Poema de Mario Quintana Decendo as Escadas

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Lascas da Vida

Me fiz de fogo para lhe aquecer
De água para matar sua cede
Me fiz de Terra para lhe dar onde pisar
De ar para seus cabelos alisar.
Ao fim de me usar, consumir e abusar me deixou a beira mar para que meu pranto não escultar.

Sete e quarenta e cinco da manhã
Ela está triste
Não demonstra, ninguém demonstra
Acreditar não faz mais parte
Acorda, levanta , faz seu café
Toma um banho
Olha pela janela
Tudo que ela vê é com um sorriso
Quem sabe até um sorriso verdadeiro
De ver que está viva,
ou apenas de receber um bom dia de seu pai e sua mãe
Ela se preocupa
Sua família é sua ponte pra felicidade
Fica mal quando em casa surge briga
Seu pai diz que vai sair dar adeus
O peito dela não aguenta tanto
Ela escuta o cantos dos pássaros
Corre para o quarto
Liga a televisão
Música clássica deixa-lhe bem
Livros e poesias acalmam sua mente
Agora
as luzes da casa estão apagadas
O sol bate contra seu rosto
Direto da sala escuta gritos e choros
Já não basta ser magoada pelo amor
A família lhe cobra maturidade pra entender tudo
Estava tudo tão bem há dois dias atrás
Do nada a lágrima corre pelo seu rosto
Ela já está acabada
O leite e os biscoitos tinham gosto de dor
O banho parecia chuva ácida
Ela arranhava seu cobertor
Se batia de decepção
O dia recém estava começado
Até o almoço faltavam horas,
Até de noite pareciam dias
Ela está acabada

Por que essa madrugada é tão quente?
Sinto meus olhos se abaixando tristemente
Aquelas músicas sentimentais e melosas tocando
O café acabou
Meu coração sente-se sozinho
Meu corpo é forte
Minha mente confusa
Estou me acostumando
Pessoas entrando
Depois saindo
Eu deixando
Esse é um fato
Cicatrizes marcam o peito
Eu já não posso jurar mais nada
Meus pés descobertos
Coloco minha jaqueta xadrez
O capuz me aquece mais ainda
Vontade de chorar
A lágrima não cai
Não há nada para entender
Sentindo a melodia entrar pelos meus ouvidos
meus dedos calmos ao teclado
Cada pedaço meu está longe
Cada parte quer tomar um rumo
A barba que sempre cresce pela metade
Meus olhos inchados por não dormir
O sono não da sinal.

Espíritos livres



Espíritos livres não temem a chegada da noite,

não temem o desconhecido

não temem amar

não temem o acontecer

não temem sair de suas gaiolas

não temem o perder

não temem o início e nem o fim.

Não temem os sonhos

Enfim...

Espíritos livres não temem a liberdade

que é de todo seu direito.

Pia o pássaro na árvore
da cidade
onde permanentemente queria estar.

Onde estou
pia amor
a vontade de lá.

Se um dia eu for
levarei minha dor
para este cantar.

Mas quão ruim é piar
o piar sofrer
que este terá de expressar.

Prefiro de dias
Lá, alegrias roubar
e este entonar esta melodia.

Estou indo agora
sonhos na sacola
desejos naquele lugar.

Finalmente o pássaro
Piar
e eu pensando em viver.

Reluto pela vida e afirmo conscientemente:
Que mesmo em época de vacas magras urubu voa contente,
esperando a carniça de mais um morto sobrevivente.

Declaração de Independência.

Eu sou o cão desafiador,
eu sou o gatuno rebelde,
aquele que combate a tão temida proliferação:
do bastardo injusto, o saqueador da nação.
Eu sou um homem temente
aquele que canta um único repente:
“Morte a independência,
morte a Corte da Suprema negligência,
morte ao rico e vida ao pobre,
morte a miséria e a falta de educação,
morte a todos, os que se proclamam donos da nação.
Morte a hipocrisia,
morte ao falso romance e a qualquer tipo de tirania.”
Como uma pequena reparação
Faço jus a quem a sociedade trata com distinção:
“Viva o índio,
viva o negro escravizado,
viva o vinho e os italianos colonos a pouco chegado,
viva o preto e viva o branco,
viva o gatuno e viva o desafiador,
um grande viva, a todos que enxergam no outro, uma semente do amor”.

