Poema de Pablo Neruda Crepusculario
De pés no chão a professor
Fui criança de pés descalços,
sonhando com horizontes distantes.
Entre cadernos simples e risadas,
aprendi que o saber abre caminhos.
A vida me moldou em silêncio,
com desafios, quedas e recomeços.
E em cada passo, em cada lição,
crescia também minha paixão.
Hoje, ao entrar em sala de aula,
carrego comigo aquela criança.
Sou professor — fruto da esperança,
carregando no peito ainda o sonho de criança.
Lembro-me da primeira escola, e também da primeira professora,
Era um mundo novo e imenso,
mas cabia inteiro na palma da mão,
entre letras trêmulas e números tímidos,
nascia o sonho, brotava a paixão.
Mas, como nem tudo são flores
Veja bem a situação,
Me entrou na mente
Que ali não era o meu lugar,
E a escola naquele ano deixei de frequentar.
Mas como o destino estava traçado
Para a escola voltei,
carregado de histórias, sonhos e esperanças
de quem passou a acreditar na educação
É sentir que cada lição do passado
me preparou para estar aqui, presente.
Não esqueço de uma frase que minha mãe sempre falava “ quero ver um filho meu formado”
era um sonho costurado com amor,
era a esperança de dias melhores.
Para aquele menino de pés no chão
Não era só um diploma,
Mas a oportunidade de transformar a vida com dignidade.
Com isso me fez perceber que a vitória não era só minha e sim dela também.
Hoje me vejo um homem realizado,
Bem vestido e bem calçado,
Mas jamais esquecerei do meu passado
De um menino de pés no chão,
De um sonho de uma mãe profetizado,
Do barro nasceram meus passos,
do estudo, a esperança cresceu.
E hoje, com orgulho e amor,
o menino tornou-se professor.
Maurilio de Jesus.
Bom dia!
Hoje é daqueles dias em que o coração acorda mais quieto,
mas ainda assim cheio de fé.
Deus passa pela gente como um vento leve,
ajeitando os pensamentos, alinhando os planos
e lembrando que tudo o que é dEle
tem o tempo perfeito para florescer.
Respira fundo.
O dia está só começando
e o céu tem promessas lindas para te contar.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Liberdade
Muitos acham que ser livre, é viver conforme a sua própria vontade, sem regras, sem limites, sem medidas...
Realizando todos os seus desejos, até os mais profundos.
Depois de satisfazer as suas vontades o ser humano, percebe-se vazio, sem rumo e sem sentido, sem vida!
Verdadeiramente serás livre, quando conhecer a verdade, a verdade é libertadora e com ela vem o discernimento, o discernimento nos faz entender que não devemos satisfazer todos os nossos desejos e vontades e que muitas vezes o que não queremos fazer é o que realmente dará sentido, trará rumo e nos dará vida!
A exemplo disso é a nossa alimentação, tudo que é prazeroso e desejamos sem limites, normalmente nos faz mal...
Os bons remédios normalmente, não possuem um gosto bom.
Cabe-nos o julgo?
Aprendemos o julgo desde pequenos.
As características dos outros, as diferenças começam a ser alvo de piadas e que conforme a plateia aumenta, essas humilhações vão se estruturando, perpetuando, até se tornar um modelo de sociedade, torna-se algo até cultural.
Falar dos outros, condenar, criticar os outros se torna algo muito natural e comum.
Agora, ao pensarmos, o único que foi e é perfeito, não veio a terra para julgar, tinha autoridade para falar de toda a humanidade pois ele conhece até as nossas entranhas, mas preferiu vir, não para condenar-nos ou julgar-nos, mas para trazer a vida eterna.
Conforme diz a bíblia em João 3: 15-18.
Lembranças...
Não dê vida a uma situação problemática que já foi RESOLVIDA.
Não traga a lembrança o que lhe causou DOR e SOFRIMENTO.
Traga a memória tudo aquilo que lhe AGRADA e o que há de BOM.
Já o que DESAGRADA, deve estar no mar do esquecimento, pois não merece nem o seu TEMPO e nem o seu LAMENTO.
Bagagens
Pra quê carregar bagagens com cargas que não posso suportar. Se existe alguém que já aceitou carrega-las por mim...
Pra quê tomar bagagens alheias, quando eu carrego as minhas quando nem as deveria carregar.
A "cegueira" nos faz carregar fardos dos quais já fomos libertos e não percebemos.
Bom dia
Hoje é daqueles dias em que o coração desperta antes mesmo do corpo entender que já amanheceu. É como se Deus sussurrasse bem baixinho: “Confia, Eu já preparei o caminho”.
Às vezes a gente acorda carregando o peso das incertezas, mas quando a luz entra pela fresta da janela, dá pra sentir que existe um cuidado maior segurando tudo no lugar. O mundo pode parecer apressado, mas o coração pode escolher ir no ritmo da fé.
Então respira fundo, se ajeita por dentro, e deixa Deus conduzir o passo. O dia é novo, e junto dele, a chance de recomeçar — sempre.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
O amor verdadeiro, nunca medirá esforços.
Se a uma certeza que tem uma mãe! E a certeza que a maior perfeição que ela fez certo na vida, e dar a luz a seu filho amado.
Uma mãe é feroz e Valente como uma tigresa, lutará contra o mundo e pessoas que atrapalham a vida de seu filho.
Mesmo que ela perca suas garras e suas pressas! O amor de uma mãe é valente para proteger seu filho sozinha, contra os lobos do mundo, ela nunca irá desistir.
Os filhos são as bençãos de Deus, carregado para uma mãe cuidar.
O filho é um pedaço da mãe transformado em amor.
O mundo quer ensinar coisas ruins aos filhos!
Mais a mãe sempre o protegerá, com sua coragem, não deixará a maldade do mundo levar seu filho dela.
Cada um de si oferece aquilo que tem!
Uns ofereceram coisas boas, outros ruins.
Mais a mãe sempre oferecerá seu amor e proteção, o ensinamento de uma mãe, é o maior tesouro passado a seu filho.
Mesmo que ela abra mão de privilégios e luxos! Ao filho ela fará sem pensar.
Por que para uma mãe sacrificar sua felicidade por um sorriso do Filho! Essa é a mais pura demostração de seu amor.
(Ronan Helio de Souza)
Era uma vez um menino que sonhava em versos
E descobriu que o mundo é um moinho,
Moendo sonhos em chão de giz,
Transformando flores em espinhos.
Aprendeu que ser sensível demais
É carregar uma cruz de vidro,
Que a vida corta quando toca,
E que o amor pode ser um vício.
Pediu socorro nas madrugadas,
Quando o silêncio pesava mais,
E percebeu que nunca seria suficiente
Para ninguém, nem para si jamais.
O tempo passou como lágrimas na chuva,
Transbordando em noites sem dormir,
Até que aprendeu a deixar fugir
Tudo o que um dia quis construir.
No final, restou apenas paciência
Para os adeus que ninguém escutou,
E a certeza de que algumas dores
São grandes demais para quem as guardou.
Você não sabe o peso que carrego,
Nem eu sei mais onde encontrar
O que perdi no meio do caminho
Entre o querer e o desistir de amar.
ROMEU E JULIETA, SEM SHAKESPEARE
[à Crioula]
Vivemos na mesma cidade,
sob o arco da velha Roma.
Mas o espaço geográfico não comungou
Para que nossos caminhos se encontrassem.
Valha-me Deus, Santa Bárbara nossa!
Poema, conosco, o raio do amor não caiu no mesmo lugar.
E o desejo mora em nossos corpos, Crioula minha!
As ruas do querer, se alongaram.
Asfaltou o chão de terra que compunha o amar.
A paixão sempre ficou à espreita,
Nunca acaba!
Somos Romeu e Julieta
(o requeijão e o doce de goiaba)
No entanto, não nos degustamos!
A cada dia tomamos
uma dose do veneno “Se” (do Djavan)
O universo tenta nos afastar,
mas a cada passo dado, nos queremos mais como um ímã.
Minha fonte Luminosa, queria mergulhar meus lábios negros
nas águas que jorram do teu arco.
E ir confessar meus desejos carnais na tua catedral.
Meu soneto de 14 versos – de 4, 4 - 3 3.
Há quem diga que se nos rendermos ao desejo, seremos escravos dele.
Mas se somos prisioneiros do amor!?
... é de pessoas como a Crioula, que os poetas se debruçam a escrever poesia.
Abro um parênteses (talvez se consumíssemos esse tal desejo, poderíamos perder o gosto do querer)
Nossa Senhora das Dores, rogo-te que alivia as aflições desse caro Crioulo,
Que tua filha cuasarte!
Só em te pedir, me dói.
Crioula, aqui me despeço de ti, pois, não podemos ter tudo que queremos.
Em nós, cabe ainda a virtude da expectativa,
e com gosto de como ficou Pelé, do gol que não fez, como se o fizesse.
“Vive” – Desencana , nêgo, tudo nela gera tanta dor,
E não se sente!?
“Como pode ser gostar de alguém
E esse tal alguém não ser seu”
O amor platônico me mata!
Erromeu!!!
Que o dia venha suave,
com o tempo certo das coisas simples.
Que traga sossego ao coração apressado
e um pouco de poesia às horas comuns.
Que seja leve o bastante pra sorrir
e intenso o bastante pra sentir.
Que tenha abraço,
cheiro de café,
um céu bonito
e paz morando dentro.
Porque o que faz um dia valer a pena
é quando a alma respira devagar
e agradece — só por estar aqui.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
O tempo passou,
e a vida que um dia pesei demais nas mãos
hoje sigo leve —
não superei,
não esqueci,
apenas aprendi a continuar
até chegar aqui.
meu dia prosperou quando acreditei que prosperaria.
A questão e de ter fé não importa o que faça!
principalmente a fé que você tem em Deus.
