Poema de Mario Quintana Sonhos
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Há dias que não existo, simplesmente me abstenho da vida e inexisto, não vivo, não choro, não rio e não escrevo.
Carregado de amargor, vago sem proposito, não há o que fazer. O céu é cinza, o clima é encoberto de monotonia, chateação e desinteresse.
Por quanto tempo isso há de durar ? Até quando terei que sofrer por esse sentimento frívolo que me traz frustação e ansiedade ?
Eu só quero que isso passe, que o dia acabe, que o tempo se quebre e o sol exploda, durante esse período seco e insensível, meu combustível é o ódio.
Talvez eu só esteja sendo dramático, fazendo suspense por algo besta, tentando romantizar o tédio. Não sei
Acho que as vezes não há protagonismo em dias que somos figurantes.
tempestade
Uma chuva de verão
no princípio do inverno
E a sã superstição
diz que vaga no Eterno
um espírito pagão
implorando por perdão
na entrada do inferno...
Vinte e três de abril
Guarde a lança, cavaleiro!
No outro lado do alforje
vai a espada do guerreiro.
Eu não sofro mal algum!
Nem sei bem-dizer se Ogum
é devoto de São Jorge
ou Jorge é filho de Ogum...
ode a odé
A imagem no andor
Sete flechas, dor serena
Na cabana, o benzedor
junta folhas de jurema
Na vontade de compor
sete linhas de louvor,
toda arte ainda é pequena...
dois dois
É menino feito santo;
olha a luz dessa criança!
Escondido no seu pranto
um sorriso de esperança
Quando ouve o povo banto
entoar seu doce canto,
faz ciranda, grita e dança...
zi fi
De visita a uma dama
que mexia com o além,
perguntei: como se chama
esse velho sem vintém?
Rindo, disse a tal mucama:
preto-velho não se chama;
se precisa, ele vem...
Maldição de Lilith
Detentora do crepúsculo
Seu cerne angustiante, fará dela meu abrigo
Presenteada com marca condenável
Desafiando a ordem, a natureza proclama
Lilith, a falha proclamada
Jaz solitária, escondida no lado negro
Até a minha porta encontrar, benção melhor não há
Semblante curiosa, a me observar
Com sua beleza macabra, o coração a palpitar
Sem necessitar de permissão para entrar
Desprovida da luz, busca a morte, sem importar
Jogada ao chão, sem nenhuma tensão
Fugaz choque a me vincular
Tentativas desesperadas adornada ao frio
Seu sucumbido corpo a quase ficar
Sem nada mais imediato para ofertar
Minha vida em prol da liberdade, eu desejar
Acionando extrema inquietude
Pois vida já não há
Em obsessão, rezas ao amanhecer, crédulo a ofertar
Amanhecer que nunca chegara
Amanhecer que nunca chega
Agora há de se mostrar
Pois sua maldição não mais jaz em mim
No corpo dela, há de retornar.
É difícil por em palavras
O que minha mente me faz imaginar
Só sei que amei
Sem nada em troca esperar
CONFISSÕES
Confesso que sou apaixonado
Pelo seu corpo
Pelo seu cabelo
Pelo seu olhar.
Não vou mentir
Nem negar
Que já fiz loucuras na madrugada
De tanto te olhar.
Ai de mim
Que escrevo ruim
Será que algum dia sentirei
O néctar que tanto falam
Por aí...
Soneto Da janela da alma
O negro dos seus olhos
Meu lembra o vazio
Que somos seres falhos
Com um corpo servil
O contraste com o branco
Que da vida
E do sorriso que arranco
Deixando tua pele colorida
Mas no fundo vejo tua alma
Onde reclama
Pedindo menos de calma
Esse são os versos de um simples trovador
Escrevendo sem pudor
Tentando mostrar um pouco do meu valor
LEITOR
Resolvi escrever isso,
Não sei se vai rimar,
Mas vou tentar até certar.
Leitor o que te deixa feliz?
Será um amor de verão ou uma paixão de inverno?
Leitor não seja tímido,
Diga pra esse jovem escritor,
É biscoito ou bolacha?
É frio ou quente?
É homem ou mulher?
Leitor não se avexe,
Temos todo tempo do mundo,
Então diga: É Nescau ou Toddy?
Café doce ou amargo?
Adele ou Sia?
Ariana ou Lana?
