Poema de Mario Quintana Sonhos
E quando os meus pés tocar
e o meu corpo preencher,
vou pedir às ondas do mar:
faz de mim um novo ser.
Se o tempo passar e nada mudar.
Não foi culpa do vento. Este tem bom "coração".
Foi culpa do "elemento" que culpou o tempo,
e viveu na omissão.
Eu me importo com o sorriso,
por que ele é o maior representante da alegria.
Eu me importo com meus braços
por que são deles que saem a
melhor demonstração de carinho: o abraço.
Eu me importo com a palavra dita
por que é dela que encontro conforto,
bem como, as verdades sobre o meu próprio ser.
Eu me importo com as lágrimas
por que delas lavam minha alma,
das dores que sinto e reflete as
emoções mais felizes da minha vida.
Eu me importo com as pessoas
por que são elas que eu convivo
no dia a dia e à elas quero ser
o condutor da Amizade, da Paz,
do Amor e do Companheirismo.
Eu me importo com Deus
por que ele também se importa comigo,
e como eu, importa-se com todas essas coisas.
É Ele que me proporciona sorrir,
abraçar, falar, chorar, ser amigo,
ser criativo e viver.
É por isso que Eu me importo.
Os ventos gélidos e inesperados
descendo pelas arestas da
embargada palavra
povoam de nostálgico inverno
a primavera recém-chegada.
Do oculto traço que o sol
Dispara
Surge o arco refletindo
Gotículas
Seriam da chuva as cores
Filtradas
Ou das pueris lágrimas do
Pianista
Executando escalas sucessivas?
Ao final das contas quem propaga
e respira volubilidade:
quem despreocupado desdenha
ou quem frauda a impoluta verdade?
A maior e mais verdadedira prova de amar
está no diario de se aprender
a conviver com alguém.
doando,receber,compreederaceitar,sendo aceito,
copartilhando,apoiando,vivendo, e por fim...
Amando!!!
BREVIDADE
Guarda a ambição no inventário
que a caminhada é um piscar de olhos
qual íris na tempestade.
MOMENTO
O dia sugere-me repouso
Abro um livro qualquer
Escancaro o jardim.
Sutilmente
A paz adormece em mim.
A VOZ
Como explicar ao Dono
que numa perspicaz cilada
devolveram-lhe uma voz
mutilada?
Procura-se uma voz
em eco disfarçada!
A PÁGINA EM BRANCO
A página em branco
aprisiona o poeta
pena que paga
por abrigar palavras
que a pena exangue
ao final desperta.
"Viver é andar
seguir seu destino,
amar, pegar onda.
Poder viajar, lançar-se no infinito,
Viver é aproveitar"
AGRADEÇA
Se acordar, agradeça. Se levantou, agradeça. Se não puder levantar, também agradeça. Se tomou café simples, agradeça. Se comeu um pouco mais, agradeça. Se saiu para trabalhar, agradeça. Se estás em busca de trabalho, também agradeça. Se chover, agradeça. Se fizer sol, agradeça. Se estás com muita energia, agradeça. Mas, se estiver cansado, tambem agradeça. Se tens saúde, agradeça. Se estás enfermo agradeça, pois a cura vem mais rápido para quem agradece. Se ver o pôr do sol, agradeça. Se contemplou a lua e as estrelas, agradeça. Ao dormir, agradeça. E nos dias seguintes que tudo isso se repetir, continue agradecendo. Pois, agradecer o credencia ao merecimento para quando chegar a vez de pedir.
A liberdade é um sonho
que muitos acham que vivem.
Quando, na verdade, estão
presos na gaiola do pensamento.
É muito pesaroso e aflitivo saber que se perdeu alguém, ainda que muito jovem, ainda que há muito não se sabia dela, no meu caso, porque a vida separa e amara as pessoas nas coisas fora de algumas explicações, depois, é a própria vida que nos trás de volta, de volta às antigas imagens.
Eu tenho essa imagem dela desde a escola primária no tempo de chuva e o fintar das pedras na rua em direcção a escola. Como os adolescentes, pescava o silêncio e falava com amigos, colegas e talvez até com ela mesma.
Pessoas que falam daquele jeito simples e depois recolhe no seu silêncio não deveriam morrer, nem nas nossas falas e nem nas nossas memórias e palavras. Agora! Valerá a pena essas minhas palavras? Por agora não, eles já não vem. Até sempre, ou até logo.
Tu é as ilhas e todo o atlântico
entendi a dispersão das ilhas de cabo verde,
em ti vive as ilhas e a morabeza selvagem em seu silencio,
é na alegria dos pássaros felizes que se tem traduzido os teus silêncios,
varredura das ondas das rochas que chamo teu nome,
no choro de um outono morto no horizonte. uma só melodia que sai do teu corpo.
assume isso, disso me tem feito feitiço.
o enguiço desejado e solitário,
usufruo da certeza da única fonte.
o teu riso, menina.
quando sorrias,
as ilhas dispersam, as ondas desrespeitam essas negras rochas,
e eu só faço isso.
Balançando o atlântico nos olhos,
Descrevendo-te dentro de mim mesmo,
