Poema do Jardim de William Shakespeare

Cerca de 117110 frases e pensamentos: Poema do Jardim de William Shakespeare

Dai à obra de Marta um pouco de Maria,
Dai um beijo de sol ao descuidado arbusto;
Vereis neste florir o tronco erecto e adusto,
E mais gosto achareis naquela e mais valia.
A doce mãe não perde o seu papel augusto,
Nem o lar conjugal a perfeita harmonia.
Viverão dous aonde um até ‘qui vivia,
E o trabalho haverá menos difícil custo.
Urge a vida encarar sem a mole apatia,
Ó mulher! Urge pôr no gracioso busto,
Sob o tépido seio, um coração robusto.
Nem erma escuridão, nem mal-aceso dia.
Basta um jorro de sol ao descuidado arbusto,
Basta à obra de Marta um Pouco de Maria.

Machado de Assis
Machado de Assis: obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2021.
Inserida por laurenmatta

⁠navegando nessas águas sombrias
escondem o horizonte das estrelas
não diferencio a noite mais dos dias
imenso oceano em busca de poemas

Inserida por rizdeferelas

⁠estive buscando o horizonte de seus pensamentos
pois a luz que vi em seus olhos nunca se apagou
depois de muitas tempestades continuo escrevendo
pois escrevo que o que perdura sempre é o amor

Inserida por rizdeferelas

⁠são as estrelas no céu que iluminam meu caminho
mas é o amor em meu coração que lhes dá o brilho
aqui nesta noite em alto mar, eu busco o meu destino
são as pedras do mar que fazem os versos deste livro
Livro de poesia Novos Ventos

Inserida por rizdeferelas

⁠seus sonhos se despedaçaram
como navios agora naufragados
tentaram navegar onde a luz não alcança
perderam no horizonte sua distância

Riz de Ferelas

Livro de poesia Novos Ventos

Inserida por rizdeferelas

⁠tudo que me sobra, uma lembrança distante
dias que se foram, seu sorriso no horizonte
sonhos dão força para caminhar mais um dia
amor escreve cada verso que se torna poesia

Inserida por rizdeferelas

⁠se a cada batida meu coração escrever um verso
vou te alcançar mesmo do outro lado do universo

Riz de Ferelas

Inserida por rizdeferelas

⁠ESCOBAR: E SUAS MEMÓRIAS PÓSTUMAS

O mar do Flamengo me afogou.
Capitu desaguou em lágrimas.
Betinho que nunca soube o peso de uma, pensou que havia alí algo mais.
E eu, oceano...
Só queria ser uma gota d'água nos olhos de Betinho, também.
Amei tanto a Bentinho,
Que nunca despertou ciúmes em Capitu.
(Só fui seu grande amigo)
Bentinho me amou como se fosse o último.
É tanto que via no rosto do seu filho, minha face.
Capitu com àqueles olhos de ressaca,
viu tudo, e fingia não enxergar nada.

No mais, caro leitor, Escobar afogou-se no próprio mar de desilusões.

Inserida por Machadodejesus

⁠PANTERA NEGRA


Nela tudo me encanta:
Seu caminhar sedutor, sou sua mata.
Seu sussurro feroz é como ouvir Milton Nascimento...
Seu olhar de caçadora (caçadora de mim), que não espanta a caça: só dá o bote certo.
Sua cor preta tão reluzente, que distingue em meio as tigresas.
Sua boca: que preza! Me deixa comido (mas ainda sinto fome)
Tem um bom faro,
Que me encontrou.
Eu inverti a Cadeia Alimentar:
Fui caçar a Pantera Negra.
Até o eu-lírico do Milton,
Que só falta falar a língua dos anjos, tentou resumir:

"Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu, caçador de mim"

Inserida por Machadodejesus

Os maiores vêm a frente
trazendo a cabeça erguida
E os fracos, humildemente
Vêm atrás, como na vida.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Trecho do poema A arca de Noé.

...Mais
Inserida por viviane_1

Quando a vida enfim me quiser levar
Pelo tanto que me deu
Sentir-lhe a barba me roçar
No derradeiro beijo seu
E ao sentir também sua mão vedar
Meu olhar dos olhos seus
Ouvir-lhe a voz a me embalar
Num acalanto de adeus
Dorme, meu pai sem cuidado
Dorme, que ao entardecer
Teu filho sonha acordado
Com o filho que ele quer ter.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Trecho do poema O filho que eu quero ter.

