Poema de Pablo Neruda Crepusculario

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⁠O oceano

Vivido brilho azul intenso
Em ti nasce e morre um Sol extenso;
Lindas são as tuas ondas
E mansos são os teus segredos;
Na imensidão das profundezas
Por onde andas os teus desejos;
Salgadas são as tuas águas
Doces são os teus manejos;
Sempre belo azul celeste
Na minha vista sempre o perco.


Carlos Mandetta

Inserida por CarlosMandetta

Gabriela

Foi lá que eu achei.
Foi lá que achei ela.
Foi lá que conheci, Gabriela.
Embora não seja minha.
Para sempre serei dela.
Justamente por não ser minha.
Eu a terei para sempre bela.
Minha bela, Gabriela.

Inserida por Obiservador

ESTAMOS REALMENTE FRIOS

Os Jogadores de Bilhar.
ete no Pá de Ouro.

Nós estamos realmente frios. Nós
Fugimos da escola. Nós

Ficamos escondidos até tarde. Nós
Damos golpes certeiros. Nós

Cantamos o pecado. Nós
Diluímos o gin. Nós
Brincamos com June. Nós
Morremos Cedo.

Gwendolyn Brooks

Nota: Tradução Carlos Daghlian

Torturas

Nada mudou.
O corpo sente dor,
necessita comer, respirar e dormir,
tem a pele tenra e logo abaixo sangue,
tem uma boa reserva de unhas e dentes,
ossos frágeis, juntas alongáveis.
Nas torturas leva-se tudo isso em conta.

Nada mudou.
Treme o corpo como tremia
antes de se fundar Roma e depois de fundada,
no século XX antes e depois de Cristo,
as torturas são como eram, só a terra encolheu
e o que quer que se passe parecer ser na porta ao lado .

Nada mudou.
Só chegou mais gente,
e às velhas culpas se juntaram novas,
reais, impostas, momentâneas, inexistentes,
mas o grito com que o corpo responde por elas
foi, é e será o grito da inocência
segundo a escala e registro sempiternos

É, outrossim da solidão
A solitude companheira
Sempre cheia de reflexão
E distante da barulheira

Solitude se torna solidão
quando não tem conclusão
Reflexões transvertem em ociosidade
Perdura-se o eco sem reversibilidade.⁠

Inserida por Currs

O amor é incompreensível,
Mas é concebível.
Em vão é compreendê-lo,
Apenas ame.

Inserida por Currs

Procissão a esmo

Vejo os seguidores e vou junto.
Não pergunto do que se trata.
Apenas sigo os passos.
A quem eu sigo?
E o que eu persigo
Nesta procissão a esmo?

Inserida por poetamarcosfernandes

INSACIÁVEL FOME

A poesia é o grito
Que me sobra
E a insaciável fome
Que me assola.


@poetamarcosfernandes

Inserida por poetamarcosfernandes

Reflexões sobre o ocaso III

O que dirão os futuros vermes
Que hão de comer minha matéria?
O que dirão a respeito do que lhes espera?
Ficarão satisfeitos com tanta podridão?
Eu estou longe de ser imaculado. ⁠

Inserida por poetamarcosfernandes

Reflexões sobre o ocaso IV

O que me sobra
Ao fim da caminhada?
Um punhado de terra
E ser comida de bactérias. ⁠

Inserida por poetamarcosfernandes

⁠Reflexões sobre o ocaso V
A sensação de chegar ao topo
É desanimadora.
Cheguei até aqui para nada?
Qual é a minha recompensa?
Eu não sou o vencedor?

Inserida por poetamarcosfernandes

⁠Marcha fúnebre

Quem será o responsável
Pelo meu olhar acabrunhado?
Quem carregará
O fardo de puxar o gatilho?
Quem vai embalsamar
O meu corpo para a hora da partida?
Quem trará uma lágrima,
Ao menos uma, para o meu funeral?
Quem?

Inserida por poetamarcosfernandes

⁠Eu, que guardei tantas dores,
Acumulei desilusões
E chorei tantos dissabores,
Agora sei rir sem motivo aparente.
Tudo que sofri acabou com apenas um toque.
Vi que toda névoa se dissipou
E agora tudo faz sentido.

Inserida por poetamarcosfernandes

⁠Nada de útil faço,
senão escrever—
e o faço à custa
do meu próprio sofrer.

Inserida por ollyescritos

⁠Me sinto leve feito uma pena que se soltou de um pássaro em seu voo mais alto.
Estou no ar, na minha, na sua, na nossa!

Estou flutuando sem um ponto de chegada, a felicidade está na jornada!

Inserida por alyssondrick

⁠⁠ Intolerância que fala?!
- Se você for pregar pra mim, não vai rolar. Não curto religião, deixa pra lá.
- Se você idolatra política, problema seu. Não babo ovo, o voto é meu.
- Se meu time é pior que o teu? Pode até ser. Curto futebol, e não debater.
- Se você não come carne, é sua opção. Meu cardápio eu decido, você não.
- Se você gosta da cor azul, sem treta. Me identifico com a preta.
- Se você curte o rock, eu não ligo. O rap fala comigo.
- Se você não quer um b.o, bora tentar. Basta me respeitar.
- Se você me julga frieza, aí deu. Quem perdoa é Deus, e não eu.
- Se você acredita em tudo, 'kraio'. Sem evidência, não caio.
- Se você discorda de algo que leu, fodeu...

Inserida por marcioniasa

Dias em doses pequenas
A terra tão vermelha
Carreguei no amarelo do vento
Cantos, junto, posto,
Em cama, nas ramas
Uma centelha de tempo perdida
Um cemitério de intenções
A salvo, no alto
A imagem perfeita
Reina absoluta
Como se não fosse treva, imunda
Querer-te aos passos
No azul dos ideais
o infinito turbilhão de porcelana
a calma trincando ruídos
em sons esvoaçantes

Inserida por karolinenogueira

Hoje, o tempo, ligeiramente atrasado, chegou quieto, não disse nada, não olhou nos olhos do dia, nem piscou quando viu que era tarde, não quis comer as horas, nem um segundo sequer.
Parou no meio do pasto, olhar perdido. Parecia mais velho, cansado. Um poema incompreendido, um sonhador fazendo análise, uma fábula esquecida, uma lembrança das histórias de criança... Um olhar sustenido. Abriu as asas, tomou um pouco de sol, deixou-se até balançar pelo vento, guiar, virou paisagem. E eu lá sabia que o tempo tinha asas? Sempre pensei que tivesse motores, turbinados, potentes, desses que a ansiedade usa pra competir com nossos sonhos.
Hoje o tempo parou por alguns instantes, e de longe, com ar superior sorriu para Zeus rodeando o laranjado do meu pé de caqui, tirou os sapatos, respirou, garoa fina.

Algum motivo há, ele parou aqui...

Inserida por karolinenogueira

O mundo – vertigem ascendente
Queda, barreira, fundo do mar
Estrada de pedras, pesado portão
... dois leões
O mormaço petrificado
A porta fechada
Bater? A intenção derrete nos dedos
A esteira vazia no canto da sala
A televisão ligada – a viagem de amanhã
Eu não vou chegar.
Não há tempo, só mormaço.

Inserida por karolinenogueira

Aproximei-me do ar salgado, que respiram as gaivotas
um gato brincando com novelos de ondas
Sou novamente eu no lago oceano
na areia da praia e nos balaustres da baía
Olhando os alvos barcos de papel
Marinheiros tocam bandolim
Nunca longe, levo minha casa para salas de concerto e teatro
mar esquivo... eu finalmente encontrei os olhos

Inserida por karolinenogueira

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