Poema de Mario Quintana o Espelho

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Passarinho livre

Um passarinho precisa de liberdade
Precisa sentir saudade
Precisa escolher seu destino
Precisa conhecer o desatino
A solidão, a frustração, a decepção
Só não espere a mesma gaiola à disposição.

Inserida por Poetaantonioferreira

CÉU DO GOIÁS (soneto)

Agiganta as nuvens no alvo encarnado
Do céu do Goiás, da vontade de gritar
O horizonte longínquo tal qual o do mar
Se estende em rede por todo o cerrado

O sol no amanhecer rubra de encantado
Mantém-se altivo após o confidente luar
Desfolhando em quimera pro nosso olhar
Tingindo o entardecer dum avermelhado

No breu da noite a céu se veste estrelado
Cintilando na escuridão e nele a poetizar
Poemas tão singelos num silêncio calado

Então, a alma ao testemunhar, põe a chorar
Um choro portento dum puro e só agrado
Onde o poeta das Gerais aprendeu a amar...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Agosto de 2018
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O amor persiste, tudo passa

O ciclo lunar
A saudade a apertar
O medo do obscuro
O pensamento descuro
A solidão a atormentar
A ofensa a machucar
A tempestade que amedronta
A ignorância que afronta
A felicidade em gomos
A diversidade que opomos
A ingenuidade que acredita
O xingamento que irrita
O ato que envergonha
A moral sem vergonha
O desamor que insiste
Tudo passa! O amor persiste…
Então, aos que desconfiaram
Revelo: amei e me amaram!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
03/03/2009
Rio de Janeiro

Inserida por LucianoSpagnol

"Se conhecer"

Eu sonhava em refazer minha vida
Poder dizer “Policial, minha ficha é limpa”
Seguir em frente
Focar mais no meu presente
E também ser mais sorridente

Talvez a mudança trouxe oportunidades
Perdida por um bom tempo nessa cidade
Somei o que eu não sabia que precisaria
E acrescentei tudo isso na minha vida

Tá tudo bem, você tem tempo
De ter o seu momento
De brilhar
E aos poucos entender
Ninguém sabe o que é melhor para você
Além de você
E isso só acontecerá
Quando você se conhecer

Inserida por tryellow

LONGE DE TI (soneto)

Longe de ti, se lembro, porventura
Do teu olhar, que outrora me fitava
O teu afago na sede é de só tortura
E ter-te agora da saudade é escrava

Tal aquele, que, escuta e murmura
O teu cheiro, que a poesia escava
Já uma sorte maviosa e tão pura
Tristemente, a expectativa forjava

Porque a inspiração tem seu nome
Nos versos com a parva alma calada
Cuja a recordação só me consome

E como o desejo assim não quisera
O destino riscou uma penosa cilada
E aqui, ainda, o meu amor te espera!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Fantasma

São nas tardes de domingo,
no pensamento vazio
Que você surge
Voraz
Depois de dias inertes

Vem com um estalo
Um alfinete sob o lábio
E chove
E entra
Sem medo, sem precisar

E eu me lembro
Dos seus traços, dos seus braços
Dos embaraços
Entrelaçados
Desgraçados

Será que um dia terá pena
e deixará de espetar?
Ou será para sempre a roseira morta
que tenho no jardim?

Agora vai, mas um dia volta
E bate na porta vestido de esperança
Com um sorriso maldoso que traz na manga
A ponta conhecida da lança.

Inserida por lola_springle

A noite outonal pairou
na mente transformada
em um aldeamento
repleto de demônios,
e os loucos fantasmas
dançando ao som
do conjunto de cigarras,

Quem tem a ventura
de ver na vida in natura
a graça da beleza,
no abismo não pula
num mundo em transe
viciado em agressão
por mera repetição,...

A noite outonal inspira
para no céu da tua
mente ser a Lua fixa
mesmo com a minha
num estado de turbilhão,
da loucura do mundo
sou a eterna foragida,

Porque das loucuras
existentes prefiro viver
eternamente refugiada
na minha própria,
como quem vive
numa cidadela perdida
no meio do nada
e por antigos espíritos
há muito tempo ocupada.

