Poema de Paixão
"Há dias que vem e não deveriam ficar.
Há dias que vão e deveriam, para sempre, continuar.
Quando 'cê me vem, me sobra nada e até me falta o ar.
Sua presença me faz sobrar a paixão, só o amar.
Fito seus olhos, me pego com o coração, à palpitar.
Desejo te abraçar.
No teu beijo, me adoçar.
No doce da voz, me deliciar.
Quisera eu, não te sonhar.
Nessa paixão, não me aprisionar.
Você é o meu Sol, quiçá o meu luar.
És meu rio, o meu mar.
Na imensidão da tua alma, eu hei de me afogar.
Infelizmente os dias de saudade vem, mas não deveriam ficar..."
"Por você, fui do céu ao inferno, não por mim.
Por você, por vezes, fui demônio, arcanjo, Querubim.
Por você já fui início e hoje sou fim.
Por você, ao mundo, fui um não e para ti, um sonoro sim.
Por você, tentei ser bom, eu hoje, à todos, sou ruim.
Como sempre, vivo por você, não por mim.
No início do meu amor, reside o início do meu fim..."
"Em suas tempestades fui arco-íris e você foi-me apenas um céu gris.
Eu que sempre fiz suas vontades, abdiquei das coisas que eu sempre quis.
Minha felicidade, só existe no teu riso feliz.
Por vezes sua felicidade me fez infeliz.
Não entendo o que sinto e você não tem pudor no que diz.
Cada palavra proferida por você, constrói um castelo de areia nos sonhos de um tolo infeliz.
Nos tristes capítulos da minha vida, achei que você colocaria um fim, mas de tais capítulos, você foi só mais um adir.
Com seus sentimentos, suas ações, não condiz.
Nas minhas verdades, sou infeliz.
Nas suas ilusões, feliz.
Pra tê-la comigo, o que eu podia, eu fiz.
Meu amor é Sol, céu azul; sua indiferença, só mais um céu, gris..."
"A liberdade me atenta, com doçura me cerca.
Zomba dos meus grilhões, me olha através das barras de uma cela.
Zomba do tolo, que se aprisionou no amor, nas juras, nas falácias dela.
No fim, não existia magia nas estrelas cadentes, eram só pedras.
Roguei ao brilho, para me fazer estar junto dela.
A paixão, inspira parvos devaneios e certezas sobre coisa incertas.
A paixão é o flagelo dos poetas.
A felicidade mora nos lábios dela.
Templo de perdição, onde o meu eu, incompleto, se completa.
Já é tarde, acabou nosso tempo, me cansei das batalhas, perdi essa guerra.
Um clima lúgubre, tomou conta de nós, logo nós, que éramos festa.
Prisioneiro do seu amor, vem a liberdade e me atenta e com doçura me cerca.
E novamente, derrotado, não evito tais mazelas..."
Eu quero te levar pr'um universo paralelo
Com as plantas mais lindas, lugares tão belos
Paisagens e cores, sorrisos sinceros
Palmas
Palmas que se dobram
Das lindas Palmeiras beira mar,
A ela aprendi a amar...
A Rosa dos ventos vem me tocar
Com brisa suave de um pensamento
Que hoje não lhe ouso revelar...
São ventos do leste que chegam ao oeste,
Se unem aos ventos do norte e partem
Levando o meu coração para o sul.
Palmas e palmeiras,
Ventos que sopram em todas as direções,
Agitam as ondas do mar e me põe a pensar.
O vento desta Rosa já vem me tocar
Dobra-me de novo pra nela pensar...
Edney Valentim Araújo
1994...
Se for pra amar, amar-te-ei como a poesia que me adoça os sentidos e me faz viajar num voo subjetivo e singular, na maravilhosa capacidade de reverter em encantos a triste realidade dos vazios dias sem rimas.
Se for pra amar, amar-te-ei como a poesia que me faz sair de mim todas às vezes que me adentro nos sentidos da paixão e me faz enxergar os motivos desse sentimento que carrego no peito.
É desse jeito que os amores nascem: com os versos soltos de um olhar, com os silêncios que falam através da retórica exacerbada do sentir, na permuta dos toques imaginários, que vão além do presente.
Porque se for pra te amar, amar-te-ei só se for assim, com a febre dos poetas, com essa paixão que me completa, lírica, rítmica, aquecida e jamais esquecida, ainda que nunca vivida por nós em vida.
Pois, se for pra te amar, é do calor da poesia que me traz o melhor de ti; toda calma, toda sorte, toda reza, sem por um instante olvidar que é da tinta que desenha os poemas da tua pele sobre mim, onde a inspiração anseia mais do que o teu nome, e te infinita em mim num suspiro despertar.
Eu não sei como é que eu fui me apaixonar
Por uma pessoa assim tão singular
Que nunca somou em nada e todo mundo me avisava
Metade de mim
Encontrei-te em mim
Como um dia eu a quis,
Dona do mundo
Que eu sonhava em mim...
Tu te achavas oculta
Em meu mundo imperfeito sem ti,
Até que moldou de amor
A terra vazia em mim.
Montanhas e vales,
Verde campinas,
Colinas de amores perdidos...
Mas, por teu calor, meu coração se inclina.
Quem fez de você metade de mim
Sabia de um mundo que nunca tem fim...
Edney Valentim Araújo
1994...
Só a flagrância
O que eu faço desta “Rosa”?