TESOURO DE POETA


Num mundo guardado, aqui dentro
Toda palavra tem peso de ouro
Mas pra pesar é um tormento
Tem daqueles que o juntam como tesouro


Sou dos que espalha por todo canto
Esqueço de tudo, a te de mim
Sabendo bem disso:_ nada de espanto
Quando encontrar um poema, com meu sorriso no fim

O SILÊNCIO DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ


O silêncio se fez presente,
Dizendo tudo sem nada falar
Toca hinos com som ausente
De poesia, que não ouso declamar


Ouvindo-o, não se esculta
Foi feito pra escultar
O que em seu coração pergunta
E esse segredo vai lhe contar


Proseava com ele, e alguém a perguntar:
_Sabe o que vai pedir?
_Nada, só vim pra escultar
_Ele responde?
_Nada, só está pra me ouvir

Cantemos pois (fragmento dos Três Contos)

Trôpego à esmo em labirínticas vielas.
Corpo em espasmos devido à frialdade.
Pensamentos inconsistentes à realidade,
São lindas pinturas de feias aquarelas.

São olhos que vêem qual anjo o algoz.
O qual tece a arte tão bem aceita,
"se há o plantio tem de haver a colheita ",
E deixam aos deuses a vergonha por nós.

E choram um brado de ignota agonia.
Se sofrem é de uma mental patologia.
Prefiro a poesia que há no caixão.

Deita ao lixo tua bela sinfonia.
Guarda teu canto, amante da hipocrisia.
Chegada é a hora de cantarmos podridão.

Versos Podres - fragmento dos Três Contos

Quão podres são estes meus versos,
Que quando os recito me vêm ânsias de vômito.
Após o término revivo atônito,
Outrora felizes, momentos perversos.

Me vêm à tona pensamentos submersos,
Estando desperto ou num sonho cômico,
Peço mais um litro de meu forte tônico.
Nos meios que busco tenho resultados inversos.

E o quanto peço, e à quem peço nem sei mais.
Vejo-me abandonado em labirintos desconexos.
Não sou ator e nem participo de meios teatrais.

E me acho nestes sonhos não-complexos,
Pesaroso pelos sonhos não serem reais.
E constato quão podres são estes meus versos.

Pra Ti Poesia

Eu não te dou o mundo,
Não te dou o cantar do vento,
Não te dou o mar profundo,
Nem o azul do firmamento!

Tu és o que eu contemplo
Na poesia toda sem dor!
Meus olhos pra tu imagem é templo…
E tu pra mim és meu amor!

Oh, como eu me inspiro
Só pra ti ser poesias!
Oh, quantos e quantos suspiros
Ao lerem estas linhas!

Enquanto nestes meus versos
Marulham letras como na água do mar,
Bem lá no infinito universo,
descansa o brilho do teu olhar!

Opostos

Mostra-me a luz, mas leva-me para as trevas
Me diz pra não lutar, mas deixa-me em meio a guerra
Mostra-me a flor, mas despedaça-lhes as pétalas
Me faz sentir o amor e a dor que tu carregas

Que contraste antagonista que insiste em nos rodear
Leva-nos no céu, mas é no inferno que iremos ficar

Mas então,
Se o mundo é feito de opostos, e a física diz que os opostos se atraem
Que sejamos dois opostos, e juntos descansemos em paz.

►Ano Novo

Desejo
É isso que vejo
O termino do nosso relacionamento
Prevejo
O fim do nosso sentimento
Aproveito o momento
Ao passar pela porta
Seu olhar me conforta
Meu coração não se comporta
Ao me olhar,
Me faz uma proposta
Não posso mais te tocar,
Quem me dera te beijar,
Foi especial,
Mesmo não sendo natural,
Seu coração, glacial.

Pequena mulher,
Me diga o que quer
Pequena mulher,
Sou eu que tu quer
Seu olhar me indica
Me dê sua mão
Não me critica
Não te deixo cair no chão
Por isso então
Te abraço com paixão.

Sou um jovem adolescente,
Um jovem contente,
Inexperiente,
Você é o meu presente,
Não estava a sua espera,
Quem me dera,
Nunca pensei no amor
Um amor com valor
Não teve dor
Então te peço por favor
Seja a minha flor.

1.70 era sua altura,
1.80, a minha da sua,
Bancos não eram necessários,
Me provou ao contrário,
Isso foi ordinário,
Me curvei só o necessário,
Me desculpe se errei,
Tentei te entender,
Por isso, parei
Te desenhei
Nos meus versos
Te guardei,
Seus gestos
Me lembrei
Te quero outra vez.

Não te vejo mais pelas ruas,
Essas ruas grandes e escuras,
Sei até onde você mora,
Mas estou por fora:
“Será que está com alguém?
Já sou um ninguém?”
Esse pensamento me convém
Parando pra pensar bem,
Ela é linda e tem
Que te deseja o bem
Isso já importa, pra quem
Te quer sempre bem.