Inserida por anna_flavia_schmitt

“Notas de saudade”

Chorar eu choro
E quando a chuva cai
Acho que é você chorando daí também.

Dentro da gente
Tem gente
Que já não está mais aqui.

Tem saudade que só pode ser curada
Na prece
Tem lembrança que faz a gente despertar lágrima.

Tem conselho que a gente queria
Só mais uma vez escutar.
Tem coisas que a gente queria
Só para aquela feição confessar
Tem gente que vai,
Mas fica no coração.

Inserida por arantesgiovani

Sofrível

A Vida apenas conhece a Vida.
E lhe empresta um momento
único de ser.
Esse momento. Embora saibamos ser
as vezes cruel.
Não precisa ser sofrível.
Porque; sofrimento,
e uma maneira de estar no mundo;
na forma de vício.
Ao apego de um momento
já inexistente na Vida.
Que é a única que prossegue.

marcos fereS

Inserida por marcosviniciusfereS

No ritmo universal
do nosso íntimo
refúgio silencioso,
nos possuímos
em nossa galáxia,
nós que temos
a certeza do infinito

Nos identificamos
e não importamos
quando chamam
a gente de lunáticos

Na crença sideral
que cultivamos,
somos os exilados
de um mundo triste
que não liga
mais para o futuro

Nos encontramos
e nós dois confiamos
no que há de etéreo
sublime e mais eterno

No espírito igual
ao da Lua alinhada
com a querência
de morar na delícia
da tua quentura
não me permitirei
outra coisa na vida fazer.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Na noite abissal,
eis-me a insônia
de mãos dadas
com a Superlua
na janela lateral,
e na mente habita
uma cena épica;

No estado grão
e mestre de plena
indignação total,
franca e continental
não está permitindo
piscar os olhos,...

Por todos os lados
há milhões de sonhos
proscrastinados
e outros destruídos,

O brio doce, inquieto,
ardente e de metal,
com os vitais signos
das derradeiras
Superluas do ano,
nunca irá calar
diante do banquete
de supérfluos egos
e indevidos ecos,...

Por todos os cantos
há vidas quebradas
enfraquecidas
e pessoas destrutivas,

Por esta noite fria,
longa, altaneira,
pelas estrelas,
e pura inconformidade:

Não é corrente fácil,
é a criança que
teve os brinquedos
pela vida quebrados
e o sorriso furtado,
mas que olhando para
o profundo do céu
para treinar a intimidade
com a escuridão
não irá se entregar,
porque jamais se
lançará na obscuridade.

Inserida por anna_flavia_schmitt

É na maravilha dos teus lábios
que fugirei dos cansaços
deste mundo em estilhaços,
vivendo só dos teus beijos,
ocupando os teus campos
e morando nos teus abraços.

A noite que querem impôr;
é bem dissonante da nossa;
que virá embelezada de luar
com estrelas em festejo,
e nós dois na beirinha do mar.

É na certeza de querer
ser levada pelas loucuras
que só quem tem amor
se permite benfazer:
desde o primeiro minuto
optei por nós te escolher.

A delícia da contemplação
da tua alma morena
e no teu olhar de ribeira
faz a dádiva da espera,
algo me diz que vales a pena.

Por ti, por nós e por todos
aqueles que virão conosco,
unidos e de mãos abertas:
para o amor pelo amor
como a redentora lição
dos signos da constelação.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Esta Pátria mergulhou
num oceano profundo
de dor, ódio e tristeza;
e por rebeldia não vou
entregar o meu peito
à sorte e a rudeza,...

Desejo estar inteira
e pronta para quando
a hora certa chegar,
por isso fui construir
um abrigo interno
para de ti jamais ir;

Prefiro falar no sonho
de mais de mil e uma
noites de amor ao luar,
e não é por frieza,
porque sei que tenho
que ser fortaleza e crer
que tudo vai passar,...

