Poema de Pablo Neruda Crepusculario
Estou cansado
Cansado de olhar no espelho e não gostar do personagem, de olhar para dentro e não me encontrar.
Cansado do comportamento de homens parecem crianças mimadas.
Cansado de fingir ser o que não sou, eu pareço feliz demonstro coragem, mas é teatro, e eu vivo ansioso para descer do palco — A verdade? a verdade é que eu sou o mais assustado de todos.
Cansado de parecer o único que consegue ver a frágil moralidade a mentira a sujeira — Quanto mais aumentoem saber mais aumento em dor.
E por impotência imposta a mim por forças maiores, me vejo sem opções além do teatro.
Talvez essa seja minha maldição
Mas quer saber? Que se dane!!! Estou cansado.
Dia estranho!
As pessoas estão estranhas!
Parece que hoje é dia do sofrimento, das lagrimas ao vento.. das palavras ditas e não ditas que causam o arrependimento...das loucuras feitas que levam a vergonha alheia... do perdão não perdoado jogado na cara, como se o passado fosse voltar para tampar o buraco deixado lá...do presente e futuro incerto, como se não houvesse o amanhã, como se não houvesse o hoje.
Apenas a certeza que acordei sem ouvir, sem falar, sem exergar, sem o sorriso nos rosto que para muitas pessoas encanta... como se eu não existisse, sem alma, sem coração, apenas um corpo em movimento!
A certeza que ainda encontrarei o sentido em tudo isso, ou a incerteza de que esta certeza é apenas uma confusão interior! Loucuras de uma mente sã!
Condena-me de amor viver morrendo!
À sentença justa da prisão perpétua nos teus braços.
Priva-me da liberdade de outros beijos escolher além dos teus,
gradeando minha alma desta liberdade de amar você.
Algema de almas gêmeas, gemidas de querer.
Água doce de quem tem sede, de quem não cede,
de quem espera matar a sede nestes teus beijos caudalosos.
Condena-me de beijar viver sedento!
À sentença doce desta sua água de beijar.
Amada mulher iluminada, aqui também canto teu nome.
Em versos livres na prisão da liberdade,
de querer ficar mais um dia, mais uma vida,
mais um verso nessa vida de amar tão livremente.
Olha, lá fora esta a rua
Deserta, vazia de ideias,
Sente o cheiro de podre no ar,
È a morte anunciada.
A falência programada,
Em um mundo que não pensa
Pessoas estão fadadas a se escravizar.
Tira esta venda, que insiste em usar,
Luta por novas causas, defende tua mente,
Procure na inteligência, o pensamento, para se libertar.
Estou cansado de dizer:
"Preciso", "Eu Quero”, "Eu Vou"...
Faz tempo que não digo:
"Obrigado", "Estou Satisfeito", "Valeu a Pena".
Mulher existes hoje
Deixe-me te adorar, mulher, nesta vida;
que nenhuma outra mulher há que valha tanto;
Eu quero fazer uma canção com teu nome,
para te levar triunfante pelos meus dias.
Deixe-me, mulher, tecer essas poesias,
que de ti são simplesmente um retrato;
que esse teu ser, a mulher, que para mim reclamo
tão somente quero proclamar tuas maravilhas.
Todo esse amor, mulher, hoje eu entrego a ti
em cada linha que sai da minha lira,
como um louco sangrar de melodias.
O amanhã não está, não é uma garantia;
simplesmente, mulher, tu eres a vida,
pois sei que ao te perder as sombras virão.
Quando acabam-se as palavras,
findam-se as rimas, vão-se embora as poesias,
apaga-se a luz e cai forte a tempestade.
Quando a voz enrouquece, seca-se a garganta,
teme-se o dia, cai a lágrima contida
e aperta o coração.
Quando o cansaço vence, a fome aparece,
o frio castiga, a saudade cresce,
o peso não se dilui e a solidão é a companhia mais próxima.
Lembro do teu sorriso, dos teus olhos meus,
do abraço na alma, do conselho com voz doce
é o descanso no teu seio.
Sinto de volta a esperança, a alegria alargada,
o susto de paz e o aconchego de bem.
Surgem novos motivos, outros caminhos,
o sol reaparece e a alma vive de novo.
Nosso encontro vence o cansaço, exerce o perdão,
aquece o frio, mata a fome
e deixa a vida mais leve.
A poesia se reinventa, a palavra faz do verso prosa.
A rima desabrocha em rosa.
Só a palavra que não consegue ainda dizer tudo.
Certamente nunca, de fato, dirá.
Lembrar do teu beijo, do teu jeito, do teu amor dengoso,
do descanso de tudo e ao mesmo tempo caminho pra tudo,
faz valer a pena a noite mal dormida,
a escolha partida, a decisão tomada para e pelo outro.
Se dizer isto não diz tudo, fica a presença marcada
de tudo o que fazemos juntos e que dizem
todas as coisas das quais não sabemos falar.
Eu em você, você em mim.
Eterno retorno para os detalhes mais simples,
mais vivos, mais mansos
e mais apaixonadamente intensos
de querer ficar para sempre unido a você.
De paz e bondade foi feito o nosso amor
que é só nosso.
E neste encontro, Encanto é o teu nome.
Poesia a minha graça.
Musa inspiradora dos meus versos,
seja sempre sim o nosso repouso.
Seja sempre sim o se deixar abrasar.
Seja sempre sim o nosso mundo sem paredes.
Liberdade acorrentante de esperança de amor.
Assim é este bem de amar você.
A MORTE DO AMOR
Hoje o amor acordou tão triste,
Decaído...
Vagou pelos corredores da veia, banhado
Por sangue.
