momentos
É privação, é ter uma dor ardente
Deixar-se levar pelos aflitos ventos
Da solidão, ir morrendo lentamente

O silêncio, inquieto numa despedida
É uma alvorada de clarões diversos
Um misto entre os suspiros da vida!
Ele tem tudo... reunido, e nada tem!
E não há se quer poética nos versos
Que suavize a alma, sem um porém!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 novembro, 2023, 13’03” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

REDIZENDO

... e na alma dum soneto tão descontente
exausto e esfarrapado, o versar censura.
Em uma caminhada suspirante e ardente
que o destino do sentido, então, rotura...
E agora, cá, solitário, o coração cadente,
que importa está poética que aventura?
Pois, a solidão, golpeia o peito da gente,
a paixão, banhada em lágrimas, tortura!

Assim, também, o amor, em um trajeto
sinuoso. Sem brilho do se ter completo
e ao som de árduos cânticos tristonhos...
ele dói, finca, traz tão duros embaraços
sangrando a emoção, criando cansaços.
O que um dia foi sensibilidade e sonhos.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05 novembro, 2023, 15’41” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO DE AMOR III

Um soneto de amor, enredo, acolhida
E nos gratos versos o sentimento feliz
Uma história de amor, sensação, vida
Na sedutora emoção como eu te quis!
Em cada verso um verso de destemida
Paixão. Pois, a diversa afinidade condiz
Onde deixa a alma da gente... aquecida
Uma fascinação desta atração aprendiz

Pediste, desde então és doce momento
E em nossos lábios um fiel sacramento
Em que, tão sedento, hei de mais viver!
Um soneto de amor, carregado de magia
Que só pensa em ti, e cheio de melodia
Chamando teu nome, cevando meu ser!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
06 novembro, 2023, 19’20” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

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