Poema de Mario Quintana Pe de Pilao
Ir e vir.
Toda essa necessidade de ir e vir.
Esse aconchego que o desaconchego da saudade habita.
As lagrimas ansiosas pelas próxima partida.
Por que eu vou ?
O peso nas costas que alivia o peso.
Portas passageiras que dão passagem ao coração.
Alguns ficam, outros não.
Por que eu vou ?
Curvas de piche e de algodão.
Ansiedade pela paz da chegada.
Ja fiquei, não muda nada.
Porque vou.
Eu quero mais é me ver na pista da vida, dançando sem parar.
Que venham os encontros voluptuosos.
Que venham os encontros apaixonantes.
Que venha companhia certa, na hora certa, no lugar certo, para o amor certo.
Que venham muitos trabalhos de excelente remuneração.
Que venham muitas viagens e diversão.
Que venha a vida majestosa para eu sorvê-la.
Que venha até mesmo a fugacidade que também a sorverei.
E grito aos quatro cantos: Que venha a vida!!! A vida é curta! Curto a vida!
Medo de desavessar
Oh Deus, preciso de ajuda! Estou em crise. Nasci avessada e agora me pego querendo desavessar. Sempre considerei revolucionário o que ia contra os padrões impostos pela humanidade –que se sobrepõem ao amor divino. Porém, agora penso que o padrão me parece exceção e a exceção me parece padrão. Desde a infância bradava à liberdade do pensamento próprio. Minha mãe diz que chorei em sua barriga e que nasci aos oito meses –isso pra mim já era meu SER se revelando avessado, quebrando regras, tabus. A pressa em nascer talvez fosse a minha ânsia em gritar ao mundo que a coisa era de outro jeito –o jeito de cada um, nem o meu, nem o seu, o de cada um, que eu gosto de chamar de IDENTIDADE. Nasci mulher num mundo de homens para provar isso –o que, como avessada que sou, me agrada e muito. Porém, vejo que a mulher perdeu o foco do que é ser revolucionária se inserindo à banalização da promiscuidade masculina, comportando-se como ele em campos fúteis como bebedeiras e orgias, e o homem não sabe mais ser conservador e dono da situação –flutua babaca ante o descontrole feminino. Confesso que acredito ter conhecido um jovem homem, cujo o qual, se for exercido um cuidadoso e carinhoso trabalho, será um belo exemplar de um homem tão revolucionário quanto a mulher. Isso me deu esperança, me animou muito –nem tudo está perdido. E esse trabalho só pode ser desempenhado por uma mulher que não esteja corrompida (desavessada), que não tenha perdido sua característica natural, que é ser REVOLUCIONÁRIA. Em meio a este caos encontro-me confusa e propensa a me desavessar. A visão feminina atual me desanima. Me ajuda ó Deus! Meu filho precisa de mim para que o faça um homem revolucionário, como já aponta ser. Não deixas que me corrompa diante do desalento, do cataclismo social, ó Senhor!
Dez mandamentos do casal
1-Nunca dramatizar os defeitos, mas saber elogiaras qualidades.
2-nunca gritar um com o outro, nem fechar-se, mas sempre dialogar
3-saber ceder, saber perder, saber recomeçar, perdoando sempre.
4-dizer a verdade com amor
5-nunca humilhar, principalmente diante de outras pessoas.
6-não culpar, nem ridicularizar o outro recordando erros do passado.
7-nunca ser diferente, gelando o outro
8-nunca ir dormir sem perdoar.
9-admitir as próprias limitações e procurar melhorar. Autocrítica.
10-rezar juntos, rir juntos, passear juntos, e não discutir nunca
Mãe, ternura sempre antiga e sempre nova. Mãe é sempre algo que todo dia se renova...
Mesmo não tendo mais minha mãe, trouxe estas rosas para ofertar a todas as mães.
Parabéns pelo seu dia...
Apesar de todo sofrimento: A missão cristã
não é anunciar uma teoria, um código
de comportamento que provoca
cansaço e temor.
É algo mais fascinante: é mostrar Cristo,
suprema revelação do ser, da forma,
da glória e da beleza de Deus.
O Cristianismo é a religião do amor.
Levemos nossa palavra
às conseqüências
verdadeiras:
quem não aceita o caminho
dos sofrimentos da cruz
não é capaz de fé cristã,
pois não sabe o que é o amor...
Quando tenho que ir?
Eu não quero, não partir.
Quero viver a vida...
Viver o que não vivi
pois, a muito tempo já percebi que morri.
Quero banhar-me ao mar no verão.
Sentir minhas pernas trêmulas no chão.
De ganhar um beijo roubado...
Pernoitar ouvindo o som na balada
Curtir a revoada da madrugada.
Ver felicitamente o raiar do dia
Ouvir a melodia de um bom dia...
Voltar para casa sem me lamentar
Fazer com que aqui se torne um lar doce lar.
O último que verás
Chora agora! Mulher sem raça!
Que viveu sem jamais ter merecido
Neste mundo teu nome não deixou traça
Coração, meu, desaparecido.
Canto eu com amargura
Sobre tua pele rude e impura
Sobre teu leito inconsequente
Canto eu dolorosamente.
Não posso negar que és bela
Tampouco posso me conformar
Mas posso dizer que levas uma vida de cadela
Mesmo tendo isto,
Tua morte não irei clamar.