Gaga ou Madonna? Pop ou rock? Indie ou eletrônica?
Cuida, responda!?
Leitor é sábado,
Dia dos namorados,
Só pra finalizar essa poesia louca,
Sul ou sudeste?
Leste ou oeste?
Norte ou nordeste?
Cama ou rede?
Messenger ou Whats?
Namoro ou amizade?
Direita ou esquerda?
Hétero, bi, gay ou tri?
Viva a diversidade.
Leitor abra a mente e a barriga,
Açaí ou Jaca?
Ficar ou namorar?
Rir ou chorar?
Tenho que terminar,
Se não vou parar, Inté à próxima leitor,
Quem sabe....
O seu sorriso foi a esperança para meus dias de escuridão
O seu abraço era o Porto seguro de minha navegação
A sua felicidade era o motivo da minha lealdade
A sua amizade revelou a mais pura verdade
Assim fiz de mim uma fortaleza para sua tristeza
Eu Trouxe à tona oq o coração respondia com clareza
Mas a negação o sentimento adormeceu
E fez desse batimento repentino nada mais q distância e destino
Desenhando na Chuva
Estou trancada em meu quarto,.
Queria correr pela floresta,
Não posso ir lá fora,
Se não fico toda encharcada.
Parece que o céu está chorando.
Olhem as lágrimas rolando,
Pelas folhas verdes das árvores.
Acho que vou ficar espiando pela janela,
Esperando a chuva passar.
Talvez eu faça um desenho bem bonito,
Imaginando que sou uma sereia,
Nadando sob as águas da chuva
A vida me ensinou
Que todos passarão
Pela metamorfose da mente
Mas devemos lembrar
Que não alcançaremos a perfeição
Por sermos imperfeitos
Lembre-se
Somos humanos
E não deuses
A dor aprendizado
Dos que temem
Povo rico em cultura
Traz nos braços sua bravura
Canta na chuva ou no sol
Canta até na sepultura
Canta para não viver só
Canta versos e canções
Canta para espantar os males
Canta para ter imaginação
Povo rico em emoção
Não esmorece na destreza
Trazendo no rosto o sorriso
És o gatilho da leveza
Qualquer que seja o relacionamento...
Ninguém faz comigo o que quer...
Sou franco verdadeiro e correto...
Não sou um vivente qualquer...
Portanto vai o meu recado...
Que lugar de uma mulher...
Comigo é bem assim desde jeito...
É simplesmente o lugar onde ela bem quiser.
Conto do minerador
Mais fundo e mais escuro
Sem luz e sem medo
Vou continuando.
Cavando por esses caminhos.
Luz já não existe
Medo me abala
A morte me persegue
Mas eu rezo a deus para que o céu não caía...
Mas quando vejo a luz...
Tudo acaba, para começar de novo
Será que um dia,
Depois de uma tarde fria,
Vai deitar na sua cama,
E perceber que já não ama, essa vida,
de regar com farra e cachaça a ferida
Será que um dia vai lembrar?
de um alguém que passou, te entendeu e que quis ficar!
Porém na sua confusão,
preferiu fechar o coração, e simplicidade deixar ir,
e respeitando seu momento, mesmo tendo sentimento, ele resolveu seguir!
E se um dia, nessa tarde fria, procurando você entender,
que o sentimento demonstrado, quando esteve do seu lado,
já não pertencerá mais a você?
Porém esse poema, é só um conto!
Verdadeiro ou não,
que fala sobre um dilema,
de uma tarde fria e um coração.
O tempo passa depressa
O tempo passa depressa
Quando todos os dias são iguais
Quando todos os dias se faz tudo igual
Quando não se aprende nada de novo
E tudo de antes se repete de novo
Não há lembranças para lembrar
O tempo passa depressa
Quando parece que vai devagar
Quando parece que nada acontece
Quando parece que não se envelhece
E que o tempo parou de passar
É tempo vazio que se tenta segurar
O tempo passa depressa
Quando não se lamenta uma tarde perdida
Quando em um ano não se vive uma vida
E uma vida cabe em uma lembrança
E se veste a mesma roupa
E se come a mesma comida
E se bebe a mesma bebida
E se vai aos mesmos lugares
O tempo só não passa depressa
Quando é tempo vivido, aproveitado
E quando passa é tempo lembrado
E voa e nem se vê passar
Esse é o tempo que passa devagar
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