Obrigado por ter me amado
Obrigado por ter me aturado
Aprendi muito com nossa relação,
Não foi em vão,
Creio que com razão,
Meu amor não vai se perder
Na solidão
Obrigado, Carolina
Já não vejo a neblina
Me ensina,
Imagina,
Obrigado, Carolina!

►Meus Temores

Tenho medo de muitas coisas
De sair e não voltar
Ir deitar e não acordar
Levar um tiro e apagar
Perder aquela em que amar
Minha mãe se ausentar
Ou de meu pai já não mais aguentar
Tenho medo de me afogar neste mar.

Dos filmes de terror das 11 horas
Tantos convites para assistir eu já dei foras
O meu pai não tem medo de filmes de terror
Já eu, sinto um extremo pavor
Minha mãe já analisa os atores
Olha o cenário, roteiro, até mesmo o esquemas das cores
Eu já prefiro desenhar, praticar e estudar minhas poesias
Apesar de serem simples rimas mal escritas.

O medo de olhar embaixo da cama
Sei que não vou encontrar alguém que me ama
O medo de acabar na lama
Perdida na poeira, admito que essa rima virou
Uma brincadeira, bobeira.
Mas só escrevo para deixar anotado
Esse pensamento que me deixa agitado
Nesse momento o papel é solicitado
E que, com esses meus versos, eu seja orientado
Será que de rimas eu sou dotado?
Não, sou apenas um pobre coitado
Que de faltas na escola teve esse resultado
Me sinto, algumas vezes, desapontado
Poderia escrever no papel rimas melhores
Tentar descrever meus pensamentos, seus valores
Claro, não sou um dos melhores, senhores
Se bem que nem tudo são flores
Me despeço carregando minhas dores
Sou um entre vários pensadores
Das letras, molestadores.

Leitura da paz.

Como era bom ter
um livro em minha mente
acreditando em ter
um mundo diferente.

Enquanto eu viver
não vou parar de ler
eu vou correr, eu vou atrás
para o mundo ficar em paz

Quando começo a ler
tudo passa muito rápido
me perco em minha mente
e fico louco de repente.

Ler é acreditar que um dia
o mundo vai estar em paz
Comigo, meus amigos,
minha família e meus pais.

A leitura é ótima
ela domina a minha mente
Tornando o mundo
um sonho diferente.

Leia sempre!

Vi um cego que enxergava verdades,
falando verdades as pessoas que enxergavam, mas eram cegas
Falava à todos que não podia ver, - mas as sentia -
dizendo a realidade, o rosto atrás das máscaras;
verdades sem anestesias.
E muitos pela dor, criaram outra deficiência para si.
A surdez.
Pobres seres a se auto mutilar
Mas, isso vai acabar(!)(?)
Um dia(!)(?)

Vejo
Vejo olhando pelo prisma racional que tudo ao redor é anti-racional
Que belezas são propagadas como ídolos,
e os que à acusam, dela, deleitam-se
Benevolentes ajudando com palavras de piedade
e saindo como se tivessem feito algo
Pessoas cheias do amor, em ajudar o próximo
ao próximo que lhe convém
Guerreiros da liberdade!
individual
Pelo prisma do racional tudo me é anti-racional
Logo, desfoco e ponho na lente sentimental
tudo se altera,
as máscaras passam a ser pintura artística
ação de consolo, comove
auxilio à alguém, cativa
a luta pelo ideal, renova!
Pelo prisma sentimental, tudo me é natural
A verdade amarga ou a bondosa irrealidade
Qual lente usar?

Vejo pessoas a correr, diferentes passadas mas mesma intensidade; correndo para que? chegar em casa e ligar a tv, vendo pseudos divertimentos que não passam de alienamento.
Como é fácil ver pessoas a se perder, sem entender o porque. Deixam a vida passar sem olhar em derredor, ver o que acontece, o que passa; seus sentidos ficam presos com mesmo direcionamento.
No futuro irão dizer que perderam tempo, mas na verdade é que não souberam observar o tanto que cada dia pode proporcionar.

Rótulos, rótulos!, quão imbecil é,
sociedade marginaliza quando não se adequa a seu modo,
agridem, humilham, por mostrar algo tão improvável.
Como são imbecis!! por ser diferente dizem ser errado,
por não seguirem seus rótulos é massacrado!
Animais berrantes, ignorantes, arrogantes
até quando?, me diz, ATÉ QUANDO?!
Se você não é a pessoa por que pensa ser ela?
Julga com tanta veemência sem antes saber a procedência,
acusa, denuncia, grita a quem quiser ouvir,
raça imunda que não deveria existir, triste será o seu fim.

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