Poema de Mãos

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Algumas mãos soltam o que nunca souberam segurar. Mas Deus nunca perde o que é dEle. Janice F. Rocha

Não temos o poder para que uma flor desabroche, mas está em nossas mãos o poder para espalhar sua beleza e o seu perfume.

⁠De mãos dadas com a minha solitude, em pensamentos conduzidos pelo meu imaginário, caminho sem pressa por um cenário de quietude, o cinza predominando o céu, sinal de que uma chuva se aproxima, o sol com um brilho discreto por detrás das nuvens, o mar desfrutando da sua calmaria e uma brisa suave nos acompanhando, alguns passos na areia, deixando pegadas, criando memórias de uma simples ocasião imaginada, todavia, uma verdadeiramente satisfatória, breve e marcante, compartilhada nestes versos como uma história talvez cativante graças a uma imagem do tempo fechado que abriu as portas do meu enfoque poético, o qual coloriu uma manhã nublada ao destacar fortemente o seu momento de calma.

Plantei raízes no silêncio ansiando pelo sol da esperança, mas mãos alheias cobriram a terra, impedindo-me de florescer.Meu caule se ergueu trêmulo, buscando o céu em vão, pois a sombra de terceiros pesava mais que minha vontade. E assim sigo, metade semente, metade lembrança do que poderia ser; um destino podado antes do tempo, um sonho que ainda respira sob a terra.

Não me faltou vontade, nem coragem para crescer. Faltou-me apenas o espaço que mãos alheias roubaram. Chamaram de orientação o que era apenas prisão; chamaram de liderança o que não passava de opressão.

O regresso é miragem, um delírio da memória, a farsa de que ainda existe um ontem em nossas mãos.

Aprendi a falar pouco sobre dor, falo mais sobre resultado, minhas mãos contam o resto.⁠

A jornada foi escola de paciência, sei esperar o tempo que o fruto precisa, colho com mãos firmes.

Não busco abrigo, eu o crio, a casa nasceu das minhas mãos, e hoje habito onde antes só soprava o vento.

Minha compaixão brota de ter sofrido, conhecer a dor ensinou a aliviar, dou mãos onde precisei delas

Fui moldado pela dor e lapidado pela paciência. Cada sofrimento foi um cinzel nas mãos do tempo, esculpindo em mim a consciência de que nada é em vão. A dor me rasgou, mas também me abriu para o divino que habita no silêncio. A paciência, essa artesã invisível, me ensinou que o amadurecimento não é pressa, é entrega. Hoje entendo que fui forjado não para ser perfeito, mas para compreender a beleza do processo, o sagrado que existe em suportar e florescer, mesmo em meio ao fogo.

A vida me feriu, mas a esperança, com suas mãos firmes e delicadas, sempre soube transformar dor em remendo, e remendo em recomeço.

Há mãos que sangram por amor e não se arrependem. O verdadeiro esforço é o de continuar acreditando, mesmo quando tudo parece perdido. O cansaço é o selo da fé viva, o sinal de quem ama sem desistir.

A verdadeira alegria nasce quando as mãos se rendem e os olhos se enchem de gratidão, então a vida se põe a cantar.

Retome o controle, olhos firmes no horizonte, mãos prontas para a nova arquitetura do seu destino.

A dor tem uma língua própria, poucos se oferecem para traduzi-la. Conto-a com as mãos e às vezes com olhos partidos. Não peço aplausos, só que alguém tente entender o sotaque. Quando encontro esse ouvido, a dor muda de tom e emagrece. Dividir o idioma do ferimento é já metade da cura.

O leme da sua jornada está em suas mãos. Cada passo consciente esculpe o mapa da felicidade que você merece.

Existem lembranças que pesam como ferros, mas moldam como mãos de artesão. Cada dor que carreguei me empurrou para dentro, e lá encontrei partes de mim que nunca ousaram nascer. A vida às vezes arranca, às vezes entrega. Mas sempre ensina, mesmo que a lição seja dura demais para a idadeque tínhamos.

A esperança é um mapa rabiscado com lágrimas e mãos calejadas, apontando caminhos que poucos ousaram pisar.

Quero sentir com minhas mãos a maciez do seu rosto, olhar profundamente nos seus olhos e dizer, com todo o meu coração, que te amo.