Poema dentro e Fora
VECCHIO POEMA
Amor medido, eternamente
Se dentro vive, comedido
Explode um dia certamente
Não mais sós, mas repartido
Nos tantos presságios, a mente
No constantemente é ungido
Sente-se frágil, estranhamente
No ato de se querer admitido
Sem eira nem beira, facilmente
O vecchio amor, de novo indo
De novo vindo, rapidamente
Como se não fosse ferindo
Ah! Se abarcasse unicamente
Um amar, com ele teria partido
Num vecchio poema, sutilmente
Assim escrito, e o teria vivido!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Poema
A realidade do que eu tenho, do que eu sou, dentro de onde estou,
A busca, o mérito,
Onde a necessidade da validação é a regra social atualizada de uma discursão,
“Você será, você fará, e você terá,”
um tesouro fácil de se encontrar,
encontrado aqui, acolá,
Dentro de um oceano de rostos, nomes, e de quadros sem pintar,
de olhares que verdadeiramente não vê,
A busca constantemente da validação, da aceitação,
Um singelo presente de ilusão, que te coloca em um mundo de escravidão,
De gritos silenciosos, que ecoa na multidão,
na alma vazia dentro da escuridão
Afinal, ser você mesmo, te revelara a reprovação,
De um ser pleno dentro de um calabouço de opinião,
Mas quando encontramos o alguém?
Que sente, vê e entende
Te validara de uma maneira crescente,
Sem se importar com aparência, status, dinheiro, fama,
aceitação ou drama,
de uma forma decente,
Mas pela essência real humana,
Seres libres de Coração puro, emocionados,
Livre para amar e ser amados,
Sim! a validação humana é um azeite caro, más e perigoso,
Um conforto que acalma a alma, que a faz sorrir de novo,
um lembrete de que não estamos sozinhos,
Que possuem muitos espectadores,
para provar que a nossa existência tem um valor,
um sentido,
Más que não sabe diferenciar,
entre o preço, e o valor de amar,
entre valor e o valorar,
Então, essas conexões profundas, nos fazem sentir vivos,
e não nos deixar escapar,
É um tesouro caro,
mas que vale a pena guardar?
Talvez!
Para saber onde ir e onde ficar,
Más tenha muito cuidado!
É preciso saber diferenciar,
a Validação não é validar!
At. JR.Gonçalves
Se Pudesse Estar Dentro do Poema
Se pudesse estar dentro do poema
apagaria a vegetação rochosa
que alimenta o meu caminho.
Ouviria a canção anárquica do vento
a soletrar o íntimo alecrim dos versos.
Se pudesse estar dentro do poema
inalaria os reflexos do teu perfume
esquecidos na polpa estanhada do luar.
Dedilharia os acordes derramados do mar
no solfejo telúrico das aves.
Se pudesse estar dentro do poema
naufragaria nos porosos cristais da tua pele
beijaria o subúrbio umbilical das tuas palavras.
Resvalaria no declive das diluídas metáforas
e não seria o que sou: um poeta sem poema.
Quando se coloca
carinho no poema
e dentro do ninho
ele acaba virando
por neologismo
um lindo "poeninho",
você goste ou não:
(Todo poema dentro
do ninho sempre
será um "poeninho").
Poema - Mães
Durante a gravidez
Os nove meses
Dentro da barriga
Um cordão que liga
Até o dia do parto
O útero é deixado.
Primeiros dias
Carinho e companhia
Necessita de atenção
Uma boa alimentação
Fraldas, cuidados e descanso
É normal sentir sono.
Mais grandinho
Mostrar os caminhos
Com os ensinamentos
Entendendo o desenvolvimento
Da sequência
De criança até á adolescência.
Desde do útero
Até virar adulto
No progresso de crescer
Sempre esteve com você
Elas sempre nos acompanhe
Assim são às mães.