No exílio em solo pátrio
firme e circunstancial,
em tempo de frio austral
e confusa distância social:
até nos dias mais duros
vivo te buscando como
quem vive o tempo todo
se aventurando por novos mundos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

SEM AMOR NÃO HÁ FELICIDADE

Fui algoz quando devia ser amigo,
fui tempestade quando podia ser abrigo.

Quantas vezes perdi a oportunidade
de abrir meu coração, de abraçar um irmão
que sofria as angústias comuns a todos nós
mas a minha falta de amor e de empatia
não permitia que eu ouvisse a sua voz.

Então quando devia ser amigo, fui algoz
quando podia ser abrigo, fui tempestade.

Hoje, o peso dos dias me ensinou
essa triste lição, a de que cedo ou tarde
Deus, por compaixão
nos revela a INFINITA verdade:

"Fora do amor ao próximo não existe felicidade,
NÃO EXISTE VIDA, nem paz, nem liberdade."

Inserida por EvandoCarmo

Os ombros de Órion
sobre mim estão
plenos nesta noite
de silêncio total
e isolamento social,

Pode até parecer
um grande absurdo
no azul profundo
deste Universo,...

Em mim algo ainda
é jovem e chama
à querer viver tudo
ao mesmo tempo
e salvar o mundo;

Pode até parecer
utopia algo diz
que seremos
planetas alinhados,...

Danço para a Lua,
Júpiter e Saturno
com uma rosa
cósmica na boca,
e sem saber que você
de fato existe tem
me deixado quase louca.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Emoções

A vida me trouxe aqui
Despido de ilusões
Apreciando as estações...
Lembranças que me trazem emoções

O sentido, crido e vivido
De paixões escarnecido
Mostrando que o delírio
Não podia ser mais exaurido

No olhar foi se desgastando
Do peito foi se afastando
Cada passo, cada beijo
Caíram no esquecimento subterrâneo

A luz que havia em mim, agora jaz!
As flores perderam sua beleza
O que me fazia chorar de alegria
Hoje me faz sorrir de tristeza

Inserida por eliel_diniz

Confusões

A solidão, nua e crua
A complexidade, minha e sua
A vida sem filtro
Sem ninguém pra perguntar
Sem ninguém pra se importar

A tristeza de perder
O choro por não ter
Poucos assumem
Que essa é a graça de viver

A alegria de ganhar!
Um sorriso de momento
São coisas passageiras
Que habitam no pensamento

A cada dia que passa
Uma cadeira fixa na calçada
Mostra a tênue beleza
Das confusões de uma vida passada

Inserida por eliel_diniz

Cristal

Cristal
Não procura nos meus lábios tua boca,
não diante da porta o forasteiro,
não no olho a lágrima.

Sete noites acima caminha o vermelho ao vermelho,
sete corações abaixo bate a mão à porta,
sete rosas mais tarde rumoreja a fonte.

(tradução de Claudia Cavalcanti)

Inserida por pensador

Do Azul

Do azul que ainda busca seu rosto, sou o primeiro a beber.
Vejo e bebo de teu rastro:
Deslizas pelos meus dedos, pérolas, e cresces!
Cresces como todos os esquecidos
Deslizas: o granizo negro da melancolia
Cai num lenço, todo branco pelo aceno de despedida.

(tradução de Claudia Cavalcanti)

Inserida por pensador

Salmo

Ninguém nos molda de novo da terra e do barro,
ninguém conjura o pó nosso.
Ninguém.

Louvado sejas, Ninguém.
Por amor a ti queremos
florescer.
Ao encontro
de ti.

Um nada
éramos, somos, seremos
ainda, a florescer:
a Rosa-de-Nada, a
Rosa-de-Ninguém.

Com
o almacândido cálamo,
o ermoceleste filamento,
a rubra coroa
do verbo purpúreo, que cantávamos
sobre, oh sobre
o espinho.

(Tradução de Matheus Guménin Barreto)

Inserida por pensador

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