~tenha fé
Ser estranho é uma forma sofisticada de lucidez. Uma consciência em carne viva que sente o mundo com excesso de precisão. Não é excentricidade, é viver em descompasso com o consenso, ouvir o ruído no meio da música, perceber o vazio por trás das certezas.
A dor vem da dissonância entre o que se vê e o que se finge não ver. Enquanto a maioria se protege com ignorância conveniente, o estranho sofre de clareza. Nietzsche chamaria de “doença do espírito elevado”.
E ainda assim, amar. Amar o humano mesmo quando o entende demais.
Ser estranho é viver tonto de liberdade, duvidar até da própria dúvida. Os outros chamam de “confusão”, mas é só alma demais.O estranho é o herege das convenções, o que “rompe tratados e trai os ritos”.
Há delícia também: ser inclassificável, ver poesia no que escapa ao óbvio, rir de si mesmo enquanto o mundo desaba. Perceber o padrão invisível que Jung chamaria de sincronicidade.
O estranho sente o tempo de outro modo: lento por dentro, rápido por fora. Sente o amor como místico, o tédio como luto. Nada é raso, tudo fere, tudo ilumina. E quando o chamam de “intenso”, ele sorri — intensidade é só estar vivo demais num tempo de gente anestesiada.
Ser estranho é viver num exílio fértil, criar, refletir, desobedecer. Estranheza é antecipação do que o mundo ainda não está pronto pra entender. Ser estranho é ser o rascunho do que ainda não tem nome e sorrir, discretamente, sabendo que a habilidade de lidar com o desconforto é um puro sinal de autenticidade e um atestado de maturidade.
(Douglas Duarte de Almeida)
O tempo de florescimento não se anuncia com calendários nem com relógios. Ele chega em gestos sutis: um suspiro que demora a se acomodar, um arrepio que insiste em não passar despercebido, uma palavra dita com a boca trêmula e os olhos firmes. Diante do espelho, aprendi a não correr. A gentileza que me devo não é um prêmio, é o mínimo que posso oferecer ao meu próprio reflexo. Observar-se sem pressa é um ato de coragem: enxergar a delicadeza nos ossos, a força nas veias, a poesia escondida nos gestos cotidianos.
Florescer é não se obrigar a ser mais rápido que a própria vida. É permitir que a paciência me encontre, que o respeito por mim se assente como terra fértil, que minhas raízes cresçam sem alarde. Cada dia é um capítulo, cada cicatriz, uma letra, cada sonho guardado no peito, uma semente.
Quem se respeita floresce com dignidade, quem se pressiona murcha antes do tempo. E talvez o maior ato de coragem seja sorrir para si mesmo, no espelho, sabendo que cada fissura também é parte do desenho que só você consegue completar.
No fim, florescer não é competir com ninguém. É ser inteiro em si, com toda a intensidade de uma tempestade e a suavidade de uma brisa que atravessa folhas sem derrubá-las. É aprender que a própria vida, se observada com cuidado, já é poema suficiente.
(Douglas Duarte de Almeida)
Perdoar não é esquecer, é deixar de apodrecer por dentro. Há dores que o tempo não cura, apenas decanta. O perdão não é o antídoto do veneno, é a coragem de não bebê-lo mais. É olhar para a ferida e, em vez de perguntar “por quê?”, perguntar “até quando?”.
O perdão é uma escolha sofisticada. Não por bondade, mas por lucidez. É quando a alma entende que continuar punindo o outro é continuar se amarrando na mesma corda. E há cordas que, se a gente não solta, acabam nos enforcando em silêncio.
Perdoar não é absolver o erro, é devolver o peso. É dizer: “isso foi teu, não meu”. É o ato mais elegante de liberdade.
Porque guardar rancor é carregar um corpo morto nas costas achando que é proteção. Às vezes, o perdão não vem como gesto, vem como distância. Como aquele passo que você dá pra fora da repetição, sem plateia, sem discurso, sem aviso.
Há perdões que se dão em silêncio, e há silêncios que são o perdão em estado puro. Perdoar não é voltar — é seguir. É olhar pra trás sem desejar vingança, sem querer justiça divina, sem precisar de testemunhas. É só entender que o que te feriu não merece mais residência no teu coração.
O perdão, no fim, é uma forma de amor próprio altamente evoluída — a mais discreta e, talvez, a mais revolucionária.
(Douglas Duarte de Almeida)
Os julgamentos são cartas que enviamos a nós mesmos, só que em envelopes com o nome dos outros.
(Douglas Duarte de Almeida)
Fé é caminhar entre o incerto e o invisível,
com o coração entregue ao que não se explica.
É aceitar que há pontes sendo construídas
enquanto ainda se caminha sobre o vento.
É perceber que o destino, às vezes,
se disfarça de coincidência,
e que o amor de Deus se revela
nos pequenos acasos que mudam tudo.
Fé é respirar fundo e seguir,
mesmo sem saber pra onde,
com a alma em paz por confiar
em quem conduz o caminho.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