Poema - CoNfUsO
Às vezes me sinto confuso
Acho que falta um parafuso
Dentro da cabeça
Tem dia que estou na tristeza
No outro já me sinto feliz
Muitas coisas erradas já fiz
Também há muitas coisas boas
Sinto saudades de algumas pessoas
Mas tem horas que prefiro ficar sozinho
Perdido no meio do caminho
Tem que saber com quem se anda
Mas às vezes nem adianta
E quem é quem?
Já não sei também
Decepção não tem nome
Maldito homem que confia no homem
Porém a vida é uma caixa de surpresa
Tipo uma carta escondida embaixo da mesa
Qualquer momento pode chegar
Se a vida é um jogo então vamos jogar.
A eflorescência da Piúva-preta
escreve dentro dos meus olhos
mais de um poema
feito de Versos Intimistas,
amor e paixão,
Porque levo o Mato Grosso do Sul
no fundo do meu coração.
o poema
é pequeno
e cabe na mão
no coração,
no livro
dentro do bolso
na mente,
o poema é livre
e anda por onde quiser!
Reinventam os relógios,
a forma de adorar o tempo
Reinventam os segundos,
os minutos e as horas
E cabe tudo dentro de uma mala, lá fora
Se eles são tão experts em florestas
Cadê a Amazônia deles?
Se a Amazônia é o pulmão do mundo,
Cadê as outras parte?
Ou mundo vive apenas com o pulmão?
Ou é somente isso que resta de tudo o que já foi destruído por eles?
Eis a questão!
"Miinha bagunça mora aquii dentro, pensamentos entram e saem, nunca seii aonde foi parar! Mas uma coiisa eu diigo: eu não paro! Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta. Seii aonde quero chegar, mesmo sem saber como.
E vou! Sempre me pergunto quanto falta, se tá perto, com que letra começa, se vaii ter fiim, se vaii dar certo. Sempre pergunto se tu tá feliiz, se eu tô boniita, se eu vou ganhar estreliinha, seu eu posso te levar pra casa, se eu posso te levar pra mim!"
Quero escrever o borrão vermelho de sangue com as gotas e coágulos pingando de dentro para dentro. Quero escrever amarelo-ouro com raios de translucidez. Que não me entendam pouco-se-me-dá. Nada tenho a perder. Jogo tudo na violência que sempre me povoou, o grito áspero e agudo e prolongado, o grito que eu, por falso respeito humano, não dei. Mas aqui vai o meu berro me rasgando as profundas entranhas de onde brota o estertor ambicionado. Quero abarcar o mundo com o terremoto causado pelo grito.
O clímax de minha vida será a morte.
Quero escrever noções sem o uso abusivo da palavra. Só me resta ficar nua: nada tenho mais a perder.
Deus é uno. Ele não está jamais, como pesam alguns, fora do mundo, mas sim totalmente no mundo inteiro. Deus está no Universo e o Universo está em Deus. O Mundo e Deus não são mais que uma unidade.
Porque quando fecho os olhos, é você quem eu vejo; aos lados, em cima, embaixo, por fora e por dentro de mim. É você quem sorri, morde o lábio, fala grosso, conta histórias, me tira do sério, faz ares de palhaço, pinta segredos, ilumina o corredor por onde passo todos os dias. É agora que quero dividir maçãs, achar o fim do arco-íris, pisar sobre estrelas e acordar serena. É para já que preciso contar as descobertas, alisar seu peito, preparar uma massa, sentir seus cílios. Não quero saber de medo, paciência, tempo que vai chegar. Não negue, apareça. Seja forte. Porque é preciso coragem para me arriscar num futuro incerto. Não posso esperar. Tenho tudo pronto dentro de mim e uma alma que só sabe viver presentes. Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados. É preciso que você venha nesse exato momento. Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos e chocolates. Apague minhas interrogações.
Tudo o que gosto tem sabor de pecado, é feio, censurado, imoral, fora da Lei, engorda e faz mal pra saúde...
As oportunidades estão lá fora, coloque a mochila nas costas, se for pra dar certo, é agora. Um dia alguém me disse que eu não era um rei, por um segundo eu quase acreditei.