Que se prende entre espinhos,
Mas não perde o meu carinho...
Toda flor tem seu perfume,
Mesmo a “Rosa” com espinhos
Tem o cheiro do amor...
Se me fosse o coração
O jardim de minha amada
Seria minha vida mais feliz e perfumada...
Mas hoje em mim só resta o cheiro
Da flagrância desse amor
Que faz dela a minha amada...
Edney Valentim Araújo
1994...
17, 20 ou 43
Estou vivendo este encanto
Que me fizestes despertar por ti...
São dias que não tem mais fim
De um querer-te sempre em mim.
A vida passa alheira a nós dois
Sem que todo o meu amor
Lhe toque intacto coração...
Só me resta amargar a solidão.
Mas de tudo que o tempo
Ousou negar nos entregar,
Meu coração
Nunca deixou de te amar...
17, 20 ou 43...
O tempo passa,
E mais e mais
Me faz amar você....
Edney Valentim Araújo
1994...
Passeia e vagueia
Os ventos que te tocam
Me trazem o teu perfume,
Feito a brisa tão suave
Que eu desejo respirar...
Perde o brilho a estrela já poente
Pra cortejar-te entre todas a passar...
Vem lua minha!!!
Apressa-te a chegar...
Majestosa lua que reina...
Minha linda e meiga menina!!!
Que de noite passeia e vagueia
No coração que só sabe te amar.
Edney Valentim Araújo
1994...
Feche os olhos
Hoje eu não quero que você diga coisa alguma
Não quero ouvir nada além dos gemidos
E dos suspiros teus
Eu poderia passar a eternidade em teus beijos
Mas não quero esperar mais nem um segundo
Para ter você pra mim
Se você colocar a mão em meu peito
Poderá sentir a minha alma ardendo de desejo por você
E eu sei que você é pura chama
Por isso feche os olhos…
Não se mova se eu não te tocar
Você não irá a lugar algum antes de eu amar você
Não pense em absolutamente nada
Apenas deixe-se ficar aqui
Deixe-se entregar para mim
Porque eu já sou completamente teu…
E, não, eu não quero ouvir você dizer coisa alguma
Uma noite é sempre muito curta
Para um homem e uma mulher que se amam
Por isso feche os olhos
Devemos nos amar, somente.
Não,
definitivamente, eu não sou o tipo de cara carinhoso na cama.
O melhor que posso fazer
é te surrar de leve, bebê.
= Será que pode ser assim?...
Mãe
Com dores e lágrimas
Me recebeste pra ti,
Esperaste tanto por mim
Sem saber quem eu era.
Por um tempo eu fui o teu sonho,
Por outro tempo
A angustia e aflição da espera,
Mas não me tiraste do teu coração.
De onde eu vim não me lembro,
Mas não me esqueço
Dos teus braços abertos para mim...
Um pouco te ti sempre vive em mim.
Reservaste para mim o melhor de ti,
Nunca será de mais ninguém
O lugar que me deste em teu coração...
Uma eterna criança
Da mãe que não deixa de amar...
Edney Valentim Araújo
" Precisamos assumir nossos vazios
nossas horas de abandono
nossos medos
e numa lucidez perfeita, evocar a verdade
assumi-la como deve ser
todos precisam aprender alguma coisa
sem isso a humanidade será cada vez mais perversa
egoísta
plena de desejos,
porém fútil em termos de sabedoria...
Que seja assim
Que bom,
Que só se entrega o coração
A um único amor...
Outro amor é “saudade” de passagem
Sem lugar par se abrigar...
Que bom,
Que não há quem possa
Lutar eternamente contra o amor...
Só se vence essa batalha
Ao se render e se entregar.
Que bom,
Que o amor é a afeição
De quem se apega com o apreço
A quem se doa sem cobrar...
É um tesouro inestimável a se cuidar.
Que bom,
Que o amor é abstrato e informe
Na mais concreta expressão
De dar-se a si mesmo a alguém
Sem se conter de se entregar...
Que bom,
Que o amor é a arte bruta
Posta as mãos do artesão
Pra entalhar os sentimentos
Do amor que idealiza.
Que bom,
Que bom que seja assim
As muitas formas de se amar...
Porque assim, Inexiste quem não ama,
Como não há quem não possa ser amado por alguém...
Edney Valentim Araújo
1994...
Confusões
A solidão, nua e crua
A complexidade, minha e sua
A vida sem filtro
Sem ninguém pra perguntar
Sem ninguém pra se importar
A tristeza de perder
O choro por não ter
Poucos assumem
Que essa é a graça de viver
A alegria de ganhar!
Um sorriso de momento
São coisas passageiras
Que habitam no pensamento
A cada dia que passa
Uma cadeira fixa na calçada
Mostra a tênue beleza
Das confusões de uma vida passada
Meu Singelo Coração
Nas belezas de teu viver
Deixei o meu sofrer
Ouvir a tua voz doce
É como um jardim ao amanhecer
Tu tens no sorriso
A alegria de que preciso
Um dia sem vê-la
É como um dia não vivido
Tu, ó minha amada
És gotas de orvalho em terra seca
És brado de alegria em meio a tristeza
És força nos ossos de minha fraqueza
Tu mereces o melhor de mim
Pois tu és a minha conjuração
Não sou dono de muitas riquezas
Mais te dou a única que tenho
O meu singelo coração
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