Poema de Mario Quintana Indivisiveis
O tempo
O tempo passa depressa,
Tão rápido que,
As vezes esquecemos dele.
O tempo passa depressa,
Mudando certezas,
Testando a dureza,
Enfeando a beleza.
O tempo passa depressa,
Fazendo velhos amigos,
Amigos antigos.
O tempo passa,
Ah! Eu sei,
Tão quieto e veloz,
Singelo,
Feroz.
O tempo passa depressa,
Não regressa,
A não ser que a memória,
Lhe cause uma 'peça'.
O tempo passa depressa,
Na saudade emociona,
Coração fica em festa.
Se a lembrança machuca,
A ferida lembrada,
Pelo tempo curada,
Fez da alma, lavada.
O tempo passa depressa,
Tudo vira enfim, passageiro,
Aproveite seu tempo ligeiro,
Antes desse relógio parar.
O tempo passa depressa...
Desejo...
Desejo que um dia desses você se encontre. Sem pressa,
mas que seja o mais rápido possível. Que desse dia em
diante para de se importar tanto com a opinião alheia.
Que não mais permita que outras pessoas te digam
como é ser feliz.
Desejo que o seu coração se acalme. Que aquele amor
que ficou no passado pare de machucar. Que aquele
amor que está por vir chegue e te encontre em sua
melhor versão.
Desejo que você aprenda a ser mais forte do que os seus
medos. Que encontre a sua forma de entender e de se
aproximar do seu EU interior . Que seja grata
simplesmente por ter a chance de estar viva. Que
amadureça ao ponto de perdoar aqueles que causaram
as suas feridas, que amadureça.
Desejo que evolua e aceite o ir e vir natural da vossa
existência neste mundo. Que aprenda a dizer coisas
boas para quem merece ouvi-las. Que tenha coragem
para se impor contra aquilo que você não concorda. Que
faça diferença na vida das pessoas ao seu redor.
Desejo que você tenha a sorte de viver pelo menos um
grande amor; e que tenha a inteligência de saber cuidar
bem quando ele aparecer.
Doce S.I.S
Enquanto isso ...
Vamos um ao outro nos tocar
Enquanto temos mãos:
Palma, antebraço, cotovelo…
Vamos nos amar pelo tormento
Vamos um ao outro machucar,
Mutilar, deformar, adulterar
Para que melhor nos lembremos
Para que mais nos afastemos?
Se não houvesse máscara, o rosto
Não seria iluminada esta prisão,
Há tempo teria saído da razão,
De medo, de dúvida e aflição…
Minto quando digo não há ciúmes
Verdade que te quero voluntária ,toda minha
Sinto saudade , sinto alegria te sinto misto de magia .
S.I.S
Vida ...
Entre 3 milhões de espécies a dos seres humanos é a que mais tem
consciência .
Consciência de existência , observação , meditação e sentimentos .
Foi ouvindo tua poesia que percebi sons de pássaros , crianças
brincando , percebi o movimento do vento , o calor do sol em tua pele
, sua pele tom de marfim , teus olhos amendoados e como dois sábios
eles também contam histórias . Setimentos diversos em sua mente
também me vem a minha mente retratar, tão claramente e audivel
como o bater do seu coração .
Em meio a essas emoções a vi olhando para cima e como alguém
também lá de cima se pós a sorrir para ti . Teu coração se encheu de
uma esperança , força e vida ! Sim... tua vida , essa que também me
faz viver ! As árvores por um momento a bailar , no céu passaros a
voar o dia se encheu de magia ;Então teus lábios rosados se entre
abriram e um sorriso , como só aos deuses é digno de criar , como
uma rosa que acabara de brotar , como a criança a desenhar , vi teus
olhos a brilhar , então musica , dança e anjos . Ajoelhei-me tão
grandiosa arte que o grande construtor fizera , traços , curvas , teu
corpo , tua alma , teu ser , sim eu também comecei a viver ...
sussurros ...
S.I.S
"
A vida hoje retornou ao meu ser :
Vi o sol brilhando e corpos brincando ao se aquecer ;
Vi a água refletir a luz amarela desse mesmo sol e me fez lembrar que a vida
existe e resiste !
A vida resiste as dores , as mágoas e ausências ;
Ao lembra – me disso, olhei para o alto e vi o verde das árvores, porém, hoje,
essa árvore não trouxe apenas oxigênio , trouxe a esperanças de momentos
melhores !
A pouco tempo tudo sumiu, tudo se esgotou...
