Poema de Mario Quintana Indivisiveis
Seu chegar,
Seu pensar,
Seu sorrir...
Viajar,
Prolongar,
Navegar nos pensamentos,
Um sonho bom e intenso,
Sem orgulho ou sofrimento,
Céu azul ao vento que refresca
A todo momento.
Paranóias trovejosas,
lábios macios como plumas de anjos,
sentimentos puros expostos a sombra
dum Jacarandá.
És tão bonita e tão bela
que incandesces o meu
sentir.
mor, o que falar do amor?
O amor, não feri, não cobra,
Não troca, nem mata.
O amor, é gentiu, honesto,
Gostoso e consolador.
Feito para todos, porém muitos
Não o alcançam, ou simplismente
Nasceram sem sorte...
Enquanto uns esnobam-no,
Outros dariam tudo para tê-lo.
O amor, é puro como um rubí,
É tão imenso quanto a mais alta e encantadora
Estrela que retoca o Céu...
O amor, não feri, não grita,
Não esnóba,
O mor não é ilusão...
Hoje, finalmente acordo
E percebo algo diferente.
Não por ser mais uma bela manhã de primavera,
Estação mais florida do ano,
Nem por acordar em mais uma bela manhã e
Ter mais um novo dia para ser vivido,
Mas sim,
Por encontrar em alguém,
O que há tempos não encontro, à fonte.
A muitos procuro,
Ouve sofrimentos,
Derrotas...
Entretanto ao meu despertar em meio à
Flores de pastos e bosques,
Encontrome num ambiente límpido
E arborizado,
Onde passaros cantam,
Borboletas bailam,
E o vento refresca...
Então finalmente reflito,
“Não havia fonte a ser encontrada,
Pois já achara".
Se tudo passa,
por que ainda penso em ti?
Resgatei tua felicidade,
minha meta terminei,
mas não consigo
partir...
-Não sei o motivo no qual
me leva a te esperar,
esperar machucame muito,
mas aquece minha alma.
E se acabou,
que esperanças estas
são,
que fazem-me sonhar
em tua volta?
por que falo como se teus
ouvidos escutacem meus
rumores?
não t esqueço em nenhum
vão momento,
minha esperança impulsa minha
alma a acreditar em tua volta,
mas minha mente prefere
esquecerte.
Não sei se o pra sempre,
um dia tem d acabar,
mas exposto face a face com minhas
saudades,
sinto que meu sentir é a esperança
que preciso para resgatar
um passado adormecido e
algo que o tempo jamais
apagou,
o meu amor...
Quero morrer de manhã cedo
Antes que a morte possa vir
Não...porque dela eu tenha medo
Mas, para dela eu me rir!!!!
Sogro, quero por essa mensagem te pedir desculpas por todo problema causado por mim na sua casa, e quero pedir perdão... Espero que o senhor me perdoe, para que possamos estar todos juntos outra vez. 😞
Eu estou há dias ensaiando para falar com o senhor... Estou muito mal por não poder ir aí na casa de vcs, de não poder estar perto, pois amo vcs como meus pais, e peço perdão se faltei com respeito ou fui ignorante com vcs alguma vez... nunca foi minha intenção!
Eu sou meio grossa, meio bocuda pra algumas coisas, mas estou me esforçando muito para melhorar e ser uma pessoa melhor para todos ao meu redor...
Peço de coração que o senhor possa me aceitar novamente como sua nora, que sempre amou tanto o senhor e sempre tentou ser a melhor pessoa, tanto para o Maycon como para vcs! Porque vcs são minha família!
Me perdoa! E desculpa por todos os problemas que eu causei! 😞❤️
Mudam-se os tempos, mudam-se os ventos.
Mudam os homens e vêm os tormentos,
neste continuo grande muito mudar ...
Porquê ao mundo tantá mudança dar?
Se ao bem nós fossemos parar,
isso seria certo e de muito louvar.
Mas os homens mudam no seu mandar,
mas só vêm isto, mesmo só estragar!
De mal vai-se para pior, no estar,
para onde vamos nós caminhar?
Com mudança que não descansa.
Eu queria mas era ao céu chegar!
Aí não há mal algum a nos tentar.