...Mais
Inserida por viviane_1

⁠Menininha do meu coração
Eu só quero você
A três palmos do chão
Menininha não cresça mais não
Fique pequenininha na minha canção
Senhorinha levada
Batendo palminha
Fingindo assustada
Do bicho-papão.

Menininha, que graça é você
Uma coisinha assim
Começando a viver
Fique assim, meu amor
Sem crescer
Porque o mundo é ruim, é ruim e você
Vai sofrer de repente
Uma desilusão
Porque a vida é somente
Teu bicho-papão.

Fique assim, fique assim
Sempre assim
E se lembre de mim
Pelas coisas que eu dei
Também não se esqueça de mim
Quando você souber enfim
De tudo o que eu amei.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema Menininha.

...Mais
Inserida por viviane_1

⁠Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac...

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema O relógio.

...Mais
Inserida por viviane_1

⁠Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando, não sei o quê.

O seu canto de repente
Faz a gente estremecer
corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah! coitadinha
Que feinha que é você.

Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder.

Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa como quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV.

Corujinha coitadinha
Que feinha que é você!

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A corujinha.

...Mais
Inserida por viviane_1

⁠As coisas devem ser bem grandes
Pra formiga pequenininha
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina.

A gota d'água, um manso lago
O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar.

O bico de pão, o Corcovado
O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A formiga.

...Mais
Inserida por viviane_1

⁠Não teve flores
Não teve velas
Não teve missa
Caixão também...
Foi enterrado
Junto à maré
Por operários
Mesmos do trem...

A flor de orvalho
Pendeu da nuvem
E pelo chão
Despetalou...
O céu ergueu
A hóstia do sol
E o mar em ondas
Se ajoelhou...

Cortejo lindo
Maior não houve
Do que o da morte
Desse amiguinho:
Iam vestidas
Com a lã das nuvens
Todas as almas
Dos carneirinhos!

Os gaturamos
Trinaram hinos
No altar esplêndido
Da madrugada;
E o vento brando
Desfeito em rimas
Foi badalando
Pelas estradas!

Vinicius de Moraes
A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1993.

Nota: Poema A morte de meu carneirinho.

...Mais
Inserida por viviane_1

⁠Buscando a Cristo
A vós correndo vou, braços sagrados,
Nessa cruz sacrossanta descobertos,
Que, para receber-me, estais abertos,
E, por não castigar-me, estais cravados.
A vós, divinos olhos, eclipsados
De tanto sangue e lágrimas abertos,
Pois, para perdoar-me, estais despertos,
E, por não condenar-me, estais fechados.
A vós, pregados pés, por não deixar-me,
A vós, sangue vertido, para ungir-me,
A vós, cabeça baixa pra chamar-me.
A vós, lado patente, quero unir-me,
A vós, cravos preciosos, quero atar-me,
Para ficar unido, atado e firme

Inserida por laurenmatta

⁠" "A superação não é a negação da queda, mas o abraço firme que damos em nossas próprias ruínas antes de reconstruir o castelo. Quem não tropeça nunca, provavelmente anda em círculos."
— Gilson de Paula Pires

(E cá entre nós: quem nunca levou um tombo digno de Oscar que atire a primeira muleta...)

Inserida por gilsondepaulapires

⁠Canção do Mar
Por Gilson de Paula Pires

Mar que dança sem cansaço,
nos compassos do arrebol,
teu azul é meu abraço,
teu rugido, meu farol.

Sal que cura velha dor,
brisa que canta esperança,
me ensinas o valor
do tempo que nunca cansa.

Nas tuas ondas me esqueço
do que o mundo fez pesar,
sou menino em recomeço,
sou silêncio a navegar.

Teu mistério me fascina,
tua fúria me seduz,
és abismo, és disciplina,
és espelho que conduz.

Oh mar, irmão dos valentes,
confidente dos sem lar,
me ensina a ser permanente
e livre como teu mar.

— Gilson de Paula Pires

Inserida por gilsondepaulapires

⁠Versos de Aventuras
Por Gilson de Paula Pires

Não nasci pra beira do rio,
sou correnteza, sou mar,
sou passo largo e desafio,
não me contento em esperar.

Carrego o vento na mente,
um mapa feito de sonhos,
e um coração que pressente
caminhos novos, tristonhos.

Cada pegada é história,
cada tropeço, lição,
a aventura é minha glória,
é fogo, é chão, é paixão.

Não busco fim nem chegada,
sou feito de ir e viver,
minha alma é sempre alada,
meu destino: acontecer.

— Gilson de Paula Pires

Inserida por gilsondepaulapires

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.

Entrar no canal do Whatsapp