Poema de Mario Quintana Sonhos
No décimo sétimo dia do ano em Rodeio
No décimo sétimo dia do ano
na minha amada Rodeio,
Embalo a poesia sonora
do canto dos pássaros
que tornam sempre
os meus passos felizes
e serenos rumo aos teus.
No décimo oitavo dia do ano em Rodeio
No décimo oitavo dia do ano
em Rodeio abraço a tranquilidade
sublime de carregar a paz
e o amor dentro do meu peito
e o agradecimento por estar
cercada por tanta beleza
que neste Médio Vale do Itajaí reside.
No décimo sétimo dia do ano
No décimo sétimo dia do ano
só quero que você pare,
respire fundo, tome um café
ou mesmo um suco
com alguma coisa gostosa
que abasteça o seu humor
e mantenha firme o seu
propósito que você será vencedor.
Zeferina
Zeferina indomável guerreira
que precisaram de um
batalhão para prendê-la,
Presente em muitas
das insurreições do povo negro.
Zeferina é expressão
de amor, coragem e poesia,
Zeferina continua mais
viva do que você imagina.
Sim, é da filha de Amália
que estou falando e Mãe
do Quilombo do Urubu,
Zeferina que caminhava
unida com Pátria originária.
Zeferina que se manteve
altiva mesmo presa,
Zeferina dona de uma
consci que a sua luta
tomaria outros caminhos.
Zeferina, a Mãe de muitas
aguerridas 'Zeferinas'
que seguem heroínas
construindo novos destinos.
Marianna Crioula
Marianna Crioula tem o seu
grito 'Morrer sim, entregar não'
misturado, ecoado e ainda ouvido
nos repiques poéticos
dos atabaques do Vale do Café,
Sim, eu tenho na vida mesma fé;
Junto com Manuel Congo
foi eleita Rainha do afamado
Quilombo de Santa Catarina,
e ele foi eleito Rei porque
reuniram e lideraram talvez
as maiores revoltas
daquela região quando
a escravidão tinha força de lei,
A liberdade segue sem
ter o seu ciclo completo,
e dela o meu coração continua
sem se permitir jamais ser disperso.
No décimo nono dia
No décimo nono dia quero
que você mantenha a sua paz
inabalável mesmo que
te digam que tudo está
o contrário e que impossível,
Acredite que você é incrível
e se você não acreditar que sim,
atue para que assim seja porque
se você quiser tudo será possível.
No décimo nono dia do ano em Rodeio
No décimo nono dia do ano aqui
em Rodeio no Médio Vale do Itajaí,
busco serenidade interior num
mundo que onde quer que você
esteja sempre tenta te alcançar
para tirar a paz da sua cabeça
onde quer que você esteja,
Cercada por tanta beleza
busco sempre preservar
a serenidade para que eu
não esqueça que viver
em paz sempre vale a pena
aconteça o quê aconteça.
No décimo nono dia do ano
No décimo nono dia do ano
busco traçar um plano,
uma meta de felicidade
e satisfação pessoal mesmo
que tudo não colabore
para manter a chama da esperança
viva mesmo sabendo que
existe gente que sempre conspira.
Poesia da neblina para Rodeio
A poesia da neblina para Rodeio
aqui no Médio Vale do Itajaí
brinda o amanhecer com aconchego,
enquanto você não vem fazer
o mesmo por mim nos teus braços
e eu por você com os meus mimos.
Maria Firmina dos Reis
Maria Firmina dos Reis escreveu
para libertar o seu povo
o primeiro romance abolicionista
da História da nossa Pátria,
e assim o destino para muitos
sagrou o Abolicionismo
um romance para a vida inteira,
Só uma alma com excelência
sabe que ainda poucos foram
libertos e que a dominação
tem assumido outras identidades,
Para continuar é imperativo conquistar todas as liberdades.
