Poema do Jardim de William Shakespeare

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VERBO SER

Eu sou ou vou ser?
Questão. Qual conjugação?
É ter, crescer, florecer?
Então, onde o sim e o não?
Se para ser, tem de ter!
Dói? Corrói? É bom? É triste?
Faz parte de escolher.
Ser, ter, crescer, na vida existe...
Não se pode esquecer.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
19 de março de 2018
Cerrado goiano

Velha Lágrima

Solidão. Que mágoa na aurora!
Senso ao vento, paira pelos ares
Em suspiros, lágrima que chora
De antigos e buliçosos pesares.

Pulsa uma dor, deveras se sente
É tal tristura que no peito diviso
Versos, que de teu verso ausente
Vazios poéticos do teu doce sorriso.

Ah! Por que tu assim fizesses
Meu eu dum eterno teu escravo
Se outras eram minhas preces
E com o descaso fez conchavo?

Por que então ainda insiste
Nesta trama tão alvoroçada
Como quem ama, assim, triste
E com a alma fria e calada?

Se clamo ao infinito celeste
Por um olhar manso e sensível
Por que é que não me disseste
Palavras ao coração inteligível?

Se terrível, era a dor impiedosa
Me livra desta coroa de espinho
Se bom é ter-te em verso e prosa.
Por que deserto é o nosso ninho?

Porém, melhor a outra figura
De ter a sofreça em segredo
Do que conhecer a tal ventura
E deixá-la ao leu tão cedo...

Assim, então pouco a mim seria
Em pranto a face, de sua partida
Antes os desafetos que nos alivia
Do que fuçar na aberta ferida...

Tem pena de mim! Tem pena
Desta velha lágrima. Caridade!
A paixão não me é tão pequena,
Secará. Pois tanta é a saudade...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

PRIMAVERA (soneto)

Ah! Chegou a estação da primavera
Quimera, com seu perfume multicor
Que sejamos tal. Ah! Quem nos dera,
Assim desabrochar no botão do amor!

Pelo chão musgos, nos troncos a hera
Em cada haste, a prenda do Deus cultor
Traz à poesia cor. O belo assim quisera,
E o afável em espera, cheiro acolhedor;

Cantam os pássaros, na doce aurora
O sol então suspira, e a vida ao dispor
Cada tempo, encanto, de hora em hora;

A qual a alma da terra gorjeia chão a fora.
Nasce a primavera... e neste tenro andor:
As flores diversas, ornam a variada flora...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de setembro, 2018
Domingo, Cerrado goiano

Mãe que partiu

Tanta palavra partiu com sua materna luz
Tanta dor no peito das lágrimas roladas
Hoje são lembranças eternamente amadas
De tantas distrações e aflições por ti resignadas
Tanta saudade insiste em apertar o coração
Sufocando cada pedaço que resta de emoção
Que dorme na memória recente do seu abraço
Que ainda caminha embalada por seus passos
Para aliviar o brutal rompimento deste laço
Tento buscar na ausência algo para amenizar
Mesmo na distância que nos separa imaginei
Mil formas de afeto e amor pelo vento mandar
E novamente nos seus carinhos me encontrei
Levaste pedaço de mim para a sua eternidade
Marcada com cada lágrima desta cruel realidade
Consoladas nos ombros que na vida eu cruzei
Dos meus vazios momentos que de ti lamentei
Mãe, mesmo ausente é ensinamento presente
É caminho com as suas pegadas ainda recentes
De força, ação, amor, doação, calor, confiança
Agasalhando-me com seu manto de esperança
O céu festeja sem que eu ainda seja convidado
Seu filho por ti amado exalta o dia em oração
Por gesto singelo vai a minha voz de saudação
De eterno dia das mães entre nós ou sobre nós
Nos seus conselhos de mãe recorremos a vós
Em meditação, em nossos momentos de aflição
Mãe que partiu... Sua bênção!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Rio de Janeiro
19 de dezembro de 1987
à minha mãe

MÁSCARA (soneto)

Bem sei das lágrimas na existência
Das dores ferinas no frágil coração
Onde o sangue se põe em ebulição
E a tristura traja de aflitiva aparecia

É onde borbulha em febre a emoção
Os devaneios são conflitiva essência
O peito atormentado quer clemência
E a vida chora ao se achar no chão

Nesta taça de amarga providência
O olhar no olhar, a doce compaixão
Pra ter esperança, tendo paciência

Então, da ventura fugaz, a ligação
Do amor com o amor, é sapiência
Sem máscara, pra existir a razão

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

⁠Mãe é o primeiro amor
É aquela que nunca se esgotou.

Mãe é a única flor do jardim
É aquela que exala cheiro dentro de mim.

Mãe é o aconchego do frio e calor
É aquela que abraça sem saber onde estou.

Inserida por Opoetadosertao2023

Meu jardim de saudades
Verde catedral marinha
E cuja reza caminha
Pelas roboantes naves.

Ai flores do verde pinho
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'a perderam no caminho.

Revejo-te e venho exangue,
Acolhe-me com piedade
Longo jardim da saudade
Que me puseste no sangue.

Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.

A tua alma em mim existe
E anda no aroma das flores
Que te falam dos amores
De tudo o que lindo e triste.

A tua alma com carinho
Eu guardo-a e deito-a a cantar
Das flores do verde pinho
quelas ondas do mar.

Ai flores do verde ramo
Dizei que novas sabedes
Da minha alma cujas sedes
M'alongaram do que eu amo.

Inserida por NewtonJayme

Quando eu for no meu fim
Sentiram saudade de mim:
o cerrado, o Joca, o jardim
Bagatelas
Nem dou trelas
Velarei sem velas

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Maio, 2016

Inserida por LucianoSpagnol

...O HORIZONTE É SEM FIM. ONDE PÕE A LUA A REPOUSAR. LOBEIRAS TALHAM O JARDIM DAS SAVANAS A ENFEITAR. A ARAPUÁ EM SUA CABAÇA, ORNAM O BEIRAL DO PASSADO. IPÊS EM FLOR PURA GRAÇA, DESENHAM O MEU CERRADO…

Luciano Spagnol
Poeta mineiro do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

Quem não rega o seu jardim interior
e não planta o seu canteiro com flor
emurchecido estará o lado amador...

Pois, todo afeto tem um jardim, e todo
jardim um cultivador poetando amor.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Soneto idílico

Acordar, aguar o jardim, fingir um dia
e assim inicia a melancolia e o vazio
o sol a pino, cerrado e o sonho macio
das saudades num tempo em primazia

Sim! O tempo não é sentido, é ébrio
os amores ficaram, são sem analogia
trariam o meu peito, viraram euforia
nas lágrimas algozes do olhar esquio

Tudo é efêmero no triste e na alegria
árido o sentimento e cheio de arrepio
que importa se tem saída ou portaria

E neste movimento de soltura e exílio
a magia do por do sol torna cortesia
nas palavras que cantam o meu idílio

Luciano Spagnol
05 de julho, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

JARDIM

O jardim na alma é planejado
Em projeção de afeto e amor
Cada flor e arbusto plantado
Por dentro o igual a compor

Se assim não for, imaculado
Os jardins não vão ter cor
E tão pouco um traçado...
Brotam estéreis e sem autor!

E passear neles é privado...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano
2016, dezembro

Inserida por LucianoSpagnol

Homens da Inglaterra, por que arar
para os senhores que vos mantêm na miséria?
Por que tecer com esforço e cuidado
as ricas roupas que vossos tiranos vestem?
Por que alimentar, vestir e poupar
do berço até o túmulo,
esses parasitas ingratos que
exploram vosso suor – ah, que bebem vosso sangue?

Por que, abelhas da Inglaterra, forjar
muitas armas, cadeias e açoites
para que esses vagabundos possam desperdiçar
o produto forçado de vosso trabalho?
Tendes acaso ócio, conforto, calma,
abrigo, alimento, o bálsamo gentil do amor?
Ou o que é que comprais a tal preço
com vosso sofrimento e com vosso temor?

A semente que semeais, outro colhe.
A riqueza que descobris, fica com outro.
As roupas que teceis, outro veste.
As armas que forjais, outro usa.
Semeai – mas que o tirano não colha.
Produzi riqueza – mas que o impostor não a guarde.
Tecei roupas – mas que o ocioso não as vista.
Forjai armas – que usareis em vossa defesa.

Inserida por cauech

Um dia eu hei de fazer um poema com a beleza dos teus vazios, com a incerteza triste e delicada de tua desilusão.

As rosas são o poema mais lindo da natureza. Sua poética beleza, perfuma com elegância e nobreza.

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

POEMA PARA UM BOM DIA

Um novo dia vai se formando
É o raiar do sol num novo amanhecer
Que a gratidão e alegria estejam no comando
Pois é a vida nos convidando pra viver...

Luciano Spagnol
Cerrado goiano

um poema à hora do almoço

um poema à hora do almoço
degustado na inspiração

rezo o Pai Nosso,
em gratidão
e neste esboço
um poema na refeição

mastigado entre folhas
arroz e feijão
rimas nas escolhas

agrião
alface
almeirão

servido com vinho de classe
é hora do almoço
o pensamento na sua direção...
alvoroço.

prato pela metade
mastigação
ansiedade

chega sobremesa na opção,
não
somente o café.

e a conta!

afinal de conta
o coração
pensa em você!

agitado pra te ver.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2018, 12’00”
Cerrado goiano

POEMA EM SILÊNCIO (soneto)

Meu verso está amordaçado
As palavras dentro da vidraça
Represadas e tão sem graça
Estou calado, o poetar calado

Inspiração diluída na fumaça
O vazio estridente e arestado
Ácido em um limo agargalado
Inebriando tal qual cachaça

Meu pensamento está suado
Ofertado como fel numa taça
E na solidão, então, enjaulado

O poema em silêncio, bagaça
Oh! Túrgido sossego enfado
Diz nada, só tira a mordaça...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

tRECHO DE: UM POEMA DE AMOR"

Ah! Como eu queria que pudesse, mesmo que baixinho, e nem que fosse uma única vez, chamar-me de papai, mas se não consegue, não importa. O importante é que, apesar do seu silêncio, eu consigo escutar um voz mais baixa que o pensamento, me chamar.
Eu queria tanto que pudesse entender as estórias que lhe conto quando estamos sozinhos, ou que pudesse pedir-me para cantar uma canção de ninar para lhe fazer dormir, nas noites quando acorda sem sono. Talvez até queira e não consegue, mas não importa. O importante é que continuo a contar-lhe estórias e a fazer-lhe poesias, pois sei que um dia irá lê-las, então, se hoje elas falam de você para o mundo, amanhã falarão de mim para você.
Te amo, minha filha.
É impossível existir tanto amor e tanta felicidade, e no entanto existe. E o que eu posso querer mais ?
*****************************
Transcrito do livro : “O Diário de Déborah” Autor : Vaumirtes Freire
E-Mail= vaumirtes@GMAIL.COM

Inserida por vaumirtes

⁠Poema: Uma Oração ao Senhor

Senhor... Luz que rompe a escuridão
Mão que nos ergue do chão.

Senhor... Água abundante no deserto
Olhos que nunca saem de perto.

Senhor... Fogo que aquece os corações
Abraço que agasalha nas aflições.

Senhor... Amor que cuida da gente
Pai que sempre se faz presente.

Inserida por Opoetadosertao2023

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