Mas...o Dono de tudo , como sempre , deu a ordem e a natureza obedeceu !
Eis que a vida retorna e dessa vez ainda mais forte , com maiores intensidades e
sonhos ainda mais lindos !
Que seja uma nova vida , que seja bem vinda , que seja a MINHA vida!
"
S.I.S é poesia
Vida Leve
Não tenho conceito formado sobre nada. A cada dia, me dou o direito de não "sustentar" opinião. Mudo os meus conceitos de acordo com a vida. Leio, procuro o significado das palavras.
Lucidez, loucura, serenidade, sorriso: uso um pouco de tudo e vou vivendo com Fé, sem ofensas e sem revidar nada.
Não sou tão livre, não sou tão bom, por isso, vou dançando conforme a música que toca.
Hoje. Se resolver, amanhã pensarei diferente! Não consigo ser tão adulto..
Sou
Sou dor,
Sou alma cansada,
Sou a voz calada,
Sou marcas de amor.
Sou desilusões,
Sou realidade,
Sou tristes canções,
Sou infinidade.
Sou meu mundo,
Sou rocha,
Sou profundo,
Sou flor que desabrocha.
Sem dúvidas ao contemplar tua presença meu coração insite em disparar. Minhas pernas tremem e meus olhos não param de bilhar.
Alguns entenderão esse sentimento como uma breve paixão mas, somente você sabe o que quero dizer quando digo que te amo "de montão".
É no luar e nas estrelas que consigo perceber a beleza dos seus olhos, que só aumeta em mim o desejo de amar mais e mais você.
Ah, como é bom lembrar nas noites mais intensas nós dois juntos a caminhar, buscando ao relento um simples lugar para conversar.
Não posso deixar de mencionar o seu corpo e seu cabelo extravagante a beira do "nosso mar", onde contemplamos juntos as estrelas ao namorar.
Ah, como é bom também ser teu amigo e passar às tardes contigo de domingo a domingo.
Poucos irão entender, mas é uma dádiva de Deus amar você. É inaceitável não viver ao seu lado sem dizer que a amo, e sua generosidade se torna uma expiração, pois quem te conhece percebe quāo grande é o seu coração.
Não sei ser poeta, estou tentando aprender, mas é com o meu amor, que dedico esse poema exclusivamente à você.
"Reflexões e pensamentos". Resende, 03 de Setembro de 2015.
Eclipse
Olho no espelho
E não me vejo
Não sou eu
Quem lá está
Senhores
Onde estão os meus tambores
Onde estão meus orixás
Onde Olorum
Onde o meu modo de viver
Onde as minhas asas negras e belas
Com que costumava voar
Olho no espelho
E não me vejo
Não sou eu
Quem lá está
Senhores
Quero de volta
Os meus tambores
Quero de volta
Os meus orixás
Quero de volta
Meu Pai Olorum
Em seu esplendor sem par
Quero de volta
O meu modo de viver
Quero de volta
As minhas asas negras e belas
Com que costumava voar
Olho no espelho
E não me vejo
Não sou eu
Quem lá está
Séculos de destruição
Sobre os ombros cansados
Estou eu a carregar
Confuso sem norte sem rumo
Perdido de mim mesmo
Aqui neste lado do mar
Um dia no entanto senhores
Eu hei de me reencontrar.
Raízes
Estou de volta pra casa
Estou de volta a meu lar
A vida aqui tem sentido
Aqui é que é meu lugar
Oxum passeia na praça
Xangô conversa no bar
Hoje de volta pra casa
Convivo com os Orixás
Estou de volta pra casa
Aqui tudo é natural
Té felicidade é fruto
Que se consegue alcançar
Enfim reencontro a fonte
Donde axé jorrando está
Estou de volta pra casa
Estou de volta a meu lar
A vida aqui tem sentido
Aqui é que é meu lugar
Aqui tem congada samba
Batuque pra se dançar
Tem mulheres lindas lindas
Lindas feito Iemanjá
Mulheres de largas ancas
E doce encanto no olhar
Estou de volta pra casa
Estou de volta a meu lar
A vida aqui tem sentido
Aqui é que é meu lugar
Agora livre de abismo
Livre pássaro a voar
Aqui tenho vida plena
Com a benção dos Orixás
Estou de volta pra casa
Estou de volta a meu lar
Hoje vivo como vive
Caracol no meu quintal
Vaso Chinês
Estranho mimo aquele vaso! Vi-o,
Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado.