Deleitou-se na cama, ardeu, ardeu
E morreu!
O amor era branco, lindo, puro, agora
É defunto.
O amor desenhou, pintou, e sorriu até
Que apodreceu.
O amor jurou, pediu, amou, esperou
E sucumbiu.
O amor fendeu a carne, postou-se alto
E caiu.
O amor desfilou pela calçada, sorriu
E caiu.
O amor tentou ser plano em seu auge
E caiu.
Sob goles de uísque, bocas estranhas
Com regalos
Coroados com a volúpia efêmera
De uma noite
Tão curta e turva, o amor sucumbe
Novamente.
Passe-lhe a mão nos olhos, os feche,
Relembre
O queimar juvenil e pacífico de um amor
De outrora.
O amor morreu! Enterre-o agora
No céu.
Ao passo que o amor adentra
Na terra,
O dinheiro e o poder assumem
O lugar
Nos corredores da veia, nos púlpitos,
Na cadeia,
Na sombra e água fresca.
Faltaram lágrimas para velar o amor,
Estavam
Todos trabalhando, pobre do amor!
‘Pobres’ do amor.
Que só teve alguns poetas sob sua guarda
Em sua morte.
Os poetas tentaram fazer o amo
Resistir.
Mas pobre do amor
Que não conseguiu
Tirar a atenção da luxúria,
Da avareza,
Do dinheiro sangrento que colhe...
Tirar vida.
Quando o amor é recíproco, o sabor do lábio
deixa de ser um simples toque para ser a explosão de
um único sentimento partido de duas pessoas.
Você não pode mudar
A direção das gotas da chuva.
Você não pode mudar
A intensidade dos raios do sol.
Mas você pode modificar
a composição do meu olhar.
Ah! você é linda como a paisagem
de fim de tarde, onde os
olhos gritam de alegria
a contemplar tamanha
beleza celestial.
NO EMBALAR
Embalo-me em pensamento
e me perco no tempo
não vendo a vida passar.
Embalo-me na vida
e vejo a mulher
chegar, ficar e chorar.
Embalo-me na lágrima
que vi cair e choro,
choro por chorar.
Embalo-me no riso
que me arranca riso,
rio pra não chorar.
Embalo-me em frio,
que com vazio
fazes-me parar.
Embalo-me novamente
para ver tua boca
a suspirar.
Embalo-me no coro
que me fazes cantar
silenciosamente.
Embalo-me enquanto
posso, até que a morte
venha me amar.
Quero velar a minha tristeza
No auge da minha dor.
Quero andar ao lado da
Felicidade inda que ela
corra mais depressa do que eu.
No meu ou no seu derradeiro
Suspiro, respirarei por você
E você respirará por mim.
Ser rico em um mundo onde muitas pessoas passam fome,
é o mesmo que guardar um tesouro sem ter a chave;
é o mesmo que possuir a luz a milhas e milhas da escuridão;
é o mesmo que ser amado sem amar; é o mesmo que ser humano e não ser...
Quando fragmentos de felicidade rompem com a tristeza,
você percebe que a tristeza até pode ser eterna,
mas que nunca será constante.
Eu quero que as minhas energias, que a minha paciência
e sabedoria se transformem em cimento e tijolos que
construam a nossa felicidade, a sua felicidade
principalmente.Eu te Amo puramente.
Eu bebi na poesia o amor e o conhecimento
necessário para ser amante,
necessário para ser constante.
Eu bebi na poesia o sabor do sentimento.
Decorei o seu sorriso
Com alguns versos coloridos
Lancei ao vento.
E o vento sorriu pra mim!
Pendurei o seu riso
Nas paredes da memória
E o pensamento navegou
Pelo mar do amor.
Emendei um riso noutro
Deixei à deriva a solidão
A boca não decifra,
Mas o amor me faz sorrir.
No inicio foi me dado uma folha em branco e a seguinte recomendação:
-Vai, e escreve tua história.
Hoje mais um capítulo estar dando lugar a outro, e assim estou a caminhar, combatendo o bom combate. Nesse enredo, papeis se misturam de maneira a não ser possível distinguir coadjuvantes de protagonistas, para tais os nomeio apenas de amigos e vida, este último, referente à minha família, a quem devo mais do que tenho. Guardando o que me foi ensinado, continuo a olhar a utopia no horizonte, essa, que às vezes questiono-me quando a sua existência. Contudo se não existir, agradeço-a por ter me feito nunca parar de caminhar e escrever minha história.
Poetas em linhas podem fazer esculturas líricas
mas é no seu beijo que encontro as melhores poesias, as mais ricas
e não tem preço a arte esculpida a traços simples, mas perfeito
com os versos mais singelos, poesias se tornam sonetos
e se encaixa perfeitamente no beat que bate dentro do peito
coisa linda
sempre quis isso na vida
coisa linda
nem sei se mereço essa menina
se é um anjo preciso ser mais que um poetas
escrever linhas de amor, mas como se fosse um profeta
pra falar de um sentimento que afeta e que o nosso amor ultrapassou e alcançou todas as metas
sei que posso estar precipitado
mas é que tu me faz bem só de estar do meu lado
e no meu futuro, não quero ter você só no passado
quero você pra vida toda como meu refúgio, meu afago
fazer meu abrigo no seu abraço
e ali encontro meu melhor espaço
tocar seu coração assim como as poesias que faço
porque na nossa relação, solidão é um sentimento escasso
é surreal cada sorriso dela me alucina, é evidente que facilmente ela me fascina
me ganha já na primeira rima
é a verdadeira obra prima
e de arte eu entendo, e o sentimento a cada linha vai crescendo
pois tu me mostrou que a arte de viver, só é inestimável se for com você