Hilária Batista de Almeida
Hilária Batista de Almeida,
nossa adorada Tia Ciata,
Ialorixá e curandeira até
para mal de amor não correspondido,
Mãe espiritual da Pequena África,
Mãe de sublime caridade
Mãe espiritual do Samba e de portas
abertas para a Trindade,
Mulher de coragem e exemplo
de inspiração e de bondade,
Caminhe conosco e mude
o ritmo do destino sempre que
para o nosso Bem for preciso.
Nas veias correm
o sangue do Lobo,
Os espíritos ancestrais
mantém no coração
aceso o eterno fogo.
No fundo eu sempre
soube de tudo,
Um yurt pronto
no Turan espera
por minha presença:
(Do Universo é a sentença).
Pamonha Goiana
Pamonha Goiana
doce ou salgada,
Em casa ou na beira
da estrada,
O importante é que
sempre e nunca falte,
Da mesma maneira
você para me inspirar
a cada novo poema.
Perda
Sabemos que nesta vida, nada é eterno.
Ao longo do tempo perdemos muitas coisas.
As perdas são dolorosas.
É difícil imaginar alguém muito próximo partindo.
Qualquer gesto, palavra, cor ou roupa; pode trazer lembranças.
Quando recordamos de bons momentos, caímos nas lagrimas.
Talvez nada preencha aquele vazio que sentimos.
Mais isso não nos impede de ser feliz.
Então viva, cada dia, momento, minuto, segundo...
Ame quem tiver que amar, perdoe e peça perdão.
Porque não sabemos o que ou quem vamos perder.
Pois, um ano a mais é um ano a menos.
Antonieta de Barros
Filha de Florianópolis,
Mestra incondicional,
Mãe de causas nobres,
Ser humano transcendental,
Sublime orgulho eterno
catarinense e nacional.
Laudelina de Campos Melo
A sua luta ainda segue
vigente porque existe
gente que acha que pode
continuar explorando gente,
Só quem sabe o quê é
caminhar só como mulher
o quanto custa para a gente.
Soneto : Amo-te
Amo-te tanto quanto o alfabeto em linha
Vou de letra em letra buscar teu sentido
Mesmo que de ti nunca tenha ouvido
Que o amor que te tenho, tu também me tinha
Amo-te mais do que uma simples fala
E um dicionário cheio não me bastaria
Pois o amor que sinto não se explicaria
Então na tua presença minha boca se cala
Amo-te no hoje e no amanhã infinito
Como amo a vida e também a morte
Vejo teu sorriso tão meigo e bonito
Ter você comigo seria ter muita sorte
Mas a mim mesmo, tenho tanto dito
Que talvez o que eu sinta, a ti não importe
Soneto : Fúnebres Atos
Meu corpo empalado à forma exangue
Nos rubros altares que oram em meu nome
Saciai tua sede com uma gota do meu sangue
E com a minha carne saciai tua fome
Faleço aos conceitos carnais que me atrevo
Meu corpo, de minha alma desune
Minhas últimas palavras aqui escrevo
Pois da morte, nunca fui imune
E aguardo a chegada do oportuno martírio
Ao assinar com sangue no finado contrato
À minha sepultura adorna o lírio
E parto desta vida onde os dias foram ingratos
Deixo meus versos de puro delírio
E despeço-me deste mundo em fúnebres atos
Soneto : Odores Mortais
Flores pelos campos vastos coloridos
Dum florescer tão lindo que mostra vaidade
Relembra dos adornos que trazem saudade
Naqueles campos tão vastos floridos
Seu perfume exala tantas emoções
Rosas rubras que sangram sentidos
De odores vastos, todos tão sortidos
Que fazem alogia e comparações
Comparando à vida que é bela e única
Servindo de adorno às mais raras túnicas
Que vestem os membros dos meios reais
Mas aqueles campos tão vastos floridos
Murcham com o ar que aqui é poluído
E os seus odores se tornam mortais
No vigésimo dia do ano em Rodeio
Crie uma rotina de escrever
poemas e poesias de amor
pela nossa cidade de Rodeio
neste vigésimo dia do ano,
Vivemos num belo recanto
que merece ser regado
com amor diário para que seja
sempre carinhosamente preservado.
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