Fino artista chinês, enamorado,
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Mas, talvez por contraste à desventura,
Quem o sabe?... de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;
Que arte em pintá-la! a gente acaso vendo-a,
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
Flor de caverna
Fica às vezes em nós um verso a que a ventura
Não é dada jamais de ver a luz do dia;
Fragmento de expressão de ideia fugidia,
Do pélago interior boia na vaga escura.
Sós o ouvimos conosco; à meia voz murmura,
Vindo-nos da consciência a flux, lá da sombria
Profundeza da mente, onde erra e se enfastia,
Cantando, a distrair os ócios da clausura.
Da alma, qual por janela aberta par e par,
Outros livre se vão, voejando cento e cento
Ao sol, à vida, à glória e aplausos. Este não.
Este aí jaz entaipado, este aí jaz a esperar
Morra, volvendo ao nada, – embrião de pensamento
Abafado em si mesmo e em sua escuridão.
Beija-flores
Os beija-flores, em festa,
Com o sol, com a luz, com os rumores,
Saem da verde floresta,
Como um punhado de flores.
E abrindo as asas formosas,
As asas aurifulgentes,
Feitas de opalas ardentes
Com coloridos de rosas,
Os beija-flores, em bando,
Boêmios enfeitiçados,
Vão como beijos voando
Por sobre os virentes prados;
Sobem às altas colinas,
Descem aos vales formosos,
E espraiam-se após ruidosos
Pela extensão das campinas.
Depois, sussurrando a flux
Dos cactos ensanguentados,
Bailam nos prismas da luz,
De solto pólen dourados.
Ah! como a orquídea estremece
Ao ver que um deles, mais vivo,
Até seu gérmen lascivo
Mergulha, interna-se, desce...
E não haver uma rosa
De tantas, uma açucena,
Uma violeta piedosa,
Que quando a morte sem pena
Um destes seres fulmina,
Abra-se em férvido enleio,
Como a alma de uma menina,
Para guardá-lo no seio!
Luva Abandonada
Uma só vez calçar-vos me foi dado,
Dedos claros! A escura sorte minha,
O meu destino, como um vento irado,
Levou-vos longe e me deixou sozinha!
Sobre este cofre, desta cama ao lado,
Murcho, como uma flor, triste e mesquinha,
Bebendo ávida o cheiro delicado
Que aquela mão de dedos claros tinha.
Cálix que a alma de um lírio teve um dia
Em si guardada, antes que ao chão pendesse,
Breve me hei de esfazer em poeira, em nada…
Oh! em que chaga viva tocaria
Quem nesta vida compreender pudesse
A saudade da luva abandonada!
O Ídolo
Sobre um trono de mármore sombrio,
Em templo escuro, há muito abandonado,
Em seu grande silêncio, austero e frio
Um ídolo de gesso está sentado.
E como à estranha mão, a paz silente
Quebrando em torno às funerárias urnas,
Ressoa um órgão compassadamente
Pelas amplas abóbadas soturnas.
Cai fora a noite - mar que se retrata
Em outro mar - dois pélagos azuis;
Num as ondas - alcíones de prata,
No outro os astros - alcíones de luz.
E de seu negro mármore no trono
O ídolo de gesso está sentado.
Assim um coração repousa em sono...
Assim meu coração vive fechado.
Pensei em como te descrever
Pensei em seu olhar
Em seu sorriso
No amor que guarda contigo
Pensei também na sua voz
Pensei em nós.
Quero mergulhar
Me perder
Me encontrar
Nesse seu olhar de mar.
Mas como poderia
Te merecer
Ter seu amor
E ter você?
Veja o amor do mar
Se você não o sente
Não sabe o que é amar
Veja o sol se pondo
E as estrelas à noite
Vão se dispondo
Veja a lua aparecer
Deixa o amor renovar
Em você florescer
-Meu amor é um pecado
Meu amor é um pecado...
Meu amor é uma mulher...
Meu coração está quebrado...
E eu nasci doente...
Mas eu amo isto...
Você toma meu pecado para que eu me sinta livre?
Mas eu me sinto como um cachorro obediente...
Amém, amém, amém...
Oh bom homem, salve-me da escuridão...
Eu me sinto como uma boneca quebrada...
Eu sinto como se estivesse me afogando...
Em um oceano de minhas lágrimas...
Não consigo respirar...
Alguém me salve por favor...
Porque já não tenho forças para continuar...
Oh meu bom Deus me ajude por favor...
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