E do bem ninguém se cansa!...
de profundis amamus
Ontem
às onze
fumaste
um cigarro
encontrei-te
sentado
ficámos para perder
todos os teus eléctricos
os meus
estavam perdidos
por natureza própria
Andámos
dez quilómetros
a pé
ninguém nos viu passar
excepto
claro
os porteiros
é da natureza das coisas
ser-se visto
pelos porteiros
Olha
como só tu sabes olhar
a rua os costumes
O Público
o vinco das tuas calças
está cheio de frio
e há quatro mil pessoas interessadas
nisso
Não faz mal abracem-me
os teus olhos
de extremo a extremo azuis
vai ser assim durante muito tempo
decorrerão muitos séculos antes de nós
mas não te importes
não te importes
muito
nós só temos a ver
com o presente
perfeito
corsários de olhos de gato intransponível
maravilhados maravilhosos únicos
nem pretérito nem futuro tem
o estranho verbo nosso
Estação
Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te
vou perdendo a noção desta subtileza.
Aqui chegado até eu venho ver se me apareço
e o fato com que virei preocupa-me, pois chove
miudinho
Muita vez
vim esperar-te e não houve chegada
De outras, esperei-me eu e não apareci
embora bem procurado entre os mais que passavam.
Se algum de nós vier hoje é já bastante
como comboio e como subtileza
Que dê o nome e espere. Talvez apareça
you are welcome to elsinore
Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
radiograma
Alegre triste meigo feroz bêbedo
lúcido
no meio do mar
Claro obscuro novo velhíssimo obsceno
puro
no meio do mar
Nado-morto às quatro morto a nada às cinco
encontrado perdido
no meio do mar
no meio do mar
Uma certa quantidade de gente à procura
de gente à procura duma certa quantidade
Soma:
uma paisagem extremamente à procura
o problema da luz (adrede ligado ao problema da vergonha)
e o problema do quarto-atelier-avião
Entretanto
e justamente quando
já não eram precisos
apareceram os poetas à procura
e a querer multiplicar tudo por dez
má raça que eles têm
ou muito inteligentes ou muito estúpidos
pois uma e outra coisa eles são
Jesus Aristóteles Platão
abrem o mapa:
dói aqui
dói acolá
E resulta que também estes andavam à procura
duma certa quantidade de gente
que saía à procura mas por outras bandas
bandas que por seu turno também procuravam imenso
um jeito certo de andar à procura deles
visto todos buscarem quem andasse
incautamente por ali a procurar
Que susto se de repente alguém a sério encontrasse
que certo se esse alguém fosse um adolescente
como se é uma nuvem um atelier um astro
Da minha janela…
Poderia falar das nuvens que com as suas cores e formatos diferentes, vão passando mudando a paisagem. Mas decidi falar das saudades que sinto da liberdade.
Não falo da liberdade de poder ir por aonde quero sem estar preocupado com o vírus que circula por aí ou em espalha-lo. Falo da liberdade de poder beijar a minha mãe, de tocar na pele das mãos macias ou secas, dos meus amigos ou das pessoas que alegremente quero conhecer. Nos dias de hoje, reflito no verdadeiro sentido do amor, ele nunca teve nas nossas conquistas financeiras ou intelectuais, porque neste momento de nada nos valem. O amor está nas pessoas, está num simples telefonema a perguntar como estás, num simples meme enviado pra alegrar-te, está em estarmos sentados com a nossa família sem a preocupação de amanhã termos que sair cedo pra trabalhar. Nestes dias a família ganha, porque quando as notícias da TV e as publicações nas redes sociais são sempre as mesma, resta-nos desligar-nos do que é material e colocar a nossa atenção no que essencial, as pessoas e como elas são e o que têm pra nos oferecer. Da minha janela, penso num futuro aonde daremos mais importância a liberdade de não estarmos sós.
As mães são como os polícias, acreditam sempre no pior.
(Michael Corleone) //
Livro: O Poderoso Chefão
Inspiração é asa.
Difícil engaiolar no papel.
Chega como um raio.
Pousa no pensamento;
se não encarcerar na linha do momento,
como pipa ao vento,
se esvai rumo ao céu.
Queria me submeter ao tempo.
Ser Érico! Escrever sobre o vento.
Despir os grilhões da cruel armadura..
Ser Coralina! Envelhecer com candura.
Minha incompletude provoca ensejos.
Procurar meu eu, em busca de outro Tu.
Minha inconclusividade brota desejos,
De romper os limites, ver o mundo nu.
Não cabem em meu traço
as palavras que escrevo.
Transbordo a borda,
invado espaços.
Sobram excessos
se me atrevo.
Queria ser ferreiro das palavras.
Usar a forja com o poder do ventre.
Parir contorcionismos poéticos.
Mas falta vento...
Falta vento...
Quero palavras que polinizem afeto.
Com sentimentos e acento agudo.
Que extrapolem os muros do alfabeto.
Que extraiam do meu falar verso mudo.
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