Coração teu, que dizes ter
Por quem ele continua a bater?
Será ele onipresente?
Estando em todos os lugares
Batendo por dezenas de rapazes?!
Quem tenho eu, além de ti,
Que amor é esse que nunca senti?
Concerta-te imundo mulher
E me tenha como quiser.
... Vida vivida
Porém, mal repartida.
O que será, será!
Ninguém pode mudar
Está escrito nas estrelas
E em qualquer outro lugar
Basta aceitar, aceitar
Romance da Bela infanta
Chorava a infanta chorava na porta da camarinha
Perguntou-lhe o rei seu pai: Por que choras filha minha?
Eu não choro senhor pai, se chorasse razão tinha
Todas eu vejo casadas, só a mim vejo sozinha.
Procurei no meu reinado, filha, quem te merecia
Só achei o conde Olário e esse já mulher havia
Ai meu rei pai de minh’alma, esse mesmo é que eu queria
Mande aqui chamar o conde pela vossa escravaria
Palavras não eram ditas, já o conde chegaria
E que a vossa majestade quer com minha senhoria?
Mando que mate a condessa pra casar com minha filha
E traga a cabeça dela nesta dourada bacia
Sai o conde por ali com tristeza em demasia
Ter que matar a mulher, e a mulher não merecia
A condessa que o esperava para abraça-lo corria
Com o filhinho nos braços já de longe bem ouvia
Sentaram-se os dois a mesa, nem um nem outro comia
As lágrimas eram tantas que pela mesa corriam
Porque choras senhor conde, desafogue essa agonia
Me dê a sua tristeza que lhe dou a minha alegria
Ou te mandam pra batalha ou te mandam pra Turquia
Nem me mandam pra batalha nem me mandam pra Turquia
O rei manda que te mate, pra que case com sua filha
E quer a sua cabeça nessa dourada bacia
Não me mate senhor conde, um remédio haveria
Vou meter-me em um convento da ordem da freiraria
Lá guardarei castidade e a fé que te devia.
Como pode ser tal coisa condessa da minha vida
O rei manda que te mate pra casar com sua filha
E quer sua cabeça nessa dourada bacia
Deus que te perdoe meu senhor conde lá na hora da cotia
Me tragam aqui meu filho entranhas da minha vida
Deste sangue do meu peito, beberá por despedida
Bebe meu filhinho, bebe, este leite de agonia
Hoje aqui ainda tens mãe que tanto bem te queria
Amanhã terás madrasta de mais alta fidalguia
Já ouço tocar o sino, ai meu Deus quem morreria?
Morreu foi a bela infanta, pela culpa que trazia
Descasar os bem casados, coisa que Deus não queria.
JOANINHA
Essa é a história de Joana dos Santos
Mais conhecida como Joaninha
Linda menina com tantos encantos
Seu sonho maior era entrar pra marinha
Tinha dois irmãos, mãe e padrasto
Numa casa simples da periferia
Rosto de boneca e corpo casto
Os vizinhos diziam que artista seria
Aos 11 anos tudo mudou
Joaninha tornou-se mocinha
Chegou na escola com o braço roxo
Sorriso amarelo e olhar de desgosto
Cada dia uma história contava
Bati na maçaneta, caí da escada
Escorreguei no banheiro
Cortei-me com o espelho
Dona Rosa, sua professora
Percebeu haver algo errado
Ela confessou à protetora
Que era violada por seu padrasto
Chorou amargamente
Disse que pra casa não voltaria
Dona Rosa tinha algo em mente
No dia seguinte o denunciaria
Ao acordar ouviu a manchete
Menina jogada em terreno baldio
Não entrou pra Marinha nem tornou-se artista
A pobre criança virou estatística.
AMOR DE GIZ
Pra falar de nosso amor escrevi no muro com giz
Perguntaram o porquê eu fiz assim se logo iria apagar
Respondi que pra mim amar tem que ser desse jeito
Algo me diz que amor de giz é melhor
Ele pode ser reescrito a cada novo dia.
O Preço
O tempo tem um lado
Desde o início,
Tudo por ele é revelado
Mentir é um desperdício.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Siga o caminho da verdade
E da coerência,
Onde há tanta falsidade
Deixe transbordar a sua essência.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Se a realidade deles é de faixada
Não entre na mesma encenação,
Melhor colocar o pé na estrada
E seguir só em outra direção.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado,
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Aquele que não usa desfarce
No final é recompensado,
Mesmo que nisso não pensasse
O universo deixa nú o disfarçado.
O preço de ser você mesmo
É o de ser atacado
Por quem finge ser honesto
E todo resto que não é.
Não me move, meu Deus, para querer-te
O céu que me hás um dia prometido:
E nem me move o inferno tão temido
Para deixar por isso de ofender-te.
Tu me moves, Senhor, move-me o ver-te
Cravado nessa cruz e escarnecido.
Move-me no teu corpo tão ferido
Ver o suor de agonia que ele verte.
Moves-me ao teu amor de tal maneira,
Que a não haver o céu, ainda te amara
E a não haver o inferno te temera.
Nada me tens que dar porque te queira;
Que se o que ouso esperar não esperara,
O mesmo que te quero te quisera.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp