Poema de Paixão
O POUCO ME CONTENTA
Nunca em toda minha vida me senti atraído por ostentações. O pouco, sempre me contentou. Não que eu não goste de possuir aquilo que possa ser imprescindível a uma pessoa normal. Um teto, um carro popular, um bom perfume, algumas vestes para uma ocasião apropriada, e outros bens de consumo que nos dias atuais são indispensáveis. E pra mim basta...!
Não costumo seguir modismos. Na minha vida sempre reneguei coisas desnecessárias. Pela ilusão da riqueza nunca deixei me levar...
Procuro sempre antes de adquirir um objeto de valor fazer uma análise se aquilo é ou não importante o suficiente pra que eu possa finalmente adquiri-lo.
Sempre preferi aproveitar a real 'riqueza da vida', explorando-a de forma simples, alegre e satisfatória ao meu viver.
Pois, acredito plenamente que, aí encontra-se o verdadeiro significado da vida. Porque a vida é feita de momentos. Se analisarmos por um instante, perceberemos que é justamente nesses momentos de total descontração e alegria que sofremos menos angústias, menos aperreios, sequer lembramos de problemas, porque na verdade todos nós por conta das vaidades é que criamos problemas imaginários, problemas que nos remetem a sermos mais mesquinhos, menos humanos.
Aprendi desde cedo a contemplar os amanheceres; aprendi também que a natureza é o nosso bem maior. Fui aprendendo a cada dia que é com pés descalços que andamos melhor, que é com o sorriso nos rostos que nos tornamos mais bonitos. E que principalmente, o mais importante de tudo na vida, é vivermos o momento, e o quanto melhor tirarmos proveito dessas ocasiões, desses momentos, mais felizes seremos.
E HOJE, O POUCO ME CONTENTA
E Hoje
o pouco me contenta!
Porque quando tive muito...
faltou-me o primordial
sobrando-me alegrias
transitórias, passageiras
maneiras vis, desregradas
sentimentos controversos.
Aí, num estalo genial
refiz minhas fantasias
doando-me à boa sementeira
uma ótima razão imputada
pra ascensão do meu verso.
'OUTUBRO'
Há multidões em ruas coloridas,
betumes.
Fogos e tantos fungicidas,
artifícios.
Representa-se 'partidos',
'fatias'.
Céus de esperanças,
exageradas mudanças...
País de adornos,
adereços desabrasileirados.
Ilusão paraense,
paulistano,
nordestino.
Covis Inter-raciais disputando palanques,
qualidades,
personagens,
discursos.
Mistura embaída,
bandeiras coloridas...
Subsiste-se eloquente até a data prevista.
Impetuosos nas pranchas de sonhos,
anseios.
Todavia,
são balões que esvai-se no espaço.
Tácitos desesperados,
agora desalentos,
brasileiros,
utopias...
'FALANDO DE AMOR...'
És sublime,
tornando-te árvores de ambições,
sensações,
almas.
Metamorfose na rotina infindável.
Chama nas incontáveis tempestades,
magias...
Custoso falar de amor.
Centenas de ramificações,
definições.
Como expressar o que tentamos definir por toda uma vida?
Inacabável na alma,
incitando poetas,
artigos,
poesias...
'SER...'
Sou rima,
lençol,
pecado...
Semente esparramado,
seca,
freático...
Soldado ferido,
insensato,
solitário...
Calabouço,
místico,
para-raios...
Perdido em multidões,
nuvens,
bárbaros...
Embatucado,
solstício,
açoitado...
Sou pedras,
lanças,
armaduras...
Loucuras,
ferraduras,
homem de aço...
'SOMOS ARTISTAS...'
A vida pendurada na janela.
Avenidas em molduras,
martelos.
Antes a paisagem fosse risonha,
cantada à beira-mar,
neblinas suaves,
amplificadas.
A vida sempre ecoa,
mistérios,
limoeiros,
marteladas...
Pequenos e grandes passos se vão,
agora nevoeiros,
escadarias.
Matéria diluída,
sem paradeiro,
saguão.
Deixar-nos-emos saudades.
Eis o retrato da vida:
passageiro como trem!
Bela arte,
invenção...
'HIPERTEXTO'
Absorvo cliques secretos,
cursor entre páginas,
colunas.
Anônimo sem eco.
Virtual,
visceral,
subscrito...
Ausento realces,
linhas,
endereços.
Incógnito 'fontes',
cobertores,
diálogos.
Plagio códigos,
bibliotecas...
Ratifico o abandono,
trilho embaraçado.
Invento faces,
ego gelado.
Sou impressão nos dias de chuva,
'Web matéria',
punhados de agravos...
'JOSÉ ERA SINOPSE'
José era sinopse,
linhas vazias,
extinção.
Apanhara estrelas,
sonhos avulsos.
Jogara com o destino.
Equilibrou partidas.
Abandonou-as.
Caiu,
levantou-se...
José era sinopse
Imbuíra melancólicas pressuposições,
caminhos tortuosos,
veredas.
Correra de encontro aos ventos,
equilibrando-se em cordas,
fumaredas.
Sem orações,
abraços,
ou reiterações...
José era sinopse,
mas transformou-se é compêndio,
documentários.
Fixou amor,
caracteres,
permanência.
Redige a própria história.
Com seus conglomerados temas,
tenta haurir reflexões,
escrever trajetórias,
poemas...
'ANO POLÍTICO'
Tempo de cidadania,
dos indecentes.
Das escolhas dos representantes,
do 'NADA SERÁ COMO ANTES'.
Dos reflexos que não mudam,
mudas que não brotam em meio a tantos fertilizantes,
terra boa para plantar,
cultivar...
Elegemos nossos reflexos.
Elegantes estampados na tribuna,
triunfantes.
Roedores sem identidade?
Que nada!
Fazemos parte!
Há muito da nossa cultura no palanque,
cultura irritante...
É também o ano das equivalências,
cidadãos plantando esperanças em meio ao sol.
Dos que tentam transformar o desequilíbrio das formas.
O céu não transmudará repentinamente,
já é tarde!
Esperarmo-lo ei há tantos anos.
A 'identidade' já estar enraizada em naufrágios,
sufrágios,
símbolos covardes...
'DECODIFICAR'
Nas margens do rio Tapajós,
na ribanceira,
a casa de taipa,
coberta de palha e uma paisagem deslumbrante à frente.
O rio enorme provocara admiração.
As casas eram próximas uma das outras.
O acesso dava-se por uma trilha,
onde,
na escuridão,
dificilmente se saía dele...
Nas noites de lua cheia,
sempre nos reuníamos,
sentados à frente da paisagem para ovacionar aqueles reflexos que batia na face.
O retrato ainda é real e intrigante.
Sentados em 'rodas',
ficávamos a cantar em coro com a ajuda de um velho violão abatido.
Nas tardes frias e cinzentas,
gostávamos do frescor dos ventos.
Eles falavam uma linguagem que só agora,
depois de muito tempo,
começamos a decodificar....
Decepção de verdade é perceber que você se apaixonou pela forma como via uma pessoa e não pelo que ela realmente é.
É estar perdidamente apaixonado por alguém que só existe nas suas projeções...
Só ela
Tão bela,as vezes fera
Sem querer,deixa de fazer
ou faz algo não muito bom
que maltrata meu coração
Um jeito leve e sereno
Como uma pétala de margarida
Tão criança como Emília
Mas tão madura quanto Meireles
Um carinho fofinho
Um ciúme doentio,mas até esqueço
Quando ganho mil beijinhos.
Diga-me
-Não fica triste, por favor.
-O que você quer que eu diga?
Ficaram calados por um momento.
E então ela disse;
-Eu gosto de você, como um amigo.
Ele olha para ela e diz com um sorriso triste:
-Mas eu não.
Coração Apaixonado
Meu pensamento outra vez,
Buscando encontrar um lugar,
Suplicando de sua sensatez,
Para do meu peito ceivar.
A dor intensa e radiante,
Que não sei como explicar,
Por este sofrimento constante,
Que não quer me abandonar.
Dizem que o coração não dói,
Mas controvérsias eu sinto,
Por sentir uma dor que corrói,
Acredite, pois eu não minto.
Fala se muito em taquicardia,
Ou da famosa dor da angina,
Pode ser uma simples mialgia,
Ou a saudade daquela mina.
Talvez seja tu a esperança,
Que vive em meu pensamento,
Que me trará a segurança,
E me libertará desse sofrimento.
Du’Art 24 / 09 / 2016
Amor.
Os erros acontecem todo dia.
De manhã, na broma, na galhardia.
Acontece não por característica;
Enaltece o envolvimento, que te acorda meio dia.
Vive a espreita, sorrateiro, na comodidade;
Leva ao inferno, trás a realidade.
Os erros assombram, temerizam, entristecem.
Se tornam penitência, pungimento, remorso.
Se faz fel, ardume, rancor.
Agoniza sentimentos, lembranças, monumento.
O dia é um adimplemento.
E se tudo isso serve de preenchimento;
Não seria tudo isso a variação de um único sentimento?
Raiva, Saudade, Rancor, Desprezo, no fundo, é tudo um único sofrimento, que desboca num momento e deságua entristecendo seu único fundamento.
AMOR!
Me visitou.
Novamente a morte me visitou,
A morte fantasiada de sentimento.
Loucura, amor, paixão, clausura.
A morte que sufoca,
faz perder os sentidos.
A morte que embriaga,
consome lentamente e confunde.
Novamente a morte me visitou,
novamente a morte me iludiu,
novamente a morte me transformou.
A morte fantasiada de amor me visitou mais uma vez.
Mais uma vez me deixei levar ao sono profundo,
a tristeza abstrata que interrompe os sentidos,
a falta de ar que alucina.
Mais uma vez a morte me visitou,
mais uma vez fez meu coração parar
mais uma vez me fez sentir
buscando a esperança de amor mortal.
Novamente, mais uma vez, de novo.
O amor novamente me matou.
A morte me visitou mais uma vez,
no dia em que conheci você,
a morte novamente me visitou.
Ser músico é
Dar um pouco de si
Demonstrar a sua fé
E amar o que faz
É construir melodias
Levando a alegria
E proporcionando a paz
É acordar sorrindo
E viver construindo
Um mundo melhor
É acreditar no que faz
É lutar pela paz
E demonstrar o seu melhor
Um olhar fez me derreter
Ai de mim de poder te ter
Como posso sentir saudades do que nunca vivi
Se dentro de mim arde à chama só de pensar em ti
Nos momentos em que esvaecia tua presença
Procurava – te no meu próprio devaneio
E a vontade de abraçar e no contato a esperança
Um afago toque dos seus beijos anseio
Sentindo as luzes resplandecendo o meu querer
Invejava o sol por poder te aquecer
Meu corpo vibra a cada movimento seu
Só espero um dia poder me entregar
Para algo que possa ser meu
Neste delirante ato de amar
Serei para sempre teu
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